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História Behind The Secrets - Dont be so jealous


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 19 - Dont be so jealous


 Nem eu mesmo sabia que teria que vir para cá. Apesar que, eu gosto dessa casa, então não tenho do quê reclamar. Minha única preocupação é a Mel. Mas estou precisando passar uns dias sem vê-la, para ter certeza de que o que eu sinto, possivelmente, não é nada demais.

O certo seria, se eu conseguisse falar com a minha prima. Ela iria entender e tentar me ajudar, mas para variar, não deve estar mais no Canadá, ou em qualquer outro lugar do qual eu tenha seu número ou endereço. Talvez, ela seja a única que possa me entender, já que me conhece desde sempre, e sabe que eu nunca fui assim...

       

 Mellanie P.O.V

Nem preciso dizer que, Segunda-feira foi um dia completamente entediante, nada além do normal. O fato de que o Justin não foi ao colégio, tornou tudo ainda mais chato e desinteressante. Pelo menos, tive um tempo para conversa com o Logan, perguntar sobre como ele está com a tal da Tiffany, falar com a Dri sobre o que aconteceu nesses últimos dias, e colocar todos os assuntos em dia. Eu queria me distrair, ao invés de ficar pensando em quando ele voltaria, e o porquê viajou de uma hora para a outra, para tão longe.

- Posso falar com você? - Toquei seu braço, que virou-se para mim e assentiu sem expressão alguma. - Você pode ir à minha casa? É um assunto sério. - Falei olhando para ele, que não moveu um passo.

- Sobre o que é? - Falou precipitado.

- Você já deve imaginar. Não quero brigar, só conversar mesmo. - Peguei minha bolsa e passamos juntos pelo portão da sáida.

- Tudo bem. Estou indo até lá. - Sorri e fui até o meu carro. Assim que ele chegar em casa, entrarei no assunto do erro que cometi, e vou tentar me redimir, apesar de fazer um mês que isso aconteceu. Já que esse é o combinado para que eu saia do castigo. Mas, minha mãe deixou claro que eu tenho que ser sincera com ele, então é isso que eu farei.

Cheguei em casa e guardei meu material no quarto, descendo rapidamente até a sala. Prendi o cabelo em um coque todo bagunçado e liguei a tevê da sala para quebrar o silêncio. Espiei pela janela, e ele estava estacionando em frente à garagem. Fui até lá, e esperei-o descer do carro.

- Eu não vou entrar. - Trancou seu carro e fechou uma das mãos com as chaves.

- Eu queria saber o que você está pensando de mim... ou se ainda está me odiando. - Falei com a voz tranquila.

- Mesmo que eu tentasse, seria impossível te odiar. - Falou como se fosse óbvio. - Eu continuo muito chateado, mas se aconteceu, foi porque eu nunca fui bom o suficiente para você. - A maneira como ele disse, soou de sua voz como se ele estivesse considerando-se um namorado, ou melhor, ex-namorado inútil. O que ele não é.

- Para de falar assim. Eu já te disse milhões de vezes, que o meu erro não tem nada a ver com você. Eu fiz isso porque fui uma idiota. - Falei confessando estar ainda pensativa sobre isso. - Sei que já faz um tempo, mas queria saber como você está. 

- Estou normal. - Deu os ombros. - Só não estou me envolvendo com ninguém, porque depois disso, até perdi a vontade. - Ajeitou a touca na cabeça, esperando que eu dissesse algo. Ele estava estranho. Não parecia triste, mas não estava alegre e nem com vontade de continuar essa conversa. 

Vários carros passaram ao mesmo instante na rua, o que fez a maior barulheira, e dei alguns passos para trás, ficando mais longe da guia da calçada.

- Não queria que você estivesse assim. - Passei a mão em seu rosto, que colocou sua mão por cima. - Me desculpa. Eu não sei como te provar que eu me arrependi do que fiz. - Eu me arrependi, óbvio, mas não de ter ficado com o Justin, mas sim, de ter traído o Luy naquela noite. Espero que ele tenha entendido isso.

- Ele não serve pra você Mellanie. - Falou e olhou atrás de mim, como se estivesse encarando alguém.

- Sirvo mais do que você. - Era só o que me faltava. Ouvi sua voz pouco próxima, e recusei-me a virar para trás, já que estremeci ao seu tom grave. Ele parou ao meu lado, e cruzou os braços, com um boné preto, calça jeans escura, blusa da mesma cor e uma jaqueta de colegial. Mas ele já voltou de Moscou? Não disse que seria no fim do dia? - Mel, o que ele está fazendo aqui? - Falou tentando parecer simpático.

