1. Spirit Fanfics >
  2. Bebê a Bordo >
  3. Papais têm um amor atrapalhado

História Bebê a Bordo - Papais têm um amor atrapalhado


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Oiiiieee, ah como eu queria ter postado esse capítulo mais cedo, mas acontece que eu não consegui aaargh (terminei de escrever neste exato minuto). Peço desculpas de antemão caso tenha erros no capítulo, porque eu tive que escrever correndo. Eu passei bem mal nessa semana, tive crise de enxaqueca e só consegui começar a escrever na quarta, mas ainda assim, escrevi pouco e pra falar a verdade, esse capítulo saiu quinta e hoje.
Eu espero que gostem e se puderem, deixem aquele comentário lá em baixo, eu ficaria muito agradecida *-*
Boa leitura.

Capítulo 23 - Papais têm um amor atrapalhado


Fanfic / Fanfiction Bebê a Bordo - Papais têm um amor atrapalhado

Para Jeongguk, bebês eram pequenos brinquedos que apenas choravam às vezes e precisavam de um banho frequente. Por mais que tenha sido avisado, ele ficou até o último segundo imaginando que Somin seria uma miniatura fofa, que iria sentir fome nas horas de almoço, café e jantar, e que amaria um banho quentinho, ao acordar e ao entardecer.

Já para Taehyung, bebês eram a coisa mais frágil e sensível que poderia existir no mundo. Todo cuidado para ele, era pouco. Somin deveria ficar de luvas o tempo inteiro, com mantinhas e vários travesseiros em torno dela, mesmo que estivesse no bercinho. Yeontan não podia subir na cama enquanto ela estivesse lá, porque o danadinho ousou sair correndo com uma fralda presa entre os dentes, e Jeongguk só conseguiu pegá-lo, no andar debaixo, então, como castigo, ficaria no chão, até que a área estivesse segura.

Mas o que não esperavam, é que ambos estivessem enganados. 

Jeongguk se surpreendeu quando a pequena quis fazer lanchinhos completamente fora dos horários convencionais, como a cada duas horas pela madrugada. Assustou-se quando Somin berrou a todo ouvidos quando foi colocada na água quentinha do banho e pior ainda, ficou embasbacado, quando em algum momento, foi trocar a fralda da filha, e se surpreendeu com o que um bebê tão pequeno era capaz de fazer.

Taehyung foi provado que estava errado também, quando notou Somin suando igual a uma tampa de marmita, quando foi vestida com roupas bem quentinhas, após o banho matinal, numa manhã quente.

— Tadinha — Jeongguk estava ali ao lado, rindo e balançando a mamadeira na mão, enquanto o ômega trocava as roupinhas da filha e colocava algo mais fresquinho. — Está molhadinha de suor.

— Ela vai sofrer com a gente, Guk, não sabemos cuidar de um bebê. — Taehyung também ria, achando graça nas caretas de choro e no rosto vermelhinho da pequena alfa.

Somin estava resmungando, claramente desconfortável por estar sendo despida mais uma vez, e além disso, estava com fome. Ela já estava cansada de passar por trocas de roupas e o estômago faminto ajudava-a a ficar irritada, iniciando um choro nada contido.

Taehyung terminou de vestir o body cor-de-rosa, a deixando sem as luvas e apenas com uma meinha, porque os pezinhos dela ficavam frios com facilidade. Passou um lencinho umedecido nos cabelos molhadinhos da filha, para que tirasse o suor e por fim, passou uma escovinha nos cabelos fartos, ajeitando-os.

— Pronto, meu amor, não precisa chorar mais, vem no papai, vem. — Pegou a pequena no colo, que imediatamente começou a esfregar a boquinha aberta em si, procurando por leite. — Não filha, você agora vai mamar por aqui, olha só o que o papai Guk trouxe.

Taehyung se sentou na poltrona, ajeitou Somin na almofada de amamentação e pegou a mamadeira com o alfa, começando a alimentar a bebê.

Somin estava completando uma semana naquele mesmo dia, e o casal podia notar como nitidamente ela estava mais esperta. Agora a filhote conseguia mamar com vontade, sugando forte o bico da mamadeira ou do peito, quando este era oferecido.

Ela já havia crescido, já havia caído alguns cabelinhos e ela estava com mais rostinho de bebê — já que ao nascer, parecia um mochi, segundo Jimin. Ela conseguia prestar mais atenção nos pais e conseguia prender os olhos em Yeontan, quando ele chegava mais perto.

O casal ainda estava aprendendo, mesmo que fizessem algumas coisas atrapalhadas como colocar roupas demais ou dar uma mamadeira com leite gelado. Mas em uma semana, vieram se esforçando para aprenderem logo como cuidar da filhote.

Taehyung, por dica da sogra de da mãe, passou a tirar seu leite, colocando numa mamadeira, para que Somin conseguisse se alimentar melhor e também, para que ela não começasse a machucá-lo — coisa normal entre lactantes —, e com isso, a geladeira passou a ser dividida entre as comidas convencionais, e mamadeiras com leite recém tirado.

