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História Bells of Notre-Dame - Noite


Escrita por: ElvishSong

Notas do Autor


Olá! Vamos ver o que houve depois que Esmeralda partiu? Boa leitura!

Capítulo 9 - Noite


- Esmeralda! – Clopin envolveu a filha num abraço apertado, e pôs-se a examinar-lhe as mãos, o rosto, os braços, desesperado com os ferimentos deixados pelas pedradas – o que lhe aconteceu? Reviramos a cidade e não a encontramos!

                - Calma, pai, eu estou bem! – assegurou ela.

                - O que são esses ferimentos? – ele ainda falava freneticamente, movido pelo desespero – Foi apedrejada? Quem fez isso, Esmeralda? QUEM?!

                - PAI, CALMA! – a moça segurou os ombros de Clopin e o encarou nos olhos – eu estou bem. Foram só algumas pedras... E acho que irritei a pessoa errada, mas não me aconteceu nada demais.

                O cigano franziu o cenho, ficando zangado enquanto a angústia se dissipava:

                - Então, por onde andou, durante TRÊS DIAS?! TRÊS DIAS, ESMERALDA! – a mão áspera se fechou sobre o braço da jovem e, ignorando todos os outros que observavam (todo o clã, mais amigos, conhecidos e curiosos), arrastou a moça em direção às carroças – tem ideia de tudo o que pensamos? Só não invadimos a prisão por não haver qualquer evidência de que você estivesse lá! – ele continuou a arrastá-la para o próprio carroção, enquanto a menina tentava se soltar – já se esqueceu dos enforcamentos que presenciou? Dos autos-de-fé? Das torturas e humilhações públicas?!

                Sabendo que, alterado como estava, ele seria capaz até de dar-lhe uma surra de cinto, como se ela ainda fosse criança, a garota escorregou por entre os dedos do pai e o confrontou:

                - Eu estava salvando alguém dessas mesmas humilhações, Clopin! – esbravejou – quer saber de onde vieram as pedradas? Vieram das horas que fiquei entre um prisioneiro e a multidão! Fiquei fora porque estava cuidando de seus ferimentos!

                - Um prisioneiro? – perguntou o chefe do clã. Esmeralda jamais mentia, mas ele sabia que não contara toda a verdade – E quem seria este prisioneiro?

                Pega pela pergunta direta, ela tratou de pensar rápido: se dissesse que tinha ajudado A Sombra, seu pai seria capaz de trancá-la numa carroça pelo resto da vida! Ou até pior: dar-lhe uma surra de cinto na frente de todos os presentes, mesmo! E o que mais doía era saber que seria merecido... Pelo menos na concepção de todos os demais. Afinal, quem ali vira o lado bom de Aaron? Quem conhecera dele algo que não o assassino, o torturador? E se ela contasse quem era o verdadeiro homem, não acreditariam nela, mas diriam que estava sendo enganada por um manipulador... Então tratou de pensar depressa, e dar a resposta mais fácil e verdadeira que podia:

                - Um irmão-leigo da Catedral. – bingo! Não era mentira, pois Aaron de fato era um irmão-leigo, mas tampouco contava toda a verdade. E o que não faltavam eram pessoas expostas diariamente... às vezes, duas ou três no mesmo dia!

                - E onde você esteve, durante esses três dias? – havia um ceticismo irado na voz dele.

                - No campanário de Notre-Dame. O homem que foi açoitado é amigo do sineiro, que o abrigou. E eu... tentei ajudar como pude. Ele estava tão ferido, e queimado pelo Sol que...

                - Certo, Esmeralda, já entendi. Você desapareceu para ajudar outro inocente. – ele segurou a jovem pela orelha, torcendo a cartilagem de modo doloroso – enquanto nos deixava em desespero, à sua procura!

                - Clopin, está me machucando!

