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História Because you're not annoying - Oneshot


Escrita por: tenmei

Notas do Autor


Ok, então essa história nasceu a partir de uma noite onde eu estava bebendo vinho e conversando com meu amigo Zetsu pelo Discord, que me desafiou a escrever uma fanfic "Jotaro x reader". Essa história não deve ser levada a sério.
E Zetsu, seu merdinha: desafio cumprido.
Boa leitura (caso alguém se atreva a ler isso).

Capítulo 1 - Oneshot


Um dia peculiar em meio à minha rotina ordinária de estudante.

Eu estava em pé enquanto esperava pelo meu ônibus para ir até a universidade. Em meados do mês de Julho, o vento frio de inverno bagunçava meus cabelos. Eu já havia desistido de tentar arrumá-los de um modo decente. Encolhi o meu queixo contra o cachecol em volta do meu pescoço, enfiei as mãos nos bolsos do meu casaco e apenas fiquei ali parada enquanto esperava pelo ônibus.

Era a última semana de aulas daquele semestre e por mais que o calor do meu apartamento fosse incrivelmente convidativo, eu não podia me dar ao luxo de perder as últimas provas para, enfim, aproveitar as férias de inverno.

Eu estava absorta nos meus pensamentos quando ele me trouxe de volta à realidade com sua voz grave.

- Com licença? – o homem falou. – Você sabe dizer a que horas passa o próximo ônibus que vai até a universidade?

Quando virei o rosto, me deparei com esse homem alto, de olhos azuis, vestindo um sobretudo branco sobre uma camisa preta de gola alta e com um chapéu branco na cabeça. Logo pensei que ele não conhecia a cidade tão bem. Ou não pegava ônibus com frequência. Ele carregava uma pasta de couro em um dos ombros, a outra mão dentro de um dos bolsos do sobretudo.

- Ah, sim. Daqui a uns cinco minutos, eu acho. Também estou indo pra lá. – eu respondi, sentindo o leve aroma de perfume masculino misturado com cheiro de cigarro que o vento trazia até o meu nariz.

- Obrigado. – ele se limitou a dizer.

Naquele momento, eu me senti constrangida pela minha própria imagem. Aquele homem com uma beleza estonteante e seus quase dois metros de altura, pedindo informações pra mim, uma universitária cansada após um dia de estágio, com os cabelos bagunçados pelo vento e provavelmente marcas de olheiras pós uma noite em claro terminando os trabalhos finais do semestre.

Para minha surpresa, ele se voltou a mim novamente. Haviam outras pessoas ali no ponto de ônibus. Alguns jovens em um grupo, conversando e reclamando do frio. Mas foi a mim que ele escolheu pedir ajuda.

- Quando tempo leva até lá de ônibus?

Ele parecia realmente não pegar ônibus com frequência. O relógio de luxo em seu pulso me passava a sensação de que ele não pertencia à mesma classe social que eu.

- Cerca de vinte minutos.

Ele fez um gesto de concordância com a cabeça e ficou em silêncio novamente. Algo em mim me fez querer saber mais sobre aquele homem.

- Você não é daqui? – eu perguntei, ajeitando os cabelos atrás da orelha. O vento soprava cada vez mais gelado à medida que ficava mais tarde.

- Não, me mudei ontem pra cidade.

- E você vai estudar na universidade também? – tentei não soar muito curiosa, mas quando ele se virou em minha direção, eu senti que ele estava receptivo às minhas perguntas.

- Eu vou dar aulas lá no próximo semestre. Sou professor.

Eu tentei conter a expressão de surpresa com aquela resposta. Ele não aparentava ter mais do que vinte e tantos anos. E era um professor?

- Sério? Que bacana! De qual curso?

- Biologia marinha.

- Então é possível que a gente se esbarre pelo prédio das ciências. Eu faço faculdade de veterinária.

Todos os cursos relacionados à área de ciências biológicas se concentram em um único grande prédio da universidade. Naquele momento eu senti um relance de ânimo para enfrentar o próximo semestre com a possibilidade de encontrar aquele homem tão lindo pelos corredores.

- Vou ter isso em mente se eu precisar de mais alguma informação. – ele falou.

