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História Because Of You - Capítulo Cinco - Me Cative


Escrita por: BlueMoon_3

Notas do Autor


Boa Leitura, e converso com vocês lá em baixo, nas notas finais.
o/

Capítulo 6 - Capítulo Cinco - Me Cative


Fanfic / Fanfiction Because Of You - Capítulo Cinco - Me Cative

Chapter Five -

 

 Eu fitava o teto de meu quarto como se ele fosse a fonte de solução para meus problemas. Eu precisava achar um jeito de pegar mais uma semana de detenção, mas minha mente parecia não produzir ideia alguma.

Bufei, virando meu corpo na cama. Quando minha mente parece se iluminar, somente uma pessoa poderia me ajudar nesse momento. Vasculhei meu quarto, em busca de meu celular e liguei para Taehyung. Ele saberia me ajudar, e não me julgaria.

“Alô, Tae?”

 

[...]

 

O último quarto do corredor era o quarto especial do meu pai. Ele guardava uma porção de coisas lá, seus filmes preferidos, livro e suas fotos. Depois que ele e minha mãe se separaram, ele levou somente suas roupas. Minha mãe e eu nunca mexemos naquele quarto desde então. Poderíamos ter jogado suas coisas fora, mas não o fizemos.

Olhei para a porta branca, e suspirei. Eu sentia que devia a abrir por alguma razão. Eu e minha mãe não a tocamos desde os meus dez anos. Meus pais brigavam muito durante meus dez anos, então meu pai passava a maior parte do tempo naquele quarto, e minha mente mãe não gostava que eu entrasse lá. Quase seis anos depois alguma coisa me dizia que precisava abri-la.

Levei minha mão ao rosto, tomando coragem e toquei a maçaneta prateada da porta, girando a.

O quarto estava intacto.

Do mesmo jeito que ele deixou. O sofá velho, o computador da Apple, aquela pilha de filmes agora toda empoeirada. Uma onda de nostalgia e saudades me atacou, e senti meus olhos marejados.

Eu sentia falta de meu pai todos os dias. Ele viajou para os Estados Unidos um ano após do divórcio. Eu já fui o visitar três vezes, mas ele não me manda notícias desde o ano passado. Eu sinto tanto a sua falta.

Minha visão se embaçou, pelas lágrimas finas que desciam de meus olhos. Todas as memórias boas, os sorrisos, minha família era tão unida. Desvio minha mente, e seco minhas lágrimas. Eu precisava ser forte.

Dei as costas para um quadro de minha família, avistando uma estante repleta de livros, mas um em especial me chamou atenção.

O Pequeno Príncipe.

Meus pais costumavam ler para mim na hora de dormir. Era meu livro preferido. Estiquei minha mão para o pegar, mas ele caiu no chão aberto. Me agachei e peguei o livro, vendo a parte do livro que foi aberta.

 

“– Bom dia, disse a raposa

– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…

– Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…

– Sou uma raposa, disse a raposa.
 

– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…

– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

– Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

– Que quer dizer “cativar”?

– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

– Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?

– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?

– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”

– Criar laços?

– Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…”

Sorri ao ler esse trecho. Minha mãe costumava ler ele para mim. Me referi a ele, quando respondi Jimin de tarde. Não sei o que deu em mim, apenas me recordei do pequeno trecho, e as palavras escaparam de minha boca. Não é como se eu nunca tivesse sido cativado. Meus amigos eram a prova viva disso. Nosso laço era o laço mais forte que eu tinha com alguém, junto de minha mãe é claro. Eles eram extremamente valiosos para mim, não havia alguém no mundo como eles. Eu nunca falaria isso na cara deles, mas tenho certeza que eles já sabem: Eu os amo. Claro que nunca vou expressar isso em palavras, me dou melhor com gestos. E minha mãe? Ela sempre foi tão boa comigo, tão doce. Claro que às vezes ela me dava medo… mas ela sempre me fez sentir amado. Mas porque sinto que o cativar que usei com Jimin foi diferente?

Retomei minha leitura do capítulo.

“– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

– Por favor… cativa-me! disse ela.”

 

[...]

 

Depois de ler o livro por um tempo, uma onda de emoções muito forte me atingiu, e eu não suportei ficar naquele quarto por mais tempo. Lá no fundo, eu ainda escondia meu sentimento de culpa pelo divórcio de meus pais. Eles eram tão unidos, o que aconteceu para eles se divorciarem de repente? Claro que eu nunca contei para ninguém sobre isso, preferia guardar meus medos e inseguranças para mim mesmo.

Já a noite, quando o breu cobria o quarto, e eu observava o teto de meu quarto mais uma vez, um pensamento se fez presente em minha mente.

“Mas como eu iria me aproximar de Jimin? O que eu deveria fazer?” Eu olhava de um lado para o outro, mais uma vez tentando pensar em algo. Parecia que quando o assunto era “Park Jimin” minha mente ficava em branco.