                - Agradeça por eu não levantar suas saias e lhe dar uma surra no traseiro como se você tivesse seis anos, outra vez! – devolveu ele, levando a jovem para a carroça – se desaparecer se tornar hábito, Esmeralda, como saberemos o que lhe ocorreu? Poderá estar presa, ou mesmo morta, e não saberemos, pois “Esmeralda costuma sumir”. Bem, esse costume morre antes de se instalar! – e a empurrou para dentro do vagão. Mal a jovem se aprumou ali dentro, ele bateu a porta e fechou o trinco por fora – e se arrombar a porta do meu carroção, menina, faço aquilo que disse! Minha paciência com você acabou!

                Enfurecido, aliviado, preocupado e sentindo os efeitos da adrenalina passando, ele esfregou o rosto e fitou a pequena multidão que se formara:

                - O que estão olhando? Ao acaso não têm mais nada a fazer? Vão cuidar das próprias vidas! – em seguida voltou-se para Diogo, seu primo em primeiro grau, um homem muito semelhante ao próprio Clopin, e disse – se ela tentar sair, avise-me.

                - Aonde você vai, irmão? – perguntou o outro – já é tarde!

                - Não vou conseguir dormir, hoje. Trabalharei em algumas peças de cobre para Alba vender amanhã. – Alba era a esposa de Diogo, e tinha esse nome porque, filha de um cigano com uma francesa que se juntara ao grupo, muitos anos atrás, nascera com a pele muito branca e olhos azuis. Era ela que assumia o papel de mãe em relação à jovem Esmeralda, embora esta fosse arredia e pouco afeita aos carinhos e afazeres do lar, preferindo correr pelas ruas da cidade, dançar nas esquinas e socorrer os necessitados.

                Irritado, o cigano se dedicou a seu trabalho, apenas pensando: Esmeralda continuava a agir como criança, mas não era mais uma! Já era hora de crescer e assumir responsabilidades! Sim, era louvável sua bondade e altruísmo, mas dessa vez ela passara todos os limites! E se suas palavras não adiantavam para manter a garota em casa, então ele a casaria, de uma vez! Miro era a sua escolha, amigo de Esmeralda ou não, pois ele seria mais do que capaz de controlar a jovem! Sim, determinaria o casamento de ambos, e este assunto estaria encerrado!

                Dentro do carroção de Clopin, Esmeralda nem mesmo tentou forçar a porta: a última coisa que queria era apanhar como uma criança, na frente de todo o clã! E embora estivesse com raiva, e sua maior vontade fosse correr para bem longe dali, ela se deixou cair sobre o colchão de palha, sufocando o grito de raiva com os panos da própria saia. Gritar pareceu aliviar a zanga, e o alívio de estar em casa, bem longe do alcance de Frollo, preencheu-a com uma paz que nem mesmo a revolta pelo castigo poderia reduzir. Mais tranquila, aninhou-se no colchão e, sem perceber, adormeceu.

 

*

 

                Longe dali, alguém tinha sérios problemas para dormir: Claudius revirava-se na cama, sentindo a dor das chibatadas aplicadas por si mesmo, para se punir. Punira-se por desejar a cigana, mas não conseguia tirá-la da mente! A todo instante seus pensamento evocavam o olhar verde, intenso como o fogo do Inferno... A toda hora ele via, mesmo de olhos fechados, o corpo curvilíneo que ondulava como a serpente que tentara Adão e Eva... Os cabelos negros perfumados com alguma poção enfeitiçada, que despertavam nele instintos que pensava não existirem em seu ser...

                Uma vida de retidão, devoção a Deus e pureza da alma, posta a perder por uma cigana que o enfeitiçara completamente. Ele já não conseguia pensar em Aaron, ou mesmo sentir raiva do garoto, pois ocupava-se com a própria danação. Seu corpo ardia como se estivesse com febre, e o desejo... Ah! Aquele desejo incontrolável, que o fazia fechar os olhos apenas para ter sonhos indizivelmente pecaminosos com aquela maldita mulher! Ele precisa tê-la, precisava tê-la, ou iria enlouquecer!