Eu não pude conter um pequeno sorriso quando ele disse isso, embora eu não possa dizer com certeza se a forma como o canto dos lábios dele se curvaram foi exatamente um sorriso quando ele desviou os olhos azuis dos meus.

- Ótimo, me avise se eu puder ajudar, professor..?

- Jotaro Kujo. – ele respondeu.

Eu tentei mentalizar aquele nome, mas tinha quase certeza de que não iria esquecer daquele homem tão peculiar. Quando ergui o rosto novamente, o ônibus que iria até a universidade estava dobrando a esquina e finalmente se aproximando.

 

. . .

 

Meu novo encontro com o professor de biologia marinha aconteceu antes do que eu estava esperando.

A julgar pelo que ele havia dito, ele começaria a dar aulas na universidade apenas no próximo semestre. Ainda assim, tive a surpresa de encontrá-lo na cantina do prédio de ciências biológicas alguns dias depois.

Quando entrei no local, procurando um abrigo do frio e um lugar para me sentar e revisar as minhas anotações antes da prova, ele estava sentado em uma das mesas. Todas as outras mesas do local estavam ocupadas por estudantes, muitos deles também com seus cadernos e notebooks, bebendo café para aguentar mais algumas horas de aula durante a noite.

- Hoje é você quem parece perdida. – ele disse quando nossos olhares se cruzaram.

Seus olhos azuis como o oceano provavelmente tinham uma certa sensibilidade para reconhecer a figura exausta de um jovem universitário no final do semestre.

- Ah, professor Kujo. – eu descaradamente fingi não ter notado a presença dele. – Eu queria tomar alguma coisa quente e revisar o conteúdo da minha prova de hoje, mas acho que não tem mais lugar aqui.

- Só Jotaro, por favor. – ele me corrigiu. – Não tem ninguém sentado aí. – ele falou ao indicar a cadeira vazia que havia logo à frente dele, na mesma mesa.

Por mais estranho que pudesse parecer compartilhar uma mesa com um professor, ainda assim era melhor do que os bancos que ficavam na área externa do prédio. E pra ser bem sincera, eu não perderia a oportunidade de estar próxima daquela figura tão esbelta. Quando me sentei na cadeira à frente dele, novamente senti o aroma do perfume masculino misturado com cheiro de cigarro.

- Obrigada. – eu tentei sorrir de forma gentil, mas tive quase certeza de que meu sorriso se formou levemente embaraçado. Puxei meu caderno de anotações da mochila e coloquei sobre a mesa.

- Não vai pegar um café primeiro? – ele perguntou.

- Ah, eu não bebo café. Me deixa meio agitada.

- Você disse que queria tomar alguma coisa quente.

- Bem... Sim. Mas eu estava pensando em um chá. Mais tarde eu peço.

Ele apenas concordou de forma silenciosa e voltou a beber o seu café. Eu dei uma última olhada para ele quando ele virou o rosto e então me concentrei em ler as minhas anotações.

Eu notei quando ele se levantou da mesa, mas não cheguei a erguer o rosto para acompanhar seus movimentos. Poucos minutos depois, a mão dele deixando um copo térmico com chá sobre a mesa apareceu no meu campo de visão. Olhei pra ele no instante em que ele voltou a se sentar na cadeira à minha frente.

- O que é isso?

- Chá. – ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Nesse momento eu apenas não consegui conter o sorriso em minhas feições, ainda que meu interior estivesse um tanto confuso com aquele gesto repentino.

- Mas... Por quê?

- Porque você não é irritante. – ele respondeu e novamente pegou seu próprio copo de café. – Não vou atrapalhar você, pode voltar a estudar.

Embora eu soubesse que deveria me concentrar em estudar para a prova daquela noite, foi difícil não ter a minha atenção desviada para aquela figura à minha frente. Aquele homem que entrou na minha vida de uma forma tão peculiar em um dia ordinário de inverno.


Notas Finais


Deixei aberto como "não concluída" mas não vou mentir pra vocês, não acho que vá ter continuação. E se tiver algum erro de escrita... Bom, eu escrevi isso estando alcoolizada, então relevem.
Amanhã eu provavelmente vou me arrepender.
Agora com licença, eu vou sair da internet e repensar minhas escolhas de vida.
Beijos pra vocês.


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