Dobrei meu braço, o apoiando sobre minha testa, o sono já me alçando, quando eu me lembro do livro.

A raposa insistia ao pequeno príncipe, que a cativasse.

"– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…

No dia seguinte o principezinho voltou.

– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.”

E antes que a inconsciência tomasse conta de mim, eu puxei meus lábios em um sorriso. Já sabia o que teria que fazer.

 

[...]

 

Final de semana passou voando e segunda feira já tinha chegado. Eu tinha um pequeno plano em mente, criado com ajuda de Taehyung, é claro. Então enrolei o máximo possível, e cheguei atrasado na escola.  

Respirei fundo e girei a maçaneta da porta grande, torcendo para o professor estar de mau-humor. Entrei com um sorrisinho amarelo. O professor me encara, e o que eu menos desejava aconteceu, ele sorriu para mim.

Merda.

“Jeon!? Estava esperando o senhor, vamos, entre!” Ele não parava de sorrir, e seus olhos brilhavam demais. Ele pegou a professora cegueta!

“O senhor não está bravo comigo por chegar atrasado?” Perguntei com uma fagulha de esperança. Mas ele apenas negou com a cabeça e sorriu de novo.

“Acontece, sei que tem um motivo plausível para ter chegado atrasado. Vamos sente-se.”

Claro, se chegar atrasado com intuito de pegar detenção, para me aproximar de Jimin, é um motivo plausível.

O sorriso feliz do professor, apenas me irritou mais ainda. Bufei discretamente e me sentei.

Mas meu plano não se limitava a um atraso. Esse era apenas o começo.

 

 [...]

 

Juro que tentei de tudo. Mas o bom humor do professor estava inabalável. Eu fui ao banheiro sem pedir permissão, falei em classe, eu “sem querer” coloquei música alta no meu celular, xinguei em voz alta, mas nada. Nada.

Maldito seja o dia em que os dois se pegaram.

O intervalo chegou, e eu estava prestes a desistir de meu plano. Segui em direção ao refeitório, peguei meu lanche maravilhoso - amava aquela tia da cantina -, e fui em direção ao jardim da escola.

A gangue da pesada estava sentada na grama, debaixo dos galhos da grande árvore. Tae brincava com sua comida, enquanto Jin o dava um sermão de como comer e comida eram importantes. Já Namjoon ria junto a Hoseok. de Yoongi que tinha a cara emburrada. Me juntei a eles e discretamente chamei a atenção de Tae.

“Psiu!” Sussurrei em seu ouvido.

“Oi, Jungkook, que foi?” Estranho, ele não costuma me chamar de Jungkook, é sempre biscoito ou kookie.

“O plano faliu.” Ele olha em meu rosto, expressando indiferença e dá de ombros.

“E…” Fala tentando descobrir o meu ponto em começar aquela conversa.

“Me ajuda!” Sussurrei quase desesperado demais. Que isso Jungkook?

“Se não funcionou antes, porque funcionária agora? E não é como se você fosse me contar o motivo de tudo isso mesmo.” Eu estava surpreso, isso não era do feitio de Taehyung, ele sempre me ajudou, e isso me deixou irritado, e um pouco magoado. Tenho certeza que ele percebeu, mas fingiu que não.

“Okay, eu não preciso da sua ajuda mesmo. Eu já sei o que fazer.” Disse irritado e desapontado com melhor amigo. Me levantei da grama e sai dali pisando duro.

Eu rondei o pátio observando todos aqueles adolescentes. E mais uma vez o procurava inconscientemente, e o encontrei sentado em um banco, em um dos campos gramados próximo a escola. Ele lia um livro, que ao me aproximar vi ser O Pequeno Príncipe. Eu pensei em me aproximar e conversar com ele, mas parei no meio do caminho.

O que eu estava pensando?

Não podia me aproximar do nada, e se eu o assustasse? Ele não parece ser muito sociável e não quero colocar tudo a perder. Regredi meus passos, e me distanciei antes que ele me visse. Precisava focar em meu plano. Eu estava desesperado - mais do que queria estar, e somente uma coisa me veio em mente depois daquilo.

O vestiario das meninas.

 

[...]

 

O terceiro ano teria educação física depois do almoço, - se eu não estivesse errado -, e meu plano era cabular aula para espiar as meninas no vestiario. Eventualmente alguém iria me ver ali, e ta-da detenção. Tudo estava planejado e friamente calculado, nada poderia dar errado. Mas eu não contava com uma coisa… Ninguém me viu. Nenhuma mísera menina me viu as espiando descaradamente. Eu assisti elas reclamarem sobre o tamanho de seus seios e bunda para aparentemente nada. Eu estava prestes a gritar, quando uma menina baixinha me viu. Meus olhos provavelmente brilharam em expectativa.

