História Behind The Secrets - third season - So bipolar

- Agora nós vamos subir para dormir... - Falo de propósito. - Eu preciso arrumar umas coisas no meu quarto amanhã cedo. - Fico de pé. Ele levanta segundos depois e visto minha calcinha. Ele sua cueca.

- E se... dormíssemos no mesmo quarto hoje? Sei lá, já transamos mesmo. - Ele dá os ombros. Eu estava gostando muito de como ele voltou do Canadá. Estava realmente diferente. Não que fosse o Justin de antes, longe disso, mas estava sendo bom.

- O que tem a ver uma coisa com a outra? Eu dormia no mesmo quarto que você porque éramos um casal... Mas aí... - Ele dá os ombros e coloco meu sutiã, sem  fechá-lo. Deixo as roupas no chão e saímos juntos de lá. Amanhã cedo eu virei recolhê-las. Apoio com as mãos em seu ombro esquerdo e dou um beijo em seu rosto. Sinto o cheiro da maresia e entramos na casa pela escada dos fundos. Quase piso na areia sem querer e subo o primeiro degrau. Justin vai na minha frente e estica os braços para trás.

- Eu posso te levar? - Era estranho vê-lo pedir permissão para quase tudo. Ao mesmo tempo, era estranho ele querer ficar mais próximo a mim e me agradar.

- Huh, pode. - Respondo ao subir no mesmo degrau que ele. Justin me segura pelas coxas e pego impulso. - Só não me derrube nessa escada.

- Ok. - Ele responde e me pega nas costas. Rio com a situação e ele termina de subir as escadas um pouco rápido. Fico com medo de cair para trás. Fecho os olhos e vejo que ele abre a porta. - Onde dá essa porta? - olha no escuro e sinto o vento forte. Estava frio.

- Dá na área do corredor. - Sussurro. - Mas fale baixo. As crianças estão dormindo. - Ele concorda e anda comigo pelo corredor na completa escuridão. Entra no quarto dele e fecha a porta. Volto a pisar no chão e ligo um pouco a luz. - Por que você me trouxe aqui? Eu vou tomar um banho no meu quarto e arrumar umas coisas... - Falo olhando ao redor e ele dá os ombros.

- Só porque eu estou gostando muito de você, você não quer ficar aqui? - Ele fala invocado e sorrio. Era bom ouvir isso dele. - Eu já falei que senti um pouco a sua falta no Canadá... Fique aqui.

- Você está muito estranho. - Falo ao me aproximar dele.

- Eu também acho... - Ele responde. - Então aproveite porque eu não sou assim. - Ele era. Não é mais. Ok. Eu sei.

- Huh. - Murmuro em resposta. - Você está com sorte hoje, isso sim. - Abraço-o no pescoço. - Na verdade, é porque você está de bom humor hoje. O que aconteceu?

- Eu só... Só senti vontade de você. - Se fosse antes, eu ficaria brava, diria que ele não pode me tratar como algo em que ele pode querer só quando quiser. Mas ele não se lembra de mim como eu me lembro dele. Apenas sorri. Era bom saber que ele me queria, pelo menos, hoje. Dei um selinho nele, que me beijou com gosto e apertou minhas costas. Foram beijos intensos. Era uma energia diferente. Ele descia as mãos nos meus quadris e beijava minha boca no meu ritmo. Como eu queria. Talvez ele não me quisesse em especial, mas sim quisesse uma mulher por uma noite. Nunca se sabe o que se passa na cabeça dele.

- Aconteceu alguma coisa durante sua viagem ao Canadá? Você está me tratando muito diferente.

- Aconteceram algumas coisas... Eu estou gostando muito de você. Muito mesmo. Eu não sei muito bem qual é a intensidade, mas é grande. Eu também não sei explicar, mas eu só sinto. Eu acho que nunca me senti assim... Eu quero me envolver com você. Mesmo que seja aos poucos. - Franzi o cenho surpresa com o que ele disse. Uau, pensei. Justin sorriu de lado para mim. - Tudo bem pra você?

- Se você não pegar mais ninguém, está ok.

- A última pessoa de nós que pegou alguém foi você.

- Espera... Você não pegou ninguém no Canadá? - Ele pareceu envergonhado. Como se não quisesse que eu soubesse. Eu estava surpresa, confesso. Eu tinha certeza que ele tinha ficado, pelo menos, com duas mulheres no Canadá, ainda mais porque bebeu bastante e até fumou.

