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História Before You (Imagine Jeon Jungkook - BTS) - Gente nova na área


Escrita por: mayaszz

Notas do Autor


opa, bom dia
boa tarde
boa noite! 🤍

(boatos de que a autora está tremendo da cabeça aos pés).
EITA Q EMPOLGAÇÃO DOIDAAAAAAAAAA, GAROTAS, CHEGUEEEI!!

por onde devo começar?
no capítulo de hoje vocês conhecerão a _____________ de dezessete anos, se preparem para entrar no personagem dessa adolescente que neeem parece com a atual __________ de After You (vê só o que as experiências da vida fazem com a gente né). além de conhecer a estória desses dois pombinhos, vocês também conhecerão melhor toda a história da nossa protagonista, que já começa o capítulo de hoje com um azar brabo ahshaha...

nos vemos nas notas finais, tenham uma boa leitura! 🌻

Capítulo 2 - Gente nova na área


Capítulo 2 — Chapter Two.

10 anos atrás.

Seul, Coreia.

Segunda-Feira, 9°C.

— A sua tia vai te fazer companhia, não se preocupe. — A vovó dizia enquanto esperava o vovô Clark colocar as malas para fora. Eu estava em pé no meio da escada, vestida em meu uniforme e com a cara mais emburrada possível, eles farão uma viagem para aproveitar a folga prolongada do vovô, e como eu estou estudando, não poderei ir com eles.

— A Hyeon? — Perguntei entediada, bufando e olhando para baixo com as bochechas cheias de ar.

Tia Hyeon é a filha mais nova dos meus avós, ela mora conosco desde uma briga feia com o síndico de seu antigo apartamento no centro da cidade. A mulher de vinte e nove anos não possui um pingo de juízo na cuca, e é tão rebelde que irrita. O bom é que ela não passará muito tempo por aqui, já que irá embora para o Canadá daqui alguns meses, eu estava ansiosa por este dia, até porque, desde que pisou aqui, Hyeon só anda trazendo confusão e brigando com meus avós, sem contar o cheiro de maconha que passa da janela do quarto dela pro meu.

— Olha, tá parecendo a minha criancinha. — Vovô Clark falou me olhando sorridente. Eu suspirei, descendo os degraus a minha frente ainda emburrada. — Não vamos demorar, querida, logo estaremos de volta.

— Por que não posso faltar a escola e ir com vocês?

— Porque você precisa estudar! — Vovó respondeu enquanto se aproximava de mim, me abraçando carinhosamente.

— Cinco dias é muito tempo...

— Eu sei, mas passam voando, chama alguma amiguinha sua pra dormir com você. — Vovô sugeriu.

— Que amiga? — Suspirei entediada. Eles se entreolharam, sorrindo fraco e me dando um abraço coletivo, eu retribuo, como se fosse passar longos anos sem vê-los.

— Não se preocupem, vou cuidar muito bem dessa criança. — Hyeon parou ao meu lado assim que me separei do aperto de seus pais, rodando seu braço tatuado ao redor de meus ombros e me fazendo revirar os olhos.

— Eu arrumei sua bicicleta, por que não vai pedalando até a escola? — Vovô sorriu carinhoso, apertando minha bochecha e caminhando para porta.

 Enquanto o mais velho colocava as malas no carro, vovó nos dizia tudo que julgava necessário, desde a comida no freezer até a hora de regar suas plantas. Diferente de Hyeon, eu dei atenção a sua fala, sorrindo da preocupação que ela tinha em conversar com as plantinhas.

— Se não conversar com elas, elas ficam tristes! — Alertou, me fazendo rir.

— Claro, mamãe. — Minha tia ditou, sorrindo de modo irônico. — Irei conversar com elas todo dia de manhã.

— Ótimo! — A mulher a nossa frente sorriu orgulhosa. — Cuide da minha menina, Hyeon.

— Pode deixar! — Tentei tirar o braço dela de meus ombros, mas ela insistiu em deixá-los ali, me encarando feio.

— Deixei uma graninha pra você no seu travesseiro... — Vovô sussurrou enquanto me dava um último abraço, sorrindo para mim antes de se afastar e caminhar para o carro. Só tive tempo de sussurrar um ‘obrigada’ e acenar para eles, vendo-os saírem em seguida.