O casal passou a dividir tarefas depois que se atrapalharam no primeiro dia em casa com a bebê. Decidiram que fariam as coisas em partes, e cada um desempenharia um papel, para que nenhum ficasse sobrecarregado. Pela madrugada, cada hora um levantava para ir até o quartinho bege, tirar a filha do berço e entender o motivo de ela estar chorando — o que na maioria das vezes, era fome ou fralda cheia —, e até ali, mesmo com todo o cansaço, estava dando tudo certo.

Somin já estava terminando de mamar. Era esperta e como estava faminta, mamou com certa pressa, dando bitoquinhas fracas no bico de silicone. Taehyung não podia deixar de se sentir completamente apaixonado pelo pedacinho de gente em seu colo, e Jeongguk já sabia que seria impossível se sentir completo, sem aquela miniatura.

Os olhinhos já estavam fechados, embora se movessem por baixo da pálpebra, ao que a boquinha sugava a mamadeira. A mãozinha estava fechada, se apoiando em Taehyung, coisa que ela pegou mania, como se quisesse se certificar de que era um dos pais ali.

Outra coisa que a bebê se mostrou, foi ser possessiva, ela odiava colo de outras pessoas que não fosse de Taehyung ou Jeongguk. Ela chorava alto, esperneava e abria os bracinhos em claro sinal de desconforto, e bastava que um deles a pegasse, para que ela se acalmasse. Desde o primeiro dia do nascimento, mostrou que os pais eram tudo para ela, e ela só queria ambos. A doutora Sujin disse que isso é normal enquanto ela ainda é bem novinha, mas que depois, ela vai passar a aceitar outros colinhos.

Taehyung tirou a mamadeira de sua boca, já vazia, a entregou a Jeongguk e ergueu a filha, a colocando em seu ombro, para que ela pudesse arrotar.

O alfa fez toda a sua parte naquele momento pós banho, que era reorganizar o trocador, levar a toalhinha para secar, assim como guardar as escovinhas e o potinho de cotonetes.

— Eu vou descer e vou fazer algo pra gente almoçar. Tem preferência? — Perguntou baixinho, enquanto observava o ômega colocar a filha dentro do berço e puxar um travesseiro para que ela ficasse de lado.

— Eu quero comer carne. Preciso muito comer uma carne agora, com bastante arroz. Eu estou morrendo de fome. — Taehyung respirou fundo, nitidamente exausto. — Eu vou tomar um banho porque meu leite está vazando, mas já desço para te ajudar, tá bom?

— Tá bom. — Jeongguk assentiu, já saindo do quarto para ir até o andar de baixo, cozinhar.

Ele decidiu preparar almondegas. Sabia bem como Taehyung gostava dos bolinhos de carne mergulhados no molho, e como naquela semana comeram mais comida comprada, ele decidiu caprichar no almoço de sábado, fazendo o arroz com carne e uma salada bem variada, da forma que o ômega gostava.

Ele suspirou quando se sentou à mesa para começar a preparar os ingredientes. Estava cansado e com certas dores nas costas. Por mais que houvesse apenas uma semana que Somin estava com eles, já foram dias suficientes para que eles ficassem exaustos. A verdade é que mal se falaram nesses dias. O tempo inteiro, quando iam se deitar para falar sobre qualquer assunto que fosse, eram interrompidos por choro e ali mesmo o assunto se perdia, sem tempo para recomeço.

Jeongguk continuou a picar os ingredientes, até que Taehyung apareceu na cozinha, com Yeontan no colo.

— Foi rápido. — Comentou tranquilo, com um sorriso no rosto.

— Ah eu preferi não demorar muito por medo de ela acordar e também, pra vir te ajudar logo. — Ele balançou Yeontan no colo. — Tadinho, ele está carente. Mal tivemos tempo de dar atenção a ele.

— Mal tivemos tempo para tudo. — Jeongguk fez um biquinho divertido. — Nunca pensei que eu ficaria por uma semana seguida, sem assistir um filme, comendo uma pipoca e curtindo um tempo com você.

— Huuuuum — o ômega deixou Yeontan no chão e foi para perto do alfa, lhe dando um selinho demorado. — Nem selinhos, né?

— Nem selinhos. — Concordou. — Somin sabe quando você encosta em mim. Acho que ela tem um tipo de sensor, que ativa automaticamente quando você se aproxima de mim.

Taehyung riu, indo pegar uma faca para ajudar com o almoço.

— Eu acho que o negócio dela é: o papai Tae é só meu e o papai Guk é só meu. Se vocês se aproximarem, eu fico de fora. — Brincou, ao que pegava uma cebola.

— Ela deve saber que nós dois juntos podemos criar um novo bebê. — Jeongguk arqueou as sobrancelhas.

— Nossa, Guk, vira essa boca pra lá. — O ômega riu em nítido tom de desespero. 

— Poxa, tá tão ruim assim?

— Amor, não é por ela. Mas você não imagina como é ter todo esse trabalho aqui que nós dois estamos tendo, e somar tudo isso a leite vazando a cada três, quatro horas, te deixando todo melado e desculpe a sinceridade, mas fedendo — fez uma careta, rindo em seguida —, porque leite fede, convenhamos. E como se não bastasse, a dor insuportável que sinto nos pontos da cesária.

— Ainda dói muito né?

