1. Spirit Fanfics >
  2. Beijos - DRARRY >
  3. 3.

História Beijos - DRARRY - 3.


Escrita por: eusouluna

Notas do Autor


Ooooi, espero que gostem!

Capítulo 3 - 3.


Harry estava na aula de Poções. A pior aula do dia, na sua humilde opinião. O garoto estava tentando fazer com que o sapo dele ficasse quieto enquanto ele cortava, de maneira desleixada, fatias de um sólido que ele não conseguia identificar. Harry bufou de frustração quando o sapo, apelidado amigavelmente de Frank, pulou da sua carteira em direção à janela, sumindo de vista logo em seguida. O moreno estava tão preocupado em fazer com que o pequeno animal voltasse a sua posição original que nem percebeu quando uma certa pessoa se sentou ao seu lado. 

- Precisamos conversar. 

Harry não precisou olhar para o lado para saber a quem a voz pertencia. Draco Malfoy estava com as sobrancelhas levemente franzidas, os lábios crispados e olhava as tentativas de Harry em recuperar o sapo indo completamente para o lixo. 

- Eu não sei sobre o que você está falando. – O moreno respondeu, desistindo de chamar o animal de volta, já que agora ele já estava andando por todas as janelas da sala de aula e, honestamente, Harry não fazia ideia do que fazer com o sapo na poção. 

Draco bufou em resposta, ainda sem tirar os olhos de Harry. 

- Você sabe do que estamos falando. 

- Sei?

Harry desviou o olhar quando ouviu Draco estralar a língua dentro da própria boca, mas não disse mais nada, tentando inutilmente se concentrar nas instruções da poção. 

- Você precisa cortar em cubos e não em tiras. 

Harry observou Draco pelo canto do olho. O loiro ainda o encarava, a mesma máscara de indiferença começando a aparecer em seu rosto. 

- Você realmente gosta de poções, hein?

Mais um silêncio.

O único motivo para que Slughorn não tivesse implicado com os dois era porque Poções era a matéria na qual os alunos mais conversavam. Enquanto preparavam os ingredientes, todos cochichavam entre si, perguntando uns aos outros se estavam seguindo as instruções corretamente ou pedindo alguns ingredientes emprestado. Deve ter sido por isso que Draco fora conversar com Harry justo naquele momento. Ninguém estava prestando atenção nos dois. Hermione estava na fileira da frente, super concentrada na tarefa que fora designada a ela. Rony estava ao seu lado cortando aquele sólido estranho em tiras e não em cubos. Simas e Dino tagarelavam sobre quadribol, Blaise Zabini flertava com uma garota que Harry não conhecia, alguns até tinham parado de fazer a poção. 

Draco estralou a língua de novo. 

- Potter. 

Harry murmurou com a pena em mãos, tentando escrever os passos da poção em um pergaminho para se lembrar depois. 

- Por que caralhos você tem me beijado? – Draco sussurrou de maneira rígida. Harry agradeceu mentalmente o fato dos alunos não estarem prestando atenção nos dois e o fato deles estarem sentados no fundo da sala, porque Harry acabou beijando Draco ali mesmo. 

- Potter! Você não pode simplesmente... O que porra você pensa que- Harry o beijou de novo, não deixando com que Draco terminasse sua frase. O braço de Draco inconscientemente foi para frente, seus dedos se entrelaçando na gravata vermelha de Harry. O loiro não tinha certeza se queria empurrar Harry para bem longe ou puxa-lo para mais perto de si. No final, ele não teve que tomar nenhuma decisão, pois Harry quebrou o beijo e se afastou. Esse tinha sido o mais longo até então. Lambendo os próprios lábios, Harry sorriu inocentemente ao tirar os dedos de Draco da sua gravata.

- Eu estou surpreso que você não ainda não tenha percebido. – Como se nada tivesse acontecido, Harry voltou a olhar para a frente e tentou finalizar a poção. 

- Não percebi o quê, Potter?

Rindo levemente, Harry limpou o seu óculos na barra de sua camiseta e o colocou de volta na ponta de seu nariz.

- Eu não gosto quando você diz palavrões. 

- O quê? – Draco perguntou confuso. – O que os palavrões tem a ver com você estar me beijando o tempo todo?

Harry ergueu uma sobrancelha ao encarar o loiro.

- Você acordou mais lento nessa manhã. Não acabou tomando essa poção por engano, né?

Draco fechou aos mãos num punho.

- Não, eu não tomei nenhuma poção. – Disse de maneira sarcástica. – E eu posso falar a porra que eu quiser, você não controla o que eu digo ou não. 

Harry revirou os olhos e o beijou de novo. Dessa vez, Draco o empurrou, encarando o moreno a sua frente com raiva. 

- Para de fazer isso. – Sibilou. 

- Para de soltar essas palavras feias. – Implicou Harry. 

Draco sorriu maldosamente. 

- Quantos anos você tem, Potter?

- Harry. 

- Não quero saber seu nome, perguntei quantos anos você tem. 

Harry encarou o loiro irritado. Certos hábitos nunca mudam.

- Patético, Malfoy, patético. 

