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História Behind The Secrets - How it works


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 4 - How it works


O que me deixa ainda mais pensativa sobre o que me deu na cabeça para ceder e ficar com ele naquela festa. Será que fora acabar com o meu namoro, eu cometi um grande erro?

Meu celular apitou, e um número desconhecido me chamou no whatsapp.

“Pensando em mim?” 

“Não Jay”. - Mellanie

Achei melhor mentir, do que dizer que sem querer pensei nele. Não posso dar confiança, muito menos trela para o que ele diz logo de cara. 

“Então a carapuça serviu. Já sabia que era eu?” - Jason

“Sim. Como conseguiu meu número?” - Mellanie

“Tenho meus contatos. O que acha de sair comigo hoje?” - Jason

“Onde quer ir?” - Mellanie

“Algum clube. O que acha?” - Jason

“Eu topo.” - Mellanie

“Passo te buscar umas 21h. Onde você mora?” - Jason

Será que ele já sabe que eu terminei com o Luy? Porque se ele não soubesse de nada, acho que não me chamaria para sair. Ou chamaria, mal conheço esse garoto mesmo. Vai ver, ele deve ter ligado os fatos de que, depois que eu fiz a burrada de ficar com ele, terminei com o Luy''.

                               Justin P.O.V

E pela milésima vez, a voz do meu pai me veio à cabeça “Você está aí a trabalho. Não quero saber de se envolver com nenhuma garota”. Mas ele não tem como saber, até porque eu não sou do tipo que me envolvo e esqueço do mundo. Eu apenas me divirto por alguns dias.

Pedi o número da Mellanie para o Logan, já que esqueci de falar com ela de manhã, e ele me passou na hora. A essa altura ela já deve ter terminado com o nerdizinho lá. Chamei-a para sair, e como o esperado, ela aceitou. 

Subi para o meu quarto e fiquei pesquisando umas coisas na internet, a pedidos do meu pai há dias, que eu acabei esquecendo. Faz parte do nosso trabalho saber de tudo o que acontece por aí. Meu celular apitou no bolso e atendi-o deixando no viva-voz.

- Fala ai Mr Cann

- Tudo bem por ai filho?

- Sempre. Onde você está?

- Estou a caminho de uma delegacia, a trabalho. Só liguei para saber se está ocorrendo como o combinado.

- Está sim. Vou sair com uma garota hoje.

- Porra Justin, já é a 5º desde que você chegou ai. Não quero saber de você se envolver com ninguém. Não se esqueça que tudo o que estamos fazendo até agora é trabalho.

- Você acha que eu sou de ferro? Relaxa ai pai. Não posso mais me divertir?

- Claro que pode. Mas não quero saber de você se envolver com uma dessas ai.

- Você me colocou nesse colégio, e quer que eu fique parado?

- Tá Justin, pegue o colégio todo então.

- Não precisa pedir duas vezes.

- Agora preciso voltar para o trabalho. 

Não sei porquê ele insiste que eu vou acabar me envolvendo com alguém daqui. Eu já o provei varias vezes que sou impossível de me apaixonar, ou sentir algo por uma garota sem que seja atração física. É o meu jeito de ser, e quem me conhece já sabe disso. Enfim, só espero que essa morena não pense que eu quero alguma coisa com ela. 

Já havia anoitecido quando eu comecei a me arrumar. Peguei uma jaqueta de couro, uma blusa preta com gola v, calça da mesma cor skinny e um supra prata. Peguei um dos colares de prata que eu uso, coloquei aquelas lentes de contato infernais castanho escuro e me perfumei. Deixei o cabelo em um topete e peguei a chave da minha bmw branca. 

Não me admiro ao imaginar que ela esteja vestida com algo bem curto, ou devo dizer, ousado. 