Assim que o carro desapareceu de nossas vistas, Hyeon me largou bruscamente, caminhando para dentro de casa e me apressando para entrar também, pegando as botas pretas ao lado e se sentando para calçá-las.

— Pra onde você vai? — Perguntei com os olhos em sua direção, fechando a porta atrás de mim e virando o corpo para ela.

— Acha mesmo que vou passar esses cinco dias aqui? — Riu debochadamente, e eu franzi o cenho, cruzando os braços.

— Tá, mas pra onde você vai? — Voltei a perguntar, tendo seu olhar impaciente sobre mim.

— O Tyler vem me buscar, vou aproveitar esses dias na casa dele. — Sorriu, se pondo de pé após amarrar suas botas, caminhando para pegar seu casaco e a mochila escondida atrás dos travesseiros. — Por que não chama seu namorado pra cá, uh? Ou você não tem um? — Me observou, colocando a mochila nas costas e sorrindo ladino, Hyeon é tão debochada que é impossível manter um diálogo com ela.

— Não é da sua conta. — Bufei, caminhando para as escadas.

— Ei, ei, ei! — Chamou minha atenção com o tom de voz mais alto, eu suspirei, me virando com os braços cruzados, esperando que ela falasse. — Procure me tratar direito hein, garota!

— Você vai me deixar aqui sozinha? — Minha expressão de insatisfação não escondeu o que eu sentia naquele momento. Mesmo que sua presença fosse extremamente desagradável, eu odiava ficar sozinha a noite.

— Oh, tá com medo do bicho papão? — Revirou os olhos, se virando para a porta e colocando a mão na maçaneta. — Relaxa, são só cinco dias, faça quantas festas quiser. — Pôs o pé para fora, no mesmo instante a buzina da moto ecoou na frente da casa, e eu senti vontade de jogar uma pedra no namorado dela. — Limpe tudo, não transe sem camisinha... Ah, e converse com as plantas! — Riu de novo, saindo e batendo a porta com força.

Eu fiquei imóvel por um tempo, respirando fundo e tentando retomar forças e esquecer o ódio que estava sentindo da cara dela. Mordi os lábios, olhando para baixo e me sentindo triste, cinco dias é pouco sim, mas eu não costumava passar tanto tempo longe do vovô e da vovó, já que sempre fui totalmente apegada a eles.

Olhei para o relógio em meu pulso, lembrando que eu não poderia faltar a aula, ainda faltam trinta minutos, então eu teria tempo para chegar sem atraso algum. Depois de calçar meus tênis e pegar minha mochila, voltei até meu quarto, pegando as notas de won que meu avô havia deixado pra mim e sorrindo fraco ao ver que era uma quantia boa, eu poderia lanchar e ainda sobraria dinheiro para depois.

Dei uma última olhada no cabelo, o arrumando antes de me apressar para sair logo de casa, eu poderia esperar mais um tempo, até porque, não estava atrasada, mas o céu nublado me fez repensar se era uma boa ideia, então, apenas segui minha intuição, era melhor ir logo do que tomar um banho de chuva daqui a pouco. Tranquei a casa, colocando a chave com o chaveiro de ursinho — comprado pelo meu avô, é claro — no bolso, pronta para sair.

Subi na bicicleta, pedalando pela calçada antes de alcançar o asfalto e me dirigir tranquilamente pela rua vazia. Meu bairro costuma ser mais movimentado, e é quase impossível não ver nenhum movimento durante um dia inteiro, mas hoje todos pareceram se esconder do tempo nublado, nem mesmo os trabalhadores que eu vejo todos os dias nas calçadas, estavam por aqui.

Aproveitei das ruas vazias para pedalar à toa por ali, voltando para a calçada apenas quando via alguns carros virando a esquina.

Eu terei muitas tarefas para hoje, preciso estudar para o exame de matemática e dedicar um tempo para os estudos da prova de medicina, ela ocorrerá no final do ano, mas eu venho me preparando a bastante tempo, ansiosa para conseguir minha vaga.

Enquanto pensava sobre os inúmeros cálculos que eu precisaria revisar, voltei para a calçada, esperando os carros pararem de passar. O sinal estava verde, e eles passavam rapidamente, virando para o lado do centro quase que ao mesmo tempo, eu precisava atravessar para o outro lado, então aproveitaria da faixa de pedestre para fazer meu caminho.

