1. Spirit Fanfics >
  2. Beautiful Stranger >
  3. No Gossip

História Beautiful Stranger - No Gossip


Escrita por: lstssone e Maphrodite

Notas do Autor


E estamos de volta com mais um capítulo desse bebezinho aqui!

Para aqueles que acompanham a gente desde o Twitter, em breve os capítulos novos chegarão e eu estou completamente ansiosa por isso! Como diria o grande pensador contemporâneo Ratinho, será que o pau vai comer e a cobra vai fumar?

Peço que relevem quaisquer erros e desejo a todos uma ótima leitura!

Capítulo 5 - No Gossip


Faltavam poucas horas para o plantão de Kwon Yuri terminar e a morena sentia a ansiedade tomar conta de si enquanto dividia sua atenção na cirurgia em um idoso com um tumor cerebral. O suor começava a escorrer por seu rosto e a neurologista fez seu costumeiro aceno com a cabeça para que uma das residentes limpasse a gota que escorria por sua testa.

Um ponto crítico havia chegado, o tumor estava alojado em uma área complicada e Yuri precisava de toda paciência e calma para poder retirá-lo sem afetar qualquer outra parte. Um longo suspiro veio assim que, com muito cuidado, cortou a massa maligna e a extraiu vagarosamente de dentro da cabeça de seu paciente. Por fim, guiou o bolo de carne até uma bandeja, se afastou da mesa cirúrgica e em seguida, levou seus olhos para a mesma residente que enxugara seu rosto, apontando com a cabeça para o homem.

– Feche! – Fez a ordem, vendo a garota encara-la com um misto de surpresa e ansiedade, já que se tratava de uma grande oportunidade para os jovens futuros cirurgiões. Sem esperar nem mais um minuto por alguma confirmação, a Kwon deu as costas, retirando os aventais hospitalares, máscara e luvas, descartando tudo num local apropriado e enfim saindo daquela ala.

A médica seguiu em direção ao banheiro dos funcionários, onde no mesmo se encontrava vários chuveiros disponíveis e armários com os nomes de cada um dos médicos que possuíam o privilégio de usar aquele cômodo. Já ali, entrou em uma das cabines com chuveiros, a fim de toma um banho rápido, na tentativa de espantar um pouco de sua exaustão e suspirou quando a água quente entrou em contato com sua pele.

Pela quentura da água, uma massa de vapor se formou no banheiro e quando Yuri terminou seu banho e saiu da cabine escolhida, ela precisou limpar o espelho do banheiro para poder ver seu reflexo. Apenas uma toalha branca tampava seu corpo naquele momento.

A médica puxou a mochila que havia deixado num dos suportes para objetos do lado de fora da cabine, buscando em seu interior a roupa que usara antes de assumir seu posto no plantão.

Separando a camisa, a calça e as roupas de baixo, escutou a porta se abrindo atrás de si, mas não se importou, então manteve sua atenção voltada para as vestes na intenção de se vestir o mais rápido possível, para ter seu tão merecido descanso. Porém, uma sensação de estar sendo vigiada a acomete, por isso acaba cedendo a curiosidade, erguendo a cabeça a fim de olhar para o reflexo do espelho.

– Olá, Kwon... – Outra médica ali, disse com um sorriso no rosto.

Yuri também sorriu. – Olá, doutora Young. – Virou-se de frente, apoiando sua parte de trás na borda da pia.

– Achei que já tivesse ido embora, seu plantão não acabou?

– Já sim, há alguns minutos, mas quis tomar um banho antes de ir, sabe...está fazendo muito calor ultimamente.

Tiffany riu soprado e deu dois passos em direção da morena, tomando mais alguns minutos para secar despudoradamente o corpo molhado da neurologista oposta, como fez instantes atrás com a parte traseira da mesma.

A morena mais nova sorriu maliciosa ao ver os olhos predadores da mais velha. – E você? Ainda está de plantão?

Young negou com a cabeça. – Felizmente o meu acabou de chegar ao fim.

– E o que você vai fazer agora? – Perguntou cruzando os braços.

A outra deu de ombros. – Você que vai me dizer. – Deu mais um passo, ficando a poucos centímetros da mais alta. – Ou você é dessas de só flertar sem aproveitar as chances que tem?

Yuri riu com deboche e descruzou os braços, quebrando o resto da pouca distância apenas para puxar a americana pelo braço e inverter as posições, pressionando a outra contra a borda da pia, junto ao seu corpo.

