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História Beloved Dragon (Descontinuado) - Condições


Escrita por: K4CCH4N

Notas do Autor


Okok, aviso de antecedência que não houve reencontro nesse, mas no próximo é certeza :)

Boa leitura!

Capítulo 32 - Condições


"Shinsou, onde estamos indo?" — Fumikage questionou ao ver que o arroxeado desviava da rota que era diariamente traçada para obterem seu alimento.

"Faremos um pequeno desvio." — respondeu simples, ficando em silêncio, assim como o dragão negro, que apenas estreitou os olhos desconfiado, mas sem dizer nada e continuando a voar.

O dia seguinte já havia chegado, e com ele, a caçada diária para o estoque de comida também. Os dragões sempre eram divididos em grupos pequenos, sendo estes de porte médio para que não chamassem uma atenção desnecessária durante a caça. Shinsou, como era filho do líder da aldeia, era o comandante daquele grupo e guiava os demais do grupo – Jirou e Tokoyami – até o local onde realizavam suas caças em silêncio. Ashido também faz parte deste grupo, entretanto Hitoshi ordenou que ela ficasse na aldeia neste dia, avisando que haveriam consequências graves caso ela tentasse induzir Eijirou a passar o cio com alguém novamente. Sabia que ela teve boas intenções e que realmente se importava com o ruivo, no entanto ela fez algo errado e não seria perdoada uma segunda vez.

Mina ficou arrependida assim que soube sobre o estado de Kirishima por Kyoka, odiou-se por ter quase o obrigado a fazer algo assim e pretendia desculpar-se, além de fazer de tudo para reparar seus erros, então apenas aceitou não ir na caçada de hoje, determinada a se redimir com o ruivo.

Jirou já reconhecia o caminho por qual estavam indo, sorrindo em sua forma draconiana por Shinsou estar de fato colaborando com o plano e batendo as asas mais rapidamente para chegarem o mais rápido possível ao destino.

***

Katsuki estava de mal humor, como sempre. Estava com cara de quem não dormia há dias, e bem, de fato não dormia, pois, este tempo todo a ansiedade e o temor lhe devoraram aos poucos. Passou-se mais de um mês e nenhum sinal de Eijirou, não houve sucesso algum nas buscas e todos já estavam começando a perder as esperanças de que fossem realmente reencontrá-lo.

Todos, exceto Bakugou, é claro.

O loiro de fios rebeldes não é alguém que desiste facilmente de algo, principalmente quando se tratava de alguém importante para si. Era persistente, um verdadeiro guerreiro, não perderia as esperanças apenas pela incompetência de alguns malditos que não sabiam procurar direito. Kirishima estava vivo, sentia isso, mas também sentia que algo estava errado, que o ruivo estava em perigo. Seu peito doía toda vez que se lembrava daquele sorriso singelo e gentil de seu amado, queria-o de volta, queria vê-lo seguro em seus braços, e faria de tudo para concretizar tal desejo.

Com o passar das semanas, seus ferimentos já estavam fechados graças ao longo descanso que se submeteu, não contendo ânimos para levantar quando foi informado que já estava curado. Além de resgatar Eijirou, gostaria de quebrar a cara do maldito Shigaraki. Haviam rumores de que este, junto a Dabi, estavam sob guarda de All for one; o rei cretino que lhe expulsou de sua casa. Aquele assassino maldito. Não havia nada que poderia ser feito no momento, então tudo que fazia era andar pelas florestas na companhia de Sero e outros três guardas enviados por Endevoar, já que Bakugou era uma das vítimas daquele incidente. Já praguejou aos montes, berrando que não necessitava de proteção, entretanto não lhe deram escolha, ele teria que suportar os malditos guardas ao seu redor junto ao guerreiro, que passou a lhe acompanhar durante suas buscas e ajudá-lo em treinamentos para a fim de se livrar do estresse diário. – Midoriya, Denki e Shoto não os acompanhavam, pois desde o ataque, tornou-se perigoso andar pela floresta se você não fosse treinado para tal.

Bem, neste exato momento, Katsuki e Hanta travavam uma batalha intensa, e sem surpresas, o loiro tinha certa vantagem quando o assunto era uma batalha, ainda mais usando espadas de lâmina afiada como a que jazia em sua mão.

