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História Consequences (SuperCorp) - Capítulo 13


Escrita por: OnceLittleGlee

Notas do Autor


Quem quer um capítulo super emocionante com as nossas querida família Danvers-Luthor? Eu o trouxe pra vcs, amores 💚

Espero que gostem

Capítulo 13 - Capítulo 13


– MÃE?! – Ambas afastaram-se rapidamente, os olhos do casal caindo sobre a entrada da cozinha. Era Nia. A futura estilista com as órbitas arregaladas e os lábios incrédulos. 

– Nia?!

29 de Julho de 2018 - Domingo

Point Of View Narrador

O olhar rígido de sua filha nunca a machucou tanto. A jovem adulta fitava Kara Danvers com escárnio, a mágoa no fundo das castanhas íris de seu rosto acertou o rosto da loira como um forte tapa. O seu peito ardeu furiosamente e a delegada desejou chorar por culpa daquele aperto.

– Peach, e-eu… – Gaguejou, as palavras prendendo-se na sua garganta e não ousando saírem. Nia recuou dois passos, ainda mantendo as órbitas frias sobre as duas mulheres. Lena então deu um passo a frente, respirando fundo.

– Nia, espere, escute a sua mãe por alguns segundos. – A CEO buscou quebrar o clima pesado, o qual era encontrado na cozinha, porém somente recebera o seu desprezo. – Peach, deixe-a explicar-se...

– Escutá-la?! Permiti-la que se explique?! – Nia cortou o falatório de Lena, o seu corpo tornando-se tenso através de visão das outras duas. A raiva eminente fez gotículas de água deslizarem pelas as suas bochechas. – Mãe, ela nos abandonou! Essa mulher não pensou duas vezes em dar as costas para nós durante dois anos inteiros. E agora ela volta, alegando querer o nosso perdão?!

– Nia Danvers Luthor, não grite. – Rebateu firmemente a morena, não gostando do tom de voz de sua filha mais velha. – Eu sei que está com raiva, certo? E eu não estou te sentenciando por isso, okay? Mas ainda somos as suas mães e exigimos respeito.

– Lee, está tudo bem… – Kara buscou apartar a situação. Nia rangeu os dentes, sua atenção caindo sobre a dona das íris azuladas.

– Eu não preciso de sua proteção, mãe. – A palavra "mãe" saiu da forma mais irônica possível. O chão da Zor-El pareceu se partir em dois e a mesma encolheu levemente os seus ombros. Lena pareceu perceber o corpo trêmulo da esposa e ameaçou rebater o deboche de Nia, entretanto foi impedida por Kara.

– Nia, por favor, tudo o que eu necessito è uma chance de explicar. Escute-me por um minuto ao menos, por favor. – Aproximou-se, observando-a recuar. Nia apenas negou com a cabeça, dando meia volta e subindo as escadas ao cômodo superior, mesmo após os chamados de Lena. – Lena, deixe-a. A culpa è minha, sou eu quem preciso resolver a situação. – Pediu, o tom dúbio cortando a sua garganta. Lena assentiu, segurando firmemente a mão quente da mulher de cabelos dourados enquanto, ainda entrelaçadas, a guiou aos seus lábios, depositando um beijo carinhoso na região.

– Hey, a culpa não è sua, okay? Não foi você quem decidiu ir embora, e sim do maldito Ben Lockwood, cujo possui essa ideia louca na cabeça de derrubar os líderes das principais cidades. – Lena tentou confortá-la. – Faça Nia compreender isso.

– Obrigada, Lee. – Afastou-se, seguindo ao segundo andar. Kara usufruiu de passos extremamente lentos, respirando fundo e desejando que tudo terminasse bem. A delegada não iria desistir até obter o perdão de sua filha mais velha.

Assim que chegou próximo da porta do quarto, Kara deu duas singelas batidas, esperando pela a permissão. Quando não obteve, a Danvers abriu a porta, adentrando o quarto. Nia encontrava-se sentada sobre o colchão de sua cama de casal, os seus joelhos dobrados e o seu rosto enterrado nas suas coxas. Kara pôde identificar um alto soluço.