             Mellanie P.O.V

''Vesti uma saia com uma blusa caída em um dos ombros, com um anel prata e um salto da mesma cor. Passei um batom vermelho e pouca sombra. Peguei uma bolsa de mão preta na qual coloquei meu celular e o batom. Fui até o quarto da minha mãe, e ela assistia tevê deitada na cama com o Paul.

- Estou indo mãe. - Mandei um beijo de longe, e parei na porta. Ela tirou os olhos da tevê e observou minha roupa.  

- Juízo filha. 

- O Luy não vai com você? - Pelo jeito o Paul não sabia do que tinha acontecido.

- Nós terminamos Paulito. Até mais. - Gosto de chamá-lo assim por brincadeira, e ele sabe disso. Pareceu estar surpreso com a minha resposta e fui até a sala. Sentei-me no sofá e fiquei mexendo no celular, conversando com a Alice e a Dri. Achei melhor não comentar com elas sobre sair com ele hoje, não seria uma boa ideia.

“Estou chegando". - Jason

Até que ele foi pontual. Peguei a minha chave de casa e fui até a garagem para esperá-lo. Dentro de segundos ele virou a esquina e ligou o farol assim que me viu. Parou em ponto morto na minha frente e abaixou os vidros. 

- Essa gata será minha por hoje? - Revirei os olhos com o que ele disse e sorri ao abrir a porta do carro.

- Boa noite pra você também. - Coloquei os cintos e ajeitei a saia ao cruzar as pernas. Olhei-o, que observava o comprimento da minha saia, passando os olhos pelas minhas pernas, ainda sem dizer nada.

- Onde vamos? - Questionei enquanto olhava o movimento da rua repleta de pessoas entrado em restaurantes, lugares comerciais.

- Logo você verá. - Não tirou os olhos do trânsito e viramos em uma rua escura, apenas iluminada pelas luzes coloridas da boate do outro lado da rua. Ele estacionou em frente e desligou o carro. - Aqui estamos. - Desceu do carro, e me esperou descer também. Guardou suas chaves no bolso e passou na minha frente até a entrada. Pagou não sei quanto para o segurança e entramos no clube.

Até que não estava tão lotado quanto eu imaginei. Segui-o até um sofá vermelho e sentei-me sozinha.

- Por que você sentou? - Olhou-me de cima a baixo, e ajeitou o cabelo.

- Vai querer dançar agora? - Voltei meu olhar para ele, que sentou-se ao meu lado e negou com a cabeça. Colocou o braço esquerdo em volta dos meus ombros e tirou minha bolsa do colo, colocando-a ao seu lado.

Assim que passou o primeiro garçom, ele pediu dois copos de Wodka com limão e deu um na minha mão. Tomei um gole e deixei na mesinha da nossa frente. Ele fez o mesmo e sem dizer nada, passou sua mão quente em meu pescoço, por dentro do cabelo e tocou seus lábios nos meus sem pensar duas vezes. Passei a língua em volta de seu lábio inferior, e ele me pegou pela cintura, colocando-me sentada de frente para ele em seu colo. Abracei sua cabeça com os braços, e ainda aos beijos ele esticou uma das mãos até a mesa, para pegar sua bebida. Levou-me junto a frente por ainda estar em seu colo.

- Não acredito que você passou batom vermelho. - Desviou o olhar ao tomar vários goles, e acabou com o seu copo. Peguei o meu e virei-o em um gole só.

- Eu gosto. - Falei quase soletrando com a boca próxima da dele.

- Você gosta de tentar provocar garota. Não faça isso. - Arqueou uma das sobrancelhas e fitou meus lábios enquanto mordi-o de leve.

- Eu só tento? - Sorri de leve, mas ao mesmo tempo tentando parecer sexy. 

Ele apoiou com a cabeça no encosto, olhando para o teto e me agarrou com força, apertando-me na cintura enquanto sua língua percorria toda a minha boca, devorando o forte gosto da bebida. Puxei seus lábios com os dentes, e voltei a beijá-lo, que desceu as mãos sob minhas costas, até o começo da minha saia, apertando-me com pressão. Suas mãos eram fortes e ele tinha um toque bruto. Virei minha cabeça para o lado, assim que ele mordiscou meu pescoço. Dei-lhe um selinho, que abriu os olhos sorridente.

