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História Beijo Geladinho- Solangelo - Parte 7 - Momentos (sim, é só isso, tipo letra de samba...


Escrita por: EvannaLaRue

Notas do Autor


heey como estão? espero que bem! Não consegui postar na semana passada (mas eu avisei no twitter se quiser me seguir lá é @/EvannaLaRue) então essa semana vou postar duas atualizações! Yaay kk
enfim, espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 7 - Parte 7 - Momentos (sim, é só isso, tipo letra de samba...


Fanfic / Fanfiction Beijo Geladinho- Solangelo - Parte 7 - Momentos (sim, é só isso, tipo letra de samba...

    Existe uma coisa que eu sinto falta da época em que minha família tinha muita grana. No começo, pensei que fosse futilidade da minha cabeça, só um garoto jovem e rico que não se acostumou a ser pobre. Mas percebo que não. A coisa que eu sinto falta não tem exatamente a ver com dinheiro, lugares, comidas ou qualquer coisa do tipo. 

Eu sinto falta de criar memórias: a primeira vez que Kayla perdeu um dente. A festa de 5 anos de aniversário de Austin, que durou facilmente dois dias e teve a presença da família inteira. O aniversário de casamento de mamãe e papai, quando eles saiam para jantar e eu ficava de babá, enchendo meus irmãos de doces e desenhos animados. Ou então… meus aniversários: passar o dia inteiro na praia com os amigos, simplesmente porque podíamos fazer isso. Ou chegar em casa e jantar com a minha família, com direito a um bolo de dois andares e muitos presentes. 

    Pensei que eu estava sentindo falta das coisas. Da lancha, das pranchas de surf, da comida. Mas percebo que isso não é verdade. Sinto falta de momentos. Momentos exatamente como esse que está acontecendo agora. 

    Estamos em uma roda de violão improvisada, mas sem a parte do violão. Se eu soubesse dos planos da noite com antecedência, poderia ter trazido o meu. Mas, de qualquer forma, estamos indo bem sem ele: apenas um grupo de umas 15 pessoas, cantando todas as músicas que estão no modo aleatório no celular de Nico. Sua irmã, Bianca, parece radiante, como se esse fosse um evento mais empolgante do que realmente parece visto de fora. 

Bianca é quase 10 anos mais velha do que o irmão, mas não aparenta. Seus cabelos escuros são longos e ela usa uma touca verde porque está frio pra caralho e ninguém deu a brilhante ideia de continuar a festa dentro de casa. Acho que é porque não faria sentido fazer isso dentro de casa. Só sei que estou me divertindo pra caralho considerando o que temos à mão: churrasco, música boa (e algumas ruins porque Nico não é tão perfeito quanto parece), cerveja e muita conversa e risada. Então, continuamos aqui fora. 

Estamos todos em volta de uma mesa enquanto Percy e Leo revezam para cuidar da churrasqueira. Todos os amigos de Nico estão aqui e mais algumas amigas de Bianca que eu não conheço. Decorei o nome de algumas: Thalia, Zoe e uma garota muito pequena chamada Ártemis, mas não consegui decorar o nome do resto delas. A maioria das garotas parecem ter a mesma história de vida que Bianca — mulheres que foram obrigadas a ser a principal fonte de renda da família cedo demais. Mas elas não parecem cansadas. Elas estão felizes e relaxadas e toda essa alegria é contagiante. 

A melhor parte, no entanto, é Nico, bem ao meu lado. Ele não me toca com intimidade, mas, mesmo assim, toda vez que nossos olhares se encontram parece que eu derreto um pouquinho. 

— Então, William. Quer me falar quais são suas intenções com meu irmão? — Bianca diz, me olhando com seriedade. 

— Bianca, eu juro que… — Nico começa a dizer, mas Bianca interrompe. 

— Ei, relaxa, eu só quero que você leve esse fedelho daqui logo — Bianca diz, em tom de brincadeira. Mesmo assim, percebo que há um fundo de verdade na sua primeira pergunta. 

— Ah eu quero casar e ter filhos com seu irmão. Esse é o plano — digo, sem nenhum tipo de constrangimento. 

— Porra, Will — Nico diz, parecendo bravo. 

Eu solto uma risada e Bianca e o resto do pessoal me acompanham, mas consigo perceber os olhos de Bianca me seguindo pelo resto da festa. Sei que estou sendo avaliado, e não sei direito como devo agir. Talvez por não saber, eu simplesmente tento ser eu mesmo. Sou um cara engraçado e espontâneo. Gosto de ser carinhoso com Nico. Não é muito complicado. 

