História Best of me - Cobra do Lago

_____'s pov

Estava apreensiva. Meus pais poderia estar discutindo e Beon disparou correndo para a porta da casa. Olhei para Jimin e ele passou a mão ao redor do meu ombro, me dando força, e entramos em minha casa logo em seguida.

Beon estava parado na entrada da sala e Jimin e eu paramos atrás deles. Minha mãe de pé, alguns passos afastados de meu pai, se virou para nós. Ela tinha um papel em mãos e sorriu simplista.

- Annyeonghaseyo, abeoji! - disse Beon o reverenciando.

- Você cresceu. - disse Hong Do. - Não vai me dar um abraço? - fechei as mãos em punhos e Beon correu até Hong Do o abraçando.

Aquilo estava fora de meu compreendemento. Olhei para minha eomeoni e ela elevou os ombros ao suspirar.

- Jimin, este é um momento de família. - disse minha mãe. - Você pode sair.

- Oh! - Jimin sem jeito afirmou com a cabeça. - É claro, senhora Wei. - disse ele tenso ao meu lado. - Eu vou indo então. - Jimin me entregou as chaves do carro de minha mãe e eu pedi a ele desculpas (pelo que estava acontecendo) apenas com o olhar. - Nos vemos depois.

Jimin saiu e meu pai me encarou.

- Você não vai dar um abraço em seu velho abeoji?

- Não gosto de abraços. - grui.

Não vou entrar em qualquer encenação que estejam fazendo aqui.

- Eu vou preparar um almoço em família hoje. - disse minha mãe com um sorriso. Franzi o cenho e ela saiu para a cozinha, fui atrás dela. Aquilo no mínimo era muito estranho. - O que você vai quer comer, ______? - disse ao chegarmos a cozinha.

- Eu não quero porcaria nenhuma! - ela me olhou com repreensão pela forma que falei. - Quero saber o que está acontecendo!

- Seu pai vai ficar um tempo conosco.

Ela abaixou o olhar para o papel dobrado em suas mãos.

- Como uma família? - arregalei os olhos. - Ele foi embora. Nos deixou sozinhas. Deixou você... - apontei para ela que subiu seu olhar para mim. - com dois filhos para criar, sendo que um era recém-nascido.

- Querida, as coisas são diferentes agora.

- Diferentes? - estava incrédula. - Onde que é diferente, eomeoni? Esse... - travei o maxilar e fechei os olhos brevemente. - Ele disse coisas horríveis sobre você e não quis aceitar o Beon como filho dele e de repente ele volta e tem tudo como se não tivesse indo embora. É isso mesmo? Como pode?

- Querida, você não entende. - ela elevou suas mãos tentando as colocar em meu braço, mas me desvencilhei-me dela e me aproximei da bancada. - Deixe-me explicar.

- Não! - bati a mão sobre a bancada e virei-me para ela. - Não entendo mesmo! - eomeoni comprimiu os lábios. - Quer explicar? Então explique. - fiz uma breve pausa e ela fechou os olhos brevemente. - Você mesmo disse que ele não tinha direitos aqui. - continuei sem parar. - Eomeoni, ele quebrou o carro do Jimin. Eu realmente achei que ele ia bater no Jimin com o taco de beisebol que o Beon nem usa mais. Além de acertar a não na minha cara e quase quebrar o meu nariz. - fiz drama e ela arregalou os olhos desconhecendo este fato. - Quase que eu tive uma hemorragia de tanto sangue que eu perdi pelo nariz! E aí ele aparece aqui, do nada, e vai ficar aqui como se fôssemos uma família feliz? - vou usar a tática de Beon. - Se ele for ficar aqui eu vou embora.

- ______.

- Eu falo sério, eomeoni. - não sei de onde tirei tanta coragem. - Daqui seis meses eu ia sair de casa mesmo por causa da faculdade... não me custa adiantar isso.

- Se você quiser ir... - disse ela calmamente. - Não posso te impedir. Já tem dezoito anos. - engoli em seco. - Seu pai vai ficar aqui e isso é tudo.

Coloquei a chave do carro de minha mãe sobre a bancada da cozinha e sai dali.

(...)

Uma semana depois...

Fiquei no apartamento de Jimin todo esse tempo. Ele disse que eu podia ficar o quanto quisesse. Jimin não ficou aqui. Ele ficou na casa dos tios com os pais que logo voltariam para Busan.

As aulas já vão recomeçar depois do final de semana e será os últimos seis meses antes da universidade.

Aproveitei o tempo para estudar, pois logo que voltar às aulas - acho que algumas semanas depois do início do semestre, não sei ao certo - faremos provas para deixar o ensino médio para trás e se passarmos, então vamos para a entrevista e programa de aptidão (outro teste) de uma universidade de nossa escolha.

Não pude ficar na casa de minha mãe. Hong Do é todo filhinho para cá e filhinho para lá com o Beon. Tamanho fingimento me deixa de cabelos em pé! Será que Hong Do não percebe que está forçando a barra com fingimentos! Ele renegou o filho ao nascer. Eu não caio nesse papo de "estou arrependido".