– Nia? – A loira aproximou-se, mantendo o seu tom de voz baixo o suficiente para não irritá-la. – Eu sei que você não quer falar, e eu juro que não estou julgando por tal escolha. Mas, por favor, somente escute-me. Eu não tomarei muito de seu tempo, eu prometo. – Ignorada outra vez. Kara então zuniu, suas íris caindo sobre as extremidades do quarto. Ela sorriu ao avistar o imenso gatinho laranja de pelúcia dado pela a detetive. O seu nome era Streaky e as mães de Kara, Alura e Eliza, a presentearam em seus 10 anos. Kara o guardou durante todo aquele tempo e decidiu presentear a sua primeira filha com o brinquedo. – Você o guardou?

Nia abandonou a sua posição fetal, curiosa no porquê de Kara ter dito aquilo. A caçula vizualizou o bichinho de pelúcia e um minúsculo sorriso escapou de seus lábios, não sendo percebido pela a sua mãe de cabelos dourados.

– Eu pensei que você havia o jogado fora, principalmente depois de eu ter saído. – Kara andou até o utensílio, apanhando-o. Streaky não parecia nem um pouco velho, aparentando ter a mesma fisionomia de antes. – Sei que você não deve se lembrar, mas recordo-me perfeitamente do dia em que eu te presenteei. Você tinha 1 ano e 2 meses de vida e havia acordado no meio da madrugada, chorando. Lena estava grávida de Amy há três meses e, naquele dia, ela tinha chegado da L-Corp às 2:30, declarando que necessitava descansar. Realmente as suas reuniões noturnas tiravam a sua paciência. – Kara riu suavemente com as memórias. – Então eu achei que poderia cuidar de ti sem acordar Lena, entretanto você demonstrou ser bem chorona. Te alimentei, te troquei, contudo você não parava. Foi um tanto complicado...

 – Peach, por favor, pare de chorar, eu não quero ter que acordar a sua outra mãe. – Kara balançava a pequenina filha de um ano, não obtendo a sua calma. Kara já não sabia mais o que fazer para contê-la, Nia não queria interromper o seu choro.

A delegada já havia alimentado-a e trocado-a, no entanto aqueles dois motivos não foram os verdadeiros problemas. Kara a chacoalhou suavemente, murmurando algumas palavras aleatórias. Nia parecia não escutar, ainda choramingando. A loira encontrava-se desesperada.

– Oh, céus, o que eu faço? – Perguntou-se, buscando uma maneira qualquer para acalmá-la. Nada iluminava no seu cérebro, nada além da opção de chamar Lena para auxiliá-la naquilo.

– Talvez o Streaky te ajude nesse trabalho. – Kara saltou. A voz sonolenta a pegara de surpresa e a mesma martirizou-se por não ter impedido Nia de despertar a sua cansada esposa. – Ela sempre gostou de pelúcias, com certeza gostará dele.

– Como você soube que estava no meu closet? – Indagou a delegada, a sua voz oscilando parcialmente. Lena conseguiu, mesmo com a feição sonolenta, sorrir de forma provocativa, respondendo o questionamento de sua esposa.

– Oh, você acha que eu não percebi as noites as quais você tinha pesadelos e acordava no meio da madrugada, buscando o Streaky para abraçá-lo? Por favor, Kar, eu não sou cega. – Zombou. O rosto de Kara foi coberto pela vermelhão de sua vergonha e a mulher encolheu-se emaranhada.

– Eu fazia isso para não te acordar, Lee. – Justificou-se, recebendo uma pura risada da mesma.

– Eu acredito, Kara. – Brincou, cortando a distância entre as duas. Lena então balanceou a grande pelúcia, cativando a concentração de sua pequena garotinha de medeixas escuras como as suas. Nia estendeu as mãozinhas na direção da mais velha, indicando querer o brinquedo. – Você quer o Streaky, huh? – Nia, compreendendo um pouco da pergunta, acenou positivamente. – Deve perguntar à sua outra mãe, afinal o Streaky è dela. – Lena direcionou a atenção de Nia à delegada de National City.