- Isso não te interessa.

- Eu não acredito!! - Falo empolgada. - Isso tudo é porque você está me amando?

- Eu não disse que estou te amando.

- Mas eu acho que você está.

- Huh, eu acho que não. - Ele nega e logo vai até o banheiro. Liga a luz e vou atrás dele.

- Então por que você não pegou ninguém?

- Eu não disse que não peguei ninguém.

- Mas você disse que a última pessoa de nós que pegou alguém sou eu. Eu peguei aquele dia na festa... Você viajou logo depois. - Falo devagar e sinto um pouco de dor na região dos seios. Sensibilidade. Coloco as mãos por cima e ele me olha. - Você não vai afirmar?

- Não. - Ele nega com a cabeça. Abraço-o por trás e beijo seu pescoço. Em cima de sua tatuagem. Dei mais um beijo nele e mordi seu pescoço de leve. Logo abracei-o na barriga e desci as mãos até sua cueca. 
- Já que você está a fim... Vamos tomar um banho então. - Aperto seu membro e ele morde o próprio lábio com os dentes.

- Era normal tomarmos banho juntos? Sabe, antes... - Ele fala olhando para mim e afirmo com a cabeça. - Deve ser bom pra caralho tomar banho com você. - Idiota, pensei e ri.

- Sim. - Concordo e tiro meu sutiã. Jogo no cesto de roupa suja e logo tiro minha última peça íntima. 
Entro no box e ligo o chuveiro. Deixo na água morna por conta da temperatura instável de Moscou nesta noite. Ouço Justin fechar o box e, sem que eu abra os olhos, ele me beija. Abraço-o e a água tenta nos separar. Eu já tomei banho hoje... Agora seria para relaxar mesmo.

- É um pouco aliviador saber que você não pode engravidar e podemos transar sem proteção. - Ele fala baixo. Penso na gravidez de imediato. Eu realmente não queria pensar sobre isso agora. - Seria péssimo se você engravidasse. - Seria?

- Por que você acha? - Falo ao mexer em seu cabelo.

- Porque eu ainda estou me acostumando com essa vida... Eu não gostaria de ser pai agora. - Ele fala sincero. - Eu sei. Tem as duas crianças. Mas é diferente. Do mesmo jeito que eu não me sinto seu noivo, eu não me sinto pai deles. - Ele acabou com o clima.

- Você acabou com o clima. - Falo ao soltá-lo. - Mas tudo bem. - Passo shampoo no cabelo e esfrego ainda debaixo do chuveiro. Abro os olhos e ele está me observando sem piscar. Já com seu membro ereto. - Aqui não tem mais os produtos de cabelo que eu gosto. - Tiro o shampoo e abro os olhos. Ele ainda me encara.

- Foi mal. - Fala baixo. - Sério... Foi mal.

- Tudo bem. - Não estava tudo bem. Eu já estava muito chateada com a situação de estar grávida logo agora... Tudo o que eu não precisava era que ele me dissesse que seria terrível se eu engravidasse. Deixo com que ele entre no banho e aproveito para pensar um pouco. Eu estava realmente decepcionada comigo mesma. Decepcionada por ter feito o que fiz. Triste por ter deixado isso acontecer. Ele logo deixa com que eu termine meu banho e passo o condicionador, logo o sabonete pelo corpo todo. Ele continua me observando. Desvio o olhar e enxaguo o cabelo. Termino meu banho e estava pronta para sair. Ele segura meu braço.

- Espera.

- Eu já terminei.

- Eu também. - Ele responde olhando-me. - Foi mal o que eu falei... É que, como tudo é novo pra mim, eu me esqueço de que isso afeta você.

- Não é novo para você. Já faz três meses que você está convivendo comigo... Dois, sem contar com o Canadá. Mas é tempo suficiente para você saber se deve ou não dizer algo relacionado a nós, principalmente em um momento bom como esse. - Saio do box e enrolo meu cabelo em uma das toalhas. Pego outra e seco meu corpo sem pressa. Ele desliga o chuveiro e passa os dedos no cabelo.

- Eu sei disso... Mas não é tão fácil assim. - Ele responde esperando que eu reaja e sorria para ele? Não é assim que funciona. Justin seca o corpo com a mesma toalha que eu, por não encontrar outra e uso a minha do cabelo para o corpo. Logo ando até seu guarda-roupa e pegou outra, dessa vez, azul. Coloco no cabelo. - Você vai ficar brava comigo? Muito brava? - Não estava com paciência para secá-lo.

