POV'S LAUREN JAUREGUI
Doutor DeLuca voltou mais tarde me levando para por a sala de curativos, escolhi uma faixa de cor preta o fazendo sorrir, certificando-se de que era a minha cor favorita. Estava de volta ao meu leito quando minha mãe e a Camila adrentraram o quarto, minha latina trazia um pequeno buquê de tulipas laranja em mãos, tulipas são as minhas flores favoritas.
- Querida, como você está? - minha mãe, aproximou-se da cama sentando ao meu lado.
- Estou bem, mãe. Só um pouco cansada - bocejei.
- Dr. Link, falou que sua torção não é considerável grave. - acariciou minha mão.
- Ele havia passado aqui antes de ir falar com vocês. - olhei para a latina que permanecia em pé na soleira da porta.
- Bom, querida, passei aqui para ver como você está, preciso ir para casa cuidar do Chris. A Taylor viajou e seu pai chegará mais tarde hoje. Amanhã pela manhã estaremos aqui para buscá-la - depositou um beijo nos meus cabelos, levantando-se e seguindo em direção a porta.
- E você, moça, não vai se aproximar? - perguntei para a latina que sorriu tímida.
- Venha aqui. - a chamei dando espaço para que ela deitasse ao meu lado.
- Trouxe isso para você. - me entregou o pequeno buquê de tulipas laranja.
- Você lembrou... - sorri cheirando as flores.
- Como eu poderia esquecer? São as nossas favoritas. - me lançou um pequeno sorriso.
Observei um pequeno papel dentro do buquê, o peguei com cuidado sorrindo para a latina, abri lendo o que havia escrito no bilhete.
"Em partes porque nessa camisa laranja você parece um San Sebastian melhor e mais feliz. Em partes porque eu gosto tanto de você, e você gosta tanto de iogurte. Em partes por causa das tulipas laranja fluorescente contra a casca branca das árvores. Em partes pelo segredo que nos vem ao sorriso. E do que adianta aos impressionistas tanta pesquisa quando eles nunca encontraram a pessoa certa para ficar perto de uma árvore quando o sol baixava? É uma experiência que eu não quero deixar passar, por isso estou te contando".
- Uma coca-cola com você. - sussurei com os olhos marejados.
- Estudamos esse poema em um trabalho de literatura no primeiro ano do ensino médio - sorriu ao lembrar.
- Enquanto eu lia esse poema, me dei conta do que sentia por você. - acaricei suas bochechas.
- Uma coca-cola com você é muito melhor do que está em qualquer lugar do mundo, porque eu não sei está em qualquer outro lugar que não seja em seu abraço.
- Doce criatura, quando chego ao fim da linha, você me leva de volta para casa. - cantarolou segurando o meu rosto aproximando nossas textas, em seguida selando nossos lábios.
(...)
Dia seguinte...
Me ajeitei na cama desconfortável, observei a latina que dormia serena encolhida ao meu lado, cobri seu pequeno corpo com o edredom, acariciando seu cabelo com cuidado para não acordá-la. Vi a garota se remexer abrindo os olhos de vagar.
- Bom dia... - murmurou baixinho.
- Bom dia, linda. - beijei sua bochecha fazendo-a sorrir de leve.
- Como passou a noite? - perguntou preocupada.
- Bem. - sorri.
- Amor, vou descer para comprar um café, tudo bem? - falou enquanto amarrava seu cabelo em um coque frouxo.
- Tudo bem. Tome cuidado. - murmurei para a latina que fez que sim com a cabeça.
Meus pais e um Chris saltitante entraram pela porta do meu quarto, o pequeno correu em minha direção, dei espaço para que ele sentasse na cama ao meu lado.
- Chris, cuidado para não machucar sua irmã! - minha mãe, advertiu.
- Como você está, querida? - meu pai, aproximou-se depositando um beijo na minha testa.
- Estou sim, pai. Só com um pouco de dor, mas o doutor passou uns analgésicos para cuidar disso. - falei o tranquilizando.
- Lolo, doeu muito? - apontou o meu joelho imobilizado.
- Um pouco, pequeno. Mas eu aguentei firme - acariciei seus cabelos castanhos.
- Você é muito corajosa, Lolo. - ajoelhou-se abraçando-me e depositando uma série de beijinhos por todo o meu rosto, me fazendo sorrir envergonhada.
- Bom dia. - minha latina adentrou o quarto com um copo de café.
- Mila! - Chris, desceu da minha cama correndo para abraçar a latina.
- Olá, pequeno. Que saudades! - abaixou-se abraçando meu irmão caçula.
- Bom dia, pessoal. - Dr. Lincoln adentrou o quarto sendo seguido pelo Dr. DeLuca. - sou o doutor Lincoln, mas prefiro ser chamado de Link. -sorriu.
- Esse aqui é meu residente, doutor DeLuca. - o latino acenou para os meus pais com um sorriso simpático.
- DeLuca, passe a visita. - entregou o ipad para o rapaz.
- Lauren Jauregui, 17 anos. Torção no joelho esquerdo decorrente a um trauma sofrido em um jogo de futebol. - me fitou lançando uma piscadela.
- Analisamos os exames da Lauren. Como havia falado ontem, o quadro dela está estável, não temos porquê deixa-lá aqui. Ela terá que ficar alguns dias de repouso, sobe medicação. Irei marcar o dia de sua volta para uma avaliação. A partir de agora você já pode ir para casa.
- Bom, infelizmente não poderei ficar pois tenho alguns pacientes para visitar. Foi um prazer conhecê-los. E Lauren, tome bastante cuidado, sei que tenho uma aparência legal, mas você não vai querer me ver novamente. - falou divertido me fazendo soltar uma gargalhada baixa.
- Doutor, muito obrigado pelo cuidado com a minha menina. - Michael, aproximou-se apertando a mão de Link.
- Não há de que. - sorriu simpático antes de deixar o quarto.
- Então, menina Lauren. Irei assinar os papéis de sua alta, pedirei para que uma enfermeira traga seus pertences. Nada de esforços físicos, futebol, nem pensar! Nos vemos daqui à alguns dias. - aproximou-se chocando sua mão contra minha em um righ five.
Esperei um tempo até que a enfermeira trouxesse as meus pertences e alguns analgésicos, me puseram em uma cadeira de rodas por onde fui guiada até o estacionamento.
O Porsche Cayanne do meu pai estava estacionado à poucos metros de distância de onde estávamos.
- Você o consertou? - vociferei eufórica.
- Quando você melhorar, te deixo dirigir. - apertou meu ombro de leve.
- Não brinca. - falei empolgada fazendo-o gargalhar.
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