– Eu não sou de falar, Stephanie... – Com uma das mãos, se apoderou da cintura alheia enquanto com a outra, cravou os dedos por entre os fios de cabelo da neurologista americana. – Eu sou de fazer!

A fala veio seguida de um beijo. Um beijo repleto de desejo de ambas as partes. Era quase palpável o quanto as duas queriam aquilo e há quem arrisque-se a dizer que fora desejo de primeira vista.

Quando os lábios de tocaram, afoitos e necessitados, Tiffany não conseguiu evitar o baixo arfar que saíra de si, principalmente no momento que sentiu a língua alheia invadir sua boca. Seus braços se agarram nos ombros da mais nova quando seu corpo fora erguido, fazendo com que se sentasse na pia molhada e de imediato, abriu as pernas para receber a Kwon, que agora descia seus beijos para o ponto sensível de seu pescoço.

O gemido rouco da Young próximo ao ouvido alheio, assim que a mesma deixou uma mordida na pele alva da outra, fez a mais nova se arrepiar. Ela sentiu a americana cravar as unhas em suas costas nuas e molhadas e fez questão de dar uma outra mordida apenas para se deliciar mais com as reações da outra.

A cada beijo e provocação entre as duas, o clima se tornava ainda mais quente e não era só pelo recém banho tomado de Yuri, junto com o vapor que ainda pairava pelo banheiro. Se as intenções da mais velha não estavam claras desde o momento em que pisou naquele banheiro e teve a deliciosa surpresa de ver a Kwon com pouca roupa e a pele sensualmente molhada, agora, retirando vagarosamente sua toalha - única peça que cobria o corpo oposto - ela esperava que a neurologista entendesse que não queria parar ou ficar apenas em alguns amassos quentes.

A toalha foi-se ao chão e Tiffany mordeu a ponta do próprio lábio inferior ao, descaradamente, olhar o corpo completamente nu em sua frente.

“E que corpo...” – A Young pensou, passando seus olhos vagarosamente pelos seios, barriga definida, pernas torneadas, curvas e músculos alheios.

Talvez aquele olhar pudesse deixar qualquer outra pessoa incomodada ou constrangida, mas quem estava em sua frente era Kwon Yuri e se havia uma coisa que a médica se orgulhava mais além de seus status e profissão, era o seu belo corpo.

A americana sentiu seu interior queimar-se em antecipação, quando Yuri desabotoou sua calça e enfiou sua destra de dedos longos ultrapassando a calcinha já encharcada. A mais velha fechou os olhos pronta para ser tocada e ansiando isso mais que qualquer outra coisa.

Contudo, o som da porta se abrindo e aparição de uma terceira pessoa naquele banheiro, fez as duas médicas se afastarem às pressas, em partes pelo susto de serem interrompidas e em outras partes por estarem fazendo algo considerado antiético dentro das paredes do hospital.

– Que droga! Você não sabe bater na porta? – A mais nova gruniu com raiva, pegando sua toalha do chão, tentando cobrir o corpo.

Haeyeon franziu o cenho com a cena que acabava de presenciar, demorando um pouco para entender o porquê de uma estar nua e a outra estar abotoando a calça com certa impaciência.

– Omo eu... – Ela olhou para as duas e sorriu maliciosa ao enfim compreender o que estava rolando ali. – Atrapalho?

Tiffany soltou o ar pelo nariz, visivelmente furiosa. – O que você acha?

A jovem engoliu a seco com o olhar da mais velha. – P-peço desculpas pela minha intromissão eu apenas...apenas quis agradecer a doutora Kwon por me deixar suturar o paciente.

– Você não tem que agradecer nada! – Afirmou, agora já coberta corretamente pela toalha. – E esse banheiro aqui não é para residentes!

A Kim mais nova sorriu sem graça. – T-tudo bem, eu já estou de saída.

A outra morena riu com deboche. – Agora que já atrapalhou? – Revirou os olhos, caminhando em direção a porta. – Se vista, Yuri. Estou te esperando lá fora.

Aquela mencionada assentiu com a cabeça vendo aquela neurologista sair do banheiro e suspirou em frustação. – Qual seu nome, residente?

– Meu nome?

A médica revirou os olhos. – Tem outra residente aqui? – Recebeu uma negação tímida, antes de receber a resposta.