Enquanto estavam completamente focados na luta, aqueles guardas os vigiavam, atentos e um pouco sonolentos por ser tão de manhã, tanto que não perceberam quando houve uma mínima movimentação em meio aos arbustos. De lá saiu uma criatura em uma velocidade absurda. Era um dragão, mas não qualquer dragão.

Era Shinsou.

O arroxeado olhou para os homens, que se puseram em pose de batalha, erguendo suas espadas apenas como forma de defesa – não pretendiam atacá-lo, afinal, era uma das proibições feitas pelo rei Endevoar. Os orbes roxos e hipnotizantes constrataram com o do primeiro homem, que mantinha uma expressão firme, indicando que não fugiria.

"O que fazem aqui?" — sua voz ecoou, deixando os homens aturdidos e confusos perante sua capacidade.

— Essa coisa fala?

— Não é possível...

— Estamos apenas fazendo nosso dever, fique longe, fera!

Ah, ao menos um deles lhe respondeu diretamente. Este último homem logo fora tomado pelo poder de Shinsou, que imediatamente deu outra ordem:

"Vão embora" — e então aquele que fora dominado começou a se virar, afastando-se dos demais que lhe fitaram perplexos.

Todavia, antes que pudesse amedrontar o restante dos guardas, uma voz rouca imediatamente interrompeu a situação:

— VOCÊ! — Katsuki gritou, reconhecendo o dragão — Você estava naquele dia! — acusou-o, se aproximando com a espada em mãos. Não tinha a intenção de utiliza-la, apenas estava furioso o suficiente para não prestar atenção de que estava quase a erguendo contra o réptil.

Hanta veio logo ao seu lado, mantendo-se à sua frente para impedir que Bakugou cometesse alguma besteira, ou que dissesse algo ofensivo demais.

— Você levou o Kirishima, não foi? Será que poderia... — sua fala fora cortada por uma sombra envolvendo seu corpo e agarrando-o, e lhe deixando imóvel, fazendo-o até mesmo largar a espada.

Katsuki reconheceu aquela maldita sombra. Era a mesma que levara seu amado. Trincou o maxilar, gritando para impedir que seu amigo também fosse levado.

— Solta ele seu porra! — se aproximou da sombra, que se afastou agilmente com Sero como refém.

Hitoshi observou a situação em silêncio, soltando um grunhido que fizera os outros dois dragões saírem de onde estavam escondidos para fitarem o loiro com mais precisão. Precisavam ter certeza de que ele era de confiança.

"Solte-o, Tokoyami" — ordenou e o dragão negro assim o fez, fazendo com que a sombra, nomeada Dark Shadow, soltasse o moreno, que estava espantado com a situação. — "Você é Bakugou Katsuki, não?" — questionou após dar uma boa olhada na aparência do loiro. As descrições, tanto de Eijirou quanto de seu pai, batiam exatamente com este rapaz, levando-o a ficar pensativo. Em quem deveria acreditar? O que garantia que Katsuki não era um assassino sanguinário? Testaria isso agora.

Enfim, Bakugou arregalou os olhos e acenou positivamente.

— Onde está Eijirou? — questionou, ignorando totalmente o fato do dragão saber seu nome.

"Me responda verbalmente"

Katsuki ergueu uma sobrancelha, inconformado com aquele pedido estranho. Qual era a necessidade de respondê-lo em palavras? Não sabia, mas visto que o dragão não fazia sequer menção de responder sua pergunta, estalou a língua com ódio e frustração, cedendo ao pedido do arroxeado.

— Sim, eu sou Bakugou Katsuki caralho, agora- — iria berrar para que a besta respondesse seu questionamento anterior, todavia fora interrompido, sua voz não saia mais e seu corpo parecia ter sido envolvido por algum poder sobrenatural. Sentiu uma pontada de ódio, percebendo que de fato fora um erro respondê-lo verbalmente, procurando se mexer, mas apenas se frustrando com suas tentativas falhas.

Que merda aquele maldito fizera com si? Estava consciente da situação ao seu redor, porém não possuía controle sob seu próprio corpo. Era uma sensação um tanto quanto... desesperadora.

