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História Best thing I never had - Capítulo 19.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá ;

Boa Leitura ;)

Capítulo 19 - Capítulo 19.


Lena estava na varanda da casa das Danvers. Observando com uma atenção fora do comum às flores de Eliza sobre uma luz noturna, não que necessariamente prestasse tanta atenção no quando elas pareciam brilhar algumas só floresciam aquele horário para então com a luz solar se fecharem como se aquele fosse seu horário de dormir, era curioso como elas se comportavam. Sua mente estava mais focada na confusão que teria pela manhã seguinte, no que os jornais diriam sobre ela. Não que se importasse com a opinião alheia, mas não poderia negligenciar uma coisa como aquela, afinal, tinha outras pessoas que poderiam detesta-la e seu celular tocando desnecessariamente a cada minuto a irritava ao mesmo tempo em que a alertava de que seus acionistas já sabiam da verdade. Ela os ignorava, diferente de Sam que, como sua CFO precisou colocar sobre seus ombros toda a carga do que viria a seguir, ela não soltara o telefone de trabalho e já participou durante aquele dia de quatro vídeo conferências enquanto Lena se escondia de todos sentindo-se uma verdadeira idiota e agora, péssima amiga por deixar que Sam cuidasse de seus problemas. Mas ela precisava de um tempo para discernir melhor o que falaria, como agiria, não adiantaria de nada encontrar ou falar com qualquer um deles agora, pois seria o mesmo que se entregar e isso ela jamais faria.

-Aqui – Kara estendeu seu braço em direção ao corpo de Lena, havia um liquido balançando nele.

Lena apanhou a xicara azul das mãos de Kara, com um leve sorriso, mas não estava com vontade de sorrir. Quando bebeu o primeiro gole, sentiu o gosto adocicado do chocolate e isso fez com que aquela vontade voltasse de forma súbita, mesmo que por apenas instantes.

-Sempre funciona comigo – disse Kara –Pensei que ia fazer você esquecer um pouco tudo isso...

-Eu gostaria de poder esquecer – afirmou Lena e sentou-se na namoradeira com Kara sempre ao seu lado –Mas não posso, preciso pensar em um jeito de sair dessa situação com menos danos.

-Eu tenho certeza de que vai pensar em alguma coisa – assegurou Kara, e encontrou a mão de Lena. A Luthor deitou sua cabeça em seu ombro e suspirou pesado, Kara passou seu braço em volta da cintura dela e tentou oferecer a ela o suporte de que precisava.

 

Sam fechou a tela do notebook com a mão na têmpora imaginando que uma simples e breve massagem fosse o bastante para aliviar a dor de cabeça que sentia durante todo o dia.

-Mais uma reunião chata? – perguntou Alex e colocou as mãos nos ombros da noiva.

-Eles estão caindo com tudo em cima de mim – reclamou Sam e sentiu seus ombros relaxarem com o aperto das mãos firmes de Alex, de forma involuntária soltou um suspiro alto e cansado –Vão devorar Lena como se fosse um cordeirinho.

-Acontece Sam – Alex foi tentar abandonar a massagem, porém Sam segurou suas mãos em seus ombros o que a fez sorrir –Que Lena não é nenhum cordeirinho, ela é um lobo selvagem.

-Você viu como ela estava? – insistiu Sam –E...

-Sam, você não precisa proteger a Lena contra eles, ela sabe o que faz só precisa colocar as ideias no lugar.

 

Ela não fazia ideia de quanto tempo já havia se passado estando ali, tentando estar longe de tudo, mas as luzes da casa foram apagadas deixando apenas a da cozinha, onde ela não fazia ideia se Sam continuava lá ou fora dormir, teve a impressão de Eliza ter aparecido na porta, mas foi apenas sua impressão, não tinha tanta certeza já que estava escuro a única pessoa que via e sentia com clareza era Kara, deitada com a cabeça em seu colo, ela havia deixado claro que só sairia dali quando Lena soubesse o que fazer mesmo quando a Luthor insistiu que demoraria, não tinha certeza se Kara estaria agora dormindo ou apenas com os olhos fechados, mas seu peito subia e descia de forma tranquila e seus olhos estavam fechados, seus cabelos estavam espalhadas e isso conseguiu tirar um sorriso da Luthor, Lena levou sua mão ao rosto de Kara e com a ponta dos dedos tocou sua bochecha. Então lhe ocorreu, ela ainda era uma Luthor e nada do que aqueles homens engravatados ou de jalecos fizesse ou dissessem não poderiam afeta-la ou prejudica-la mais do que ela mesma já se prejudicou, não adiantava de nada deixar Sam enfrentar todo aquele furacão enquanto ela estava ali, observando o rosto sereno de Kara. Ela ainda era uma Luthor e esse pensamento foi o que a encheu de coragem, o tipo de coragem que seu irmão costumava chamar de estúpida, mas que no momento, era tudo de que precisava.

Kara abriu seus olhos no momento em que sentiu a menção de Lena em se levantar.

-E então...

-Bem, eu não vou ganhar nada me escondendo aqui - afirmou Lena.

-E o que pretende fazer? – Kara se sentou, e com o nó dos dedos coçou seus olhos.

-Primeiro, acho que o mínimo que eles merecem é a verdade.

-O que aconteceu entre vocês duas? – perguntou Kara, ela olhava para o pequeno campo de flores de Eliza, e Lena não tinha certeza se era pelo escuro da noite, mas os olhos dela se tornaram distantes.

-Nós éramos boas amigas – assegurou Lena e encontrou a mão de Kara próximo a sua, a segurou e pela primeira vez a sentiu fria –Meu deus Kara, por que não me disse que estava com frio?