– M-mama… – Nia balbuciou, soando como uma súplica à sua jovem mãe. Kara sorriu, pegando o Streaky de sua esposa, e o estendeu até a pequenina, arrancando-lhe uma gargalhada. – Eba! – Comemorou, batendo palmas.

– O que eu não faço por você, Peach? – Entregou-lhe o gato laranja de pelúcia, assistindo-a divertir-se loucamente enquanto o balançava de um lado ao outro. Kara sentiu uma pequena pena de seu ex-amigo infantil. – Não o rasgue, por favor.

– Calma, querida. – Ironizou a morena de íris esverdeadas. – Você ainda poderá conversar com o Streaky no meio da noite. Não è como se Nia não fosse mais soltá-lo. – Kara revirou as órbitas azuladas.

– Cale-se, Lena. – A Luthor piscou. Kara depositou um beijo sobre a cabeça de sua garotinha e a mesma pousou a mão livre sobre o nariz da loira como resposta. – Hey, queridinha, não acha que já passou da hora de dormir agora que a sua manha cessou? – A primeira herdeira do casal gargalhou mais uma vez.

– Ela não vai dormir, não quando está tão animada. – Comentou a CEO da L-Corp. Kara sabia que Lena estava certa, Nia demoraria de dormir. – Ao menos que você cante uma canção de ninar. Sabe, Nia è apaixonada pela a sua voz.

– Por favor, Lee, não minta. – Reclamou Kara.

– Apenas teste e você verá que eu estou certa. – Desafiou. A Danvers, por fim, optou por acatar a ideia de Lena. Talvez aquela sugestão pudesse dar certo no final de tudo.

Lá vem o Sol

Lá vem o Sol

E eu digo

Está tudo bem

Queridinha

Tem sido um inverno longo, frio e solitário

Queridinha

Parece que fazem anos desde que ele esteve aqui

Lá vem o Sol

Lá vem o Sol

E eu digo

Está tudo bem

Kara cantarolou os primeiros versos de Here Comes The Sun, da banda The Beatles, e a garotinha pareceu desconcentrar a sua atenção do Streaky, assistindo a performance acapela de sua mãe. Lena estava certa quando afirmou que Nia adorava a voz da mãe mais nova.

A loira caminhou pelo o quarto, vocalizando baixinho aquela melodia enquanto a mexia em seus braços. A morena caçula mostrou o seu único dente, o qual estava nascendo em seus lábios, numa pequena gargalhada gostosa.

Queridinha

Os sorrisos voltando aos rostos

Queridinha

Parece que fazem anos desde que ele esteve aqui

Lá vem o Sol

Lá vem o Sol

E eu digo

Está tudo bem

Sol, Sol, Sol, lá vem ele

Sol, Sol, Sol, lá vem ele

Sol, Sol, Sol, lá vem ele

Sol, Sol, Sol, lá vem ele

Sol, Sol, Sol, lá vem ele

Lena colocou-se atrás de sua esposa, repousando o seu queixo sobre seu ombro e escutando-a cantar. A CEO tinha um olhar apaixonado, cujo era mantido sobre a delegada e a menina menor. A Luthor então passou os seus braços pela a cintura da mulher.

Ao mesmo tempo que beijos eram deixados na nuca de Kara, Lena brincava com a bainha do pijama da Danvers. Os olhos da pequenina fecharam-se lentamente, sendo as suas mães a última coisa que vira antes de adormecer.

Queridinha

Eu sinto que o gelo está, lentamente, derretendo

Queridinha

Parece que fazem anos desde que esteve claro

Lá vem o Sol

Lá vem o Sol

E eu digo

Está tudo bem

Lá vem o Sol

Lá vem o Sol

Está tudo bem

Está tudo bem

Kara deitou delicadamente a filha no imenso berço daquele cômodo, assistindo Lena beijá-la em sua cabeça uma última vez. A Luthor girou, andando até a sua direção. Ela logo trouxe a mulher mais nova para um selinho suave, sorrindo ao separar-se.