— Nossa, nos primeiros dias foi horrível. Agora eu consigo me conter com uma dipirona, mas ainda assim, às vezes eu esqueço e me levanto de uma vez, e tudo repuxa. É… foda.

— Deita pra você descansar um pouquinho. Pode deixar que eu faço o almoço.

— Não, claro que não, eu sei que você também está cansado. Não me custa te ajudar. — Taehyung terminou de picar a cebola e pegou um pimentão. — Agora e quanto ao aniversário do Jimin, você vai querer ir?

— Nossa, eu tinha me esquecido completamente disso. — Jeongguk respirou fundo, desanimado. — Será que vai parecer desfeita se a gente não for?

— Desfeita eu acho que não, mas não indo, a gente só vai estar deixando o cansaço tomar conta de nós e já vamos começar por aí a abrir mão das nossas coisas, por causa da Somin, o que a gente combinou de não fazer.

— Mas estamos muito cansados.

— Estamos. — O ômega concordou, passando as costas da mão sobre a testa, afastando o cabelo. — E ainda tem aquele porém da Somin não gostar do colo de outra pessoa, e com certeza todo mundo vai ficar querendo pegá-la.

Jeongguk coçou a cabeça, pensativo.

— O que acha? Devemos ir ou não? — Perguntou.

— Bem, o Jimin falou que vai ser só um jantar, né? Coisa simples, só a gente mesmo.

— É, pelo que ele disse, sim.

— Então eu acho que não faz mal. A gente pode ir só um pouquinho mesmo. Podemos falar pra ele que vamos chegar um pouco mais tarde e que vamos vir embora mais cedo.

— É, pensando bem, pode ser que seja bom pra gente. Nós vamos sair de casa e levar a Somin pra conhecer outros ambientes. E eles também sabem que ela não gosta de outros colos, então acho que não terá problema.

 — É, não custa arriscar. — Taehyung deu de ombros, continuando com seu serviço de cortar o pimentão.

O almoço estava quase pronto quando Somin acordou novamente. Taehyung já respirou fundo, quase triste, porque seu estômago estava roncando de fome e ele estava se sentindo fraco, mesmo que tenha comido muitos biscoitos enquanto cozinhava com Jeongguk.

— Eu vou trazer ela pra cá, já volto. — Ele deixou a babá eletrônica na bancada e subiu, atrás da filha.

Somin estava chorando no berço, com os bracinhos pra cima, quase desesperada. Os dedinhos finos das mãos estavam esticados e ela tentava se agarrar em alguma coisa, como se pedisse pelo colo do pai.

Por mais que ela estivesse chorando, Taehyung não pôde deixar de achar uma gracinha, ver como ela estava berrando para ter o colinho de alguém, e ele sabia que ela seria uma alfa bem ardilosa.

— Calma, calma, calma! — Abriu o protetor do berço, chegando mais pertinho. — Calma princesa, papai está aqui, shiu, shiu, calma.

Somin deu um soluço com o choro, mas logo voltou a berrar, agora encarando o pai.

— Oh meu Deus, como você está ficando manhosa. — Riu, esticando os braços e pegando a filhote. — Agora pare de chorar, por favor, hm? Pegue seu biquinho, toma, pare de chorar, o papai está aqui. — Começou a balançar a pequena no colo, que foi diminuindo o choro aos poucos. — Filha, eu sei que é comum entre os bebês, mas você precisa chorar um pouco mais baixo — brincou, passando os dedos na bochecha gordinha da pequena alfa. — Os papais estão cansados, com fome, com sono e você está gritando! Não precisa gritar. Nós estamos de olho em você o tempo inteiro, se você acordar, a gente vai saber que acordou, então não precisa dos gritos.

Somin continuava com os olhinhos vermelhos e molhadinhos de lágrimas, mas agora, chupava o biquinho com vontade, juntando os dedinhos das mãos e fazendo bitocas.

— Você vai ouvir o papai? Vai chorar um pouquinho mais baixo? Vai meu amor? — Ele sorriu largo. — Fala com o papai que você vai chorar mais baixinho?

A bebê continuou o encarando, e começou a fazer força.

— Mas o que é que você está aprontando aí? Não acredito que você vai sujar essa fraldinha que o papai colocou em menos de uma hora. SoSo, já te troquei hoje quatro vezes desde que você acordou! Isso, o quê? Oito da manhã? Você está fazendo muita caquinha, filha!

Somin fez força mais uma vez, franzindo o cenho e ficando vermelhinha, ainda chupando o bico, fazendo bitoquinhas.

— Olha só, eu estou aprendendo sobre bebês ainda, tá? Pode ser que essa forcinha não seja nada, mas nós vamos nos precaver. — O ômega caminhou até o trocador da filhote. — Vamos separar uma fraldinha… — Ele pegou uma fralda na gaveta e colocou dentro do bebê conforto. — Agora o lencinho, a pomada pra não fazer popo assadinho… — Ele encarou a pequena e sorriu de novo, vendo como a filha o observava. — Garota, se você ficar me olhando assim, eu vou tirar essa roupinha e te morder todinha. Vou começar por esse pezão que você tem, então pare de me olhar com tanta gostosura.