"Agora me ataque" — Hitoshi ordenou. Não tinha uma real ideia do que fazer para comprovar de que o loiro não era um assassino ou coisa do tipo, no entanto tinha uma informação valiosa que Eijirou lhe dera sobre ele em uma de suas conversas.

"Bakugou nunca mesmo feriria algum dragão! Ele odeia machuca-los!"

Manteve isto em mente até o presente momento. É claro que não receberia ataque algum, não deixaria que o loiro encostasse aquela arma nele, porém gostaria de observar suas reações diante de tal situação. Não era algo realmente sensato a se fazer, entretanto as ideias eram poucas e precisavam executar aquilo o mais rápido possível.

Movido pelo poder sobrenatural, Katsuki começou a andar, ainda com a espada em mãos, na direção do arroxeado. Em sua mente, surtava, tentando tomar o controle de seu corpo, desesperado para não fazer uma merda daquelas. Por que diabos aquele dragão idiota estava pedindo para atacá-lo? Não fazia o menor sentido, mas apenas o pensamento de ferir um dragão sem um motivo plausível lhe horrorizava.

— Bakugou, não faça isso! — Sero gritou, tentando se aproximar, mas sendo impedido por alguém. Dark Shadow havia se posto à frente do moreno, impedindo-o de se aproximar.

Os demais guardas estavam apavorados com a situação, tanto que correram em busca de reforços.

Katsuki ouviu aquele pedido, realmente querendo realizá-lo. Não queria fazer aquilo, mas estava fazendo. Puta merda, só poderia ser brincadeira...

Tentou a todo custo retomar o controle, sendo observado pelas írises lilases que transmitiam pura imparcialidade diante da situação, ao passo que também lhe fitavam com certa rigidez. Ao lado dele, estava outro dragão, ou melhor dizendo, dragoa. Kyoka estava apreensiva com aquilo, não realmente gostando daquela ideia, mas esperando que desse certo.

Bakugou não queria machucar nenhum dragão, ele realmente não queria.

Ele continuou relutante, furioso com aqueles dragões por serem tão estúpidos, e quando já estava erguendo sua arma para utilizá-la no réptil, se odiando mentalmente por tal ação, sentiu uma brisa suave contra seu corpo, e logo após, sentiu-se aos poucos sob o controle novamente, imediatamente dando passos para trás e jogando a espada no chão para afastá-la ao máximo do dragão. Estava assustado, sua expressão denunciava tal medo misturado ao ódio e a frustração. Seu peito subia e descia pela respiração desregulada que possuía no momento graças a situação agoniante que havia se submetido.

Os dragões lhe olharam confusos, o poder de Shinsou não deveria se dissipar em tão pouco tempo assim... A presença daquela brisa repentina só poderia significar algo; uma coisas qual eles não queriam acreditar, então procuraram ignorar este fator.

Hitoshi e Jirou analisaram bem a expressão na face do loiro, percebendo que de fato aquele rapaz parecia odiar aquilo. Se sentiram mal por ter que forçá-lo a fazer algo tão ruim, mas seguiam relutantes em confiar nele. Bom, ele era um humano, poderia muito bem fingir-se de assustado para enganá-los.

— Eu não sei que porra foi que você fez, mas foda-se. Eu só quero saber onde está Kirishima! Vocês o levaram para longe de mim, cacete, agora o devolvam! — bradou, com uma expressão de fúria em sua face, se aproximando e ficando de frente com Shinsou, lhe desafiando indiretamente. — Não sou um filho da puta que caça dragões, então façam a porra do favor de me levar até ele, eu não aceito menos que isso!

Shinsou olhou profundamente naqueles orbes escarletes que transmitiam tanta determinação, fitando Kyoka de relance e recebendo um manear de cabeça da dragoa, bufando com a ousadia de Bakugou e enfim dizendo:

"Não confiamos em um humano como você, mas iremos te levar até Kirishima. Ele precisa de você". — declara, vendo o loiro arregalar os olhos com sua fala.

— Então me levem logo, porra! — Seu coração bateu mais rápido ao saber que o ruivo precisava de si. Trouxe certo receio, pois a fala por si só já era estranha, mas se aquela era sua chance de encontrar seu amado novamente, o faria sem hesitar, ainda mais quando ele precisava de sua presença.