– Eu não disse? – Gabou-se de estar certa e Kara revirou as órbitas, o convencimento provocando-a levemente. – Venha, vamos dormir. Eu ainda preciso de uma boa hora de sono até a minha reunião de amanhã.

– Vamos, Lee. – Guiou a CEO para o lado externo do quarto. Kara analisando a sua filha uma última antes de fechar a porta e arrastarem-se ao espaço que dividia com a sua esposa.

– Por que está me contando isso? – Perguntou após escutar a breve história, limpando bruscamente as lágrimas, cujo as gotículas encharcavam pelas as maçãs de seu rosto. Kara, a qual também estava em prantos, segurou uma das mãos de sua filha mais velha.

– Porque eu quero demonstrar o quão saudades eu sinto dos nossos momentos. – Confessou, não atrevendo-se a desviar o contato dos olhares. – Nia, eu nunca te esqueci. Em nenhuma maldita noite. Você, Amy e Lena foram os meus principais motivos para continuar prosseguindo e eu juro que nunca quis sair, nunca pretendi abandonar vocês. Eu juro por tudo neste mundo, Peach. – Kara segurou cada uma das bochechas de Nia com as suas duas mãos. – Eu te amo, okay? Você è a minha pequena princesa e não há nada que eu não faria por você, sabe muito bem disso. Eu amo você, Nia Danvers Luthor, e eu tenho tanto orgulho do que você se tornou. – Kara nunca usara um olhar tão firme para proferir aquela última oração. – Uma mulher forte, decidida, valente, inteligente, e uma ótima estilista. E tudo isso sem precisar de minha ajuda. – Nia fungou. – E então? Eu posso ganhar um abraço forte da minha filha?

Nia não respondeu. Ela desvencilhou-se das mãos de Kara e passou os seus braços pelo pescoço da delegada, finalmente enterrando-se num abraço desesperado. Um choro aliviado saiu de Kara e a loira retribuiu o contato, segurando-a como se fosse a última vez.

As duas compartilharam aquele pranto juntas e Nia segurava a sua mãe fortemente, tendo receio de deixá-la afrouxar-se e nunca mais retomar. Já Kara tinha o seu corpo trêmulo, os soluços altos sendo o motivo de seu enfraquecimento. Kara plantava beijos na cabeleira escura da menor, murmurando palavras felizes no decorrer.

– P-promete não mais sair? – Nia, mesmo sem quase nenhuma voz, pôde perguntar, arrecadando o carinho mais completo de Kara Zor-El Danvers. A loira acenou positivamente, sussurrando uma série de "eu prometo". Nia então deu-lhe um sorriso largo, o primeiro desde dois anos. – Eu senti a sua falta. – Admitiu em meio a risada. Kara permitiu-se acompanhá-la naquela ação. – Quando eu me formei no ensino médio, eu imaginei o quão orgulhosa você estaria de mim. Quando eu comecei a ajudar a tia Morgana nas suas criações, eu imaginei o seu sorriso largo ao receber a notícia. Quando eu tive a minha primeira vez, eu imaginei no quão ameaçadora você agiria com o garoto o qual namorei. Eu sempre pensei em você, mãe.

– Eu também, Peach. – Balbuciou emocionada. – Eu também.

– Estou interrompendo? – Uma alegre Lena se fez presente no recinto, assustando ambas as mulheres mais novas. A Luthor sorria iluminada, encostada na porta de madeira escura do quarto. Nia e Kara fitaram a dona da voz e riram em sincronia.

– Não. – Responderam em uníssono. Lena aproximou-se da cama, colocando-se dentre os dois dos três maiores amores de sua vida. Kara agarrou a sua nuca e Nia foi abraçada pela a CEO da L-Corp. – Estou feliz que se acertaram.

– Mãe, mamãe, desculpem-me pela a forma como agi antes. – Pediu Nia, ganhando um encostar de lábios na sua bochecha vindo da mais velha.

– Nós entendemos a sua raiva e chateação, querida. Não precisa desculpar-se. – Informou a dona dos olhos esverdeados. Kara deitou o queixo sobre a cabeça de Lena e acenou, concordo com a esposa. – Amamos você.