Somin deu um sorrisinho fraco por baixo do bico, e mesmo que Sujin tenha dito que os sorrisos dos recém nascidos sejam movimentos involuntários, ele não pôde deixar de pensar que ela realmente sorria para eles, toda vez que faziam gracinha.

— Você só tem uma semana e está me deixando todo bobo. Imagina com um mês. Eu estou perdido, completamente apaixonado por dois alfas que fazem o que quer comigo. — Riu soprado, terminando de pegar tudo o que separou para trocar a filha caso ela realmente fizesse alguma sujeirinha enquanto eles almoçavam. — Vamos descer? Papai Guk está fazendo almoço gostoso. — Pegou o bebê conforto e desceu até a cozinha. — Olha só quem acordou e já está com esses olhões abertos e ainda fazendo força.

Jeongguk sorriu e se aproximou, com uma laranja nas mãos.

— Cadê a princesa mais linda do papai? Cadê?

Somin guiou os olhos para ele e abriu outro sorrisinho fraco.

— Ai meu Deus que delícia! Que delícia, papai! O que é que está acontecendo aí que o papai Tae falou que você está fazendo força, hm? — Ele se abaixou, dando um beijinho na bochecha da filha. — Conta para mim.

— Provavelmente ela quer fazer caquinha de novo. — Taehyung fez um biquinho divertido, colocando o bebê conforto no cantinho da cozinha. — Guk, eu estava ali pensando. A gente bem que podia deixar algumas coisinhas dela aqui em baixo. Pelo menos até minha barriga cicatrizar. Eu desci com as coisas no bebê conforto, mas se já estivesse aqui, ajudaria.

— A gente coloca amor. — O alfa voltou para a bancada, onde foi dar atenção ao suco. — Podemos comprar um movelzinho pequeno e deixar algumas fraldinhas aqui, lencinhos…

— Podemos deixar em uma das gavetas do banheiro, não precisa comprar mais nada, é só pra facilitar mesmo. Pelo menos por enquanto. — Taehyung se sentou em uma das cadeiras e ajeitou a filha, que logo cuspiu o biquinho, virando a boca na sua direção.

— A gente coloca. — Ele assentiu, começando a rir. — Ela quer mamar?

— Quer. — O ômega riu nasalado. — Mas não é possível, ela mamou há pouco tempo, não deve estar com fome.

Somin franziu o cenho e fez uma careta, começando a querer chorar.

— Ah não, não chora, toma o biquinho, você não está com fome, SoSo.

— Dê a mamadeira, Tae. Vai que foi pouco.

— Guk, você viu o tanto de leite que ela mamou aquela hora? Não é possível! — O Kim arregalou os olhos, encarando a filha, que cuspiu o bico de novo e reiniciou o choro. — Somin, se você mamar um pouquinho e não quiser, vamos ter que jogar todo o restante de leite fora.

— Tae, deixa ela mamar. Se ela não quiser, a gente joga fora, você tem muito leite, não tem problema.

— É Jeongguk, não tem problema porque não é você que está com os mamilos duros e doloridos de tanto serem puxados para tirar o leite. — Suspirou, piscando devagar, notando que foi grosseiro. — Me desculpe, eu não queria…

— Então deixa ela mamar no seu peito. Só um pouquinho. Vai que ajuda? Se está doendo, ela mamando pode aliviar de alguma forma, não sei.

— Será?

— Se te machucar, eu pego aquela mamadeira pequenininha e separo um pouquinho de leite pra ela. Só um pouquinho pra ela não ficar com vontade.

Taehyung abaixou os olhos para a filha, observando o chorinho sentido de quem não mama há dias.

— Manhosa. — Ele sorriu vencido, abrindo o botão da camisa e deixando que ela mamasse.

Ele respirou fundo, porque era complicado descrever como se sentia. Por um lado, Jeongguk tinha razão, a boquinha pequena fazendo sucções em seu peito ajudava a aliviar, mas em compensação, o fato de estar sendo chupado e já estar doendo, machucava um pouco.

— Olha que coisa linda, Tae. Não pode negar leite pra bebê.

— Jeongguk, não ouse dizer que eu nego leite pra ela. Ela não está com fome e nós dois sabemos disso.

— Mas ela está maman-. — O alfa se calou, no mesmo momento em que Somin soltou o peito e voltou a fazer careta.

— Não filha, mama, toma, não precisa chorar. — Taehyung voltou a entregá-la o peito. Ela chupou mais algumas vezes, mas o soltou e voltou a chorar. — Meu amor, o que você quer? O papai não está entendendo! Será que ela está com dor, Gukie?

— Não sei. Será calor? Tira as meias dela.

Taehyung puxou as meias dos pezinhos e soprou a filha, o que pareceu irritá-la, mais.

— Ai meu Deus, chegou aquele momento que a gente não sabe o que fazer. — Ele ficou aflito, levantando a bebê para seu ombro, a colocando para arrotar. — Vamos, conta para o papai o que você tem, hm? Quer ficar no chão? Eu coloco seu colchãozinho pra você dormir no chão. Conta para o papai o que você tem. — Ele deu mais algumas batidinhas nas costas de Somin, mas tudo o que ela fez, foi golfar. — Ah nãaaao… — Resmungou, triste. — Eu acabei de tomar banho.

— O que foi?

