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História Best thing I never had - Capítulo 15.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá ;)

Boa Leitura ;

Capítulo 15 - Capítulo 15.


O restaurante estava movimentado, alguns casais e outros jovens aproveitando da noite agradável que fazia, era uma das partes boas de morar mais próximo do litoral, o vento agradável que os fazia companhia durante a noite e às vezes até mesmo durante o dia, Lena olhou ao redor do lugar o procurando. Um senhor que a lembrou bastante de seu ex mordomo lhe sorriu de forma cortes.

-Estou... – Lena não precisou terminar sua frase, encontrou seu irmão acenando de forma discreta para ela de uma mesa próximo a parede, uma planta estava entre as duas mesas. Lena controlou sua respiração, não suportava mais as paranoias de seu irmão, e tudo se tornou ainda pior depois da morte de seu pai –Lex – Lena o cumprimentou, seu irmão levantou-se e a prendeu em seus braços com um abraço exageradamente apertado.

-Estava com saudades Lena – disse e afastou-se para olhar a irmã –Você deveria ter me dito que estava de volta a Midville.

Ela realmente acreditou que poderia se esconder por mais tempo estando ali.

-Vamos ver... você chantageou minha assistente ou dormiu com ela? Talvez tenha feito os dois, afinal, você gosta de se gabar por ser multitarefas – perguntou Lena e seu irmão abriu seu melhor sorriso, sentaram-se na mesa e o garçom trouxe o cardápio.

-Seu senso de humor sempre me surpreende Lena – Lex ajeitou sua postura na cadeira, ela notou que ele usava seu melhor terno aquela noite, seu irmão tinha extravagantes coleções de terno que os usava em ocasiões diferentes, prezava demais por sua imagem –Em um momento está alegre e em outra ocasião parece que o mundo é seu inimigo...

-Isso só acontece quando você está por perto – retrucou a Luthor.

Até mesmo o garçom que não sabia o que acontecia na mesa sentiu a tensão instalada entre os dois Luthor, parte principal disso vinha da própria Lena. Eles fizeram seus pedidos e foi nesse momento em que Lena a viu, sentada algumas mesas de distancia, Nia lhe acenou de forma discreta e Lena se limitou a um simples gesto de cabeça. Não estava com vontade de sorrir, essa vontade simplesmente desaparecia quando seu irmão estava por perto, e o mais triste, é que nem sempre havia sido assim, ela se lembrava com carinho da relação que nutria um pelo outro quando mais jovens, lembrava-se de como os dois tinham o habito de implicarem um com o outro, como se divertiram durante viagens, como ele esteve presente de forma acolhedora quando Kara partiu. E então, tudo pareceu se transformar em lembranças distantes quando a morte de seu pai veio de forma repentina. Lex se fechou em sua própria dor, não permitindo que Lena o alcançasse, ela precisou enfrentar sozinha o luto e enquanto ela se recuperava da perda Lex se perdia cada vez mais em sua mente acreditando que não fez o bastante para dar orgulho ao seu pai, que sempre o criticou de forma severa, que sempre apontou seus erros independente de qualquer coisa que ele fizesse, ela sabia de forma consciente que era a preferida de seu pai. Ele sabia disso. Todos na casa sabiam.

-Porque me chamou Lex? – perguntou Lena.

-Eu já decidi, vou concorrer à presidência esse ano – Lena apenas o encarou sem ter certeza do que ouvia –Está tudo se encaminhando para isso, gostaria que soubesse por mim e não pelos jornais amanhã logo cedo.

Ela ainda não sabia que tipo de reação deveria ter.

 

-Kara – reclamou Alex pela quarta vez –Você está estragando o jogo.

Kara soltou toda a respiração que prendia de forma tensa. Eliza encarou a filha assim como as outras duas mulheres, jogavam cartas na mesa. Sam tinha manchas vermelhas em seu corpo, não mais a intensidade de antes, mas ainda assim eram visíveis.

Ela até tentou distrair sua mente, mas dessa vez, não eram as imagens de seu passado ou toda a culpa que carregava, mas o fato de que a Luthor saiu para encontrar uma pessoa que ela não fazia ideia de quem seria, e é claro que sua mente trabalhou pesado para criar teorias de quem seria essa misteriosa pessoa. Ela não queria pensar que Lena poderia ter outra pessoa, apesar disso ser uma certeza para ela, afinal, Lena era uma mulher extremamente atraente, chegou a imaginar diversas vezes a Luthor com outras pessoas e aquela agonia só parecia piorar de forma cruel. Não era como se ela tivesse o controle da situação, sua mente simplesmente viajava e não havia nada que pudesse fazer. Desistiu do jogo e levantou-se da mesa.

-Não estou mais a fim de jogar cartas – Kara se encaminhou para sala e jogou-se no sofá.

-O que aconteceu com ela? – perguntou Alex em um sussurro exasperado para mãe.

-Está assim desde que Lena saiu, disse que ia se encontrar com alguém, mas não disse quem era essa pessoa e francamente eu não perguntaria, não é da minha conta.

Alex olhou para irmã largada no sofá.