- Mel? Você nunca gostou que te chamassem assim. - Luy falou confuso, já que eu realmente nunca deixei ninguém me apelidar assim. 

- Deve ser porque soa melhor na minha voz. - Justin retrucou e pisei em seu pé, para que ficasse quieto.

- Eu não gosto, mas ele insiste em me chamar assim. - Falei um tanto sem jeito. - Enfim... eu só queria que você tentasse entender que, jamais teria feito isso por mal.

- Ainda estão falando disso? - Disse sarcástico. - Ele não entendeu ainda que eu sou o melhor para você? - Ignorei o que ele disse, e pisquei lentamente, tentando manter a calma para não me irritar.

- Cale a boca, porque ninguém aqui falou com você. - Luy respondeu já irritado, e voltou a olhar-me. - Você já me disse isso, e eu estou tentando entender, mas é complicado.

- Você não é ninguém para me mandar calar a boca, cara. - Ele retrucou novamente, procurando por uma discussão.

- Jason cala a boca. - Falei olhando para ele, que revirou os olhos. Foi estranho tê-lo chamado de Jason, sendo que eu já sei que esse não é o nome dele. - Estou terminando de falar com o Luy.

- Desde quando vocês ainda são amigos? 

- Desde que vocês se pegam escondido. - Respondeu antes que eu pudesse dizer algo.

- Faz sentido. - Ele deu os ombros. - A direfença é que nós combinamos, e vocês não.

- Chega. Sai daqui. - Empurrei-o para dentro do meu jardim, que segurou minhas mãos e tentou dar-me um selinho, que não conseguiu. - Espere aqui.

Voltei até o Luy, que não disse nada, apesar de quase ter perdido a paciência com o Justin.

- Ignore ele. - Falei ao apontar para trás. 

- Eu acho melhor ir embora. Entendo que esteja arrependida, mas você ama esse aí. - Talvez, ele possa estar certo.

- Tudo bem... Espero que possa me entender um dia. - Abracei-o forte, que correspondeu e deu-me um beijo no rosto. Ele logo sorriu e entrou em seu carro, indo embora.

- Qual o seu problema? Não precisava ficar provocando-o. - Falei caminhando até ele.

- Eu viajo por um dia, e você já volta a falar com o seu ex? É isso mesmo? - Falou como se estivesse indignado. 

- Sim. Você vai para o outro lado do mundo do nada, e quer que eu fique parada aqui? - Falei sarcástica. - Chamei-o para conversar. 

- Não quero você de papo com ele. - Falou sério e puxou-me para um abraço. Abracei-o, que deu-me um beijo nos lábios e soltou meu cabelo.

- Por que? - Falei ainda olhando para ele.

- Porque você está comigo, e não com ele. - Falou rápido e sorriu falso.

- O que você foi fazer em Moscou? Não deveria voltar mais tarde? - Fechei o portão e ele guardou as chaves no bolso.

- Fui a trabalho. Tive que sair daqui de madrugada. Uma merda. - Reclamou. Mas com o que ele trabalha? Não é diário... 

- Com o que você trabalha? - Falei curiosa.

- É complicado. Um dia eu te conto. - A mesma enrolação de sempre. 

- Detesto quando você diz isso. Entre. - Puxei-o pela mão, para que viesse atrás de mim, e entrou na sala. Fechei a porta e ele ajeitou o boné na cabeça.

- Fiquei à vontade. E tire esses óculos. - Ele já deve ter entendido que eu detesto conversar com ele, quando está de óculos, porque parece não estar nem aí com nada, e isso me irrita.

- Qual o problema? - Falou ao tirá-los, e estava sem as lentes.

- Não gosto. - Falei rápido. Ele sentou-se no sofá e dei o controle nas mãos dele, enquanto prendia o meu cabelo.

- Por que você está prendendo o cabelo? - Falou ao lamber os lábios, enquanto olhava-me de longe. 

- Porque eu quero. - Falei como se fosse óbvio e dei os ombros. - Não gostei da sua grosseria com o Luy. - Aproveitei a situação para que ele me dissesse que estava com ciúmes.

- Eu que não gostei de vê-lo aqui. - Retrucou e arqueou as sobrancelhas.

- Por que? - Fui até ele, e fiquei quase de joelhos, apoiando com os braços em suas pernas. - Ele só é meu ex-namorado.

- Exatamente porque ele é seu ex. - Falou convincente de que eu errei ao chamá-lo para vir aqui. - Não quero você de papo com ele. Entendeu? - Apenas ri.