Não demorou para a rua esvaziar novamente, e eu parei na calçada, observando o semáforo impaciente, esperando que a cor mudasse para o vermelho. Apesar de não ter mais nenhum carro, conseguia ouvir a voz do meu avô na minha cabeça dizendo sempre a mesma coisa:

‘’Atravesse apenas quando o sinal estiver vermelho, independente de ter um carro ou não’’.

E claro, eu o obedecia mesmo que de longe.

Assim que o vermelho fez presença, eu me preparei para atravessar para o outro lado, empurrando o pé no pedal e descendo o meio fio calmamente, como o semáforo estava ao meu favor, não imaginei que correria algum risco, isso até ver um carro virar de uma vez na esquina ao meu lado, com toda a velocidade possível, vindo na minha direção e me dando um baita susto ao frear praticamente em cima da minha bicicleta, eu estava paralisada nesse meio tempo, então, apenas senti o baque no pneu traseiro e me desequilibrei, indo direto ao chão junto com todas as minhas coisas.

—Droga... — Murmurei dolorosamente, apoiando as mãos no chão e xingando o motorista com todos os nomes possíveis. Ouvi a porta do carro abrir e me virei para lá rapidamente, com a cara mais séria possível. — Porra, não sabe olhar pra frente?! — Vociferei indignada, tentando me pôr de pé.

— Você é cega por um acaso?! — Ele rebateu, se apoiando na porta aberta. Era um cara alto, de óculos escuros e camisa social branca amarrada até os cotovelos, ele tirou seus óculos, revelando o rosto jovem que me encarava seriamente, como se eu fosse a errada em meio a toda essa situação.

— Se eu sou cega você deve ser louco! — Me levantei toda desengonçada, juntando minha mochila do chão. Ele continuou me encarando seriamente, bufando irritado e balançando a cabeça. — Não sabe respeitar as leis de trânsito? O sinal tava vermelho! — Voltei a discutir, tendo seu olhar voltado sobre mim novamente.

— Dá um tempo garota, eu ‘tô atrasado pro trabalho e a rua tava vazia, não tinha como eu adivinhar que a lesada estaria atravessando! — Eu o encarei séria, faltando jogar minha mochila em sua cara.

Vai pro inferno, idiota! — Juntei minha bicicleta do chão, saindo em passos firmes.

Vai você! — Gritou de volta, antes de bater a porta com força e sair na maior velocidade do mundo.

Puta hora em que decidi sair mais cedo de casa.

Respirei fundo, recuperando forças e olhando para os lados, não havia ninguém ali. Eu me apoiei na parede do prédio a minha frente, sentindo o coração acelerado, como eu explicaria para meus avôs que quase morri no primeiro dia de viagem deles? Melhor nem contar.

Pelo menos o pneu da minha bicicleta estava salvo, diferente do meu coração que parecia querer sair pela boca, o susto que eu tomei foi grande, encarar a morte de perto não é para fracos. Voltei a subir na bicicleta, dessa vez, pedalando apenas na calçada, apressada para chegar logo à escola e esquecer a cara daquele idiota.

— Sério, ainda bem que ele freou, se não você nem estaria aqui agora. — Claire dizia o óbvio ao meu lado, esperando que eu terminasse de pegar as coisas do meu armário. Já havia chegado na escola a alguns minutos, e contado para ela sobre meu quase acidente.

Claire, assim como eu, está no terceiro ano, e irá concorrer a uma vaga de medicina nos Estados Unidos, especificamente em Chicago, na sua cidade natal, onde ela pretende morar pelos próximos anos. É impressionante como todos ao meu redor se interessam em sair do país, enquanto eu nem tenho essa ideia em mente, Claire é a única que eu entendo, levando em conta que grande parte da família dela permaneceu em Chicago.

— A rua estava vazia, eu só ouvi os pneus do carro fazendo a curva, ele devia achar que estava em algum jogo de vídeo game. — Bufei, ainda irritada com a cara do homem.

— Como ele era? — Eu arqueei a sobrancelha, estranhando sua pergunta e fechando o armário a minha frente. — Ele tinha a cara de maníaco sanguinário, ou era apenas uma pessoa normal?