– Eu também vos amo, mamãe. – Sussurrou a primeira das filhas. – Mãe? – Direcionou a atenção à loira. – A senhora agora voltará a conviver com a gente? – Indagou, um misto de ansiedade e excitação. Kara encarou a sua mulher.

– Lena quem pode responder isso. – Franziu o cenho. – Eu volto ou não volto, querida? – Ironizou. Lena girou os olhos, rindo logo depois.

– A casa também è sua, Kar. Sabe que pode retornar quando quiser. – Ao informar aquelas palavras, Nia pulou sobre as duas, extremamente contente com a notícia.

– Obrigada, mãe! – Gritou entusiasmada.

– Okay, okay, okay. – Lena murmurou. – Mas agora eu quero que as duas levantem-se e desçam à cozinha. Eu não passei trinta minutos preparando o café para o mesmo esfriar. – Colocou-se de pé, dando dois tapinhas fracos nas outras presentes. – Estou indo acordar Amy. Espero que já estejam sentadas na mesa quando eu descer. – Disse por fim, retirando-se do quarto. As mais novas miraram-se uma última vez antes de saírem também. Não ousariam desobedecer Lena Luthor.

[…]

30 de Julho de 2018 - Segunda Feira

Point Of View Narrador

– Você aceita um pedaço de hambúrguer? – Questionou Lauren Cooper, estendendo o seu lanche na direção da Danvers-Luthor. Amy aceitou, mordiscando uma grande porção, recebendo uma careta da mesma. – Hey, eu te disse um pedaço, não metade do meu hambúrguer.

– Desculpe-me, Laur. – Sorriu cúmplice, dando levemente de ombros. Lauren aproveitou para limpar um resquício do catchup o qual sujou o canto dos lábios de Amy. – Prometo te dar metade do meu almoço amanhã, querida.

– Sem problemas. – Retribuiu a belíssima risada de sua mais nova amiga, afastando-se logo depois. Elas compartilharam uma troca de olhares antes de Amy apanhar o seu telefone. Lauren deitou a sua cabeça sobre o ombro da mais alta e retomou a sua alimentação. – Amy? – A loira mais alta a fitou. – Você tem alguma dupla na aula de biologia?

– Visto que a Karma não está falando comigo, eu acho que não. – Fingiu um sorriso. Lauren sentiu-se mal pela a nova colega. – Podemos fazer juntas então. – Lauren concordou logo depois. – Na minha casa hoje?

– Estarei lá. – A Cooper afirmou alegremente. Amy permitiu que uma risada escapasse, cujo a qual sumiu quando avistou a aproximação de sua melhor amiga, Karma. A garota de cabelos dourados suspirou, os músculos de seu rosto tornando-se tensos.

Lauren, por estar deitada sobre Amy, notou a rigidez e afastou-se, encontrando a ruiva emaranhada. Ela assistiu a troca de olhares e sentiu-se deslocada. A Cooper identificou a garota estranha como Karma Ashcroft.

– Ammie, nós podemos… conversar? – Questionou receosa, o medo imenso de ser negada. Porém Karma não iria reclamar caso a rejeição acontecesse, seria a consequência de ter ignorado a Danvers-Luthor. Amy engoliu em seco, fitando Lauren por alguns instantes como se implorasse por uma opinião. Lauren acenou, incentivando-a a se falarem.

– C-claro… Claro! – Amy ergueu-se da mesa do refeitório, mirando a Cooper pela última vez. – Eu já volto, não saia daí. – Lauren piscou, desejando, internamente, um boa sorte. Amy seguiu Karma ao lado exterior do colégio, aquela imensa área não tendo ninguém para escutar o diálogo.

Karma girou os calcanhares, respirando fundo, e o imaginável saiu dos lábios da ruiva.

– Desculpe-me, Ammie. – Karma evitou enfrentar as órbitas azuladas de Amy. A vergonha atingindo o seu rosto e impedindo o contato visual. – Eu não queria ter sumido, não queria ter fugido daquela maneira. Eu entendo caso esteja com raiva, eu estaria com raiva de mim mesma. E eu não posso explicar o quão idiota fui, Amy. Apenas perdoe-me. – Karma quebrou centímetros daquela longa distância.