— Ela golfou. — Respondeu quase choroso, trazendo a filhote para seu colo, a fim de limpar a boquinha. — SoSo, por que pediu pra mamar se você não queria? O papai sabia que você não queria, mas você ainda pediu.

— Me dê ela aqui, eu vou trocar a roupinha dela e você também se limpa. Depois pode almoçar, que eu fico com ela pra você comer tranquilo. — Jeongguk se aproximou e pegou a filha.

Taehyung o entregou a toalhinha de boca da bebê e logo subiu, para trocar a camisa que, ele sabia bem — por experiência própria —, que ficaria com cheirinho de azedo.

Jeongguk foi até a sala com o bebê conforto, forrou o sofá e deitou a pequena, ainda chorosa.

— Calma, shiu, o papai está aqui, não precisa de fazer essa confusão.

Somin continuou berrando, mesmo com o biquinho na boca. Yeontan veio correndo e subiu ao lado do sofá, para ficar encarando a filhote.

Jeongguk riu, achando fofo.

— Calma, filha, meu Deus, o que você quer? — Começou o processo de tirar o body. — Olha só, a gente não está entendendo o que está acontecendo, não é Tannie? Você pode nos contar, mas não precisa ser assim, com tanto desespero. — Ele terminou de tirar a roupinha e deu uma verificada na fralda. — Huuum foi um alarme falso, né? Só tem pipi aqui, maaaas nós vamos trocar, pra não assar a bebê mais linda do papai.

Somin estava desesperada. Os olhos saíam lágrimas e ela ficava esticando os dedinhos tanto dos pés, quanto das mãos.

— Meu amor, o que você está sentindo? São as cólicas? — Perguntou, passando o lencinho no bumbum avermelhado. — Não chora, princesa, porque se não, o papai vai chorar junto. Eu estou ficando preocupado.

— Guk, acho que sei o que está acontecendo! — Taehyung apareceu na escada, descendo devagar.

Yeontan latiu, como quem diz “graças a Deus, já era sem tempo”.

— O que você acha que é?

— Sede! — Ele terminou de descer e levantou uma mamadeira pequena. — Ela quer mamar, mas não é leite e está morrendo de calor. Só pode ser água!

— Será? — Jeongguk intercalou o olhar entre a filha e o ômega.

— Vou pegar. — Taehyung foi correndo até a cozinha e Jeongguk pegou mais um lencinho. Mesmo com uma semana de treino, ele ainda não havia aprendido que não precisa exagerar nos lenços, ele sempre fazia questão de gastar de cinco a oito lencinhos, para limpar o xixi — quem dirá o cocô.

— Filha, olha só, o papai Tae acha que descobriu seu segredo.

— Eu tenho quase certeza. — Ele voltou com certa pressa, fechando a mamadeira e se sentando na outra ponta do sofá. — Filhota, olha só o que o papai trouxe, toma, experimenta.

Somin abriu logo a boquinha, desesperada, quando sentiu o bico da mamadeira esfregar em si. Ela cessou o choro e começou a mamar, fazendo bitoquinhas e barulhinhos enquanto engolia, o que fez os pais arregalarem os olhos e Yeontan latir mais uma vez.

— Meu Deus, que pecado. — Taehyung riu sem se conter. — Estamos matando nossa filha de sede, oh pecado, Jeonggukie.

O alfa também riu, pegando mais lencinho.

— Tadinha, não é possível que era só água, bebê. Por que não disse antes?

— Ela estava dizendo, a gente que não entendeu. Bando de papai bobo, né filha? Que dó, meu pai. — Taehyung esfregou a testa, aliviado por descobrir que o grande problema, era sede.

Claro que sentiram pena da filha, afinal, ela só queria um pouquinho de água para matar a sede, mas em compensação, venceram mais uma batalha, que é descobrir que bebês também sentem sede e que também precisam de água.

Jeongguk terminou com os inúmeros lenços e passou a pomada delicadamente no bumbum, para logo colocar a fraldinha. Somin continuou com as goladas na mamadeira, ficando bem quietinha enquanto o pai terminava todo o serviço. Ele vestiu uma camiseta — que ficou bem comprida — e colocou um shortinho, a deixando mais fresquinha, inclusive, com os pezinhos de fora.

Yeontan ainda estava de pé ao lado do sofá, com a língua para fora, ofegante. Jeongguk o encarou, esfregou a cabecinha peluda e brincou com suas orelhinhas.

— Garotão, vá pegar água também. Agora eu vou ficar espalhando água pela casa, e vou encher mais mamadeiras com água também.

— Deixar todo mundo bem hidratado. — Taehyung riu um pouco mais alto, voltando o olhar para a filha, que estava bem mais calma. — Que dó, olha só, mamou a água quase toda. — Ele tirou a mamadeira que já estava sendo esquecida e voltou a dá-la o biquinho.

Somin ficou mais calma, aceitando o biquinho de bom grado e juntando as mãozinhas, como ela costumava fazer.

— Acho que agora a gente vai poder almoçar. — Jeongguk falou baixinho, passando os dedos na bochecha gordinha da filha. — Já sabemos que ela está limpinha, de barriga cheia e sem sede. Deve demorar um pouquinho para chorar.

