1. Spirit Fanfics >
  2. Belo Desastre >
  3. Vegeta é o Grinch do Natal

História Belo Desastre - Vegeta é o Grinch do Natal


Escrita por: Nurse-Ophelia

Notas do Autor


@asttenix é uma beta maravilhosa que manja das betagens entre outras coisas mil grau. Enfim, não sei como tu consegue, mas sempre se supera, cada vez mais. Muito obrigada por tudo.

Capítulo 14 - Vegeta é o Grinch do Natal


Fanfic / Fanfiction Belo Desastre - Vegeta é o Grinch do Natal

Ninguém disse que seria fácil
É uma pena nos separarmos
Ninguém disse que seria fácil
Mas também ninguém nunca disse que seria tão difícil
Oh, me leve de volta ao começo 

 
The Scientist — Coldplay

 

 

 

 Dezembro. 

Vegeta e Bulma mantiveram distância um do outro após o “acidente”.

Ambos estavam tão envolvidos em suas rotinas diárias que dificilmente se encontravam, e também porque Vegeta, inconscientemente, evitou novos encontros com ela.

O Dr. Briefs manteve sua promessa e apenas disse à esposa que Bulma havia desmaiado. 

Então a mãe ordenou estritamente à filha que descansasse por três dias. Deveria ficar na cama, beber muita água e não tinha permissão para mexer em papéis de projetos ou praticar atividade física.

Nesse ínterim, seu pai ordenou que seu laboratório fosse consertado, lidou com o aumento da sala gravitacional e deu a Vegeta um redesenho de droides de combate que eram mais rápidos, mais fortes e mais silenciosos.

Quando o inventor explicou-lhe suas propriedades, sua voz estava calma, mas seus olhos eram severos. Apenas porque sua filha pediu-lhe para lidar sozinha com a situação que ele conteve a indignação. No entanto, se algo assim acontecesse novamente, iria o punir e, em seguida, expulsá-lo.

Vegeta se dobrou por dentro de vergonha ao sentir o brilho maligno do pai de Bulma. Do lado de fora, manteve sua expressão impassível e começou o novo treinamento.

Os novos droides dificilmente poderiam ser comparados aos antigos e exigiam toda a sua concentração. 

À medida que teve de suportar ataques de laser dolorosos como picadas de agulha, ele presumiu que o inventor conseguiu, de forma nada amigável, descontar sua raiva através de robôs mais poderosos. 

A cientista consultou um terapeuta. O médico ofereceu-lhe um tratamento de alta qualidade, além de aceitar abertamente os seus sonhos vívidos e a louca preocupação com o apocalipse pendente. Depois de muita conversa, ele receitou medicamentos para tratar os pesadelos e, em poucos dias, teve efeito imediato.

E Bulma Briefs conseguiu restabelecer a saúde e a qualidade de vida.

Depois do intervalo, ela voltou ao trabalho. O entregador mandou suas novas máscaras novamente, porque as antigas haviam quebrado durante a explosão de Vegeta. 

Desta vez, tendo boas noites de sono, ela foi capaz de dizer mais rapidamente que rosto reconfortante o robô deveria ter.

Escolheu dois tipos: um humano e um robótico.

A primeira tinha olhos grandes de boneca, cílios longos, nariz arrebitado e sorriso gentil. O rosto era feminino e possuía um toque maternal.

O segundo tinha apenas vagas feições humanas, sem boca ou nariz, mas com olhos azuis grandes e amigáveis.

Ela já havia feito acordos com vários hospitais e universidades médicas para testar sua nova invenção. Eles lhe diriam qual rosto era melhor para seus propósitos.

Antes que percebesse, dezembro começou e, com ele, veio a temporada de Natal.

O cotidiano dela com Vegeta vem sendo verdadeiramente estranho. 

Ele teve um acesso de raiva e, no processo, a fez desmaiar pelo medo provocado na circunstância imprevista. Seguidamente, o homem desculpou-se à sua maneira — se é que podia chamar aquela atitude de um pedido sincero de desculpas. A cientista aceitou e o perdoou, mas a relação não era mais a mesma. Talvez nunca mais será como antes.

Na perspectiva do príncipe, havia uma pequena esperança de que tudo voltasse ao normal após o ocorrido, porém, passando-se os dias, sentiu cada vez mais ansiedade e notou que estava totalmente errado. 

De repente, começou a desejar voltar no tempo para não ser a razão do grande susto de Bulma e não causar um alvoroço daquele jeito em seu laboratório. Inclusive, a cientista era incapaz de disfarçar o que sentia por ele quando o Saiyajin se aproximava, pois deixava as suas feições torcidas em mágoa.