- Você está todo sujo de batom. - Passei o polegar em volta de seus lábios, tirando todas as marcas vermelhas, enquanto ele parecia descontraído. - Pronto. 

- Você também está. - Ele deu-me vários beijos no canto da boca e limpou as marcas com o dedo. - Tenho que confessar, você é boa. - Lambeu os lábios e se ajeitou no sofá. Sentei-me novamente ao seu lado, e com as pernas cruzadas olhei-o de lado, ao apoiar com o braço esquerdo em seu ombro.

- Boa, como? - Dei um beijo no canto de sua boca, que virou o rosto para me beijar novamente. Pelo jeito ele não vai me responder. Tudo bem, com o tempo eu tiro isso dele.

- Agora que já nos aquecemos, podemos nos divertir? - Levantou-se, e puxou-me pelas mãos.

- Mas é claro. - Passamos no meio das pessoas e ele me pegou pelo quadril, ficando na minha frente e começamos a dançar, esfregando seu corpo no meu. Chega a ser estranho porque, mesmo que estejamos apenas nos divertindo, eu o conheci e não sei nada sobre ele. Ele pediu mais um copo com Smirnoff, e achei melhor parar por aqui. Da última vez não deu muito certo. 

Pra falar a verdade, nós mal dançamos. Meio que ficamos a maior parte do tempo curtindo um com o outro. Ele é um garoto ousado, se me permite definir assim. Não sabe absolutamente nada sobre mim, mas sente como se soubesse o suficiente para sair comigo. Nos sentamos novamente, mas dessa vez no sofá para dois, em formato de beijo na cor preta. 

- Esse é o lugar ideal. - Deslizou uma das mãos sob minha perna esquerda, arrepiando-me de leve. Peguei minha bolsa e tirei o batom de dentro. - Por que vai passar essa merda de novo? - Tirou-o da minha mão, e guardou-o novamente na bolsa.

- Apenas para retocar, dar uma cor. - Ele veio mais próximo, ao fazer com que eu apoiasse as costas no encosto, e ele quase se levantou ao chegar perto de mim.

- Você não precisa disso. - Veio ainda mais perto e tentou olhar meus seios, espiando por dentro da blusa. Posso gostar de provocar, mas tenho meus limites e noção do que faço. 

Tomei liberdade de passar a mão em seu abdômen ainda por cima da camisa, o que eu já estava com vontade de fazer desde a primeira vez em que o vi. Arrumei a blusa antes que ele visse o que não deveria, e em instantes arregalou os olhos.

- Merda. - Ele parou na posição que estava, e sem dizer nada tentou parecer normal, o que ele não estava. É claro que eu já sabia o que tinha acontecido. Só poderia ser uma coisa em uma hora como essa, excitação.

- A culpa é minha? - Fiz bico com o lábio dobrando-o para baixo tentando parecer sarrista. Ele estava quieto, e sentou-se novamente.

- Sem piadas. - Sua expressão mudou de um segundo para sério.

- Não foi uma piada. Não tenho culpa se você é fraco. - Contornei sua boca com o dedo indicador e sem dizer nada, ele me beijou. O que me trouxe a sensação de prazer. Chegava a ser tentador a maneira como ele me beijava. Era como se o seu toque não me fosse estranho, o que me dava ainda mais vontade de que ele não parasse tão rápido. O gosto fresco de seu beijo envolvido em menta como gosto natural, junto ao frescor da bebida me levava aos céus. Desci uma das mãos em seu peitoral e apertei com força a sua camisa, ao fechar a mão.

Sem que ele percebesse, olhei o relógio em seu pulso direito e já passava da 1h30. Ficamos tanto tempo assim aqui?