– Haeyeon...Kim Haeyeon.

– Oh, você é a irmã mais nova da doutora Kim, não é? – A alvo da pergunta assentiu. – Pois muito bem, Kim Haeyeon, se eu ouvir qualquer fofoca sobre o que você viu aqui hoje rondando esse hospital, eu vou fazer da sua vida um inferno, assim como eu faço com sua irmã!

As palavras foram ditas de forma calma e fria e ao final das mesmas, ela dava um passo para frente, se aproximando da mais nova, até enfim estar cara a cara com a mesma.

– Quando você sair por essa porta, você vai esquecer o que viu aqui, okay? – A residente concordou amedrontada e a médica mais experiente sorriu satisfeita com a ameaça dada a garota. – Ótimo. Gosto de residentes assim...obedientes. – Deu dois tapinhas no braço da outra e fez sinal com a cabeça para que a mesma fosse embora, o que logo foi obedecido.

Sozinha mais uma vez, se apressou em vestir as suas roupas, checando sua aparência no espelho antes de finalmente sair daquele banheiro e ir em busca da Young. Se tudo desse certo, naquele fim de um exaustivo plantão, elas terminariam o que começaram no banheiro.

No momento em que Yuri finalmente terminou de atravessar alguns corredores, conseguiu encontrar a mulher que procurava. A mesma estava esperando na ala de recepção do hospital, sentada em uma das cadeiras.

– Essa bela deusa aceita a companhia de uma mera mortal? – Kwon estendeu sua destra rumo à americana sentada, essa que estava com os olhos no celular, mas ergueu o olhar assim que ouviu aquela voz. Sorrindo, uniu sua destra com a alheia, levantando.

– Com certeza... – Já em pé, Tiffany foi puxada para frente pela outra mulher, fazendo com que ambas ficassem com os corpos colados ao máximo. Consequentemente, seus rostos estavam na mesma situação, o que foi bem aproveitado por Yuri, já que a mesma levou seus lábios para uma das bochechas alheias, beijando vagarosamente aquele local. Por ela, beijaria a boca da mais velha mais uma vez, contudo, infelizmente naquele momento não era possível por estarem em um ambiente bem mais movimentado do que o banheiro.

– É importante demonstrar carinho pelas nossas superiores. – Sussurrou perto do ouvido direito da oposta. Se tinha uma coisa que aquela americana gostava, era de se sentir superior de alguma forma, então aquela fala lhe arrancou um grande calor entre as suas pernas. – Vamos? Ainda precisamos estudar bastante antes de descansarmos. – Afastou-se, falando aquela desculpa de forma mais alta, para que ninguém desconfiasse de nada.

– Uhum, vamos sim. – Mostrou um sorriso caloroso e pegou os seus pertences, antes de sair com a outra neurologista pela porta principal.

Ali, também na sala principal, Taeyeon observou aquelas cenas mais afastada. A mesma franzia a testa, juntamente com cara de nojo.

– Eu hein. Aquelas duas formam um belo casal, se merecem. – Imitou uma pequena ânsia de vômito.

Após, ía sair dali, entretanto, sua irmã mais nova estava se aproximando em passos rápidos, então permaneceu.

– Mana, preciso conversar contigo. – Estava com o fôlego um pouco alterado.

– O que aconteceu? – A mais velha começou a ficar preocupada. Hayeon olhou em volta e puxou a canhota da irmã para uma das salas de descanso, a qual estava vazia. Depois de entrar, fechou a porta, pouco antes de virar-se para Taeyeon mais uma vez. – Fala logo, menina. Está me deixando assustada.

– Eu vi uma coisa. – Recuperava o seu ar.

– Pelo visto foi um fantasma.

– Na verdade, talvez essas pessoas virem fantasmas mesmo depois de eu te contar. – Levantou uma de suas sobrancelhas.

– Agora que você vai ter que me contar mesmo. Fizeram algo contigo? – Começou a ficar mais nervosa.

– Bom...eu estava fazendo uma cirurgia com a dra. Kwon, aquela neurologista. No final, ela me disse para fechar a cabeça do paciente depois que retirou o tumor, o que fez eu ficar muito feliz, porque foi uma grande oportunidade...

– Menina, me fala logo sem entrelinhas! – A médica ficou impaciente.

