Antes que ele dissesse qualquer coisa Nairóbi saltou do outro lado do caminhão pulando nos braços dele, agarrando seu quadril com suas pernas e ele a segurou prontamente rindo.
- Acho que você gostou da surpresa. – gabou-se ele enquanto os outros desciam do caminhão.
- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou cheia de animação.
- Vem pra cá. – ele a colocou no chão puxando-a para um canto longe dos outros enquanto eles começavam a retirar as bagagens do avião e colocar em um carrinho que as levaria para o bagageiro do avião.
- Eu disse que não queria despedidas. – disse ela baixando o olhar e ele levantou seu queixo prontamente.
- Não é uma despedida. – fez ar de mistério.
- Como assim? – Nairóbi sentiu seu coração palpitar instantaneamente. – Não brinca comigo. – pôs a mão sobre o peito.
- Não estou. – riu, tocando a face dela suavemente. – Eu tinha umas férias atrasadas então pensei.... Porque não cobrar essas férias agora? – deu de ombros fazendo pouco caso somente para ver a reação dela.
- Mentira! – exclamou ela levando as mãos aos lábios, tapando-os. Suas mãos tremiam e suavam.
- Ah não ser que você não queira que eu vá com você, porque eu já... – antes que ele terminasse de falar ela o agarrou tapando sua boca com um beijo violento que resultou em assovios debochados e risos dos outros que ali estavam.
- Calma, guarda esse fogo pra depois. – sussurrou no ouvido dela.
- Isso está acontecendo mesmo? – perguntou retoricamente, deixando uma lágrima de emoção cair.
O Professor olhava os dois com uma ponta de inveja por Raquel não poder fazer o mesmo. Ele sabia que desde o começo que seria complicado e ele não era egoísta ao ponto de exigir qualquer coisa dela sabendo que ela tinha uma filha e uma mãe que dependiam dela. Ainda mais agora que seu ex-marido não podia mais ameaça-la tentando tirar a guarda de Paula, pois a menina nem sequer fazia questão de morar com o pai agora que a mãe tinha mais tempo livre.
Enquanto Nairóbi e Javier se aproximavam de mãos dadas ele voltou para a realidade e ficou surpreso quando ela lhe deu um beijo estalado na bochecha.
- Porque isso? – perguntou.
- Obrigada por permitir que Javier faça parte disso. – explicou gentilmente.
- Acho que ele se mostrou um aliado de confiança, além do mais, o avião é seu. – afirmou o Professor indicando o jato á sua frente e pela primeira vez ela analisou seu investimento.
- Uau! – exclamou satisfeita cruzando os braços.
- É como você esperava? – perguntou o Professor.
- É Melhor! – animou-se.
- Acho que nem precisamos perguntar quem vai sentar com ela na cabine, certo? – debochou Tóquio e todos riram.
O Hangar era de propriedade de um conhecido do Professor, mais um de seus aliados que eles não saberiam muito a respeito. Enquanto todos finalmente entravam no jato, Nairóbi trocava de roupa e se preparava para partir. O tempo não poderia estar melhor e ela não poderia estar mais ansiosa para o seu primeiro voo solo, em todos os sentidos.
- Meu deus olha esses bancos! – impressionou-se Denver, passando a mão pelo tecido.
- E são confortáveis também. – completou Tóquio deitando o banco ao máximo.
- Ágatha tem bom gosto. – concordou Mônica, analisando todos os detalhes da decoração, sentando-se no pequeno sofá atrás dos bancos individuais.
- Eu também ajudei ela. – Rio balançou a cabeça, gabando-se e sentando no banco de frente para Tóquio.
Denver sentou-se ao lado de Mônica no sofá e colocou o braço em torno do ombro dela dizendo:
- Agora não tem mais volta. – sorriu.
- Eu nunca pensei em voltar atrás. – garantiu encarando-o com firmeza e beijou seus lábios suavemente.
O Professor sentou-se de frente para Helsinque, que já havia aberto uma cerveja e apertado seu cinto, preparando-se para a longa viagem.
- Ainda bem que sua namorada não veio Professor, senão eu ia ficar perdido entre casais. – riu.
- Isso seria impossível, diferente de Javier, ela tem uma filha. – comentou o Professor tentando não parecer triste com a distância, quando a voz de Nairóbi fez-se ouvir no recinto:
- Aqui é a sua comandante. Apertem os cintos porque nós vamos decolar! – todos comemoraram batendo palmas e gritando.
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