Neste momento, Jirou sentiu uma presença repentina ao seu redor, rosnando e soltando um rugido em direção à alguns arbustos do outro lado que ficava virado para a aldeia humana. Seus rugidos, ao contrário dos demais dragões, eram emitidos como ondas de som bem mais potentes, chegando até a derrubar seres mais fracos, ou ao menos afastá-los.

E foi isto que ocorreu, ouviu o som de alguns corpos sendo empurrados e ficou alerta, levando os outros a também ficarem. Tokoyami que ainda estava ao lado de Sero, fazendo com que Dark Shadow bloqueasse sua visão, também ficou atento à movimentação, se colocando em posição de defesa caso houvesse necessidade.

"Apareçam imediatamente" — a arroxeada falou, fazendo com que as pessoas ali presentes dessem as caras.

E caramba, Katsuki ficou realmente confuso com quem estava ali.

— Ah, nos perdoe. — Midoriya disse, saindo de trás do esconderijo onde ele e outras duas pessoas estavam.

— É cara, foi mal, a gente só não queria interromper a conversa. — Kaminari explicou, coçando os fios louros nervoso enquanto tentava ser o mais tranquilo possível estando de frente para criaturas assustadoras como aquelas. Tentava manter em mente que não eram cruéis, por mais que aparentassem.

A terceira figura não era ninguém menos que Shoto. O bicolor ficou fitando os dragões em silêncio, não realmente necessitava dizer algo naquele momento. Um deles lhe chamou mais atenção que os outros: Tokoyami, aquele qual havia levado Eijirou e estava junto a rosada, lhe a encarando com frieza enquanto era acusado de ser um traidor.

— O que caralhos estão fazendo aqui? — Bakugou não tardou a questionar, fuzilando os outros humanos com o olhar por estarem ali.

— Nós vimos os guardas que te protegem fugindo, estão viemos ver se estavam bem. — Todoroki explicou.

"Um dragão..." — Hitoshi pensou alto, se atentando ao bicolor que apenas lhe fitou com certa imparcialidade. — "Ashido falou sobre você, o traidor"

— Eu não traí ninguém, apenas salvei meu amigo.

Shinsou ficou em silêncio, absorvendo a resposta.

— Vocês vão levar o Bakugou até o Kirishima então? — Kaminari obteve coragem suficiente para questionar, se aproximando de forma medrosa. — Levem a gente também!

"Um humano já é perigoso o suficiente"

— Eles não são caçadores, não farão mal a ninguém. — Todoroki disse, recebendo um olhar de suspeita por parte de Hitoshi.

"Nenhum humano é confiável" — afirmou, rosnando para o bicolor que, aos seus olhos, era um possível traidor, por mais que um mal-entendido houvesse ocorrido.

— Isso não é verdade cara! — Denki se manifestou ofendido — Eu nunca machucaria nenhum de vocês, juro!

Ambos os arroxeados levaram seus olhares ao loiro de orbes âmbar, procurando veracidade em suas palavras e notando a expressão firme em sua face. Ele não parecia um humano corajoso, mas certamente estava sendo audacioso ao se aproximar e se explicar.

Kyoka então ficou apreensiva novamente, desviando o olhar para fitar o parceiro. Lembrava claramente de que Kirishima não sentia falta apenas de Bakugou, mas também de seus amigos, então por mais arriscado que fosse, conseguia ver a verdade por detrás das palavras de Kaminari e sentia que talvez pudessem fazer aquilo. Hitoshi ficou confuso ao notar que estava sendo encarado por aquele olhar determinado da dragoa, apenas esperando para que ela fizesse seja lá o que estivesse pensando em fazer.

"Vocês são amigos de Kirishima, certo?"

O grupo acenou em concordância e, logo após, a arroxeada voltou o olhar ao Shinsou, que enfim entendeu o que planejara, ficando pensativo por alguns instantes, mas soltando um grunhido desumano, equivalente à um suspiro e dizendo:

"Aceitarei que apenas vocês venham, mas sob algumas condições"

[...]


Notas Finais


Como eu disse, próximo capítulo certamente vai haver o reencontro, prometo! ^^


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