– Aish, certo. Eu vi a Yuri e a Tiffany pós amassos no banheiro. Percebi porque uma estava nua e a outra fechando o zíper da calça. Elas ficaram furiosas por eu ter aparecido, tanto que a primeira me ameaçou. – Falou rápido.

– O QUE?! Não acredito que aquela vagabunda fez isso! – Naquele instante, de fato, a Kim mais velha estava mais do que furiosa. Sua irmã poderia a irritar bastante, mas ninguém ía mexer com ela e sair como se nada tivesse acontecido.

– Unnie, por favor, não faça nada. Ela disse que faria das nossas vidas um inferno. – Aproximou-se da irmã, tocando seus ombros.

A cardiologista riu soprado. – Além de ter gastado ética com aquela outra estúpida, ainda ameaçou a minha irmã? Eu não vou ficar calada. – Aquela fala trouxe apreensão na mais jovem. – Ainda bem que você me contou isso, não se sinta mal, ok? Elas foram embora, então não irei fazer nada agora. Volte com as suas atividades. – A mais velha beijou o topo da testa alheia, optando por sair daquela sala posteriormente.

Será que tinha sido mesmo uma boa ideia Haeyeon contar aquilo?

...

Voltando ao Yulti, as duas mulheres seguiam para a garagem daquele hospital.

– Kwon, o que pretende fazer? – Andando, virou-se para a mencionada.

– Vou te levar para um lugar, então preciso que você me siga. — Piscou para a mais velha, já chegando em seu carro.

– Não vai me falar onde? – Arqueou uma sobrancelha.

– É surpresa.

– Por que devo confiar em ti? – Parou no caminho, cruzando os braços. Com isso, a outra chegou mais perto novamente e fez questão de sussurrar bem perto da boca alheia.

– Deve ser porque você me quer tanto quanto eu te quero. – Aproveitou a proximidade para morder vagarosamente o lábio inferior da americana.

– Gosh, eu te odeio tanto... – Falou de forma irônica.

Yuri colocava aquela mulher no topo na primeira oportunidade que tinha, mas também fazia questão de tira-la de lá ao desestabiliza-la com seus talentos sedutores.

– Pode descontar esse ódio em mim assim que chegarmos ao nosso destino. Let’s go, girl. – Deixou mais uma piscadela antes de seguir ao seu veículo, ato imitado pela Young, a qual seguiu para a própria Mercedes prata.

Na esperança de seu apartamento estar liberado, a Kwon partiu rumo ao mesmo. Mantinha a velocidade de veículo rápida - já que naquele horário poucos estavam na rua - fazendo questão de se deliciar não só com o vento, como também com a visão da neurologista de trás.

– Ela fica ainda mais gostosa dirigindo com esses óculos escuros, meu senhor... – Diminuiu a temperatura do ar condicionado e tentou focar apenas na estrada durante o resto do caminho, o qual não tardou para finalizar.

Quando os dois carros foram estacionados na entrada do prédio, o porteiro reconheceu o carro da neurologista que residia ali, então o mesmo saiu.

– Doutora Kwon. – Chamou a atenção da mesma.

– Sim? – Virou-se para o porteiro, interrompendo a sua abertura da porta do carro.

– A senhora não vai poder voltar. Não abriram aquele andar ainda. – Coçou a própria nuca.

– Ah não, é sério?! Que pessoal lento. – Suspirou pesado, revirando os olhos. – Me ligue quando tiverem arrumado então, ok?

– Sim, senhora. – Curvou-se em despedida, adentrando o prédio novamente por fim.

– KWON! – A neurologista oposta gritou de seu carro, fazendo a mulher chamada se virar para trás. – O que foi?

Com a pergunta, Yuri desceu de seu transporte, rumando para o da Young.

– O andar do meu apartamento ainda está interditado, por isso precisamos ir para outro lugar, que eu já tenho em mente por sinal.

– Então entra aqui. – Retirou o seu cinto e se moveu para o banco do passageiro. – Deixe seu carro aí e vamos aqui.

– Uau, não acredito que vou dirigir o carro da famosa e idolatrada Tiffany Young. – Um sorriso malicioso brotou em seus lábios enquanto entrava no carro luxuoso.

– Não se acostume. Ande, dirija, estou com um pouco de pressa. – Acomodou-se onde estava sentada.

– Para quê a pressa? Temos um dia todo pela frente, baby. – Fez questão de dedilhar uma das coxas alheias vagarosamente, traçando um caminho até a virilha. Todavia, quando a americana começou a apreciar aquele contato, a Kwon o cortou.