Honestamente, gostei de perceber a forma como Bianca cuida do irmão. Percebo que sinto falta disso, de alguém que pergunte como eu estou e que se certifique (pelo menos de vez em quando) que estou vivo e me alimentando. Desde que minha família perdeu o dinheiro, eu passo a maior parte do tempo tentando cuidar de mim mesmo e dos meus irmãos. Não lembro quando foi a última vez que meus pais perguntaram se eu estava bem e esperaram por alguma resposta vagamente sincera. 

Passa das 23h quando digo a Nico que preciso ir embora. Eu costumo chegar em casa pouco depois desse horário e meus irmãos sempre me esperam para dormir. Nico faz uma expressão decepcionada e eu me seguro para não beijar ele inteiro bem no meio de todo mundo. 

— Jura? Mas ta mó cedo — ele reclama. — pensei que você fosse dormir aqui. 

— Meu deus, meu irmão acabou de chamar um cara pra dormir em casa. Ei, Percy você ouviu isso aqui? — Bianca diz, quase gritando. 

Nico revira os olhos, mas eu fico curioso sobre a reação. 

— Você não costuma chamar muitos garotos pra dormir aqui, então? — eu pergunto, sem conseguir segurar um sorriso. 

— Bianca é sem noção, não escuta o que ela diz. Enfim, posso te acompanhar até sua casa então. 

— Não, sério. Fica aí — eu digo, porque não quero estragar a noite de Nico. Eu me aproximo dele e pego sua mão. — Só me leva até o portão pra eu poder te dar um beijo de boa noite. 

Nico sorri, mas seu sorriso não dura muito tempo. 

— Owwwn, você ouviu isso, Connor? Ele vai dar um beijo de boa noite no Nico! — Leo diz, em tom de brincadeira. 

Aparentemente privacidade é uma coisa que não existe aqui. 

— Claro, eles são namorados. Você não é meu namorado. Por isso prefiro só transar com você no fim da noite — Connor responde. 

— Ele não é meu namorado — Nico diz. 

— Viu? Você ainda pode me dar um beijo de boa noite — Leo insiste. 

— Você precisa fazer escolhas na vida, querido. Ou a gente transa ou eu te dou um beijo de boa noite. Os dois não tem como. Tipo, o Nico e o Will não vão trepar hoje. 

— Meu deus, parem de diminuir o nível da conversa, o Will vai achar que somos uns bárbaros arruaceiros — Jason diz. 

Percy solta uma gargalhada. 

— Quem diabos fala arruaceiros? 

— Ah, vai se foder — Jason responde, mas passa um braço pela cintura de Percy e beija seu pescoço, o que torna a cena toda mais melosa do que engraçada. 

Droga, queria ter essa intimidade com Nico. 

— Agora você que tá diminuindo o nível da conversa — Piper diz. Ela se inclina na minha direção — O que acha de conversarmos sobre pós-feminismo? 

Todo mundo geme em uníssono. Annabeth cobre a boca da namorada com as mãos e olha para mim e para Nico. 

– Vão. Fujam enquanto eu seguro ela, vou me sacrificar por vocês! 

Eu dou risada, mas nesse momento todo mundo começa a fazer pressão para sairmos dali enquanto Piper tenta gritar com a mão de Annabeth na boca. Nico segura minha mão e me puxa até o portão, o que me poupa de ter que me despedir de cada um individualmente. 

Eu ainda estou rindo e escutando a risada do resto do pessoal quando saímos da casa e eu escoro o corpo na parede ao lado do portão. Nico fica na minha frente e vejo que ele também está sorrindo um pouco. 

— Me desculpa por isso — ele diz. — Eles conseguem ser bem… empolgados quando querem. 

Eu solto uma risada. 

— Tá me zoando? Nico, isso foi incrível. Eu juro. Eu tava precisando de uma noite assim. 

— Qual parte? — Nico diz e eu juro que só essa sua insinuação discreta sobre o que rolou antes da festa é capaz de fazer meu pau subir. 

Eu puxo ele pela cintura e aproximo nossos rostos, colando minha boca no seu ouvido. 

— A cerveja — eu sussurro e Nico me empurra enquanto solta uma gargalhada. 

— Vai se foder. 