Ela me olhou nos olhos, e sorriu e li seus lábios o que parecia um “Me liga”. Logo depois ela piscou descaradamente.

Estou seriamente considerando suicídio.

 

[...]

 

Eu estava frustrado. Eu havia tentado tudo, mas nada funcionou. Eu fui para enfermeira depois, e pedi para ela um passe para entrar em casa. Ela assinou o papel amarelo, sem ao menos me perguntar a razão de não estar em classe, e eu retornei silenciosamente para sala. A cara da derrota. A aula seguia como sempre. Bom eu acho, não é como se eu tivesse prestado de qualquer jeito.

Logo a aula havia acabado, e eu esperei todos saírem da classe para começar a arrumar minhas coisas e me dirigir ao meu armário.

Suspirei e bati minha mão no armário de metal.

Pode não parecer importante, mas eu simplesmente odiava fracassar. Senti um arrepio subir a espinha, quando minha testa se chocou contra o metal frio do armário escolar. Fechei meus olhos e tentei pensar. Mas fui distraído por um vulto de cabelos castanhos e brilhantes andando em direção a biblioteca.

Não pensei duas vezes e o segui pelos corredores da escola. Adentrei a biblioteca o vendo procurar pelos produtos de limpeza. Não sei porque, mas ele estava tão simples mas tão… lindo. O sol de final de tarde de primavera entrava pela janela, fazendo seus cabelos brilharem.

Balancei minha cabeça me livrando daqueles pensamentos, estranhos.

Bom, ele não sabia que eu não tinha detenção, certo?

Me aproximo de si por trás, e peguei um dos produtos para iniciar a limpeza. Ele levemente se assusta e olha em minha direção, e eu apenas sorri. Ele parecia ponderar sobre o que falar, mas desiste e olha diretamente para mim. Sorri mais uma vez e virei as costas para iniciar a limpeza.

Vou ter que pensar em alguma explicação para minha mãe mais tarde.

 

[...]

 

Ao contrário da semana passada, eu não tentei puxar assunto. O silêncio que nos rondava, não era incômodo, era bom. O sol lá fora já começava a se pôr, e vez ou outra nossos olhares se encontravam, e sorrisos eram trocados. O relógio apontava cinco horas da tarde, e era hora de retornar para casa, minha mãe deve estar preocupada.

Nós silenciosamente guardamos tudo, e me despedi dele com um breve aceno, virando as costas em direção a saída, mas seu próximo ato me surpreende.

Sua pequena mão envolveu meu pulso, me fazendo parar e olhar para trás.

Foi como se tudo parasse, apenas para aquele momento. Seus olhos nos meus, sua mãozinha lentamente escorregando pelo meu pulso direito, para minha mão. Ela era tão pequena comparada com a minha. Eu a envolvi com meus dedos, percebendo o quão gelada ela estava, e um pequeno arrepio me atinge. Subo meus olhos para seu rosto, vendo-o levemente corado.

“Hum, Jungkook?” Ele me chama baixinho.

“Sim.” Respondo suavemente.

“Eu… talvez, também queira ser... cativado.” Ele disse pausadamente. Um sorriso cresce em meus lábios, logo sendo timidamente por ele.

“Ahn, eu posso?” Perguntei, hesitante. Ele passa alguns minutos pensando, mas por fim, assentiu devagar com a cabeça, e o enlacei com meus braços. Ele se põe levemente nas pontas dos pés, e enlaçou meu pescoço. Nossa diferença de altura não era grande, mas seu ato com certeza facilitou o abraço.

Um sentimento gostoso se instalou em meu peito enquanto o abraçava. O apertei mais forte, sentindo sua respiração quente contra meu pescoço, mais uma vez me arrepiando.

Eu não queria o soltar tão cedo.

“Me cative.” Ele sussurrou.



 

        








 


Notas Finais


E ESSE MOMENTO JIKOOK?
Então, esse capitulo seria postado ontem, mas eu tive alguns assuntos pessoais e não consegui. Eu tenho muitas ideias, e não sei me organizar muito bem mas eu já decidi. Os capitulos apartir de hoje serão postados TODA SEXTA-FEIRA. Como temos o fuso-horario estarei postando mais ou menos as oito horas da noite aqui, isso seria as onze da noite no Brasil. Espero que agora com o horario e dia exatos sejam melhores para vocês, porque sera para mim. EU PROMETO FAZER O MEU MELHOR PARA MANTER ESSE RITO DE POSTAR OS CAPITULOS TODA SEXTA-FEIRA. Espero que estejam gostando do rumo que a fic esta tomando, porque eu estou...
Beijos para todos vcs que me acompanham até agora, temos agora 20 favoitos e por mais que para muitos seja pouco, para mim significa muito, serio mesmo muito obrigada!
O capitulo dez esta chegando e eu estou muito animada. Não desistam de mim, ainda!
Beijos especiais de ramen, e até sexta feira!


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