– Yuri, Yuri... – Balançou a cabeça negativamente.

– O que foi? Você me mandou dirigir, apenas estou obedecendo. – Soltou uma baixa risada marota por estar acumulando vitórias quando se tratava de provocar Tiffany. Por conseguinte, o motor da Mercedes gritou, partindo para o novo destino.

Durante o caminho, as médicas foram escutando uma sequência de músicas pelo rádio, assim como conversando, sem deixar as pequenas provocações de lado, principalmente quando o transporte precisava ser parado nos sinais de trânsito. No momento em que o carro finalmente foi estacionado na casa de praia do pai da mais nova, as neurologistas desceram do mesmo.

– Caramba, aqui é lindo. – A convidada olhava em volta, captando a casa também.

– Realmente, mas você pode admirar isso depois. – Sem pedir permissão, Yuri pegou a destra alheia e saiu guiando a oposta até o interior da casa, o qual parecia estar vazio. Sabia que o pai estava trabalhando e em sua mente, Jessica havia saído para caminhar na praia e não voltaria tão cedo. Com esses pensamentos, levou a Young ao quarto que se apossara, fechando a porta assim que o adentraram.

– Não era você que estava dizendo para eu não ter pressa? – Sorria observando a mais nova se aproximar até o meio do quarto, onde a dona da fala estava naquele momento.

– Eu não tenho culpa se você me provocou o caminho inteiro. – Mais uma vez naquele dia, agarrou a cintura da outra - mas dessa vez usava as duas mãos com firmeza - pouco antes guiar seus lábios para o pescoço alvo. Ali, deliciou-se mais um pouco daquela região - continuando o que fazia no banheiro - e por conseguinte, traçou uma trilha de beijos em direção à boca alheia, a qual fez questão de tomar em outro beijo sedento, esse que arrancou um gemido abafado de ambos os lados.

Tiffany, por sua vez, agarrava a nuca alheia, local que fazia questão de arrastar suas unhas na tentativa de descontar parte do prazer que já estava sentindo. Kwon realmente poderia se gabar do que fazia com uma mulher na cama.

Sem muito demorar, a mais nova empurrou a mais velha em seu colchão e não perdeu tempo também ao começar a retirar aquelas vestimentas do corpo que tanto ansiava, tendo as suas retiradas igualmente.

Elas realmente teriam um belo dia pela frente.

No quarto não tão longe de onde as neurologistas estavam, Jessica lia um de sua livros favoritos para passar o tempo. Estava de folga e geralmente saía para fazer caminhada nesse tipo de dia, entretanto, naquele dia em específico ela havia achado melhor ficar em casa, dando uma bela descansada merecida.

Ler tirava o seu foco do mundo real, então só percebeu após longas horas lendo, que seu corpo estava precisando de água, já que os seus lábios pediam socorro de tão ressecados. Por isso, tateou o móvel ao lado da cama, buscando seu corpo, mas percebeu que o mesmo estava vazio.

– Aff, não acredito que vou precisar levantar. – Largou o seu livro e saiu do quarto em busca de água no andar de baixo. Contudo, antes de descer, escutou barulhos vindos do quarto de Yuri e por sua curiosidade ser mais acessa que lâmpada florescente, chegou mais perto, se arrependendo no momento que percebeu do que se tratava.

– “Yul, não para...” – Foi uma das coisas que Jessica conseguiu ouvir em forma de gemido.

– Eu não acredito nisso. – A do lado de fora revirou os olhos, bufando. – Essa menina acha que aqui é um hotel para ela? Oh céus. – A fim de se livrar daqueles sons, desceu rapidamente as escadas, pegou sua água e decidiu ir até a praia, passar uma boa parte da manhã ali.

As horas se passaram rapidamente, por esse motivo, quando a Jung se deu conta, já era quase hora do almoço, o que a fez voltar à casa. Durante sua entrada, a dupla que ainda não tinha saído dali, se despertara e agora descia as escadas.

– Desculpa, acho que entrei no lugar errado. Aqui é um motel, né? Estou procurando a minha casa. – Jessica não perdeu a oportunidade de ser sarcástica, ação que arrancou um revirar de olhos da Kwon.

– A casa do meu pai, você quis dizer.