- Você está com ciúmes? - Sorri de lado e ele mordeu o lábio sem resposta.

- Huh, não. - Falou todo enrolado. - Por que eu estaria? 

- Porque é óbvio que você está. - Passei as mãos por cima das dele, que apertou-as e sorriu forçado.

- Não tenho porquê ter ciúmes de você. - Falou frio.

- Que bom saber. - Sorri sem dar a mínima importância, e levantei-me. Ele parecia surpreso, já que eu não me importei com o que ele disse.

É claro que eu fiquei meio sem jeito do que dizer, porque tem momentos em que ele é grosseiro assim, do nada. Descontraí o que ele disse e fui até a cozinha.

Abri a geladeira e não tinha almoço algum. Detesto quando minha mãe não me avisa, e eu não faço nada antes de ir para o colégio. Decidi fazer um lanche, e deixei-o esperando na sala. Espiei de longe, e ele estava assistindo tevê, com os braços esticados no encosto. 

- Quer comer alguma coisa? - Falei alto, para que ele ouvisse.

- Só se for você. - Gargalhou alto. - Fora isso, não, obrigado.

- Idiota. - Segurei o riso e revirei os olhos para mim mesma. Peguei um copo de coca e fui até a sala. Pensei em comer na mesa, mas vou ficar ao lado dele, no sofá, por motivos de fazê-lo companhia.

Sentei-me o seu lado e tirei a sapatilha, encolhendo os pés sem tocá-los no chão. Justin colocou seu braço esquerdo em cima da minha perna direita, puxando-me para perto dele. 

- Foi você que chamou aquele nerd para vir aqui, ou ele apareceu? - Não creio que ele ainda está pensando sobre isso.

- Sério que você ainda está pensando nisso? - Falei ao tomar um gole da minha coca. - Eu o chamei, mas ele não quis entrar. 

- O chamou para entrar? Mellanie! - Olhou-me escandaloso e parecia estar tentando ficar sério.

- Não sabia que você era tão ciumento assim. - Sorri para ele, que estava prestes a responder. - Não negue. - Justin suspirou e deitou com a cabeça, olhando para o teto, como se estivesse pensativo.

Terminei meu lanche em silêncio, e coloquei o copo em cima da mesinha em frente à tevê. 

- Por que você disse ao Luy que nós combinamos, e que você é o melhor para mim? - Olhei-o falando devagar, que parecia estar pensando no que responder. 

- Ah... porque eu acho isso. Você não acha? - Olhou-me e deu-me um beijo no canto da boca, acariciando minha bochecha.

- Eu não... não sei. - Falei sem saber o que dizer. Eu realmente nunca tinha parado para pensar, exatamente sobre isso. - Não tinha pensado sobre isso.

- Não quero ele mais por aqui, ok? - Tornou a falar do Luy. Sério que ele não parou de pensar sobre isso? Não pode ser.

- Tá Justin. Agora para de reclamar. - Falei enquanto passava as mãos em seu cabelo, que inclinou a cabeça, apoiando no meu ombro. - Você vai na viagem de formatura?

- Claro que eu vou. Já pensou em quantas garotas gostosas estarão por lá? - Falou sorridente, e empurrei-o para longe. - Calma, é brincadeira, é brincadeira.

- Como você é chato. - Falei raivosa. - Não gostei da sua brincadeira. Se você quer pegar outras garotas, não deveria estar aqui, comigo. - Resmunguei e afastei-me dele.

- Se eu quisesse, faria isso. Mas eu prefiro você. - Abraçou-me com força, e deu-me um selinho. Não há dúvidas de que, de fato, esse garoto sofre um distúrbio bipolar. 

- Não acredito. - Falei antes que ele pudesse me beijar. 

- Sem problemas. - Deu-me um selinho, e passou sua mão esquerda por debaixo dos meus cabelos, enquanto acariciava minha coxa e nos beijamos. Ele me apertava cada vez mais forte, como se quisesse dizer algo. - Gosto desse seu jeito. - Falou pausando o beijo com alguns selinhos.

- Que jeito? - Falei enrolando os fios de seu cabelo nos meus dedos. 

- De ficar irritadinha de repente, e do nada você está normal de novo, aí você se irrita e no fim se importa. - Falou olhando-me nos olhos, e mordeu a ponta do meu lábio. Apenas dei os ombros, sem saber o que dizer. Às vezes, ele diz coisas que eu não esperava ouvir, assim do nada. É estranho, mas pelo jeito, é a maneira como ele é sincero.