- Não acha melhor irmos embora? - Mordisquei sua orelha, e dei um selinho nele. - Já é tarde. - Levantei-me e desci um pouco a saia, arrumei o comprimento da blusa e passei todo o cabelo para o lado esquerdo do ombro.

-Vamos. - Ele se levantou e passou o braço em volta da minha cintura, apoiei com a mão esquerda em seu ombro e assim saímos de lá. 

Abri a porta de seu carro, e sentei-me ao lado dele, que colocou a chave no contato e seu celular começou a tocar. Sem dizer nada ele o tirou do bolso e atendeu. Passo cerca de dois minutos conversando, e parecia irritado, disse que iria correr até o lugar. Assim que desligou, parou por um segundo olhando para a frente. 

- Logo agora? - Bateu com uma das mãos no volante impaciente. 

- O que aconteceu? - Olhei para ele curiosa.

- Negócios do trabalho. - Como assim ele trabalha? O que esse garoto faz o dia todo?

- Com o que você trabalha? - Retoquei o batom e peguei meu celular na bolsa, para ver a hora.

- Negócios com o meu pai. - Jason ficou quieto e ligou o carro. Achei melhor não perguntar mais nada agora, já que ele provavelmente deve estar irritado e não irá me responder. Assim que virou a esquina para a rua da minha casa, parou em frente e deixou o carro em ponto morto. Abri a porta do carro e peguei minha bolsa.

- Espera Mellanie. - Olhei para ele, que ainda com pose de sério deu um sorriso de leve. - Você insiste em retocar essa merda de batom. - Sorri forçado e ele deu-me um selinho, seguido por um longo beijo, que me fez fechar novamente a porta do carro. Passei a mão em seu cabelo, ajeitando-o como ele faz e dei-lhe um selinho.

- Surpreendente. - Pisquei para ele e saí do carro antes que respondesse. 

Ele me esperou entrar em casa e logo foi embora. Abri a porta devagar como ontem, e tirei os sapatos assim que pisei na sala. Subi as escadas pisando fraco no chão e fui até o meu quarto. Fechei a porta e acendi a luz. Tirei meu celular da bolsinha, e já era 2 horas da manhã. Só espero que minha mãe não decida aparecer no quarto logo agora. Liguei a tevê, deixando-a em um volume baixo e despi-me. Coloquei as roupas no cesto e liguei o chuveiro. Entrei no banho e deixei a água escorrer em meu corpo, dando-me uma sensação de alivio, o que me deixava mais relaxada. Fechei os olhos e era como se eu pudesse sentir Jason descendo sua mão pelo meu corpo com seu toque forte e tentador. Logo que me dei conta do que estava imaginando, abri os olhos e sacudi a cabeça. 

Terminei meu banho e sequei o cabelo ainda com a toalha enrolada no corpo. Vesti uma lingerie e uma camisola rosa claro. Fiz minhas higienes e deitei-me na cama.

Foi bom ter saído com ele hoje, porque apesar de ter acabado de terminar um namoro de quase um ano, ele não me fez perguntas e muito menos mencionou o nome dele. Consegui me divertir sem restrições. Só espero que tudo seja apenas um passatempo. 

...

Detesto acordar com o barulho do despertador. É como se a música entrasse no meu sonho e atrapalhasse tudo. Levantei-me ainda sonolenta e peguei minha bolsa e os cadernos. Deixei-os em cima da cama e passei uma água no rosto. Fiz minhas higienes e penteei o cabelo, deixando-o solto. Vesti uma calça jeans escura bem justa e uma camisa simples cor de vinho, e fechei até o peúltimo botão. Adoro usar esse tipo de roupa, assim com essa camisa porque me sinto mais adulta, ou aparento a minha idade.