- Wow, voltamos pro “Malfoy”, então? – Draco riu querendo provocar, mas antes que Harry pudesse responder, Cho apareceu saltitando na sua frente.

- Oi, Harry! – Cumprimentou alegremente. Draco bufou e Harry o ignorou, voltando-se para a oriental com um sorriso no rosto. 

- Olá, Cho!

Draco mexeu-se desconfortável na sua cadeira e fixou o seu olhar no besouro morto que estava em cima da mesa, fulminando-o como se pudesse matar o inseto mesmo ele já estando morto. 

- Então, será que nós poderíamos ter aquelas aulas hoje a noite? Vai ter a prova de feitiços semana que vem e eu já queria ir me preparando.

Harry sorriu simpático. 

- Claro. As oito na Sala Precisa, tudo bem?

Cho acenou em concordância e saiu feliz de perto dos dois. Draco deixou outro resmungo escapar. 

- Qual é o problema, Malfoy? 

Ele não respondeu. 

Harry não insistiu, não queria acabar brigando. Focou-se em procurar o sapo pela sala e, ao passar os olhos pela mesa de Hermione, percebeu que a garota o encarava com a sobrancelha franzida. Será que ela tinha visto...? Não tinha como saber. Harry desviou os olhos rapidamente e encarou o caldeirão com uma mistura verde gosmenta, ele tinha que começar com alguma coisa. Esticou o braço direito para as tiras (não dava mais tempo de cortar em cubos) e, quando ia jogá-los dentro da gosma, sentiu Draco segurar o seu braço fortemente. 

- Você está maluco? – Ele disse bravo. – Quer explodir essa sala?

Harry, rapidamente, deixou os ingredientes em cima da mesa e bufou em frustração. 

- Eu odeio poções.

Mais uma vez, Draco não respondeu. Harry queria absurdamente olhar para o lado para ver como que o garoto loiro estava se portando, mas resistiu à tentação, mantendo seus olhos na gosma do caldeirão. 

Depois de um longo tempo, algumas pessoas já estavam até saindo da sala de aula, já que já haviam terminado a tarefa, Draco disse:

- Eu posso te ajudar. 

- Oi? – Harry virou o tronco par encarar o loiro.

- Com poções. – Draco emendou rapidamente – Posso te ajudar com poções. 

Harry ergueu uma sobrancelha.

- E o que você quer em troca?

- Por que você acha que eu quero algo em troca? – Draco indignou-se.

- Porque você é Draco Malfoy. – O moreno disse simplesmente fazendo cm que Draco bufasse. A realidade era que Draco deveria dizer que queria que Harry parasse de beijá-lo, mas o garoto, por mais que tentasse, não conseguiu fazer com que essas palavras saíssem de sua boca. Ele queria que Harry parasse de beijá-lo, certo? Ele obviamente não queria sentir os lábios macios do moreno na sua boca de novo. Ou ver como os olhinhos de Harry se comprimiam sempre que o garoto impulsionava seu corpo para frente numa tentativa de colar seus lábios. 

Ele obviamente não queria isso. 

- Malfoy? – Harry o chamou.

- Draco. 

- Eu perguntei o que você quer em troca, não quero saber o seu nome. – Harry disse abrindo um imenso sorriso maroto. Draco nem teve como se irritar. O sorriso de Harry era capaz de transmitir uma segurança e paz jamais sentidas antes. 

Draco pensou por um momento. A imagem de Cho veio a sua cabeça. Ele queria falar para Harry não dar aulas particulares a Cho, mas isso pareceu ciumento demais e ridículo demais. 

- Eu ainda não sei. – Disse por fim. – Quando eu pensar em alguma coisa, vai ser o primeiro a ficar sabendo. 

- Tudo bem. – Harry assentiu. – Mas duvido muito que você vá conseguir me ajudar com poções. 

- Está insinuando que eu não sei ensinar? – Draco questionou com um falso tom ofendido na voz.

- Estou insinuando que sou um péssimo aluno. 

- Não se preocupe. – Disse com a voz baixa. – Eu sou um ótimo em tudo.

Harry sentir seu corpo estremecer. Ele não sabia se Draco tinha dito aquilo de propósito, mas, de qualquer maneira, seu corpo reagiu à frase de um modo totalmente não esperado pelo moreno. 

- Eu não duvido. – Disse em voz baixa, mas o suficiente para que Draco escutasse.

As pupilas do loiro dilataram, mas, infelizmente, o quase flerte teve que ser interrompido, pois Simas, como sempre, foi capaz de explodir o seu caldeirão, causando um barulho tremendo e fazendo com que uma fumaça preta se espalhasse pelo local. Hermione gritou, Rony quase caiu da cadeira, Blaise deixou o próprio caldeirão escorregar, Cho arregalou os olhos e Draco Malfoy soltou mais um palavrão. 

- Mas que porra foi essa, Simas?

Harry, ainda meio aturdido, aproximou-se de Draco o mais rápido que conseguiu, tascando-lhe um beijo e logo em seguida saindo da sala de aula.

Realmente, mas que porra foi essa, Simas?

 


Notas Finais


E então? O que acharam? Comentem, por favor! Beijos e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...