 

-Eu acho que não entendi direito – disse Lena.

-Parece tão surreal assim a ideia de seu irmão como presidente?

Lena sorriu, um sorriso nervoso e sem sentido, o que fez seu irmão se tornar repentinamente nervoso.

-Isso é só uma grande novidade para mim, sinceramente não esperava por isso. Eu já sabia que você estava se deixando levar pela politica, mas não esperava que fosse tão longe...

-Aquele playboy milionário e irresponsável não existe há um bom tempo Lena.

-Eu sei Lex, eu sei – Lena repetiu até mesmo mentalmente –Ele foi embora e levou uma parte importante de você.

-Eu só queria que soubesse por mim, amanhã vai estar em todos os jornais e eu não queria que pensasse que... a sua opinião não importa...

-Tecnicamente ela não importa, já que você decidiu o que vai fazer – Lena ergueu sua mão de forma discreta interrompendo seu irmão antes que ele falasse alguma coisa –Nosso relacionamento não é o mesmo desde a morte do papai, e eu deixei de saber quem você é Lex – o Luthor encarou a parede, seus olhos cinzas ainda tinha traços de seu irmão ela sabia disso -Eu não quero dizer como você deve viver sua vida Lex, até porque não importaria muito...

-Isso não é verdade Lena...

-Veja, se quer concorrer à presidência, por mim, tudo bem. Só não espere nenhum apoio vindo de mim, e não é porque não acredito na sua capacidade, na sua vontade de fazer o que é certo, porque eu ainda acredito no Lex que conheci no passado, mas esse que está na minha frente – Lena se calou por um momento, seu irmão finalmente a olhou nos olhos –Eu não conheço.

-Isso não é verdade Lena – Lex esticou sua mão sobre a mesa e alcançou a mão de Lena –Eu ainda sou o mesmo Lex do passado...

-Não é não, e você sabe disso – Lena retirou sua mão.

Flashback:

Ela continuava encarando o tumulo de seu pai. Jogaram rosas brancas, Lena ainda segurava areia úmida em sua mão, não teve coragem de joga-la sobre seu pai. Pouco a pouco todos foram embora, o padre até ficou mais um tempo com a garota, esperando que ela movesse algum músculo, porém Lena permanecia no mesmo lugar desde que chegara, seus olhos não desgrudavam da foto de seu pai.

Homem admirável. Pai amoroso.

Entendia que a primeira parte não era totalmente verdade, seu pai tinha o desejo de mudar o mundo a sua visão e nem sempre sua visão era a mais certa de todas, ela o conhecia.

-Está na hora de irmos Lena – Lex segurou o ombro da irmã.

A parte de ser um pai amoroso era inteiramente verdade, apesar de todos os pesares, durante toda a sua infância Lena lembrava-se de seu pai com o afeto que ele passou para ela, Lionel esteve presente em todos os pequeníssimos momentos, infelizmente, não foi à mesma coisa com seu irmão. Lembrava-se das histórias contatas antes de dormir, dos pequenos momentos em que ele abandonava o trabalho para passar um tempo com ela. Tudo mudou gradativamente com forma Lena crescia e mostrava sua mente aguçada para as coisas que não deveria serem compreendidas por ela na sua idade. A garota passava horas com o pai no escritório lendo, estudando, Lionel sabia que a mesma coisa havia acontecido com seu filho, Lex mostrou ter um intelecto acima da media e então, largou tudo para viver. Não permitiria que o mesmo acontecesse com Lena, ali ele tinha uma chance de fazer a garota construir coisas extraordinárias. Juntos.

-Lena – Lex a chamou, ele jogou a areia sobre o corpo do pai e no instante seguinte deixou o enterro.

-Eu realmente gostaria de criar alguma coisa que impedisse a morte – disse em um puro devaneio seu, soltou a areia no chão, sabendo que se arrependeria disso anos mais tarde.

-Quem sabe um dia – Lex calçou suas luvas escuras –Precisamos ir. Espero que esteja pronta para o que espera você depois de hoje.

Lena encarou o irmão, os malditos olhos cinzas não tinham mais vida. Lembravam muito seu pai.

-O que quer dizer?

-A Luthor Corp Lena...

-Eu não posso Lex, ainda tenho a faculdade para terminar e... – Lena olhou bem para o irmão, não era como se ele estivesse sugerindo que ela assumisse a liderança das empresas da família, ele simplesmente estava abrindo mão de tudo, largando para ela ou qualquer outra pessoa que a pegasse.

Atualmente:

Quando o carro foi estacionado em frente à casa das Danvers, Eliza estava na cozinha lavando os pratos do jantar, enquanto Alex passava uma pomada antialérgica na noiva. Kara desceu as escadas apressada. As duas mulheres na sala olharam para a pequena Danvers abrindo a porta antes mesmo que Nia alcançasse a maçaneta.

-Nossa – Nia exclamou dado o susto.

-Droga – reclamou Kara, seu mau humor estava conseguindo derrota-la.

-Que recepção maravilhosa – Nia fechou a porta da casa.

-Pensei que fosse Lena – admitiu Kara.