Peguei minha chaves do carro e o celular. Mandei um sms para o Logan e a Dri de bom dia, e fui até a cozinha. Pelo jeito minha mãe ainda deve estar dormindo. Quando ela entra a partir das 11h, aproveita para acordar um pouco mais tarde, já que está o tempo todo trabalhando.

Saí de casa em alguns minutos a caminho do colégio. Eu estava ciente de que daria de cara com o Luy, e muitas outras pessoas dizendo que o que eu fiz foi errado. Eu sei que eu errei, mas o que eu posso fazer para mudar isso? Acho que... Nunca amei o Luy o quanto ele me amava, ou ainda ama. Pode soar estranho, mas no começo eu era fascinada por ele e com o tempo... Parece que eu fui perdendo esse desejo. Qual é, nós somos adolescentes. Ele dormia frequentemente na minha casa e, casualmente, eu ía na dele. Talvez o que tenha me atraído ao Jason, seja o jeito mais liberal que ele tem. Porém, isso não significa que eu já sinta algo por ele. Desci do carro com a bolsa apoiada no ombro e o celular nas mãos. Passei pela entrada e todos já estavam indo para suas salas. 

- Que animação é essa? - Logan deu-me um beijo no rosto, todo sonolento.

- Ah... Eu não estou animada. - Guardei o celular no bolso enquanto falava. 

- Não está, mas parece bem para quem acabou um namoro ontem. - Falou em tom de deboche. 

- Do que você entende disso? Eu estou... Tranquila. - Tentei parecer o mais normal possível. 

- Nada. - Caminhamos até a sala. - Por isso que eu estou te perguntando. Geralmente quem não liga para términos são os homens.

- É que agora ela está na onda do garoto novo. - Adriele passou por nós e pelo jeito, pegou o fim da conversa.

- Hã? - Olhei-a surpresa. - Eu mal o conheço.

Sentei-me na carteira entre os dois, e logo o Jason entrou na sala com uma jaqueta cinza bem escura toda fechada, e calça preta. Não consigo entender porquê ele usa essas roupas tão... apagadas no meio do colégio. É como se ele vivesse triste, ou até mesmo de luto. Que horror.

Olhei-o sorridente, que retribuiu o sorriso e logo desviou o olhar. Eu não quero que ele pense que eu sou dessas que fica com um garoto e já se envolve por completo. Eu não sou assim. Ainda mais porque eu não vejo interesse nele.

Estava perdida nos meus pensamentos, mas fui chamada a atenção pela Lissy, que é uma das melhores amigas do Luy, que estuda comigo.

- Ei, Mellanie. - Olhei-a ao piscar consecutivamente, voltando minha atenção a ela. 

- Oi Lissy... desculpa, eu estava pensando em umas coisas. - Apoiei com as mãos nos cadernos, olhando para ela.

- Percebi. Vem cá, não acredito que você e o Luy terminaram. Faziam um casal tão lindo. - Ela falava de nós com uma empolgação, como se fôssemos o casal mais lindo do mundo.

- Foi por minha culpa... mas se aconteceu, à toa não foi. - Ela assentiu enquanto eu falava, como se estivesse concordando com o que eu disse.

- É, eu estou sabendo... O Luy está arrasado. - Eu não sabia o que dizer, porque ele deve estar mais triste do que eu. Apenas assenti sem resposta, e logo o professor de química entrou na sala. Após explicar a matéria, ele pediu para que fizéssemos mais de 15 exercícios em um completo silêncio. Por um milagre, fui uma das primeiras a terminar, e fui liberada para o intervalo. Sentei-me sozinha no banco onde batia o sol e fechei os olhos, relaxando enquanto os outros não eram liberados.

- Pelo jeito você está ótima. - Eu esperava que fosse o Jason, mas não. Mesmo depois de termos terminado, me surpreendi em vê-lo falando comigo.

- Como você queria que eu estivesse? - Olhei-o, que estava de pé com as mãos no bolso do shorts. - Tudo bem se mantermos a amizade?