— Então vamos logo, porque eu já estou até com sono, de tanta fome. — Taehyung respirou fundo, aliviado.

— Pode ir se servir, eu vou colocar ela aqui direitinho pra ficar confortável. — Jeongguk ajeitou o colchãozinho para bebês sobre o tapete e deitou a filha para que ela pudesse ficar mais fresquinha.

Yeontan se deitou ao lado e ficou encarando a bebê, o que para Jeongguk, foi uma cena encantadoramente fofa.

— Vocês vão nos dar muito trabalho ainda. — Brincou, pegando as coisas que usou para trocar Somin e deixando num cantinho, para organizar o espaço para que pudessem finalmente almoçar.

↬↫

A chegada na casa de Jimin foi exatamente da forma que pensaram. Assim que o aniversariante abriu a porta, seu sorriso triplicou de tamanho, quando ele viu o pequeno embrulho dentro do bebê conforto.

— Ela está dormindo? — Foi a primeira coisa que perguntou, recebendo um aceno positivo de Taehyung. — Shiiu, pessoal, Somin está dormindo.

— Opa! — Hoseok se levantou às pressas e abaixou o volume da música.

— Podem entrar.

— Gente, não precisa abaixar a música. — Jeongguk falou sem graça, enquanto cumprimentava Jimin.

— Imagina, ela precisa de conforto, fiquem à vontade. — O Park ainda sorrindo, deu um abraço rápido em Taehyung, antes de fechar a porta.

De fato estavam apenas os amigos lá. Absolutamente ninguém diferente, e isso deixou o casal mais animado. Soyeon estava num canto quase babando dentro do bebê conforto, mas ela sabia que a sobrinha rejeitava colos de pessoas que não fossem seus pais, e por isso ela se conteve, para não irritar a pequena alfa.

— Como ela está lindinha, meu Deus. — Seokjin murmurou, apaixonado, enquanto Taehyung e Jeongguk passavam cumprimentando os amigos.

— Ela cresceu muito. — Namjoon observou. — E engordou.

— Vocês não imaginam o tanto que ela mama. — O ômega riu, olhando a própria filha.

— Deixem ela lá dentro do quarto. Podem colocar ela na minha cama. — Jimin apontou para o corredor. — Se ela chorar, a gente vai ouvir, então podem deixar ela lá, vamos. — Ele guiou Taehyung até seu quarto e puxou seus inúmeros travesseiros para fazer um ninho na cama. — Pode deixar ela aí, Tae. Eu deixo a janela encostadinha, para não entrar vento e ela fica mais confortável do que dentro desse negócio.

— Obrigado, Jimin. E desculpe, nós não vamos demorar, porque você sabe, né?

— Não tem problema. O jantar já está pronto, nós estávamos só esperando vocês. Então podemos comer logo, bem rapidinho mesmo. Não precisa se preocupar, porque eu sei que está tudo doendo e que vocês querem descansar. — Ele sorriu de forma terna e compreensiva. — Vamos lá, vou servir o jantar.

Seokjin já era conhecido no grupo como o que tomava frente de qualquer assunto relacionado a comida, mas naquele dia, foi diferente. O jantar foi preparado por Hoseok e pelo próprio Jimin, num momento de coragem para arriscar algo legal para a comemoração do aniversário.

Organizaram a mesa bem bonitinha, colocaram as travessas com comida e logo começaram a comer.

Taehyung estava se sentindo até mais leve. Na última semana, não imaginou que poderia se sentar e ter uma refeição animada com os amigos, e sem interrupção. Jeongguk também estava em partes, animado. Não é como se não gostassem da presença da filha, mas desde o nascimento de Somin, que não tiveram uma refeição sequer, que não tenha sido interrompida, e além do mais, era sempre um comendo enquanto o outro tomava conta da bebê, o que é claro, impossibilitava que eles comessem juntos, como costumavam fazer.

Por mais que estivessem ali, com um ouvido na mesa e outro no quarto, não puderam deixar de curtir o momento e sorrir um pouco. Taehyung deixou de lado todo o incômodo que os pontos da cesária ainda fazia, e as dores que sentia nos peitos. Preferiu se divertir com os amigos, por Jimin, que estava ficando mais velho.

— Mas então, Tae, como é a Somin em casa, longe dos amigos e dos médicos? — Yoongi foi quem perguntou, tão curioso, que pareceu até estranho ele tocar no assunto assim, do nada.

— Ela é… manhosa. — Respondeu, sorrindo. — Ela chora porque quer colo e se a gente deixa ela deitada, ela chora mais alto, e ela quer colo e temos que dar.

— E ela detesta banho. — Jeongguk emendou. — Colocar ela na banheira é a mesma coisa que deixar ela com fome por horas. Ela berra tanto, que parece que estamos batendo.

— Meu Deus. — Hoseok arregalou os olhos.

— É. — O Kim crispou os lábios, passando o guardanapo por cima. — Hoje nós entramos naquela parte onde ela chora e nós não fazemos ideia do porquê.

— Sério? — Namjoon riu, cortando sua carne.

— Sim, ela estava dormindo depois de tomar uma mamadeira caprichada. Depois ela acordou e ficou pedindo pra mamar, e pedindo, e eu sabia que ela não estava com fome, mas o Jeongguk insistiu que eu a desse leite e eu acabei dando. Mas ela não queria leite e continuou chorando e chorando, e o Guk trocou a fraldinha dela e ela continuou chorando!