– Você… você não está me odiando por estar apaixonada por ti? – Amy indagou hesitante, sua voz oscilando. Karma negou freneticamente, finalmente encostando os seus dedos nas mãos trêmulas da melhor amiga.

– Não, eu nunca poderia te odiar. – Apertou o contato, enviando-a um tímido sorriso. – Fizemos uma promessa, lembra? – Apontou para o colar de Yin, cujo encontrava-se preso no pescoço da Ashcroft. Amy usava a outra metade, o Yang. – Sempre estarei aqui, independente do que quer que aconteça, Ammie. – Karma afastou a mecha rebelde de Amy, colocando-a detrás de sua orelha. – Eu tirei este meu final de semana para pensar sobre tudo e cheguei a conclusão de que você è especial para mim também. Os meus sentimentos nunca serão comparados aos seus, mas eu me sinto amargurada quando não estou contigo. – Karma suspirou. – Eu gosto de você, Amy. – A revelação pegou Amy de surpresa. – Não como melhores amigas, ou como irmãs, no entanto como algo maior. Ainda estou confusa sobre tudo, porém há algo aqui – Apontou para o seu coração. – que diz que tudo è verdadeiro.

– Karm… E-eu não sei o que dizer… – Gaguejou. – Você não estava gostando do Liam?

– O Liam não è nada comparado a você, Amy. E ele provou ser um garoto extremamente babaca no nosso primeiro encontro. Não acredito que dei o meu primeiro beijo a ele. – Riu suavemente. – Você sabe, você não precisa me falar nada. Eu não tenho o direito de te ignorar por um final de semana inteiro, jogar uma bomba como essa e ainda exigir a sua fala logo depois disso. – Karma era suave, doce e amigável. E Amy sentiu o seu coração esquentar. – Te darei um tempo, Ammie, sinto que você precisa. – Karma plantou um beijo no alto de sua cabeça, afastando-se. A ruiva removeu-se do recinto, abandonando a Danvers-Luthor caçula. Amy estava paralisada, buscando entender o que acontecera.

Karma confessou gostar de mim? A loira estava perdida. A confusão presente em seu cérebro. Ela nunca imaginara, nem em um milhão de anos, que Karma poderia retribuir os seus sentimentos. E, agora que a mesma retribuiu, a negação plantou em sua mente. Não è possível. Suspirou a garota.

A Danvers-Luthor permitiu que os seus ombros desistissem e caíssem, ela então retomou ao refeitório, os seus olhos nunca deixando o chão. Ela encontrava-se pensativa, emaranhada dentro de si mesma. Ela até mesmo ignorou os chamados de Lauren, desligando-se do mundo. Sua consciência, alma e coração não esquecendo das palavras da Ashcroft. Se Karma realmente tinha sentimentos por ela, Amy tornaria-se a pessoa mais feliz do mundo.

[…]

Amy repousou os seus braços sobre a bancada da cozinha, fixando as suas íris azuladas num ponto inerte da parede. Ela segurava um copo preenchido por um suco de maçã e bebericava aos poucos, ainda refletindo sobre os eventos anteriores.

A caçula da família não notou a sua mãe próxima da entrada do cômodo. Kara Zor-El Danvers Luthor, a detetive e delegada a qual por fim tinha regressado à sua antiga residência, desejou tomar um copo de água quando finalizou a organização de suas roupas no seu antigo quarto. Ela avistou a filha mais nova e preocupou-se, sentindo que aquela situação tinha nome e sobrenome.

– Pumpkin? – Amy assustou-se, as órbitas claras caindo rapidamente sobre Kara. – Você está bem? Está encarando essa parede há um bom tempo. – Amy gemeu baixinho, desejando não ter sido pega por Kara. Ela não queria explicar o que acontecera à sua mãe curiosa.

– Eu estou legal, mãe. – Respondeu, escondendo a derrota na sua voz. Infelizmente, para a adolescente, Kara Danvers era especialista em ler os outros, principalmente quando aquela pessoa tinha quase a mesma personalidade de sua esposa. Kara puxou um banco próximo de Amy e sentou-se, não quebrando o silêncio.

