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História Bela e Amarga - Camaleões


Escrita por: UniversalSide

Capítulo 5 - Camaleões


Fanfic / Fanfiction Bela e Amarga - Camaleões

Morro de medo dos répteis, mas admiro suas habilidades. Acredito que os camaleões, em especial, possuem uma forte ligação com a minha personalidade. São imponentes, mas quando  precisam, passam desapercebidos.

- Marga Del Valle

A noite havia sido longa, mas, no fim, consegui colocar as coisas em ordem no apartamento. Dormi por duas horas e, logo, me arrumei para o trabalho do dia.

 Estava um pouco tensa, a operação havia iniciado a pouco mais de um dia, mas a polícia já cobrava resultados. Eu tinha menos de duas semanas para reunir provas contra a família Lopez.

Katy estava na portaria procurando algo na bolsa e deu de ombros ao me ver descer as escadas.

Marga- Bom dia! É bom ficar atenta querida síndica. Não queremos que novos canos estourem.

Katy- Mas isso não será um problema para você. Digo, você fará sua parte para que homens lhe  ajudem no apartamento!

Marga- Isso mesmo, homens bem ricos de preferência. “Podrás? Jamas”. Quem pode, pode- eu sabia que ela se referia à visita que recebi na noite anterior de Martin Lopez-.

Katy- Não se confunda. Este lugar não é um prostíbulo! 

Marga- Ué, e você tá aqui por que então?- Retruquei dando de ombros e entrando no táxi que já estava na porta.

Katy sugava minha energia! 

Assim que cheguei na mansão Lopez fui recebida pela empregada doméstica que me informou não haver ninguém em casa, exceto o velho inválido na suíte do andar de cima. 

Roberto Lopez era o pai viúvo de Martin, Hector e Felícia. 

Ouvir aquilo me aliviou. Era momento de entrar nos cômodos da casa à procura de documentos ou provas incriminatórias. 

Subi vagarosamente os degraus, fui até o primeiro quarto que encontrei e percebi estar no quarto de Martin Lopez, por conta de sua enorme fotografia na parede.

 Abri gavetas, closets e, afortunadamente, percebi a presença de um fundo falso em uma das gavetas. Fotografei todos os documentos que encontrei por lá, mas, antes de terminar, percebi que Martin havia voltado e subia as escadas falando ao telefone.

Martin- Não, eu não pedi que levassem. Peça para que voltem de onde vieram.- respondeu alterado para o que parecia ser um fornecedor.

Para o meu azar, não havia modo de me esconder eficientemente. Logo, me lancei na sacada e caminhei pelas bordas da mansão torcendo para não ser vista.

Em um dos pontos, perdi o equilíbrio e caí com tudo no gramado. Por sorte, não era tão alto assim, mas foi o suficiente para me deixar com os pés e pernas doloridos.

Me recompus e voltei para dentro da mansão após enviar as fotografias para a análise da equipe de Dominic. 

Ao entrar, dei de cara com Héctor.

Hector- Senhorita Margaret, sem ressentimentos?

Marga- E eu tenho escolha?

Hector- Claro, sempre existem escolhas!

Marga- Vai me demitir se eu te insultar?

Hector- Autorizo apenas um insulto e pronto!

Marga- “Eres un pinche pendejo!”

Hector- Olha só, insultado em espanhol!

Marga- A intensidade é melhor no nosso idioma natal!

Hector- Está melhor agora?

Marga- É, aliviou um pouco! Mas, se fizer outra sandice daquelas não vou apenas lhe insultar, irei mostrar do que é feita uma latina!

Hector- Fiquei curioso…

Marga- Me poupe!- respondi dando de ombros e indo para o processo de organização do evento. 

Após a longa tarde, me preparava para ir embora quando vi Martin enfiar caixas no porta-malas de um carro suspeito e sair pela avenida principal. Pedi que o táxi o seguisse.

O trajeto o levou a um prédio que ficava a três quarteirões do meu. Sentei em uma cafeteria, e observei a movimentação enquanto fotografava as ações de Martin, esperando que aquilo pudesse ajudar em algo, embora eu não soubesse se poderia se tratar de algo ilegal. 

Esperei por alguns minutos e perdi um pouco da atenção, até que, de repente…

Martin- Senhorita Margaret?

Marga- Senhor Martin? O que faz aqui?

Martin- Eu sempre venho nessa cafeteria…

Marga- Mesmo? Deve se lembrar que moro aqui perto!

Martin- Você estava na minha casa?

Marga- Sim, acabei de sair e vim pra cá.

Martin- Posso me juntar a você?

Marga- Não!

Martin- Como?

Marga- Não, porque… eu tenho que… ir ao salão fazer as unhas. 

Martin- Mas suas unhas já estão feitas…

Marga- Ah… vou fazer de novo… não gostei dessa!

Martin- Fala sério, vai me negar um café?

Marga- É que, eu fico sem graça de…

Martin- Achei que fôssemos amigos. 

Marga- Bom, tecnicamente, você é meu patrão…

Martin- Muito bem. Então eu ordeno que tome café comigo!

Marga- Não estou em horário de trabalho, senhor Martin. Me toma por boba?

Martin- Suas unhas podem esperar- respondeu sentando-se na mesa.

Eu não podia dar corda para aquele homem e me envolver afetivamente. Mas aquele perfume, senso de humor e educação dificultavam as coisas!




Notas Finais


Continua…


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