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História Best Fake Smiles - Amizades


Escrita por: duduaguilera

Notas do Autor


Esta é minha primeira fanfic. Sua estrutura será mais ou menos o que vemos em romances gerais, na primeira pessoas, que no caso é o Shawn Mendes. A história é romântica, dramática e talvez consiga arrancar algumas risadas de vocês (assim espero).

Espero que gostem!

Capítulo 1 - Amizades


Fanfic / Fanfiction Best Fake Smiles - Amizades

Se eu pudesse definir minha mãe em uma palavra com certeza seria “persistência”. Ela faz de tudo e mais um pouco para tentar me convencer a sair do computador, ter mais amigos e sair por aí como qualquer adolescente saudável, no ponto de vista dela. Mas eu prefiro ficar na minha. Não sou muito fã de pessoas.

- Shawn, meu amor – diz ela encostada na porta. – É domingo. Saia desse quarto e vai curtir o dia com seus amigos.

- Eu estou atualizando umas playlists aqui mãe – olho para ela dando um sorriso e reforço. – O dia está maravilhoso para mim!

Ela me olha com um olhar de reprovação, mas sem perder o carinho e logo sai da porta e volta para a cozinha. Eu até entendo a boa intenção dela, mas que graça pode ter um dia de domingo?

Poucos minutos depois o celular toca. Maia Mitchell. O único ser humano com quem consigo ser totalmente honesto e que não tenho a mínima vontade de me afastar.

- Oi baixinha.

- Olá branquelo – diz ela com aquela voz de quem vai pedir alguma coisa que eu provavelmente não queira fazer – O que você está fazendo aí?

- Estou atualizando umas músicas aqui na minha playlist.

- Ótimo. Vem me buscar aqui em casa. Vamos no Paradise – Paradise ou Paraíso é um conjunto de pontos que existe na cidade. Uma praça com uma pista de skate rodeada por uma pizzaria, um restaurante que só é frequentado por gente rica, um lago com aqueles pedalinhos de cisnes e uma sorveteria que é sempre o nosso alvo principal. – Nem adianta dizer que não vai. Eu sei onde você mora querido. Posso botar fogo na sua casa.

Aprendi há algum tempo que é impossível contrariar Maia então apenas concordo e desligo o telefone. Me visto com uma regata colorida e um shorts preto e desço as escadas.

- Até que enfim. – Diz minha mãe com um sorrisão na cara – Vai sair?

- Vou até o Paradise com a Maia – me esforço para parecer animado, mas nunca fui muito convincente.

- Curta bastante e me liga se precisar que eu te busque!

- Okay mãe! - E saio.

***

Chegamos no Paradise e pedimos o mesmo de sempre: Um prato de batatas fritas e dois milk-shakes. A ideia de molhar a batata frita no milk-shake partiu de mim e virou uma tradição entre nós dois. Está calor como sempre em Della Vell. Nossa cidade fica ao sul da Califórnia. Uma cidade tão pequena que me pergunto porque vim parar justo aqui.

- Eu não aguento mais estar solteira – Maia nunca escondeu sua necessidade de beijar na boca. Ela me encara com um olhar de gato carente. – É sério Shawn! Você precisa me ajudar a ficar com o Colton.

- Quem é Calton? – Pergunto.

- “Colton”, o nome dele é Colton. Ele joga no time de futebol da escola, um loiro de olhos claros, alto, não tão alto, mas o suficiente para acha-lo o cara mais atraente do colégio. – Termina a frase sorrindo de uma maneira bem boba e eu rio.

Ela nunca havia me contado dele. Provavelmente deve ser mais uma paixonite relâmpago. Guardo esse comentário para mim. Não quero ser grosso.

- Claro. Vamos trabalhar nisso. O quer que eu faça?

- Bom. Você meio que já está fazendo – ou seja, ela iria me obrigar a ajudar ela de qualquer jeito – Ele sempre vem no Paradise, na pista de skate. Daqui a pouco ele deve aparecer.

A sorveteria fica em um nível um pouco acima da praça o que possibilita ter uma visão ampla da pista de skate. Ela tinha pensado em tudo. Claro. Ficamos jogando conversa fora. De repente ela aperta meu braço.

- Amigo, ele chegou! – Diz ela em um tom que é uma mescla de grito e sussurro.

Eu viro as costas e vejo um pouco de longe. Um rapaz realmente lindo. Ele está acompanhado de alguém que está de costa usando um boné virado para trás.

- Ele é bonito – falo olhando para ela com cara de admiração.

- Agora a segunda parte do plano – ai meu Deus, lá vem. Ela tira um bilhete do bolso e me entrega. – Você vai até ele e vai dizer que uma amiga muito bonita... é importante ressaltar que sou bonita. Ah, e fala que tenho um sorriso bacana também. Enfim, diga que eu acho ele uma graça e que eu pedi para que ele me mandasse alguma mensagem. Pode apontar para mim, não ligo. Vou estar acenando como uma miss, claro.

