História Because Of Love - Chapter Two

Camila Narrating:

Desperto com o barulho estridente do despertador que fica na mesinha ao lado de minha cama, vou abrindo os meus olhos calmamente tentando me acostumar com a claridade que vai invadindo o meu quarto, já que fiz o favor de não fechar as cortinas mais uma vez. Aos poucos vou contorcendo o meu corpo e esticando meus braços para cima e ouço alguns dos meus ossos estralarem com os meus movimentos. Começo a percorrer o meu olhar pelo quarto me acostumando mais com a claridade.

— Mama, mama! — Ouço uma doce voz de criança invadir o meu quarto aos poucos e logo em seguida sinto o colchão ao meu lado afundar um pouco. Viro o meu corpo deixando de lado em direção à criança, de frente pare ele e formo um sorriso grande em meus lábios.

— Mi ninõ, mi pequeño! — Puxo o pequeno pra cima de mim onde aperto entre os meus braços e começo a distribuir beijos e mordidas por suas bochechas e pescoço — Dormiu bem, meu amor?

— Pa-para mama, por-por favor! — Começo a ouvir a sua pequena gargalhada e com isso não aguento e começo a rir do seu jeitinho. Ajoelho-me rapidamente sobre a cama e vou passando meus dedos por todo seu corpinho fazendo cócegas por sua barriga — Vou fa-fazer xixi, m-mama! — Paro de fazer os movimentos com as minhas mãos assim que ouço o que me diz e acabo arregalando os meus olhos.

No mesmo tempo, meu pequeno leva as duas mãozinhas em sua boca e começa a rir — É mentira, mama. Era só pra você parar — Vejo um sorriso sapeca se formar em seus lábios por baixo das suas mãozinhas.

— É seu danadinho, enganando a mama. — Dou uma mordida bem de leve em sua bochecha.

— Desculpa mama. Sabe que eu te amo um tantão, né?! — Logo ele abre os seus bracinhos me mostrando o seu “tantão” e com isso acabo rindo. — Mamãe, não se esqueceu de que me prometeu que iriamos para o parque hoje, não é? — Me diz erguendo suas duas sobrancelhas.

— No. mi piqueño. Vai indo pra cozinha que já vou pra preparar nosso café da manhã. — O vejo levantar da cama assim que termino de falar, dou um tapa fraco em sua nádega e logo vai correndo em direção da cozinha.

Espreguiço-me mais uma vez enquanto estou ajoelhada sobre a cama, esticando os meus braços pra cima, movimento minha cabeça de um lado ao outro e percebo que acaba estralando o meu pescoço. Levanto-me calmamente e vou em direção ao meu banheiro e faço a minha higiene matinal rapidamente. Assim que volto para o meu quanto vou até ao meu closet, abro a minha gaveta de blusas e escolho uma da cor rosinha bebê, com mangas cumpridas e que deixa a minha barriga um pouco de fora, calça jeans azul, tendo um dos joelhos rasgado e nessa região mais claro, com um coturno de salto na cor marrom um pouco claro.

Fui até a cozinha onde encontrei meu pequeno sentadinho em sua cadeira me esperando, preparo o nosso café da manhã rapidamente. Tendo sobre a mesa dois sucos de laranja e dois lanches naturais, graças a Deus meu filhote gosta de ser bem saudável assim como eu.

[..]

Estou sentada sobre uma imensidão verde, olhando ao redor, vendo pessoas passeando pelo parque, crianças correndo para todos os lados, adolescentes com os seus cachorros. Famílias brincando ou apenas sentados admirando a passagem assim como eu. Logo a minha frente em um dos brinquedos vejo meu pequeno se divertindo junto das outras crianças que não param por um segundo.

Estico os meus dois braços para trás apoiando enquanto inclino um pouco o meu corpo para trás e deixo as minhas penas esticadas, mexo a minha cabeça em movimentos circulares, vou relaxando aos poucos. Sinto o sol quente de Miami tocar a minha pele e leve vento que deixa o tempo maravilhosamente gostoso.

Volto olhar para frente e vejo um pequeno garotinho de pele branca, com o cabelo preto, com pouca diferença de tamanho ao do meu filho se aproximar dele, vejo que conversam por alguns segundos e logo saiam correndo ao redor dos brinquedos e isso me faz sorrir por ver vê-lo com seu novo amiguinho.  Meu pequeno é diferente do seu novo amiguinho, tem cabelos de um tom castanho escuro, pele um pouquinho mais moreninho assim como a minha.