A delegada sentiu que Amy não estava à vontade de falar sobre as circunstâncias as quais causaram aqueles sentimentos tristonhos e apenas manteve-se calada, esperando-a estar confortável o suficiente para abrir-se.

Amy murmurou um palavrão inaudível. Algo semelhante ao irlandês não fluente, o qual herdou de sua mãe mais velha. A jovem loira então desistiu quando incomodou-se com o silêncio da mãe, virando-se à mesma.

– Mãe, lembra quando eu disse que estava apaixonada por Karma? – Kara acenou positivamente, arrancando um respirar fundo da filha pequena. – Eu disse a ela dias depois de nossa conversa.

– Como ela reagiu, Pumpkin? – Indagou curiosamente.

– No dia, ela disse que não sabia o que dizer. Karma tinha a expressão totalmente confusa e eu fiquei com medo de que ela iria xingar-me quando deixasse a confusão. Porém Karma apenas fugiu e ignorou-me durante o final de semana completo. – Contou. – Hoje, pela manhã, eu e ela conversamos sobre tudo e Karma admitiu ter pensado durante aqueles dias. Karma confessou retribuir os meus sentimentos.

– E o que você falou depois disso? – Kara indagou.

– Não falei nada. Eu somente a assisti sair e desliguei-me o resto da manhã inteira. Não consigo acreditar que Karma gosta de mim, mãe. Eu realmente não consigo acreditar. – Kara conteve um revirar de olhos.

– Pumpkin, você è mesmo parecida com a sua mãe. – Brincou, recebendo um olhar confuso de sua filha. – Por que complicar o que não pode ser complicado, querida? Você a ama? – Amy acenou como se fosse óbvio. – E Karma não disse corresponder as suas emoções? – Assentiu a menor novamente. – Então por que a confusão? Adolescentes e a sua mania de tornar tudo mais complexo. – Finalmente permitiu-se girar as órbitas de seu rosto. – Tudo não seria tão mais simples se você trouxesse a Ashcroft para um beijo?

– MÃE! – Amy arregalou os olhos.

– Por favor, Amy. – Murmurou entediada com o drama de sua filha. – Não seja frouxa, certo? Se há um amor recíproco, não tem motivo para complicação. Marquem um encontro, passem a noite fora, façam as mesmas coisas que vocês faziam antes. O baile do colégio está próximo, convide-a ao mesmo e transforme a noite dela na mais especial de todas.

– Eu farei. – A confiança assumiu a postura da caçula. – Eu farei, mãe. – Kara sorriu, o orgulho na sua feição. – Obrigada por ter me escutado. – A delegada somente inclinou a cabeça, trazendo-a para um abraço. – Eu estou feliz pela a volta da senhora, mãe.

– Eu também estou feliz pelo o meu retorno, filha. – Plantou um beijo no alto de sua testa. – Eu te amo, Pumpkin.

– Eu também te amo. – Desvencilhou-se da delegada de National City, levantando-se do banco da cozinha. – Agora eu estou indo me arrumar. Lauren está vindo daqui a pouco e nós precisamos fazer um trabalho de biologia.

– Lauren, huh? – Fez uma careta maliciosa.


– Mãe, por favor! – Exclamou. Kara gargalhou, assistindo a filha abandonar o recinto. Ela então pôde beber a sua água em paz, feliz por ter ajudado Amy com os seus problemas. 


Notas Finais


Huh, a Lauren será somente amiga da Amy, babes. Primeiro que Karmy è end game no meu coração. Segundo que, na série Faking It, a Lauren è irmã, adotiva, de Amy, e mesmo não sendo de sangue, eu não consigo imaginá-las namorando.

O próximo terá encontro triplo com os nossos casais favoritos, SuperCorp, AgentReign e Marley e Morgana (não sei um nome pra esse casal ksksks). O último capítulo de calmaria antes de iniciar a tempestade hahahahaha

Até a próxima, amores. Beijos e abraços.


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