— Foi um acidente, e ele é uma pessoa normal... Não totalmente normal, deve ter algum problema de visão ou de atenção. — Respondi, caminhando ao lado da loira em passos curtos até nossa sala de aula.

— Caraca, ainda bem que ele não matou a minha amiga. — Me abraçou de lado, arrancando uma risada minha. Logo chegamos à sala, sentando nos lugares de sempre e planejando nosso roteiro de estudos, fazíamos isso o tempo inteiro, Claire era tão estudiosa quanto eu, e tinha mais planos do que eu poderia contar aqui.

A aula de literatura começou assim que a professora adentrou a sala, com o sorriso meigo e carregando vários livros. Em seguida veio a aula de gramática, seguida por biologia e finalmente, o intervalo. As manhãs na escola são bem cansativas, os intervalos são curtos demais e eu estudo mais que o necessário.

Assim que o sinal indicou o fim das aulas, eu levantei aliviada, pegando minhas coisas e me virando para Claire, que já se despedia de mim, acompanhando seu namorado com um sorriso de orelha a orelha, eu acenei para ela, observando os dois se distanciarem enquanto respirava fundo. Mais casais passaram ao meu lado, com a felicidade estampada nos rostos juntamente do amor que sentiam — tá... O universo com certeza está me pregando uma peça.

Eu suspirei, caminhando até o meu armário e pegando tudo que eu precisaria para estudar hoje à noite.

No caminho de volta para casa, as ruas já estavam mais movimentadas, e eu demorei bastante esperando os sinais fecharem e os espaços serem liberados para eu passar, chegando em casa exausta e jogando minha mochila no chão.

— Cheguei... — Minha fala foi morrendo assim que lembrei que não havia ninguém.

Eu realmente odeio ficar sozinha por aqui. Em dias comuns eu chegaria e a casa estaria emanando o ótimo cheiro das comidas da vovó, eu correria para a cozinha, e já teria o que comer, saindo de lá apenas para cochilar e voltar a estudar. Mas hoje o almoço só vai sair se eu tiver coragem de fazê-lo.

Após um banho merecido e uma hidratação no cabelo, eu caminhei pela cozinha, procurando pelo que eu faria para comer, não estava com tanta fome por conta do lanche do intervalo, mas precisava pelo menos me alimentar de alguma coisa caso quisesse estudar pelas próximas horas.

E você, já almoçou? — A voz calma da vovó perguntou do outro lado da linha. Eu carregava o telefone enquanto andava pela sala, havia comido apenas um pacote de salgadinhos, já que a preguiça foi mais forte e eu nem cheguei perto das panelas.

— Já sim. — Respondi, tirando a toalha de minha cabeça e jogando no sofá.

Hyeon fez o almoço pra você? — Ela perguntou, e eu fiz uma cara de pato, me preparando para mentir. A tatuada me mataria se eu contasse que na verdade, ela está do outro lado da cidade a essa hora.

— Sim, ela fez...

Tudo bem então, querida, liguei apenas para saber se estava tudo bem. — Eu sorri com sua preocupação. — Já estou com saudades.

— Eu também, não demorem por aí.

Logo logo estaremos de volta. — E após mais umas falas dramáticas, ela desligou a chamada.

Deixei o telefone no lugar e peguei a toalha do sofá, a levando para meu quarto, onde eu passaria as próximas horas. Estudando e fazendo o mesmo de sempre.

Quando estou estudando, as horas passam rápido demais, principalmente quando pego o assunto rapidamente, então, eu nem percebi quando o dia escureceu lá fora, apenas quando levantei a cabeça para fechar as cortinas, notando o céu escuro e cheio de estrelas através das janelas e da varanda, só aí percebi que eu havia estudado pela tarde inteira, e que as oito horas da noite chegaram de uma vez.

Decidi que estava na hora de parar, e, enquanto guardava meu material na mochila, vi o celular vibrar na escrivaninha, começando a tocar. Deixei minha bolsa no canto e caminhei até o aparelho, pegando-o e sorrindo ao ver que era uma ligação de Taehyung.

Oi, oi, oi. — O garoto disse animado assim que eu atendi a chamada.

— Oi Tae. — Sorri, me sentando na cadeira e ouvindo um som alto atrás dele. — O que está fazendo?