Enquanto vou admirando meu filho brincar, começo a me lembrar de quando cheguei a Miami. Eu nasci e vivi a minha infância e até uma parte da minha adolescência em Cuba com os meus pais e a minha irmã Sofia de 15 anos, minha vida sempre foi maravilhosa, eu não tenho o que reclamar Sinuhe e Alejandro Cabello sempre fizeram de tudo pra mim, sempre tivemos uma vida totalmente confortável. Meus pais são considerados os melhores advogados de Cuba e por conta disso sempre tivemos de tudo. Com isso eu pude ter a grande oportunidade de mudar de país para poder fazer a faculdade, onde cursei Letras por três anos e meio, já que eu tive que dar uma pequena pausa quando meu filho nasceu.

Aqui eu conheci as melhores pessoas que chamo de amigos Normani Kordei, Louis Tomlinson, Ally Brooke e seu noivo Troy Ogletree. Se não fosse por eles, eu não sei o que seria de mim na minha gravidez, meus pais sempre me ajudaram mesmo de longe e sempre insistindo pra que eu voltasse pra Cuba, mas neguei porque realmente queria criar uma nova vida aqui em Miami, tudo o que eu tenho hoje, eu consegui levantar com os meus esforços e com ajudas das pessoas mais importantes da minha vida.

Fico os meus pensamentos até que sou despertada por uma vós rouca em minha frente e percebo que no mesmo tempo, uma sobra acaba me cobrindo. Com isso ergo a minha cabeça para observar a pessoa que estava em minha frente e deixo um sorriso largo escapar em meus lábios.

Lauren Narrating:

Estou eu aqui sonhando com a minha linda professora, com aqueles olhos da cor de chocolate que me atrai aquele sorriso que me cativa, aquele corpo me alucina até que sou despertada por alguém pulando em minhas costas enquanto ouço o meu nome invadir o meu quarto.

— Vamos Lolo, vamos. Acorde, vamos tomar café pra ir para praça — Resmungo e me espreguiço no mesmo tempo embaixo daquele pequeno corpo que está em minhas costas.

— Já vou indo, Chris. Vai indo tomar café que eu já vou — Afundo minha cabeça no travesseiro assim que eu falo.

— Tá bom, mas não dorme de novo Lolo — O vejo sair de cima de mim e saindo correndo do meu quarto.

Espreguiço-me mais uma vez em baixo do edredom que está me cobrindo e logo afasto do meu corpo e olho para baixo e vejo um volume em baixo da minha cueca e solto um gemido baixo ao perceber o quanto estou apertado pra mijar e me levanto rapidamente e vou em direção ao banheiro. Chegando até a privada e logo entro em uma guerra com o meu membro por estar completamente ereto e dificultando todo o processo, começo a resmungar baixo conforme vou fazendo xixi por sentir um leve incomodo. Agora vocês devem estar me perguntando, como assim meu membro não é? Pois é, minha mãe teve alguns probleminhas na gestação e acabei nascendo com órgão masculino, então da cintura para baixo, sou homem. Pois é. Mas não se enganem isso faz sucesso com a mulherada.

Depois que eu fiz toda a minha higiene fui para o meu closet atrás de alguma roupa para colocar e acabo escolhendo uma regata branca larga com alguns dizeres, uma calça jeans azul escura e meu coturno inseparável preto e sem salto algum. Assim que fico pronta vou a frente do espelho pra ver como estou e vejo o quão gata estou, acabo soltando uma risada com esse meu pensamento.

Desço correndo em direção a cozinha e vejo meus pais e meus irmão tomando o café da manhã, dou um beijo na bochecha de cada um e por ultimo bagunço o cabelo do meu pequeno de olhos verdes e em seguida recebo uma reclamação baixa o que me faz rir. 

Depois de tomarmos café me despeço dos meus pais e pego a chave do carro do meu pai e vou até ele com Christopher.

[..]

Quando chegamos ao grande parque movimentado, vejo o meu irmão já disparar em minha frente indo em direção ao parque onde tem várias crianças correndo e gritando de um lado ao outro até que o vejo indo em direção de uma criança um pouco menor que ele, sorri com essa imagem. Meu irmão é uma criança extremamente carinhosa e faz amizade facilmente com as pessoas, não têm absolutamente nada de fresco, dês de bebê.

Começo a percorrer o meu olhar por todas as direções, vendo em que local iria me sentar enquanto ele fica correndo e brincando por ai, até que vejo uma linda latina sentada em uma parte do gramado com as suas pernas esticadas e cabeça para trás, sorrio com essa imagem e aos poucos vou caminhando em sua direção, mas no mesmo tempo começo a sentir as minhas mãos a ficarem soadas por conta de um pequeno nervosismo que me invade. Quando me aproximo vejo a minha sombra cobrir o seu corpo e no mesmo tempo a mesma movimentar a sua cabeça em minha direção e com isso o meu sorriso se alarga mais ainda e deixo o meu olhar preso naquele aquele lindo castanho. E com o meu sotaque espanhol, comprimento:

— Hola, profesora! –