                Ergueu-se abruptamente do leito , desistindo de dormir, e começou a andar pelo quarto, assombrado pela imagem dela: imagens dela dançando pelas ruas, apresentando-se no Festival dos Tolos, enfrentando-o... Nada o excitara tanto quanto o momento em que ela o enfrentara! Fosse ele um homem comum e a teria tomado para si como um cão fazia a uma cadela! E aquele fogo, aquelas labaredas dos nove círculos infernais continuavam a consumi-lo, a perturbar sua mente e seu espírito. Tentou rezar, mas foi inútil: em vez da imagem do Cristo, via a imagem de Esmeralda. Esmeralda... O próprio nome era uma tentação: pois não despertavam as joias a cobiça de todos? E aquela era uma joia viva, um demônio enviado pelo próprio Lúcifer para destruir sua alma!

                Após mais de uma hora lutando contra os pensamentos, desesperado por conseguir fazer uma oração, sem sucesso algum, levantou-se com ódio e fitou as sombras do quarto: era como se a qualquer momento Esmeralda fosse sair da escuridão em sua direção. Em sua mente podia vê-la ali, em seu vestido vermelho que expunha despudoradamente uma das pernas, convite e tentação a uma luxúria animal, primitiva... Agora não apenas imaginava, como podia vê-la nitidamente, ainda que soubesse ser apenas um feitiço! Dividido entre o desejo, a pesada culpa, o pavor, sua oz enfim conseguiu se manifestar:

                - Belle... (Bela)

                Est-ce le diable qui s'est incarné en elle (É o diabo que se encarnou nela)

                Pour detourné mês yeux du Dieu éternel? (Para desviar meus olhos do Deus Eterno?)

                Qui a mis dans mon être ce désir charnel (Que pôs em meu interior este desejo carnal)

                Pour m’empêcher de regarder vers le ciêl? (Para me impedir de olhar para o Céu?)

 

                Ele sentia seu corpo reagir, imaginando o toque de Esmeralda, as mãos pequenas em seu corpo, os beijos tórridos e úmidos de seus lábios impuros e promíscuos, e um deleite pérfido o percorria:

                - Elle porte em ele le péché originel! (ela porta em si o pecado original!)

                La désirer fait-il de moi um criminel? (Desejá-la faz de mim um criminoso?)

                Oh, Notre-Dame! (Oh, Notre-Dame)

                Oh, laisse-moi rien qu’une fois (oh, deixe-me ao menos uma vez)

                Pousser la porte du jardin d’Esmeralda... (Possuir a porta do jardim de Esmeralda...)

                Esmeralda...

 

                Seus olhos brilharam com luxúria e, de repente, ele espantou as alucinações de pecado com um gesto brusco do braço, como se empurrasse a cigana para longe de si. Voltou-se para o chicote, arrancou a batina outra vez e desferiu o primeiro golpe:

                - Cet ocean de passion (este oceano de paixão)

                Qui deférle dans mês veines (que percorre minhas veias)

                Ma déroute, ma déveine (minha derrota, minha má sorte)

                Doucemente j’y plongerai (docemente nele mergulharei)

                Sans qu’une main me retienne (sem que mão alguma me impeça)

                Lentement je m’y noierai (lentamente me afogarei)

                Sans qu’un remorse me vienne! (sem que me venha algum remorso!)

               

O chicote desceu com mais força, em punição aos pecados que cometia na mente, mas era impossível parar; talvez a dor o trouxesse de volta daquela onda que o arrastava inexoravelmente para o mar de fogo do corpo e dos olhos de Esmeralda:

- Mon péché, mon obsession (meu pecado, minha obsessão)

Désir fou qui me tourmente (Desejo louco que me atormenta)

Qui me tourne in dérision (que me leva à loucura)

Qui me déchire et me hante (que me divide e atormenta)

Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

Et je vais te maudire jusqu’à la fin de ma vie (E te amaldiçoarei até o fim de meus dias!)

Tu vas me détruire! (você vai me destruir!)

Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

J’aurais pu le predir (Eu o pude prever)

Dés le premier jour (desde o primeiro dia)

Dés la première nuit (desde a primeira noite)

Tu vas me detruire...