Vegeta se arrependeu, a cientista tinha noção disso. Era fato. Até aí foi entendido.

Ele aprendeu com o seu erro e não voltaria a repeti-lo. Mas claramente não estava tudo bem e Bulma precisava de algo chamado “ter espaço”.

Logo, Bulma nem precisou dizer-lhe isso diretamente, Vegeta atendeu à solicitação descrita na face dela e a deixou de lado para ter o mencionado espaço desejado. Ela precisava disso.

Ele entendeu durante esses longos meses, desde que Kakarotto se tornou um Super Saiyajin, quando não teve sucesso em suas tentativas de conseguir a mesma transformação, que ser forte também significava aguardar, suportar as dificuldades para não se deixar pôr abaixo diante da situação. O homem percebeu que as coisas levam um determinado período de tempo.

Foi uma tarefa árdua compreender; nem sempre é simples aceitar que nem tudo vem facilmente, e dar tempo a alguém também é necessário e fundamental.

 

~*~

 

Panchy Briefs, a mãe de Bulma, adorava o Natal. Uma semana antes de dezembro, começou a planejar a decoração, o jantar e a festa da empresa para a Corporação Cápsula. 

Pontualmente, no dia primeiro de dezembro, os quartos foram decorados com enfeites vermelhos, brancos e verdes; treze pinheiros ornamentados de vários tamanhos foram colocados nos cômodos e corredores e uma coroa de flores enfeitada foi pendurada em cada porta.

A música de Natal foi colocada em um loop contínuo e latas cheias de biscoitos recém-assados ​​estavam em cada mesa. 

A fachada externa e o jardim foram embelezados com um pisca-pisca branco. O cheiro de agulhas de pinheiro e pastéis pairava no ar.

A filha e o marido deram-lhe carta branca, ou seja, liberdade plena para tomar todas as decisões.

Vegeta se escondeu nos dias seguintes no DG, em seu quarto e até mesmo na sala de treino de Bulma para evitar a loira cantora naquela loucura de decorar a casa. 

Talvez ele devesse passar aquele mês no deserto próximo novamente, como no ano passado. 

Era naquela época em que todos os terráqueos enlouqueciam, semelhante aos Saiyajins que olharam para a lua por muito tempo, mas houve menos destruição.

Seria melhor se ele deixasse o planeta imediatamente e não voltasse até depois do Ano-Novo.

— Vegeta, querido, o que você deseja do Papai Noel? — perguntou-lhe Panchy durante o jantar.

— Dominação mundial e minha paz — murmurou Vegeta, que encheu a boca para não ter que falar mais.

O príncipe realizaria seus desejos sozinho. Ele não precisava de um homem rechonchudo com um casaco vermelho fictício para isso.

— E você, Bulma? — Panchy indagou à filha.

— Bem… Assim que Vegeta alcançar o domínio do mundo, eu gostaria de ter outro planeta — revidou Bulma, fitando a colher de sopa.

— Ah, crianças… Sério agora, como eu posso fazer cada um de vocês feliz?

Bulma e Vegeta ergueram os olhos da comida ao mesmo tempo e se encararam. Vegeta percebeu que não era o único aborrecido.

— Mãe, nós dois somos adultos. Eu ganho bem o suficiente para realizar meus desejos por conta própria. Vamos apenas ter uma celebração agradável e contemplativa. Não preciso de uma montanha de presentes, como você fazia quando eu era criança.

— Oh, algo caseiro parece ótimo! — disse Panchy, feliz. — Vou pensar em algo bom para você.

— Tricote um suéter e meias para Vegeta — sugeriu Bulma. — De preferência, com as lindas cores de Natal.

A cientista sorriu maldosamente enquanto sua mãe suspirou de alegria com a ideia e Vegeta estremeceu em choque.

— Eu ainda tenho as medidas dele. Posso dar a você, mãe — continuou ela, ignorando os olhares zangados do hóspede.

 

~*~

 

Três dias depois.

Vegeta correu para a sala de treinamento de Bulma e a surpreendeu enquanto ela se espreguiçava no colchonete de ginástica.

Desde que os protótipos foram enviados para teste, ela aguardava os primeiros resultados das experiências para começar a fazer melhorias. Mas até ali nada havia acontecido. 

Então, no momento, ela tinha pouco o que fazer e decidiu aumentar seu programa de condicionamento físico para evitar uma barriga ocasionada pelos biscoitos de Natal.

— É tudo culpa sua! — o Saiyajin acusou.

— Você poderia ser mais específico, por favor? — respondeu ela, calmamente, sentando-se.

— Sua mãe — resmungou ele, depreciativamente. Ele estava constantemente sendo seguido pela loira, a qual se encontrava armada com bolas de lã e agulhas.