-Ela estava no mesmo restaurante – informou Nia e ganhou o interesse da amiga.

-E viu com quem ela estava?

-Com um homem estranho, não vi o rosto dele, estava de costas.

Kara abandonou suas perguntas, não tinha certeza se gostaria das respostas. E sabendo que seria impossível, ainda assim, descreveu a sensação que sentiu como: sentir seu coração diminuir no peito, apertando e mergulhando de cabeça numa agonia estranha.

 

Da varanda, Kara observava o céu, não era possível ver uma única estrela no céu graças às luzes da cidade, isso era frustrante, gostaria de não sentir aquele desconforto que sentia, de não pensar na Luthor encontrando-se com outra pessoa, uma pessoa inteira e não quebrada e com uma mala enorme para carregar, imaginando como sua vida teria sido se tivesse ficado e lutado por seus sentimentos e não se acovardado. Sabia que não deveria remoer o passado, pois isso somente a faria se sentir pior, mas sentir-se daquela forma acabava sendo melhor do que se lembrar das coisas que viveu. Respirou o ar que a rondava, o vento batia de forma suave em seu rosto. Kara fechou seus olhos e permitiu-se sonhar com um passado e um futuro que não existiam.

Havia duas crianças em seu sonho, correndo pela casa, Kara brincava com seus filhos, porque sempre sonhou em ter filhos, principalmente se pudesse adotar uma criança, já que ela, sendo uma criança que um dia foi adotada por uma família amorosa, gostaria de poder passar isso para outras crianças, gostaria de fazê-las sentir como era ter uma família. Lena estava voltando do trabalho, ela não fazia ideia de que tipo de trabalho poderia ter, mas sabia que deveria ser algo que não a prejudicasse tanto no futuro, algo simples e ao mesmo tempo, que a mantivesse sempre com seu interesse no mundo. Kara a recebia com um abraço afetuoso e um beijo ainda mais caloroso, mas nada disso realmente aconteceu. Foi apenas mais uma ilusão criada por sua mente.

-Kara.

A Danvers abriu os olhos quando ouviu a voz de Lena, estava parada na porta, havia acabado de chegar. Seu irmão a arrastou pela cidade enquanto tentava fazê-la mudar de ideia sobre seu apoio. Ele queria mudar o mundo assim como Lionel quis, e isso era assustadoramente horrível de se pensar, pois ela melhor do que ninguém sabia o quanto disso era possível.

-Lena, não sabia que já tinha chegado – disse enquanto ajeitava sua postura.

Lena sentou-se ao seu lado, Kara lhe ofereceu seu melhor sorriso de boas-vindas, mas não conseguia esconder dela o olhar tristonho.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntou Lena, e Kara notou que ela segurava seu cigarro na mão, decidiu não falar absolutamente nada, apesar de seu olhar já ter dito tudo –Não se preocupe, estava prestes a jogar fora – disse –Era a última encontrei agora.

Kara sorriu e apertou suas mãos de forma nervosa.

-Então, por que está aqui fora?

-Gosto de ficar um pouco aqui antes de ir dormir, e está fazendo uma noite linda hoje – pontuou Kara orgulhosa por ter uma boa desculpa, não queria pensar no que Lena acharia se soubesse que Kara estava ali a esperando, criando em sua mente a imagem dela voltando para casa acompanhada por outra pessoa e isso ela tinha certeza de que não suportaria, é claro, sabia que Lena jamais traria um desconhecido ou desconhecida para casa de Eliza, mas isso não significava que não poderiam estarem juntos do lado de fora da casa, pelo menos era que sua paranoia a dizia.

-Bom, então não se importaria se ficasse aqui um pouco? – perguntou Lena e Kara apenas balançou sua cabeça negando, Lena escorou suas costas na outra parte da varanda, olhando para Kara.

Ela notava o desconforto explicito da Danvers, mas não sabia como aborda-la sobre o assunto. Talvez ela estivesse pensando no passado, com as imagens da guerra em sua mente, Lena se sentiu inundada por uma onda de confiança gigantesca no momento em que Kara lhe confidenciou uma parte do que a machucava constantemente. E ela sabia que com a ajuda certa, Kara voltaria a ser o que era antes.

-Eu queria que fosse comigo a um lugar amanhã – disse e Kara a olhou com interesse.

-Isso é engraçado – Kara finalmente abriu mão de seu medo –Estava pensando que poderia...bem que a gente poderia... er... sabe... digo não sei... – ela não imaginava que fosse ficar tão sem palavras, mas estava diante daqueles olhos intensos e verdes, e quando isso acontecia, era como se seu cérebro se transformasse em uma grande massa maleável, as palavras lhe fugiam e ela não entendia como poderia ser tão idiota, Kara gaguejou mais algumas palavras até Lena finalmente parecer compreender suas intenções.

-Kara, você está me chamando para sair? – perguntou Lena, e viu o momento em que as maçãs do rosto de Kara ruborizaram de forma grosseira, abriu um largo sorriso o que intensificou a vermelhidão em seu rosto –Eu adoraria Kara.


Notas Finais


Então que acharam do capítulo?


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