 

Com as costas cobertas de pequenas chagas já vertendo sangue, ele se levantou trêmulo, enterrando os dedos nos cabelos, em desespero:

- Moi qui me croyais l'hiver (eu que me cria como o inverno)

Me voici un arbre verti (tornei-me um árvore verde)

Moi qui me croyais de fer (eu que me cria de ferro)

Contre le feu de la chair (contra o fogo da carne)

Je m'enflamme et me consume (Eu me inflamei e consumi)

Pour les yeux d'une étrangère (Pelos olhos de uma estrngeira)

Qui ont bien plus de mystère (Que possuem muito mais mistério)

Que la lumière de la lune (Que a luz da lua!)

 

Ele fitou a lua cheia que entrava por sua janela, e pensou invejosamente em como aquela mesma lua certamente estaria a banhar Esmeralda, percorrendo sua pele morena, entrelaçando-se aos cabelos negros... Era impossível tirar de sua cabeça a imagem da mulher, e ele praticamente gritava:

- Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

Et je vais te maudire jusqu’à la fin de ma vie (E te amaldiçoarei até o fim de meus dias!)

Tu vas me détruire! (você vai me destruir!)

Tu vas me détruire! (Você vai me destruir!)

J’aurais pu le predir (Eu o pude prever)

Dés le premier jour (desde o primeiro dia)

Dés la première nuit (desde a primeira noite)

Tu vas me detruire...

 

Imaginando a cigana, seus toques, o calor do corpo dela contra o seu, ele se afundava mais e mais em pecado e desejo, sentia chamas a consumi-lo, e todo o seu corpo transpirava até gotas de suor escorrerem por seu rosto e costas. Ele se agarrou ao beiral da janela, febril, delirante em suas pérfidas fantasias, angustiado por afogar-se naquele mar de lava ardente, mas incapaz de fugir, apenas sentindo, imaginando, e já não sabia o que era real ou ilusão, até que uma onda de indescritível prazer pareceu fazer estalar cada centímetro de seu corpo, como se um raio o atravessasse! Uma sensação como nunca tivera, mas que o deixou prostrado, exausto como raramente se sentia.

Mal conseguindo rastejar até a cama, ele fez enorme esforço para vestir a batina e se largou sobre o leito. O que quer que houvesse acontecido, qualquer que fosse aquele feitiço e os efeitos que tivera sobre si, havia drenado totalmente suas forças, e ele adormeceu. Um sono sem sonhos nem pesadelos, de puro esgotamento.

 

*

 

- Esta ficou ótima, Aaron – elogiou Grigoire, vendo a tela que o amigo terminara de pintar. Ali estava retratado o rosto de esmeralda, emoldurado por seus cabelos negros, os olhos destacando-se como uma chama viva, cheios de mistério e de bondade. Alguns cachos escuros caíam por sobre a fronte, escapando à faixa colorida que os mantinha, e a pele morena estava iluminada por uma luz branca, como uma grande auréola que a envolvesse. Havia na mulher retratada um misto de beleza carnal e pureza etérea, como se ela unificasse a terra e o céu.

- Nem de longe tão perfeita quanto a verdadeira. – respondeu o homem moreno, limpando os pincéis – mas se parece com ela...

- Ora, deixe de falsa modéstia: parece que esta pintura criará vida a qualquer segundo!

- Por todos os santos, Grigoire, nem mencione essa possibilidade! – riu-se Aaron – uma Esmeralda só já me enlouqueceu o suficiente... Agora, duas? Eu certamente morreria.

O rapaz loiro riu e se sentou de frente para o amigo:

- Está apaixonado por ela, não é?

- Não sei. Nunca me apaixonei, para saber. O que sei é que a quero a salvo, acima de tudo, ao mesmo tempo em que desejo desesperadamente que ela estivesse aqui, comigo. Amo ouvir sua bela voz, e adoro o modo como dança; em minha mente o sorriso dela está gravado como se o houvessem marcado a ferro em brasa, e seu olhar é tão misterioso e puro quanto a luz do luar... Quero entrelaçar meus dedos a seus cabelos e sentir seu perfume, ao mesmo tempo em que sinto ser isto quase um crime, devendo ela ser adorada como se fosse uma santa... Faz algum sentido?