- Eu não estou muito brava. - Falo ao abrir a porta do quarto. - Eu só fiquei chateada. - Saio do quarto. - Boa noite. - Ele não responde. Não vem atrás de mim. Não me chama pelo nome. Nem mesmo por Mel. Tudo bem. Uma hora ou outra eu teria que me acostumar.

Entro no quarto dos meus filhos e os dois estavam dormindo. Dou um beijo em cada um deles e sinto um pouco de frio. Cubro os dois com uma coberta extra em cada cama e saio do quarto. Vou até o meu e visto uma camisola rosada. Logo uma calcinha branca e faço minhas higienes. Penteio o cabelo e tiro o excesso com o secador. Não me importaria em dormir com ele um pouco molhado.

Deito-me na cama e começo a pensar em tudo o que aconteceu hoje. Suspiro pensando no que passamos agora pouco e ouço um barulho vindo da porta. Deve ser o Justin. O que ele faz no meu quarto?

Ele passa por mim e deita ao meu lado na cama. Isso estava sendo absurdamente estranho. Ele veio atrás de mim? Na minha cama? No meu quarto para dormir comigo? Tem algo errado nisso.

- O que você faz aqui? - Falo sonolenta e ele fica próximo a mim. Abraça-me por baixo da coberta e sinto seu corpo quente.

- Foi mal pelo que eu falei... Eu estraguei o que poderia ter sido uma transa muito na no chuveiro. - Ele me fez rir. Droga. Abro os olhos e ele estava em minha frente. Sem camisa. Talvez, só de cueca.

- Você pisou na bola... Eu sei que não é fácil para você entender, mas também não é fácil para mim lidar com essa situação. - Sussurro e ele concorda. Logo aperta meu corpo no seu e beija minha testa.

- Tá ok... - Ele não se desculparia pela segunda vez. Não mesmo. Toco meu nariz no seu e aproveito o momento. Ele me acaricia nas costas e sobe a mão até meu cabelo, ainda um pouco molhado. Ele passa os dedos nos fios e beija minha bochecha. - Você é fofa... - Não reajo e ele beija minha bochecha mais uma vez. Logo dá-me um selinho. Outro. - É bom beijar você. - Justin aperta meu rosto suave e pede um beijo. Ele está realmente diferente. Algo muito sério aconteceu em Stratford. Nos beijamos durante alguns minutos e ele beijou meu pescoço.

- É sério... O que está acontecendo com você? - Falo um tanto surpresa.

- Eu não sei. - Ele responde na sinceridade. - Não sei mesmo. Eu só sinto vontade de ficar com você, te beijar e fazer companhia... Talvez porque eu tenha acostumado a ficar com você desde o acidente. Você me faz bem. Eu percebi isso enquanto estava longe.

- É mesmo? - Duvido um pouco e ele afirma com a cabeça.

- Sim. - Responde e dá-me um selinho. - Eu até estou gostando de sentir isso. - Não respondi e apenas beijei seu peitoral. Eu o queria comigo o tempo todo. Eu queria que ele se lembrasse do sentimento que tinha por mim. Fecho os olhos.

- Boa noite, Bieber. - Sussurro e beijo-o no peitoral mais uma vez. Eu queria beijá-lo o tempo todo, mas me segurei.

- Boa noite, Mellanie. - Ele nunca me chamou de Mel. Como isso é possível? Ele beija minha cabeça e acabo adormecendo logo.

...

Acordo com um cutucão nos pés. Era a Anna.

- Mel... Já são 8h10. Você vai para a empresa hoje? - Ela fala baixo e abro os olhos aos poucos. Justin ainda estava ao meu lado, dormindo quase grudado comigo. Solto-o.

- Oi... Eu... Não sei. Eu vou. Mas não agora.

- Você vai entrar às 10h? - Ela questiona e abre a porta do banheiro para clarear o quarto.

- Pode ser...

- Você já marcou o médico?

- Ainda não. - Coço os olhos. - Isso me deixa tão triste.

- Você ainda não contou a ele? - Faço um sinal para que ela não fale alto.

- Não. - Sussurro. - Ele não vai saber. - Digo em leitura labial e sento-me na cama. Logo levanto. - Eu só sei que preciso ir ao médico urgente.