Uma festa, aliás, você já deve saber porque estou te ligando. — Sua voz quase era ocupada pela música alta que ecoou onde ele estava. — Não tá vendo que tô no telefone, caralho?! — Exclamou irritado, e eu ouvi a música diminuir na hora.

— Nem pensar, de forma alguma, nananinanão! — Repeti tantos ‘nãos’ que sequer serviram para alguma coisa, já que ele continuou insistindo e insistindo.

Eu vou te buscar, é melhor você estar pronta daqui alguns minutos!

— Eu não quero ir, Tae...

É só uma festinha, tem gente nova na área, você precisa se divertir um pouco, anda estudando demais. — Eu suspirei, ouvindo-o rir. — Chego aí em quinze minutos. — Eu mal tive tempo de respondê-lo, já que ele desligou a ligação antes.

Olhei ao meu redor, vendo a escrivaninha organizada assim como todo meu quarto, eu não teria nada para fazer agora, só deitar e esperar pela hora de dormir, Hyeon não voltaria para casa e eu ficaria sozinha pelas próximas horas, então, por que recusar o convite de Taehyung?

Não me arrumei muito, apenas uma calça, uma blusa e um tênis estava de bom tamanho, o tempo estava frio demais para eu ir com outra roupa. Por fim, peguei uma jaqueta jeans, caminhando para fora do meu quarto com meu celular em mãos. A única maquiagem que eu carregava no rosto era o rímel, e o liptint na boca.

Abri a porta de casa, passando para fora e mexendo no celular até que Taehyung chegasse, o que não demorou muito, e mesmo me vendo ali, ele buzinou. Tranquei tudo atrás de mim e corri até o carro, abrindo a porta do passageiro e passando pra dentro.

— Uma festa nesse frio? Você é louco mesmo. — Falei assim que me sentei, vendo meu melhor amigo rir enquanto dava partida.

— Assim que é bom, tá uma galera lá em casa, eu saí escondido praticamente. — Me olhou rapidamente, com um sorriso no rosto. — Gostei da camisa.

— Valeu. — Sorri. — E os seus pais? Onde eles estão?

— Como seus avós, bem distante daqui. — Respondeu. — Como foi seu dia, uh? Sei que estudou muito, como sempre.

— Claro, quase fui atropelada por um cara no caminho para a escola também. — Me encostei no banco, colocando o cinto e cruzando os braços.

— Como assim? — Franziu o cenho, virando para mim assim que parou no sinal. — Você tá bem?

— Eu caí da bicicleta, mas um arranhão não é nada comparado a morte. — Ele riu da minha fala, e eu o acompanhei. — Eu estava atravessando com minha bicicleta, não havia carro algum na rua, e então, simplesmente do nada, um cara vira a esquina na maior velocidade do mundo, e ele ainda quis me colocar como a errada da história!

— Você discutiu com ele? — Taehyung riu mais ainda, voltando a direção depois do sinal mudar para verde.

— Lógico, faltou bem pouco para ele me matar. — Bufei, relembrando o momento. — E ele me chamou de lesada!

— Essa cena deve ter sido ótima. — Falou em meio ao riso.

— Eu quase morri e você tá rindo?

— Mas você tá aqui, vivinha, então, posso rir à vontade. — Deu de ombros, e eu acabei rindo também.

— Quem é essa gente nova que você falou? — Perguntei assim que paramos em frente à casa dele. A casa dos pais de Taehyung é exageradamente grande, e eu podia ver pessoas em cada canto dela.

— Você vai ver. — Sorriu, saindo do carro em seguida. Eu fiz o mesmo, fechando a porta e colocando meu casaco assim como ele fez. Pelo tempo frio, todos ali estavam bem protegidos.

Nós caminhamos para dentro, ultrapassando tantas pessoas que eu passei a me perguntar de onde Taehyung conhecia tanta gente, alguns que eu nunca havia visto na minha vida me cumprimentaram, como se me conhecessem a décadas, só então percebi que já havia uma boa galera bêbada por ali. A música faltava estourar meus ouvidos, e eu me perguntava por que não fiquei em casa mesmo.

— Olha só os lugares que você me mete, Taehyung. — Falei próxima do garoto, que riu enquanto me puxava para algum canto. Só então percebi que era onde nosso outro amigo estava.

— ____________! — Jimin gritou empolgado assim que me viu, me abraçando fortemente e me levantando do chão.