Grigoire pensou por alguns instantes: no mundo da religião, aprendiam sobre o amor a Deus, um amor extático que tornava tudo o mais de menor valor. Aprendiam sobre o amor caridoso, de socorro ao próximo, mas pouco ou nada sabiam sobre o amor entre duas pessoas... Ainda assim, os poemas líricos que lera, as cantigas de amor e amigo dos séculos passados, as histórias populares de cavalaria lhe faziam lembrar-se do amor cortês entre um cavaleiro e uma princesa. Sim, as palavras de Aaron pareciam algo que poderia ser tirado de “Tristan e Isolda”, “Lancelot e Guinevere”... Um amor que não tem a carne como seu foco, mas a alma. Um amor que transcendia o físico, mesmo quando havia união carnal entre o casal. Mas... Aaron a conhecia tão pouco! Não estaria apenas agradecido por ela o ter salvado?

- Eu sei o que está pensando, rapaz: que estou só grato a ela por ter me ajudado. Mas não é isso... Sabe por que fui ao Festival dos Tolos?

- Para vê-la... – arriscou o sineiro, recebendo uma anuência em resposta.

- Eu a amei desde que a vi dançar, pela primeira vez. É claro que é uma das mulheres mais lindas que já vi, mas não foi isso o que amei... Amei seus olhos, sua inocência, o modo como é forte, sem perder a gentileza... Vi tudo isso em sua dança e em seus olhos, e ela me capturou como a um pássaro numa rede. Foi por isso que fui ao Festival. E vê-la, tocar suas mãos pela primeira vez... Eu simplesmente soube que nunca mais amaria alguém daquele jeito. – ele suspirou – mas quando Frollo disse que isso era um feitiço, e que ela só estava me iludindo, eu a odiei. Ou talvez não... Talvez eu tenha odiado a dor que tal ideia me causou. Porque eu a amava desesperadamente, e pensei que estava sendo usado cruelmente... E então ela veio, mesmo depois de eu a haver agredido e quase levado à Inquisição, e se apiedou de mim... Apenas provando que eu estava certo desde o princípio, ao ver a bondade em sua alma. Foi a primeira coisa realmente boa que vi neste mundo, em meio a tudo o que sempre ouvira sobre sofrimento, pecado, danação... Em meio à doença, à miséria, ao medo... Ela é como uma luz nas trevas!

- Bem, amigo, eu diria que você está totalmente perdido de amor... – respondeu o seminarista – e não o culpo por isso, mas sabe que é um amor fadado ao fracasso, não sabe? O lugar dela é na estrada, longe de Frollo, e o seu é aqui, na Catedral.

- Não importa, Grigoire. Vou amá-la por toda a vida, ainda que ela esteja longe, ou nos braços de outro.

- Está certo, apaixonado! – Grigoire deu um tapa leve na cabeça do amigo – vá dormir, que amanhã cedo você toca o órgão na missa, e eu os sinos.

O homem de olhos dourados se levantou com um sorriso e, murmurando um “boa noite para o outro”, foi para seus aposentos. E doces foram seus sonhos, povoados por músicas alegres; ele e Esmeralda corriam por um campo de grama verde como os olhos dela, e a jovem dançava e cantava músicas de seu povo... Ele lhe declamava poesias e arriscava-se a cantar-lhe cantigas de amor, enquanto o Sol e a Luz brilhavam ao mesmo tempo sobre ambos, tornando difícil saber se era dia ou noite.

 


Notas Finais


Três coisas: Clopin querendo casar Esmeralda... Não vai prestar. Frollo ficando louquinho de desejo (literalmente) por ela, de um modo sombrio mesmo (espero que tenham entendido as entrelinhas da loucura dele)... Também não vai prestar! Aaron, declarando um amor que independe da presença ou não de Esmeralda, pois será eterno? Tem como ser mais fofo? Espero não estar decaracterizando o personagem... rs.
Tomara que tenham gostado! Deixem reviews!
Beijos!


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