Faço minhas higienes e volto para o quarto. Ele ainda estava dormindo. Pensei em acordá-lo, mas não sei se deveria..

- Eu preciso tomar um banho e preparar o café da manhã dos meus filhos. - Falo sozinha e separo minha roupa de trabalho. Dessa vez, uma camisa social rosa claro com o símbolo da JKC, calça jeans preta e um salto neutro. Pego um conjunto de lingerie e vou até o banheiro. Tomo um banho demorado e seco o cabelo ainda com a porta fechada. Passo um hidratante no corpo e olho minha barriga... Como eu vou fazer quando ela crescer? Como eu vou esconder? Como eu vou negar que esses sintomas são de gravidez? Por um momento, desanimo... Eu estava tentando enganar meu cérebro. E se eu não estiver grávida? E se for algo psicológico? E se eu só estiver confundindo um mal estar frequente com gravidez? E se eu realmente não tiver nada? É por isso eu preciso ir ao médico logo...

Aproveitei meu tempo livre e liguei no consultório de sempre. Primeiro, marcarei uma consulta com a minha ginecologista, depois, médico geral. Consegui a ginecologista para terça-feira e o médico geral para  a próxima semana.

Deixei com que o Justin acordasse sozinho. Procurei meu celular pela casa e estava no quarto das crianças, na cama.

Aproveitei para separar as roupas que eles usariam no colégio hoje, fui até a Anna e tomei um suco natural de laranja, como de costume. Eu já me sentia melhor. Sem sintomas de gravidez.

- Eu preciso colocas mais algumas roupas para lavar... Você pode pedir ao Justin para que saia com os cachorros hoje? Seria bom se ele passeasse pelo condomínio um pouco. - Falo ao sair até o quintal e entro na academia. Instantaneamente, lembro-me da noite passada que tive com ele. Foi incrível. Ele me tratou bem.

- Ok... Por que essas roupas estão aqui? - Ela fala um tanto confusa e entrego-a. - Não precisa explicar. - Ela ri ao ver minha cara e dou os ombros.

- Eu vou arrumar o material dos dois e assistir um pouco de tevê. Ainda está cedo para ir até a empresa.

- Tudo bem. Se precisar de algo, você me avisa. A Lauren está chegando.

- Ok.

- Você precisa se alimentar! Vou te levar um lanche no quarto. - Ela fala ao me ver subindo as escadas e afirmo com a cabeça como quem não quer nada. Eu estava com fome, só um pouco. Passei pelo quarto dos meus filhos e abri um pouco as janelas. Só para eles não demorarem muito a acordar. Agora que já estão estudando apenas no período da tarde, conseguem descansar mais. Brandon acostumou a acordar por volta das 10h. Já a Vallery, às 9h está de pé.

Saí de lá e fui até o do Justin. Arrumei a cama, que estava um pouco bagunçada e abri as janelas. A Anna sempre faz isso, mas, às vezes, eu não gosto de deixá-la sobrecarregada. Vi que o celular dele estava carregando no criado-mudo. Fui até o meu quarto e vi meu celular vibrar: 40% de bateria, ainda. Era uma mensagem da Jade.

"Tudo em ordem? Você virá hoje?" - Jade.

Meu horário de trabalho é das 8h às 17h. Eu mudei recentemente, mas, desde que tudo isso aconteceu com o Justin, tenho me ausentado bastante, confesso. Ninguém controla meus horários. Eu sou gerente na administração do financeiro. Estou abaixo do Justin, do Brandon e do Nolan.

Sento-me na minha cama, ao lado do Justin, e ligo a tevê em volume baixo. Deixo no jornal matinal. Olho para ele, que está esparramado na cama com a cueca aparecendo. Não demorou muito e ele despertou, talvez pelo volume da tevê, ou pela minha presença no quarto. Anna abre a porta com uma bandeja pequena e me entrega. Um lance natural bem leve e algumas uvas.

- Obrigada, Anna. - Sorrio.

- Eu também fiz uma xícara de café, caso o Justin queira... Eu vi que você tomou suco.

- Sim. Obrigada. - Faço um joia a ela, que sai do quarto e Justin desperta aos poucos. Coça os olhos e os fecha novamente.

- Se quiser, tem café para você. - Falo baixo e ele assenti, sem responder.

Como meu lanche sem pressa e vou assistindo tevê. Olho no relógio distante e são 8h45. Ainda tenho meia hora para sair de casa...