– É a mesma coisa, somos casados. Enfim, não importa agora. – Deu de ombros. – Quero saber que ao menos a Krystal sabe que você está com outra. – Cruzou os braços, apontando com a cabeça para Tiffany, que estava calada até então.

– Krystal? Quem é Krystal? – A Young enfim questionou.

– Ninguém. – Fuzilava a madrasta.

– É namorada dela. – A vice presidente do hospital sorria.

– Já disse que não é ninguém. – Yuri falava entredentes.

– Yul, eu não quero saber se você traiu alguém ou não. – A americana soltou uma breve risada. – Se traiu, a merda já foi feita. – Em sua pausa, deu um selinho na oposta. – Eu preciso ir, foi ótimo estar com você. – Por fim, seu sorriso malicioso era nítido.

A ato foi correspondido por Yuri, que finalmente desviou sua atenção da Jung. – Certo, eu te levo até a porta.

– Não precisa, vai descansar. – Desceu o restante do lance de degraus, antes de virar para a terceira mulher ali, com um sorriso singelo. – Você tem um ótimo gosta para roupas.

– Obrigada, posso dizer o mesmo sobre você. – Disse após analisar a combinação de vestimentas da outra. – E uma dica: use o seu cuidado de escolher roupas na hora de escolher com quem você fica também. – No final de sua fala para a Young, mostrou um sorriso irônico à enteada, partindo até a cozinha em seguida.

A médica americana não entendeu muito bem, então apenas deu de ombros e saiu, o que trouxe liberdade para a Kwon ir na cozinha também.

– O que foi aquilo? Quer estragar o meu rolê?! – Usava um tom de voz indignado.

– Eu não, você mesma deve fazer isso. – Abria a geladeira durante a sua fala.

– Se eu estragasse, não conseguiria ficar com tantas mulheres que nem eu fico. – Se cabava, como se fosse algo explêndido.

– Grande merda. E elas só ficam com você por ser médica, já que é uma tremenda babaca. – Pegou um de seus iogurtes e se afastou da geladeira com o intuito de fechar a porta da mesma, mas, a mulher oposta foi mais rápida e a fechou com força, enquanto fuzilava Jessica mais uma vez. Talvez, só talvez, aquilo tenha arrancado um arrepio na espinha da Jung, porém, mesmo assim uniu forças para falar. – Vai ficar parada na minha frente que nem um pau?

– Só assim para você ver um pau reto na sua frente, né? – Segurou a risada.  – Aposto que nem isso você consegue fazer sozinha pelo meu pai, coitado. – Por fim, acabou soltando sua gargalhada.

– That's so funny. – Ironizou em seu idioma materno.

– É, eu sei! Me acho bem engraçada também. – Suas mãos estavam na própria barriga, indicando que a mesma doía de tanto rir.  – Céus, eu sou um máximo. – Sessava sua risada.

– Acabou o showzinho? – A vice presidente estava entediada, sem achar a mínima graça.

– Claro. Quer outro? Tenho várias piadas para fazer sobre você.

– Não. – Uma pausa ocorreu, porém, logo foi quebrada. – Aliás...pode até fazer, só que primeiro eu preciso que você saiba de uma coisa.

– Hum? – Não demonstrava muito interesse.

– Você geme que nem uma pata. – Era a fez da Jung sorrir de forma vitoriosa. Posteriormente, tentou sair dali, mas uma mão segurou seu pulso esquerdo, puxando-a um pouco para trás de volta.

– É sério que você vai brincar comigo?

– Brinca e não aguenta de volta, típico de uma babaca mesmo. Agora me solta. – Usou sua força máxima para se desvincular daquele contato e finalmente sair de perto da neurologista, essa que ficou para trás, suspirando pesado.

...

Em um bairro não muito longe do hospital, Yoona acenou para um porteiro e o homem de meia idade abriu um grande sorriso para a enfermeira, liberando passagem para a entrada naquele prédio. Como já era conhecida ali, não precisou sequer se identificar, então a Im apenas passou pela portaria, cumprimentando o alegre senhor atrás da mesa de segurança - como sempre fazia - e rumou para o elevador, que por sorte já estava no térreo e de portas abertas, como se estivesse apenas esperando a entrada da garota. Apertou o botão correspondente ao andar da namorada, esperando ansiosamente até que as portas voltassem a se abrir no local desejado. Com os ombros caídos de tanto cansaço, a mulher caminhou à porta da pediatra, tocando a campainha e esperando ser atendida, o que não demorou a acontecer.