- Não sei Mellanie... O que você fez me deixou muito frustrado. Podemos pensar sobre isso. - Ele falava enquanto andava de um lado para o outro, com a voz calma.

- Eu... Eu sei. Te dou o tempo que precisar. - Sorri forçado, tentando parecer simpática e logo bateu o sinal. Ele foi para o outro lado do pátio e as meninas vieram até mim, sentando-se ao meu lado. Foi estranho que, durante as primeiras aulas e o intervalo, o Jason sequer me cumprimentou, nem mesmo nas trocas de aula. Eu não queria que ele chegasse como se estivéssemos ficando, até porque não estamos, mas eu queria pelo menos um bom dia, ou até mesmo um oi. Vai ver, é o jeito dele. Mesmo que eu tentasse disfarçar, eu estava esperando ele vir até aqui. Será que o problema são as minhas amigas estarem aqui? Assim que o intervalo acabou, fui até o meu armário e peguei o caderno de inglês.

- É... Oi para você também. - Jason passou por mim, esbarrando sua jaqueta no meu braço, e continuou andando.

- Foi mal Mellanie. - Ele acenou em um ato de simpatia e logo entrou na sala. O que está acontecendo? Um dia ele me chama para sair, é mais simpático do que costuma ser, e no dia seguinte finge que não me conhece? Tudo bem, vamos fazer o mesmo.

Ele é tão grosseiro, que talvez eu não tenha percebido essa frieza quando nos encontramos. Sentei-me novamente no meu lugar e esperei a professora entrar na sala. Estava mexendo no celular, conversando com a Alice pelo whatsapp e aproveitei para contar sobre ontem, e hoje. Obviamente, ela ficou surpresa e ao mesmo tempo com ciúmes, porque quando ela disse que ele é seu vizinho, falou que eu deveria ficar longe já que, eu tinha namorado. Mas eu não fiz por mal... realmente não foi a minha real intenção. Eu só queria me divertir. Precisava sair com alguém que fosse mais liberal, festeiro e um pouco sem noção. Pelo menos o Jason me pareceu ser essa pessoa. 

As últimas aulas passaram bem rápido, e assim que bateu o sinal, todos saíram da sala. Eu não estava com pressa, então fui uma da últimas a deixar a sala. Peguei minha bolsa, todos os meus cadernos que estavam no armário e fui com o Logan até a saída. Entrei no meu carro e dei a partida. Fui o caminho todo pensando porquê o Jason não falou comigo. Será que ele não gostou de mim? Ontem mesmo, ele me fez um elogio de que eu era boa e... Isso é estranho. Eu entendi que ele é o tipo de garoto que não para com a mesma, nem mesmo por uma dia, mas eu pensei que iríamos nos conhecer melhor por esses dias. Talvez teria sido melhor se eu estivesse com o Luy. Ele sempre foi tão sincero comigo e companheiro. E eu me deixei levar por um homem qualquer e estraguei tudo. Eu penso como ele sendo um homem, porque ele não tem jeito de um adolescente de 17 anos. Quantos anos será que ele tem? Aqueles olhos castanho escuros me parecem tão apagados.

Cheguei em casa, e como de costume, estava sozinha. Fiz uma lasanha rápida, enquanto arrumei meu quarto e deixei meu celular carregando. Coloquei a mesa, e antes que pudesse me sentar, tocou a campainha. Quem viria na minha casa a essa hora?

- Só um minuto. - Prendi o cabelo em um coque enquanto caminhava até a porta para abrí-la.

- É... O que faz aqui? - Questionei parada com uma das mãos na maçaneta. 

- Vamos sair hoje de novo? - Ele sorriu ao esconder as mãos no bolso da calça.

- Você fingiu que não me conhecia, e agora quer sair comigo de novo? - Falei atropelando as palavras, o afastar-me um pouco mais da porta. - Por que isso?

- Porque é assim que funciona Mellanie. 



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