— Não preciso, você já me deixou bem satisfeito por hoje. 

— Porra, Will. 

— Porra, Nico. 

— Dorme aqui, vai. 

— Não posso. Juro que outro dia eu fico. Prometo mesmo. Mas eu nem avisei nada pros meus irmãos e… — bem nessa hora meu celular começa a tocar. Tiro ele do bolso e vejo o nome de Kayla na tela. Eu suspiro e guardo o celular sem atender. — Desculpa. 

— Ei, não precisa se desculpar por isso. Me desculpa por ficar insistindo, ok? É só fogo no rabo. 

Agora é minha vez de soltar uma gargalhada. 

— Você não precisa se desculpar. Eu ia amar ficar aqui com você essa noite. Você nem faz ideia do quanto. 

— Eu entendo — Nico diz e entrelaça nossos dedos. — Olha, pode não parecer, mas eu realmente valorizo muito o que minha irmã fez por mim. 

Eu fico um tempo tentando entender o que sua frase tem a ver com a conversa. 

— Will, to falando que eu sei que é complicado ter que cuidar de um irmão mais novo. Tipo, minha casa é o exemplo vivo disso. Então, assim, só quero deixar claro que eu sei que seus irmãos sempre vão vir em primeiro lugar pra você. Porque eu sempre fiquei em primeiro lugar na vida da Bianca e eu só… enfim, não vou fazer um discurso. Eu entendo, só isso. Não é um problema pra mim. 

Eu sorrio e parece que um peso enorme saiu dos meus ombros. 

— Você é perfeita. Fodidamente perfeita. Eu já disse que quero casar e ter filhos com você? 

— Eu já disse que você é um pouco assustador? 

Meu celular volta a tocar e eu respiro fundo. Eu amo meus irmãos mas é que… porra, eu queria tanto ficar com Nico mais um pouquinho. 

— Sai logo daqui — Nico diz, em tom de brincadeira, me empurrando de leve. 

— Isso é tortura. Eu só queria ficar mais um pouquinho com você… 

— Amanhã — Nico diz — A gente se vê amanhã na faculdade, ok? 

— Me manda mensagem antes de dormir? 

— Pode deixar. 

— Certo. 

— Certo. 

— Posso te dar um beijo de boa noite? 

— Ou isso, ou você vai ter que me levar pra cama. O Connor fez as regras, não eu. 

Eu solto uma gargalhada e aproximo nossos rostos. Chupo sua boca com vontade e depois sua língua. Sigo beijando seu pescoço e… meu celular começa a tocar de novo. Nico se afasta um passo. 

— Vaza daqui — ele diz, dando mais um passo para perto do portão. 

Eu observo seu rosto e depois todo seu corpo, querendo registrar essa memória. Afinal, eu vou mesmo contar sobre esse dia para nossos filhos. O dia em que eu quase pedi Nico em casamento simplesmente porque não aguentaria mais uma noite longe do corpo dele. Patético, eu sei. 

Antes de ir embora, levo a mão ao bolso da calça e tiro um papel de lá. Entrego a Nico, que me olha confuso. 

— Não tive tempo de colocar no seu bolso hoje. 

Nico abre o papel e lê as frases ali. Ele sorri, um sorriso completamente bobo e apaixonado. Por um momento, eu lembro da primeira vez que eu o vi, no ônibus, todo fechado e mal humorado. Eu me apaixonei por ele daquele jeito todo marrento e agora estou me apaixonando por cada um dos seus sorrisos. Acho que a música no papel não poderia ter se encaixado melhor com o que estou sentindo agora: 

Eu tô completo, eu tô tão certo

Que o grande amor da minha vida é você

Nem sei se eu sou merecedor

Do teu carinho, teu amor

Mas quero te levar pro altar

Lua de mel em frente ao mar

Eu quero aliança com teu nome

Na tua assinatura eu quero ver meu sobrenome

 


Notas Finais


eeee? me digam o que estão achando, por favor! esse capítulo foi bem fofinho ne (a fic no geral vai ser bem fofinha kk)

Vcs leram a última one que eu postei? vão lá ler! (juro que parece triste mas tem final feliz kk) https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-morte-a-loucura-ao-anjo--jercy-23440210

Ah e eu posto essa fic pelo twitter tb pra quem quiser ler por lá: https://twitter.com/EvannaLaRue/status/1450507073519853574

É isso! Até quinta!
Beijos, beijos!


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