— Meu Deus, Tae, tadinha. — Soyeon apoiou a mão no peito. — E o que foi que vocês fizeram?

— O Tae descobriu que ela estava com sede. — Jeongguk completou.

— Mentira. — Seokjin deixou os ombros caírem.

— Sério, nós nunca tínhamos dado água para ela. Simplesmente não passou pela nossa cabeça que o leite é doce e que bebês também bebem água. Eu sei que foi um grande descuido, mas aconteceu.

— Imagina, que descuido, se fosse comigo, acho que seria capaz de vestir a roupa inteira e esquecer da fralda. — Jimin gargalhou, dando de ombros e recebendo um olhar questionador de Yoongi.

— É assim que você quer filhos? — O ômega brincou.

— É, mas pode ter certeza que eu vou me responsabilizar pela falta da fralda. — O Park piscou um olho para o namorado e passou o indicador em seu queixo.

Como se soubesse que estavam falando dela, Somin deu o primeiro sinal de que havia acordado, no quarto. O chorinho começou com pequenos soluços, o que bastou para que Taehyung se levantasse.

— Quer que eu a pegue? — Jeongguk perguntou.

— Não, eu vou ver se ela dorme de novo. Já volto.

Ele foi até o quarto e encontrou sua pequena alfa mexendo os bracinhos e as perninhas, querendo sair daquela posição e começando a chorar mais alto.

— Shiu, calma, papai chegou, princesa. — Ele se sentou, pegando Somin no colo. — Calma, papai está aqui.

A bebê começou a pedir peito, e ele soube que ela também estava pedindo pelo jantar.

— Tudo bem, o papai vai te dar, calma. — Alcançou a bolsa e pegou uma das mamadeiras, logo a entregando para a filha.

Em alguns minutos ali, com a bebê quase dormindo de novo, Yoongi chegou no quarto, de fininho, como quem queria muito matar a curiosidade.

— Posso entrar?

— Claro, entre.

— Aah ela está mamando.

— Ela estava pedindo o jantar também, oras. Todo mundo lá comendo aquela delícia e ela aqui no quarto abandonada? — Taehyung riu, passando a mão nos cabelinhos escuros.

Yoongi se sentou ao seu lado e ficou encarando Somin, o tempo inteiro com o olhar de quem queria muito chegar mais perto, mas tinha medo.

— Ela é um amor, não é? — Perguntou finalmente.

— Ela é brava e manhosa. Mas acho que quando ela crescer um pouco, isso vai melhorar.

O Min sorriu, e tocou bem devagarinho no pezinho calçado com o sapatinho fofo.

— Jimin também quer um filho. — Murmurou. — Eu sinto que não estou preparado para dar isso a ele, mas ele quer muito ser pai.

Taehyung o encarou, surpreso.

— Ele tem um carinho bem grande por você e pela Somin. Ele é completamente bobo pelo instagram dela, e há alguns dias, eu vi ele pesquisando itens de bebê na internet. — Riu soprado. — Mas eu não posso engravidar agora. Será que ele vai conseguir esperar até que eu esteja pronto para isso?

— Claro que vai. — Taehyung respondeu rápido, tirando a mamadeira da boca da bebê e a levantando para arrotar. — O Minie é louco por você.

— Ele é louco agora, mas não sei se ele vai conseguir esperar tanto tempo até eu me formar e começar a trabalhar.

— Não pense assim. — O ômega negou com a cabeça. — Você mesmo via como era improvável que eu e o Jeongguk tivéssemos um bebê, e olha só. Somin está aqui, beeem manhosinha e cheia de mimo. Vai dar tudo certo.

— É… — Yoongi suspirou e voltou a encarar a pequena.

— Você quer… segurá-la, um pouco?

— Não, ela não gosta de estranhos.

— Mas ela dormiu, não vai brigar com você.

— Acho melhor não. Se ela acordar, ela vai ficar brava.

— Pode pegar.

— E-eu… — Yoongi engoliu em seco, se vendo mais uma vez numa situação onde Taehyung o deixa sem saída, como foi no casamento de Seokjin e Namjoon, quando pegaram o buquê.

De repente ele já estava com os braços abertos, recebendo o bebezinho pequeno e indefeso. Seu coração disparou e seu ômega interior ficou apaixonado. Naquele momento, até ele quis ter logo um bebê, por mais que esses não fossem seus planos.

Taehyung ficou calado, apenas observando como um sorriso bobo ia brotando nos lábios finos do ômega e de como suas mãos se moviam bem devagar, acolhendo mais Somin em seu colo.

— Tae e a So-. — Jimin apareceu na porta do quarto e naquele momento, os três ficaram tensos. 

Taehyung quis sair de lá e deixá-los a sós, Jimin queria entrar e falar com Yoongi como ficou apaixonado pela cena, e Yoongi queria devolvê-la ao pai, ao mesmo tempo em que queria se orgulhar por conseguir segurá-la, sem que ela chorasse.

Ficaram os três calados, intercalando o olhar entre cada um e a bebê.