Bufei e me encolhei na cama. Ah, ainda estou no quarto de Jimin. Ele disse que quer arrumar o meu quarto e eu faço questão de comprar as coisas com o prêmio do jogo que Jimin não quis dividir comigo meses atrás.

Aigoo!

Não gosto disso! Sinto-me como uma aproveitadora, às vezes, aqui no apartamento dele onde não pago nada, nem a comida ele deixa eu pagar. Estou em dívida com o Jimin. Principalmente pelo fato de meu pai ter quebrado o carro dele. Queria pagar, ainda sobrou um pouco do dinheiro do prêmio do jogo, mas, adivinha, Jimin não deixou eu pagar os reparos no carro dele.

Puxei meu corpo para cima e peguei o meu notebook sobre o criado mudo. O liguei e entrei no jogo.

Game on

Avistei Yoon.

Aproximei-me e já comecei a digitar:

- Olá, Yoon.

- Wei Wei. - disse ele me reverenciando brevemente.

- Em busca de uma batalha?

- Sempre. - disse ele. - E você?

- Também. - sorri ao digitar. - Mas está calmo aqui.

- Os outros jogadores devem começar a entrar mais tarde.

Olhei a hora no canto da tela.

23:40

- Mais tarde?! Não está tarde o suficiente?

- Ou talvez mais cedo.

- Ah. - sorri.

- Você parece um pouco apreensiva. - disse Yoon. - Algo aconteceu?

- Preciso de um trabalho. - disse frustrada. - Sai de casa, Yoon. As coisas estão difíceis.

- Oh! Que droga! - ele bateu as mãos na lateral do corpo. - Ah, estamos contratando lá no restaurante.

Sorri.

- Sério?

- É de garçonete e já vou avisando que o salário não é muito.

- Vou passar lá amanhã então. - digitei animadamente. - Qualquer valor já ajuda, Yoon.

E nisso, as águas do lago próximo a nós se movimentaram de uma forma estranha.

- Oh! - Yoon puxou sua espada. - Acho que pode ser a Deusa Cobra do Lago.

E era mesmo. Ela saiu das águas com todo o seu empoderamento e mostrou seus caninos dentro de sua boca de cobra gigante. Puxei as minhas duas espadas que estavam presas às minhas costas e me preparei para a batalha!

Game off

(...)

Jimin's pov

O dia amanheceu e eu já estava na oficina vendo o estado do meu caro.

- Está quase tudo pronto. - disse o senhor Gi colocando um pano branco sujo de graxa em seu ombro direito. - Nem mesmo vai parecer que o vidro foi quebrado.

- Que bom. - suspirei. - Ainda bem que não foi o parabrisa.

- Você bateu onde mesmo? - quis saber o velho mecânico.

- Está mais para bateram em mim, senhor Gi. - sorri e ele afirmou com a cabeça.

_______'s pov

Entrei no restaurante dos Min's.

- Olá, senhor e senhora Min. - sorri me aproximando.

- Ainda não abrimos. - disse a senhora Min.

- Deixa isso comigo, eomeoni. - disse Yoongi saindo do corredor que dava para a cozinha, imagino. - ______, não achei que viria. - ele sorriu simplista já perto de mim.

- Bom, você disse que tinha um emprego e eu vim. - elevei os ombros. - Já digo que não tenho experiência.

- Não tem problema. - disse Yoongi. - É só pegar os pedidos e servir.

- Então vai me contratar? - arregalei os olhos empolgada.

- Não deixe meus pais ouvirem isso... - ele sussurou. - Mas eu tenho a última palavra aqui. - ri baixinho. - Eomeoni, Abeoji, _______ veio pelo emprego. - disse ele. - Vou retirar a placa.

- Oh! - os pais deles estavam assustados.

- Ela é boa e minha amiga. - disse ele indo até a porta e retirando a placa de "contrata-se garçonete". - O que seu namorado acha disso?

- Eu ainda não falei com ele.

- Ah... - Yoongi deu de ombros. - O trabalho é de meio expediente. Depois da aula terá que vir direto para cá.

- Tudo bem. - disse prontamente.

- E por que saiu de casa? - disse ele e rapidamente completou. - Desculpe perguntar.

- Meu pai que tinha ido embora quando era pequena e sumido nesse mundo de meu Deus voltou e quebrou o carro do Jimin. - Yoongi estava assustado. - E ele está lá em casa. Minha mãe o recebeu de braços abertos. - revirei os olhos.

- Talvez não só os braços.

- Yoongi! - bati no braço dele e ele elevou as mãos se desculpando. - Então não podia ficar mais lá.

- E você está morando onde?

Suspirei.

- Em um apartamento. - disse e rapidamente para não esticar a conversa. - Tenho umas economias. É por isso que eu preciso do emprego.

- Beleza. - disse Yoongi batendo uma mão na outra. - Vou te mostrar tudo. Vamos!