Continuei acariciando-o, que voltou a beijar-me nos lábios e foi me deitando no sofá. Subiu o comprimento da minha blusa com as duas mãos, aproveitando-se da situação, para tocar meu corpo e passou a beijar meu rosto diversas vezes, até o meu pescoço. Se tem algo que eu não posso negar, é que ele tem muita atitude em tudo o que faz. De uma hora para outra, tudo pode acontecer quando se trata de Justin Bieber.

- Já vou falar agora, para você não reclamar depois. - Falou autoritário. - Eu não quero você dando mole para ninguém na viagem. - Ele fala como se eu fosse me jogar para os garotos, sendo que estou com ele.

- Pare de ser ignorante. - Revirei os olhos. - Ainda faltam duas semanas.

- Eu tenho certeza que, se algum garoto der em cima de você, a senhorita irá dar mole só para me provocar. - Ele não percebeu, mas acabou de confessar que se afeta quando eu faço isso, o que não acontece.

- Você tem que entender que, se nós estamos... aqui, não vou me envolver com ninguém. Assim como você também não vai. - Falei tranquila, para que ele relaxasse com isso. Parece bizarro, mas as vezes é como se ele estivesse inseguro com tudo isso. 

Voltou a beijar-me nos lábios e arranhei seu couro cabeludo com as unhas. Ele sorria entre os beijos e passou as mãos em meu rosto, como se estivesse me segurando, para que eu não saísse dali. Não sei como explicar, mas cada beijo dele, é diferente um do outro. É como se, um me pareça carinhoso, outro eurófico, selvagem e até mesmo bem calmo, como não está sendo agora.

Ele parecia apressado, e mordeu minha língua devagar, puxando-me para beijá-lo novamente. Meu coração pulsava cada segundo mais acelerado, até que seu toque forte, passou a acariciar meu rosto com o polegar, em um ato de carinho, o que me deixou ainda mais envolvida.

- Que tal, se você dormir na minha casa hoje? Não iremos sair. Podemos ver um filme, ou fazer outra coisa. - Falou sorridente, o que me fez rir. É claro que eu iria, mas o problema é a minha mãe. Tenho que avisá-la que já me resolvi com o Luy, e insistir para passar a noite fora. Ela tem que entender, que eu tenho mais juízo do que ela imagina.

- Por mim está ótimo. O problema é a minha mãe. - Desviei o olhar dele, que concordou e deu-me um beijo na ponta dos lábios. - Tenho que convencê-la, mas ela só chega em casa à noite. 

Ele não respondeu, e esperou que eu dissesse mais alguma coisa. Ele deve ter percebido que eu fui sincera, e se fosse apenas por mim, eu iria para a casa dele, mas não acho certo desobedecer tanto a dona Anne, já que ela se irrita fácil demais. Se eu disser que ela pode passar a noite com o Paul aqui, talvez ela deixe.

 

- Mãe? Está muito ocupada?

- Não filha, pode falar.

- Chamei o Luy para vir aqui, e já me resolvi com ele. Chega de castigo?

- Resolveu o que?

- Conversamos, e eu tentei entendê-lo. 

- Hum... você não está mentindo, está?

- Mas é claro que não. Ligue para ele se quiser.

- Tudo bem. 

- Posso dormir fora hoje?... assim você pode ficar aqui com o Paul.

- De maneira alguma. 

- Por favor.

- Não.

 

Desliguei na cara dela, e joguei meu celular do outro lado do sofá furiosa.

- O que ela disse? - Falou ao perceber minha irritação.

- Disse que não, mas eu vou mesmo assim.

- Uau, Mellanie quebra as regras. - Riu e beliscou minha barriga. - Como você é rebelde.

- Como você é irônico. - Olhei-o. - Eu vou esperá-la chegar, e depois vou para a sua casa.

- Tudo bem. 

- Mais alguém estará lá? Tipo o Ryan... - Falei esperando uma resposta. Eu nunca tenho a intenção de provocá-lo, quando digo que o Ryan é lindo, ou pergunto sobre ele. São apenas perguntas inofensivas.

- Óbvio que não. - Respondeu rápido. - Não gosto disso.

- Eu sei, estava brincando. - Ri e abracei-o forte em volta do pescoço.

- Sem graça. - Não moveu um centímetro para corresponder meu abraço e riu.