Ela deu de ombros e Lena se aproximou da Danvers, passou seus braços em volta da cintura da Kara a abraçando enquanto sua cabeça pousava em seu ombro.

-Mas ela beijou você quando a viu...

Lena sorriu, um novo tipo de sorriso, pois tinha uma pitada de diversão misturada ao convencimento. Imaginar Kara com ciúmes dela, a deixava com uma sensação inteiramente nova. Porque a única pessoa que já sentira ciúmes dela foi seu irmão e não era a mesma coisa, ela sabia disso. Apertou seus braços em volta de Kara.

-E depois você foi embora com ela... então... eu presumi... – Kara parou de falar no momento em que ouviu o riso de Lena e se sentiu constrangida. Ao ponto de levantar-se de forma brusca, não gostava nada de saber que poderia ser motivo de piada, principalmente, para Luthor. Alex sempre a disse que precisava conter um pouco mais na hora de falar sobre seus sentimentos.

-Você consegue ser bem intensa Kara – lembrou-se claramente da voz de Alex, enquanto conversavam noite adentro no quarto das duas quando eram adolescentes –E isso as vezes assusta as pessoas.

-E quando você fala em conter... quer dizer que não devo sentir...

-De jeito nenhum – afirmou Alex –Eu só não quero que se machuque, quero que quando dizer que ama alguém e caso isso não seja reciproco, deixe para chorar aqui, comigo – pediu Alex e Kara afirmou com a cabeça dando aquela certeza a irmã, que foi dormir mais tranquila aquela noite, não conseguia imaginar sua irmã sofrendo, isso a perturbava de um jeito que nenhuma outra coisa a fez.

Mas naquele momento, ela sabia que mesmo que tentasse, não seria como das outras vezes, ela não conseguiria se conter como sua irmã a aconselhou. Porque o que sentia por Lena era diferente do que já havia sentido por outras pessoas. Lena se levantou com um sorriso, e ela mergulhou em uma sensação estranha, sentindo-se uma perfeita idiota por expressar seus pensamentos em voz alta. E aquele leve constrangimento transformou-se em raiva. Não a raiva intensa que costumava sentir constantemente, mas raiva da Luthor por achar no mínimo engraçado sua reação.

-Kara, você está com ciúmes? – perguntou a Luthor e não poupou na diversão em sua voz.

-Não... quer dizer... – Kara cruzou seus braços tudo para não apertar suas próprias mãos, porque isso seria se entregar, mesmo quando ela já tinha certeza de que já o fizera –É claro que estou – admitiu, e o brilho de raiva em seus olhos serviu apenas para alimentar aquele prazer quase sádico dentro da Luthor, era a primeira vez em que a via daquele jeito e esperava manter por mais alguns instantes, mesmo sabendo que não seria capaz –É difícil pensar na possibilidade de ver você com outra pessoa e você beijou outra mulher na frente! – exclamou Kara um pouco mais alterada em seu tom voz.

-Andrea faz isso mesmo – comentou Lena e viu Kara jogar os braços em frustração ao lado de seu corpo, e então ela desistiu de todo aquele jogo quando notou que os olhos de Kara estavam marejados.

-Você também disse que gostava de mim... e... eu entendo que vocês tenham tido alguma coisa no passado, ela provavelmente não tem a mesma mala de problemas que eu carregado...

-Kara – Lena puxou as mãos da Danvers, e ela virou o rosto em direção ao nada, mas o que partiu mais o coração da Luthor e a fez sentir-se um verdadeiro monstro foram as lágrimas que deslizou por seu rosto – Nós não tivemos nada Kara, e nunca teríamos, somos parecidas demais... éramos apenas boas amigas e ela me traiu no fim – Lena a lembrou –Esperei por você durante todos esses anos sem ter certeza de que a veria de novo, não trocaria uma de você por duzentas Andreas – Kara finalmente a olhou nos olhos, a raiva de segundos atrás fora amenizada, e aquele brilho que tanto amava estava de volta, apressou-se em levar sua mão ao rosto de Kara e limpou seu rosto –Desculpe não deveria ter feito você imaginar isso, mas é engraçado ver você com ciúmes...

Kara envolveu a cintura da Luthor aproximando mais seu corpo contra o dela.

-Não é ciúmes Lena – assegurou Kara com uma leve entonação mais grave em sua voz, o que chegou a assustar a Luthor –É medo. Medo de perder você.

-Bem – Lena passou suas mãos sobre os braços de Kara, sentiu o curativo recém-feito por Alex, e quase se deixou levar pela culpa, então seus braços enlaçaram o pescoço da Danvers –Você não precisa ter medo Kara – assegurou e sua mão pressionou a nuca de Kara, trazendo seu rosto para mais perto do seu, Lena deixou um beijo entre os olhos de Kara e a viu fechar os olhos enquanto sentia aquela irritante nuvenzinha de medo abandona-la –Eu fui sua no passado Kara e sou sua agora se assim você quiser.

Seu coração mergulhou contra uma intensa onda que se aproximava, e seus lábios se afogaram aos de Lena, cada movimento que a boca dela fazia contra a sua, despertava uma sensação nova. E ela não conseguia entender que tipo de sensação de realização seria aquela ter Lena Luthor em seus braços, deixando escapar longos suspiros extasiados, a mão de Kara saiu da cintura que apertava indo em direção ao rosto de Lena, não sem antes deslizar pela barriga da Luthor e entre seus seios, sentiu o aperto em sua nuca e se aprofundaram cada vez mais em toda aquela insanidade que o beijo trazia, suas línguas pareciam dançar um ritmo conhecido e ela sabia que precisavam parar, mas os tremores por todo seu corpo se sobressaia.


Notas Finais


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