Quando Seohyun abriu a porta, ela se deparou com a namorada de cara cansada e olhar de cachorro pidão. Ela abriu os braços e esperou que a amada se aconchegasse no abração oferecido. – Meu bebê está cansado?

– Uhum! Muito! – A enfermeira respondeu de forma manhosa.

Hyun não conseguiu evitar o riso e então se afastou da mais velha o suficiente apenas para poder lhe beijar. – Eu fiz café e bolo de coco, o seu favorito. – Informou, encostando sua testa com a da outra.

Ouvindo aquilo, Yoona suspirou, fechando os olhos e abrindo um sorriso. – Eu não mereço você, sabia?

A pediatra lhe a acariciou a face. – Às vezes eu que acho que não mereço você.

As duas se olham, acabando por rirem com a situação. Lembranças de conversas sobre melosidade surgiram nas memórias de ambas e então elas acharam cômico como estavam fazendo exatamente o que julgavam ser meloso.

– Por que você não toma um banho e põe o pijama que você deixou aqui da última vez? Eu tenho algumas horas antes de ir pro hospital.

A enfermeira fez um bico. – Odeio quando nossos horários não batem.

– Consequências de nossa profissão. – A médica exalou. – Mas sabe... – Muda sua expressão completamente, seu olhar ardiloso despertou a atenção da morena. – Eu não vou ter plantão hoje, então provável que eu esteja em casa antes das sete.

– Hmm, é mesmo? – Retribuiu o olhar descarado. – Isso por um acaso é um convite para passar a noite aqui com você? Porque olha, se você acha que eu sou fácil assim...você está completamente certa!

Seohyun gargalhou e batei no braço da namorada. – Você é uma pabo! – A outra riu e fez uma careta por conta do tapa. Elas ainda estavam paradas na porta e mantinham o abraço, onde a pediatra estava com os braços envoltos do pescoço da mais alta, essa que agarrava a cintura alheia. – Agora vai logo tomar banho porque eu estou com fome e quero ao menos alguns minutos com você na cama.

Yoona subiu e desceu as sobrancelhas freneticamente, sorrindo ainda mais largo. – Opa, de manhã e de noite? Que é isso, Seo Joohyun, quando você ficou tão sedenta assim?

A mais baixa a acerta outro tapa. – Não é para fazer essas coisas, sua pervertida! É para você me dar carinho. – Disse, sendo dessa vez a que fez manha.

Im sentiu seu coração acelerar, não sabendo lidar com a fofura que é a namorada. – Você me mata de amores, sabia? – A puxou para mais um beijo. – Queria passar o dia todo contigo!

Hyun sentiu as bochechas esquentando com o comentário da mais velha. – Eu também queria, pena que quem está na minha escala hoje seja a Hyo.

A mais alta arregalou os olhos com a menção da melhor amiga. – Falando nela. – Finalizou o abraço, entrando no apartamento de mãos dadas com a médica, após fechar a porta do mesmo. – Nós precisamos dar um jeito de juntar ela e a Taeyeon. Você precisa ver como ela fica ao lado da Tae, ela está tão na dela!

A outra castanha cerrou os olhos. – Sobre isso, acho que precisa ser mais discreta com seus planos de juntar as duas, a Tae está desconfiando, andou me falando que você está meio estranha.

Sua namorada suspirou indignada. – Sério? Eu super achei que eu agi de forma minuciosa.

Seo gargalhou novamente. – Sejamos sinceras, amor, discrição não é a sua praia.

– Não importa, contanto que dê resultados... – Jogou a mochila que carregava nas costas por cima do sofá. – Vou tomar banho, me espera no quarto. – Falou, dando um selinho rápido na amada e correndo em direção ao banheiro.

A pediatra chegou a contar mentalmente de 1 até 10 até que ela fosse chamada, o que não demorou a acontecer, como previsto.

– AMOR. – Era um grito do banheiro. – Esqueci a toalha de novo!

Aquilo arrancou uma risada da Hyun, a qual também negou com a cabeça, sem acreditar que toda vez aquilo acontecia. – Já estou indo, meu amor. – Respondeu, rumando para o quarto, com o objetivo de dar o que sua namorada tanto lhe pedia.


Notas Finais


Aff eu amo um Yoonhyun...
Besitos en la bundita e até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...