— Entendo... Minha mãe quer te vestir? Antes que você perceba, vai estar parecendo um duende do Natal que toma esteroides — comentou ela e continuou seus exercícios de alongamento.

— Que diabos é o problema de vocês, humanos? Como é que este mês deixa cada um pirado? — questionou severamente e se sentou no colchonete em frente a ela.

Bulma fez uma pausa. A presença daquele sujeito perturbou a sua concentração. Ela também percebeu que os dois estavam mais próximos do que há semanas.

— Não generalize. Porque eu não estou lhe causando estresse — replicou ela, rispidamente.

— Ainda não, isso ainda está por vir. É como uma febre que contagia a todos e, antes que você perceba, você dança e canta pelos corredores — ele previu.

— Isso só acontece depois de uma grande quantidade de álcool... Bem, talvez mais provavelmente aconteça em High School Musical — argumentou ela.

— Uh? Quer saber?! Cansei de tanta baboseira terráquea! É tudo tão confuso e idiota. Eu não aguento mais! Vou pegar a espaçonave e voar para longe — contrapôs ele.

— Faça isso, seu covarde — disse ela, revirando os olhos. 

Se o homem não gostava do espírito natalino, poderia ir embora como da última vez. Ninguém obrigou o Príncipe Grinch a ficar e comemorar. Embora... Piccolo seria melhor no papel de Grinch, certo?

Mas Vegeta claramente ganharia desta vez e em todas as nomeações dos que sentem aversão e repulsa do espírito natalino.

De repente, lembrou-se de ainda se sentir ressentida por ele. Enfim, o sentimento de mágoa estava firme.

A cientista compreendeu que o Saiyajin se sentiu mal, por isso, ele ofereceu, sem sequer dizer em voz alta, uma extensão de ares para Bulma, um espaço que ela nem exigiu, mas que absolutamente precisava. 

Logo Vegeta pouco foi visto, de propósito, sem fazer exigências e sem trocar palavras durante encontros na casa. 

Muito pouquíssimo ou absolutamente nada de interação Bulma teve com ele. Até foi incomum os dois não trocarem farpas, mas ela ficou agradecida.

— Aliás, estava pensando em convidar os outros para a festa de Natal. — Ela colocou a cereja no topo da montanha de más notícias.

— O resto do bando de fracos que esteve aqui recentemente?

Fazia três meses desde o aniversário de Bulma, mas havia acertado. Ela acenou com a cabeça.

Vegeta resmungou e cruzou os braços.

— Relaxe — disse Bulma, à medida que esticou o pescoço. — Você sobreviverá. Há comida excelente e talvez até um presente para você. Celebramos a véspera de Ano-Novo juntos e a transição para o Ano-Novo.

— Bobagem! Como se tudo mudasse para melhor no novo ano. Haverá dias bons e dias maus, como sempre. Por que comemorar isso? Nunca! Não comigo. — Vegeta estremeceu ao pensar em terráqueos bêbados cantando canções embaraçosas. — Avise-me a tempo e reabasteça a nave. Estou fazendo um favor a todos nós ao não estar aqui.

A cientista parou de se alongar e teve que concordar com o príncipe.

— Você é quem sabe. As comemorações vão acontecer nas últimas duas semanas. Se você decolar no dia quinze e ficar um mês afastado, pode evitar tudo isso — ela aconselhou.

Vegeta acenou com a cabeça, satisfeito. Seria melhor para Bulma também, pois, de maneira indubitável, ela ainda precisava do tal espaço para pensar.

Respeitá-la era o mais importante.

Nesta viagem, ele poderia fazer uma visita a algumas bases antigas em que ainda havia guarnições de Freeza. 

Em sua mente, fez planos para onde queria voar e saiu da sala em silêncio.

 

 ~*~

 

Dois dias depois, Vegeta foi surpreendido por Panchy. Em sua defesa, seu treino matinal tinha acabado e ele estava cansado e com fome. 

Ela se achava pensativa em frente a uma escada, com plantas nas mãos, e ficou muito feliz com a chegada do Saiyajin.

— Vegeta-chan, você pode flutuar e, por favor, prender essa planta no beiral da porta? Nem os robôs, nem eu podemos alcançar o teto alto — Panchy pediu.

Vegeta pensou por um momento rápido. Se ele recusasse, a loira iria importuná-lo ainda mais. Melhor terminar aquela conversa rapidamente… Então poderia comer alguma coisa.

Ele tirou-lhe o pequeno galho verde com frutinhas brancas, ao redor do qual estava amarrado um laço vermelho.

Ela deu-lhe um prego e o homem flutuou até a viga, onde pressionou o prego com o polegar e pendurou o galho no laço. 