Ela é maluca.

- Você é maluca, sabia?

Eu odeio falar com estranhos. Tento argumentar sobre essa parte do plano. Sem sucesso. Levanto e desço até a pista de skate. Colton ainda está de pé conversando com o outro garoto. Me aproximo. Até que reconheço a voz de um deles. Cameron. Ótimo! O garoto de costa é Cameron Dallas. Estou pronto para dar meia volta para trás, mas Colton intervém:

- O que foi cara?

Cameron vira e eu instantaneamente fico corado. Ele não diz nada. Hage como se não me conhecesse. Isso deveria ser horrível, mas honestamente me faz ficar mais calmo.

-A-Ah... E aí – não sei mais nem o que eu devia falar. O silêncio não ajuda. – Bom, minha amiga, aquela ali em cima – aponto para Maia que, claro, dá um aceno e sorri. – Ela pediu que eu te entregasse isso. Liga para ela – Colton parece estar se divertindo com a situação, mas antes que ele diga alguma coisa eu me despeço e volto para a sorveteria.

***

Explicar a minha situação com Cameron é muito complicada. Éramos melhores amigos desde muito cedo. Conheci ele no quarto ano do fundamental. Estava sentado no meu canto, isolado da turma, durante a aula de educação física. Ele se sentou ao meu lado em silêncio. O encarei e ele disse um breve “oi” que soou como um soco. Realmente odiava relações interpessoais desde muito cedo. Cumprimentei ele e ficou por isso mesmo, silêncio.  Eu gostei do silêncio dele. Era como se ele me entendesse e não forçasse a barra, a não ser que eu permitisse. Como uma pessoa que fica no tapete da porta de casa até que você o convide para entrar. Porém eu não o convidei.

No outro dia ele chegou na aula e sentou do meu lado e lançou mais um “oi”.  Respondi com um outro “oi” e me esforcei para segurar um sorriso. Deu o horário do intervalo e ele seguiu-me lado-a-lado. Não queria demonstrar, mas estava gostando da companhia dele. Sentamos no refeitório, um de frente um para o outro.

- Então – ele finalmente quebrou o silêncio. Não sei porque fiquei tão animado por isso. Eu normalmente não deveria gostar dessa interação. - Você usa aparelho dentário. Legal. Qual é a sensação?

- Sei lá. Às vezes é estranho. Dá uma sensação de que sempre tem alguma sujeira entre os dentes. Fora quando tem manutenção no aparelho e os dentes parecem estar todos prontos para cair. É horrível – UAU! Não acreditei que usei tantas palavras em uma só frase.

- Parece terrível. Porque você usa então?

- Porque sim. – Dou de ombros – Por um bem maior. Meus pais dizem que meu sorriso ficará mais bonito.

- Seu sorriso é bacana, não precisa disso. – Fiquei envergonhado e logo percebi que ele também. Ele mudou de assunto. – Bom... eu sou novo na cidade. Vim de Nova York. Não conheço ninguém por aqui.

- Porque saiu de Nova York para vir para uma cidade como essa?

- Por um bem maior. Meus pais dizem que vou me dar bem nessa cidade.

Não havia compreendido que ele estava copiando a minha resposta. Ele me encara. Quando finalmente faço sinal de que entendi ele começa a rir alto. Tento segurar o riso, mas não consigo.

Em pouco tempo nos tornamos melhores amigos. Ele vinha várias vezes a minha casa para fazer o dever. Outras vezes eu ia à casa dele, mas sempre acabávamos jogando vídeo game. Ele era de uma família conservadora e rica. Eu adorava os quadros na parede. Pinturas sem o menor sentido. E a mãe dele adorava que perguntassem o que significava os quadros, então sempre perguntava e ela entusiasmada explicava cada um. Cameron sempre revirava os olhos e eu olhava para ele e ria.

Mas essa amizade acabou. Relembrar desses bons momentos só me fazia ter mais desprezo por ele e por tudo o que ele estragou.

***

- Você disse para ele que eu tenho um sorriso encantador? – Maia dá muito valor aos detalhes. – Porque você foi tão rápido? Ah, você devia ter falado mais coisas sobre mim, branquelo!

Ela continua animada, falando sobre Colton e possivelmente planejando o casamento. E eu estou em outro mundo. Um mundo que lamenta a existência de Cameron Dallas. Eu olho na direção dele. Ele agora está sentado em um banco. Mais amigos dele chegaram. De longe percebo que por um segundo ele olha diretamente para mim. Desvio o olhar. Realmente foi um ótimo domingo.


Notas Finais


E aí galera? Gostaram? Deixa aí sua opinião e comentários aí. Realmente espero que curtam!


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