Além de Tae, Park Jimin também faz parte do meu pequeno grupo de amigos, só que não somos tão grudados como eu sou com Taehyung, já que vez ou outra, Jimin simplesmente desaparece. Apesar disso, ele faz grande falta quando não está conosco.

Jimin está presente em literalmente todas as festas e lugares que vamos, o chamamos de onipresente, já que é impossível irmos em uma festa, e ele não estar lá.

— Oi Jimin. — O respondi em meio ao riso, sendo colocada no chão e tendo seu braço sobre meus ombros.

— Eu tenho um gato pra te apresentar. — Sussurrou em meu ouvido, devido ao som alto que nos rodeava. Eu ri, balançando a cabeça e olhando para ele.

— Sabe que não estou afim de conhecer ninguém. — Falei um pouco mais alto do que deveria, vendo Taehyung se aproximar de nós com dois copos em mãos, me entregando um enquanto ficava com outro. Nem precisava cheirar o líquido que ocupava o pequeno espaço para saber do que se tratava.

— Quem não tá afim de conhecer ninguém? — Tae perguntou com o cenho franzido, se encostando na parede ao nosso lado e bebendo de seu copo.

— A _____________. — Jimin respondeu, rindo junto do outro, eu os encarei confusa, direcionando o copo para minha boca relutante. — Eu ia apresentar o Jungkook pra ela.

— Jungkook? — Franzi o cenho, sentindo a garganta queimar com o álcool.

— Sim, ele que é a pessoa nova na área. — Taehyung explicou, e eu assenti calmamente, finalmente entendendo.

— E quem é ele? — Perguntei.

— Ele é meu primo, se mudou a uns dias, tá morando comigo agora, e vai ficar por um bom tempo. — Jimin me olhou, com um sorriso no rosto. 

— Hm, entendi. — Murmurei, olhando para meu copo distraída até perceber que os dois ainda estavam me olhando. — A resposta é não, eu não quero. — Ditei, ouvindo-os suspirar chateados enquanto eu ria. — Tem tantas garotas na festa, apresentem uma pra ele!

— Nenhuma delas faz o tipo dele. — Jimin falou enquanto olhava ao redor, como se procurasse pelo rapaz.

— E eu faço? — Ri.

— Ah, faz, faz sim. — Taehyung sorriu convincente, se desencostando da parede. — Vou atrás dele, ele deve tá conhecendo o pessoal. — Saiu rapidamente.

— Jimin, eu vou fugir desse lugar! — Encarei meu amigo nervosa, vendo-o rir de minha expressão enquanto segurava meu braço.

— Relaxa, se você não gostar dele, eu dou um jeito de enrolar. — Sorriu. — Mas ele é bonitinho, você vai gostar.

— Mas, Jimin... — Murmurei fazendo bico, ele riu, me dando um abraço e me colocando ao seu lado. Jimin é com certeza um dos amigos mais carinhosos que eu tenho, e quando ele fica bêbado, fica dez vezes mais carinhoso do que já é. — Deixa eu me esconder, por favor. — Pedi.

— Olha lá, ele. — Eu virei rapidamente, olhando para Jimin com a cara mais séria possível e de braços cruzados, Park riu alto e colocou a mão no peito. — Taehyung, ela vai me matar!

— Calma, calma, já voltamos, olha só quem eu encontrei jogando sinuca. — Me virei para Taehyung, direcionando meu olhar para o garoto alto ao seu lado, arregalando os olhos na hora e sentindo meu sangue ferver.

— Você?!


Notas Finais


(esse é o momento em que vocês fingem surpresa, garotas).
eles já começaram bem né? aahshahah, também quero conhecer o amor da minha vida assim.

AGORA SÉRIO, eu imaginei um JK gostosão e super provocativo pra essa fanfic hein, a autora tá super inspirada na carência da vida, não pensem que vão encontrar aquele adulto de vinte e oito anos sério e maduro não, aqui todo mundo é jovem e louco, sem maturidade. então, preparem os corações para o nosso querido Jeon Jungkook de 19 anoss.

vocês acabaram de ler 3824 palavras, e vão se acostumando que daqui pra frente é só glória.
é isso.. o que acharam do capítulo de hoje? logo tem mais, prometo não demorar!

Meu perfil ღ: @mayaszz
Até a próxima! 🌸


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