Eu não queria parecer pensativa, mas não tirava da cabeça, a ideia de passar a noite na casa dele novamente. Mas não iríamos sair para nos divertir. A diversão seria lá mesmo, sem voltar bêbado, dirigindo ou sem lembrar de muita coisa. Isso me pareceu ótimo, mas como não sou maior de idade, devo, no mínimo, respeitar minha mãe e aceitar sua opinião. Apesar que, eu não entendo porquê ela não me deixa passar a noite lá. Já deve imaginar que nós transamos ao menos uma vez mesmo. Não vejo problema algum nisso.

Ele foi embora pouco depois, porque disse que tinha que resolver algumas coisas do trabalho com o Ryan. Mas que diabos esse garoto trabalha? Se o principal local é Moscou, o que ele faz aqui? Por que o Ryan e o tal do Greg também vieram? Não consigo entender.

Se eu já sei a verdadeira identidade dele, que mal tem saber sua profissão? Não deve ser algo tão rígido assim.

Coloquei duas trocas de roupa, conjunto de lingerie, meu pequeno estojo de maquiagem, minha necessaire, o carregador do meu celular e alguns acessórios.

Tomei um banho demorado e vesti um vestido não muito comprido, deixando parte do meu cabelo preso para trás.

Fui até a sala e minha mãe e o Paul estavam sentados na cadeira, ambos mexendo no notebook.

- Mãe, estou indo para a casa do Jason, tá? - Falei como se ela já me tivesse deixado ir.

- Só se for no seu sonho. Eu já disse que você não vai. - Falou sem tirar os olhos da tela.

- Por favor mãe. Você sabe que eu sei o que eu faço. - Falei indo até ela, que pareceu não estar nem aí para o meu discurso de que sou boazinha.

- Não quero que você vá. - Olhei para o Paul, e ergui as sobrancelhas para que ele me ajudasse em algo. Ele sempre consegue convencer a minha mãe. 

- Deixe-a ir Anne. Ela já tem 17 anos e sabe o que faz... - Ele acariciou sua mão, que olhou-me duvidosa. Dobrei o lábio tentando parecer fofa, e ela olhou para todos os lados, ainda pensativa.

- Você sabe que pode confiar em mim mãe. - Sorri de orelha a orelha, esperando sua resposta. Ela apenas assentiu, e não disse nada. Abracei-a e fiz o mesmo com o Paul.

- Obrigada. Eu amo vocês! Boa noite. - Saí de casa radiante, e fui até o meu carro. Deixei a bolsa em cima do banco do passageiro e liguei o rádio. Eu não sei, mas estava animada por passar a noite fora, sem sentir que estava cometendo algum erro, já que minha mãe autorizou.

Dirigi até a casa dele, e estacionei em frente ao enorme portão. Desci do carro e dei passos para trás, tentando enxergar se havia alguém na casa da Alice. Minha tia deve chegar por esses dias... talvez, ela esteja aproveitando os últimos dias para passear, passar a noite fora e aproveitar.

Toquei a campainha, e ele abriu a porta com um olhar sério. Vestia um shorts vermelho e um gorro cinza. Ele sabe que fica ainda mais lindo e gostoso com um simples gorro na cabeça? Dei um selinho nele, e entrei na sala.

- Pode deixar sua bolsa lá em cima. - Moveu a cabeça para o lado, para que eu o seguisse, e assim fiz. Subimos as escadas e ele entrou no quarto em que dormimos da última vez. Passei na frente dele, e coloquei minha bolsa em cima da cadeira da escrivaninha. Seu notebook estava ligado em cima do mesmo, com uma página aberta em uma foto dele, todo de preto, com óculos escuros. De certo, era algo diferente, como se a foto estivesse sendo usada para algum tipo de pesquisa.

- O que é isso? - Falei curiosa e ele logo abaixou a tela do notebook. 

- Coisas do trabalho. - Falou rápido e parou em minha frente.

 

SPOILER

Falou ao olhar-me fixamente nos olhos, e lambeu os lábios.

- É tão difícil assim ouvir isso de você? - Questionei ainda acariciando-o no rosto.

- Você não faz ideia do quanto. - Foi convincente. - Isso é bom. 

- Por que?

- Porque você consegue com que eu seja sincero, espontâneamente. O que é raro. - Deu-me um selinho.

Às vezes, eu acho que ele tem algo por trás de tudo isso. Porque, como pode estar todo grosseiro o dia todo, e de uma hora para outra, se tornar um homem romântico? 


Notas Finais


Novamente, obrigada pelos elogios sobre a fic! Amo quando vocês dizem que estão adorando e que eu escrevo bem <3 nha vocês são fofas.


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