Ao pousar, Panchy o surpreendeu com um beijo na bochecha.

O príncipe a encarou, chocado e rigidamente surpreso. A mulher loira estava visivelmente divertida com sua timidez.

— É um visco. Quando um homem e uma mulher ficam sob essa planta, eles têm que se beijar — Panchy explicou, colocando brevemente uma mão no ombro forte dele. — Obrigada pela ajuda. Vou preparar o seu almoço. — Ela se despediu com um aceno.

Vegeta cruzou os braços e olhou pensativamente para o galho. 

As espécies femininas deste planeta podem ser comparadas às aranhas; elas usavam todo tipo de armadilha para pegar machos. Portanto, não podia ser descuidado.

Uma vez conseguiram surpreendê-lo, mas isso não aconteceria novamente.

— Oi, Vegeta. Aí está você!

Bulma interrompeu seus pensamentos. Ela vinha em sua direção usando um macacão sujo de trabalho.

— A espaçonave está pronta. A geladeira foi abastecida e o dispositivo de gravidade foi modificado para 300 G. Afinal, a nave também precisa de energia. Se você ficar ausente por mais de um mês, não defina um valor muito alto. Caso contrário, pode rapidamente levar a uma sobrecarga — explicou Bulma e parou na frente dele, sob o visco. Vegeta deu um passo para trás e a fitou com desconfiança.

Bulma, que não tinha notado a decoração mais recente, inclinou a cabeça interrogativamente. Estranha a reação do Saiyajin.

— Os suprimentos devem durar um pouco mais de um mês, se você segurar um dos seus seis estômagos. — A cientista brincou, fazendo uma piada sobre o fato de Saiyajins comerem muito.

A cientista não esperava um “obrigado”. A única razão pela qual Bulma lidou com isso tão rapidamente foi porque tinha tempo livre e Vegeta estava à beira de um colapso por conta do feriado.

Sem falar que, quanto antes o Príncipe do Exagero fosse embora, sossego e silêncio reinariam por ali. Portanto, ela poderia cuidar dos presentes sem ser perturbada.

Bulma encolheu os ombros, porque Vegeta não dissera nada. Ela estava prestes a se virar e ir para a sala de jantar, quando, de repente, foi segurada pelos ombros.

Antes que a cientista percebesse, foi posta numa posição apenas para receber um beijo na bochecha. 

Confusa, ela observou o rosto do Saiyajin, que murmurou presunçosamente:

— Eu fui mais rápido. — Ele passou veloz por ela. 

— O quê... Hã? — Ela se fascinou e segurou a bochecha, sem saber se tinha só imaginado.

Vegeta se virou, mostrou a língua e apontou para o teto.

Quando Bulma ergueu os olhos, viu o visco pendente ali. Há quanto tempo estava pendurado lá e quem disse a Vegeta sobre isso? 

Bem, só havia uma pessoa...

— MÃE! — gritou, com raiva.

No dia seguinte, o príncipe vestiu seu traje de batalha.

Finalmente, outra viagem ao espaço. 

Ele mal podia esperar para testar seu progresso nos últimos meses. Talvez encontrasse o que estava procurando lá: cruzar a linha para se tornar um Super Saiyajin.

Parando na frente da espaçonave, ele sentiu que era observado.

Virando a cabeça, Vegeta pegou Bulma olhando-lhe da varanda da casa. Ela se encostou na grade. A sua expressão estava parada e sem emoção.

Provavelmente, a terráquea queria ter certeza de que realmente decolaria, para que ela pudesse se preparar para sua celebração sem ser perturbada. 

Em sua opinião, esses humanos fazem mais festas do que se exercitam. Mas, desta vez, ele estaria tão longe que nem mesmo Kakarotto o encontraria.

Para sua surpresa, a cientista levantou a mão brevemente e acenou.

— Tch. — Vegeta virou a cabeça e subiu na nave.

 


Notas Finais


Olha, eu sei que todo mundo achava que a relação dos dois já ia disparar, mas como Vegeta presumiu, Bulma precisava de espaço. Porque ainda está magoada.

Não me matem.😅😕

E Vegeta tem muitos sentimentos sim, ele só não sabe expressar e não tem vontade. Foi ensinado a ele que isso é fraqueza, meeeh. Como será que Bulma vai passar esse tempo longe dele? Vai ser melhor, não é? Quem sabe...

Ok, eu queria escrever algo fofo e foi a cena do visco. É clássico em filmes de Natal hehe
Amo! ❤💖🥰

Comentem. Sabe, não precisa deixar um textão enorme pra me fazer sorrir. Apenas sejam vocês mesmos.

E mais uma vez, agradeço o carinho e o amor. 🙏🤩


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...