- Por que você está na minha cama? - Ele fala sonolento.

- Você está na minha cama. - Respondo ao deixar a bandeja no meu criado-mudo e como uma das uvas.

- Eu? - Ele olha ao redor e boceja. - Ah... é... Eu dormi aqui. Nossa. - Ele olha ao redor como se não se lembrasse de nada. Estranho a situação.

- Você é estranho.

- Obrigado. - Levante-se e vai até o banheiro. Aproveito para abrir as janelas do quarto e pego minha bolsa do trabalho. Checo se está tudo guardado como sempre. Por mais que eu tentasse me distrair, a gravidez tomava conta do meu psicológico - mais do que o normal, muito mais do que deveria. Está se tornando um problema.

- Você pode sair com os cachorros hoje?

- Como assim, sair? - Ele fala ao sair do banheiro e ajeita o membro em sua cueca.

- Levá-los para passear pelo condomínio. - Falo como se fosse óbvio. - Você pode aproveitar para levar as crianças.

- Eu não sei fazer isso.

- Como não sabe? É só sair.

- Mas eu não sei cuidar de crianças.

- Você sabe sim.

- Eu não sei. E se um deles sair correndo para longe?

- É só você ficar de olho e não os deixar se afastarem.

- Por que eu tenho que sair com eles? Eu não sei cuidar de crianças e muito menos animais ao mesmo tempo.

- Que droga. Você só faz pouco caso.

- Pouco caso? Eu nunca fiz isso antes e você simplesmente quer que eu saia com duas crianças de três anos.

- Eles têm 2.

- Que seja. - Dá os ombros. Aliás, o aniversário deles está chegando. Preciso começar com os preparativos na próxima semana. - Eu vou sair.

- Onde você vai?

- Sei lá... Dar uma volta.

- A pé com as crianças e os cachorros.

- Caralho. Você já está me atormentando logo cedo. - Ele parecia irritado. O que aconteceu com o Justin de ontem? Será que ele está com um tipo de amnésia diária? Como naquele filme em que o Adam tem que fazer a Drew Barrymore se apaixonar por ele todos os dias? Não é possível.

- Você é idiota. - Falo brava e ele não dá importância.

- Idiota é você. - Ele retruca e reviro os olhos. Abro a porta do quarto e ele estava sentado na cama, procurando pelo celular.

- Não fale assim comigo. - Brigo com ele, que suspira sem se importar, mais uma vez. Sinto um tremendo enjoo. Olho para um ponto fixo, o brinco em sua orelha direita e me concentro. Ando um tanto bamba e ele vem atrás de mim.

- Onde você vai?

- Eu estou passando mal. - Falo baixo e ouço a voz da Anna falando com a Lauren no corredor. Desisto de sair. Vou até o banheiro e passo uma água no rosto. Essa sensação precisa ir embora. Logo agora que eu tinha comemorado estar bem...

- Por que você está sempre passando mal? O que acontece? - Ele mudou da água para o vinho.

- Eu não sei... Deve ser minha pressão oscilando. - Minto. - Isso está acontecendo com frequência.

- E você toma remédios?

- Quase nunca... - Desvio o olhar. - Eu vou ao médico na próxima semana.

- Huh...

- Agora você vai se vestir e sair com as crianças. Eu vou acordá-los.

- Caramba, você não pode mandar em mim! Eu sei o que devo ou não fazer Eu não quero sair com as crianças agora.

- Mas você precisa. Eles precisam da sua atenção.

- Isso eu faço outra hora... Eu vou trocar uma ideia com eles. - Fala de um jeito malandro e abre a porta. Sai do meu quarto e vai até o seu. - Você está muito irritada.

- Você me deixou irritada! - Falo como se fosse óbvio. - Caramba. Eu só peço que você dê atenção aos nossos filhos, pelos menos uma vez.


                 SPOILER

- Eu não sei se ele comentou com você, mas eu contei, detalhadamente, a ele a história da Stacey... Lembra?

- Impossível esquecer.

- Então. Ele sabe o que aconteceu e eles se encontraram de novo, por acaso, aqui... Ela ainda é minha amiga. Mas não muito.

- EU NÃO ACREDITO NISSO.

- Calma!!!!! Eles só se viram duas vezes... Justin quase não comentou sobre ela comigo. Eu só estou te contando porque eu não sei se ele chegou a comentar com você.