Jimin deu um passo à frente, entrando no quarto, e Yoongi, instintivamente, devolveu a pequenina para o pai.

Taehyung a colocou de volta na cama, e tratou de logo sair do quarto, deixando os dois sozinhos, até mesmo, puxando a porta.

— Ela não chorou. — O alfa sorriu bobo.

— É, ela não chorou. — Yoongi se levantou, indo na direção da porta, mas foi impedido pelo Park que segurou seu braço. — Minie…

— Não fala nada. — Jimin o puxou para perto, abraçando bem forte a sua cintura.

Ele conhecia Yoongi bem o suficiente para entender a confusão que estava no interior do ômega, e naquele momento, ele só quis abraçá-lo, para confirmar mais uma vez que estava tudo bem.

— Eu sei o que está pensando. — Murmurou. — Está tudo bem, não fique com coisa na cabeça, tá bom?

— Você estava ouvindo a conversa atrás da porta?

— Claro que não. Eu não preciso ouvir conversas para saber que você quis jogar Somin longe quando eu apareci. — Jimin se afastou, levando as mãos para o rosto do ômega. — Pare com isso, por favor. Não pense que eu vou ficar fantasiando coisas se você pegá-la. Não queira esconder esse lado de mim. Eu achei fofo, só isso.

— Tudo bem. — Yoongi deu um sorriso de lado, tímido.

— Tudo bem mesmo?

— Uhum.

— Ok. — Jimin se inclinou e pressionou um beijo rápido em seus lábios. — Vamos deixá-la dormir agora. Vamos pra sala.

O alfa saiu do quarto, puxando Yoongi junto, que querendo ou não, ainda estava sem graça.

— E a sobremesa? — Hoseok perguntou um tom mais alto, já querendo quebrar o clima estranho que ficou desde que Taehyung voltou do quarto e deixou o casal sozinho. — Vamos aniversariante, pegue logo aquele bolo, porque eu estou prestes a babar por ele, desde que terminamos de fazê-lo.

— É pra já. — Jimin correu até a cozinha para pegar o bolo.

Não é como se ele quisesse cantar os parabéns e o “com quem será”, mas é claro que as cantorias de praxe não ficariam de fora.

Cantaram os parabéns, e quem puxou o famoso “com quem será” foi Soyeon, coisa que ninguém esperava. 

— Com quem será que o Minie vai casar? — Soyeon falou um pouco mais alto e logo se calou, apontando para Yoongi.

— Boa pergunta. — O ômega coçou a nuca, nitidamente nervoso. — Jimin, eu sei que você ama essas coisas melosas, então vamos lá, você quer casar comigo?

O alfa arregalou os olhos e naquele momento, com certeza ficou roxo, azul, rosa, vermelho, se duvidar, um pouquinho verde.

— Está falando sério?

— Estou.

Jimin encarou os outros convidados e percebeu como que todos estavam surpresos, menos Soyeon e Hoseok, que arqueou as sobrancelhas para o irmão, o induzindo a responder.

— E-eu… eu aceito? — Respondeu incerto, ainda duvidando de tudo aquilo. — Mas é sério?

— É sério. — Yoongi assentiu, tirando duas alianças do bolso e as colocando na palma de sua mão, da mesma forma que foi o pedido de namoro.

— Eu aceito. — Ele respondeu mais uma vez, sentindo o coração bater forte no peito, ao que pegava as alianças e as trocava de sua mão e da mão do ômega. — Gente, eu estou noivo! — Riu um pouco mais alto, puxando Yoongi para perto e abraçando sua cintura. — Eu nem acredito.

— Então vamos logo comer esse bolo, porque eu estou com vontade! — Hoseok bateu palmas, chamando a atenção dos outros, porque ele sabia que Jimin agora iria ficar bem apaixonadinho com Yoongi, enquanto o ômega ia ficar esquivando, por morrer de vergonha. E era fato, Jimin não esperava mesmo ser pedido em casamento assim do nada, e tudo o que ele queria naquele momento — além de comer o bolo —, era puxar Yoongi para um cantinho e certificar de que o pedido era real — mesmo com as alianças nos dedos. Mas até que ele pudesse fazer isso, se contentaria em acreditar que estava de fato noivo da pessoa que ele mais amava no mundo.


Notas Finais


Eu espero que tenham gostado, de verdade *----*
E galera, eu tenho um aviso importante: olha só, eu pretendia chegar com Bebê a Bordo até Somin ficar grande (passando o tempo, claro), mas para não ficar rendendo muito assunto e deixando a fic sem graça, eu meio que decidi fazer sim uma segunda temporada, e isso significa que a fic está indo para a reta final. Eu achei melhor, porque já plotei toda uma nova história com eles casados, mais velhos e com a Somin com uns cinco aninhos, e com certeza, uma segunda temporada vai ser bem melhor do que eu ficar estendendo esta aqui, certo? A próxima vai ser uma short, pra não ficar enchendo linguiça, tá bom? Então é isso, vamos caminhando aí para o final de Bebê a Bordo e eu espero muito que vocês gostem do que planejo.
Agradeço a quem chegou até aqui e beijooooos :*
Insta da Somin: @baby.taegguk
Meu insta: @mkimjin
Meu twitter: @kimiejeon


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...