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História Best thing I never had - Capítulo 23.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá

Boa Leitura ;

Capítulo 23 - Capítulo 23.


Era a última prova de vestido antes do jantar, alguns dos convidados que marcaram a presença no casamento, iniciavam suas viagens naquele mesmo dia. Alex ficou ainda mais feliz quando recebeu a confirmação de seu chefe, alguém que tinha um carinho enorme e a ajudou em momentos difíceis de sua residência. Para ela, era quase como ter a imagem de um segundo pai.

Como a boa irmã que lutava para ser, ela sabia que precisava se esforçar nas sessões de terapia com Kelly, mesmo que às vezes, ela lembrasse tanto seu irmão e isso dificultasse as coisas. Sabia que precisava ir além de um rosto para se recuperar então se esforçava ao máximo, tentava ser sincera o quanto podia e quando as coisas ficavam difíceis ela chorava e não recebia um olhar de julgamento. Nos últimos dias estava se sentindo tão confortável em suas conversas com Kelly, que a sensação era de que a conhecia durante toda a sua vida e não apenas duas duras semanas. E, felizmente, a pequena Danvers não era a única pessoa a notar a sutil diferença naquelas últimas semanas, Eliza também parecia feliz pela nova caminhada da filha, estava esperançosa e na mesma intensidade foi invadida por um sentimento de gratidão, tudo direcionado a uma única pessoa. Lena. Estava grata por, nesses últimos dias a data do casamento da filha finalmente estar chegando o que deixava a ansiedade das duas noivas à flor da pele, não estava com dois dias em que as pegara discutindo na varanda por uma besteira qualquer, mas que logo, a discussão foi acalentada e ambas se desculparam, estavam atoladas em sensações novas, em medos novos e todos ali entendiam que a tensão de Sam não se dava apenas pelo casamento, mas por sua mãe. Também não deixava de se sentir grata por Lena ter voltado para vida da filha, ver as duas e a relação que estavam nutrindo uma pela outra, Eliza passou a observa-las com mais atenção e, tudo que enxergava era carinho e dedicação uma com a outra. E todo aquele sentimento de gratidão que a cercava parecia ser pouco quando olhava para sua vida daquela forma, até mesmo Nia, nesses últimos dias, estava com um sorriso no rosto que a deixava até com uma pitada de inveja.

Kara estava sentada sofá da loja. Ainda se lembrava da última conversa que tivera com Kelly e no quanto agora, sentia uma estranha sensação de alivio. Ela tinha aquela habilidade de deixar tudo muito confortável até a pior das coisas. E fora o acolhimento que ela passava.

-Kara?

Ela ergueu seus olhos e não soube descrever o sentimento que a invadiu aquele momento em que viu Alex parada de frente para o espelho com seu vestido de noiva. Eliza havia saído quando Alex foi usar o vestido, Kara se levantou ainda sem realmente acreditar no que via, sua mente estava tão confusa que, por mais que estivesse ora ajudando ora atrapalhando o planejamento do casamento de sua irmã, ainda não havia realmente se fixado em sua cabeça a ideia de que Alex casaria e iniciaria um novo ciclo em sua vida, então veio uma ligeira raiva de si mesma por perder aquela evolução quando em tudo em sua vida Alex participava. Kelly havia dito que era normal sentir raiva e às vezes até culpa, e que ela deveria se permitir sentir e não sufocar, porém naquele momento em que olhava para sua irmã vestido naquele longo vestido de noiva não havia espaço para tristeza ou raiva que fosse. Seu peito mergulhou em um sentimento de felicidade tão intensa e forte.

-Minha querida – Eliza entrou na loja segurando suas mudas de flores, já estava chorando como se houvesse levado uma surra por algum lugar.

-Mãe, por favor – reclamou Alex e precisou se esforçar para não chorar em público, mesmo sabendo que quando visse Sam a alguns metros de distância vestida de noiva ela não conseguiria sustentar todo aquele autocontrole.

-Você está tão linda Alexandra – assegurou Eliza enquanto segurava o rosto da filha e Alex cedeu permitindo que algumas lágrimas rolassem por seu rosto.

-Você está me fazendo chorar – insistiu Alex abandonado o próprio rosto.

Eliza sorriu sendo acompanhada por Kara, mas houve aquela ligeira tristeza no ar, uma coisa compartilhada pelas três ali paradas e o fantasma de Jeremiah, como sempre ele voltaria para assombrá-las.

 

Lena esperou pacientemente que Sam saísse do provador, o que não aconteceu. Nia falava ao telefone animada, e todo a razão para aquela animação tinha um nome especifico: Brainy. Lena bateu na porta do provador e não obteve nenhuma resposta, abriu a porta e encontrou Sam de joelhos com o vestido de noiva, chorando convulsivamente, porém em um silencio horrível, o tipo de choro que fez Lena se sentir péssima apenas olhando para ela, fechou a porta do provador e trancou-se com Sam lá dentro.

-Sam, o que houve?

Sam tentou enxugar seu rosto, mas sua maquiagem já havia manchado seu rosto.

-Minha mãe – disse em um tom anasalado –Ela... ela não vem.

Ela estava totalmente por fora do assunto: mãe, com Sam que nunca mencionou se quer algum problema com sua família.

-Mas-o – pela primeira vez Sam viu sua amiga sem palavras, confusa.

-Ela não vem – repetiu Sam com ainda mais certeza –E não teve coragem de telefonar, escreveu um bilhete com três palavras e o nome assinado.

Imediatamente Lena pensou que a mãe de Sam não queria vê-la se casando com outra mulher, mas o problema estava muito mais fundo do que um preconceito.

-Eu sei que pode parecer duro, mas se ela não quer vir ao casamento da filha e participar de um momento tão importante, ela é quem está perdendo – afirmou Lena –Você é uma mulher maravilhosa, vai casar com uma mulher incrível, nego se disser a Alex o que acabei de falar – Sam sorriu, enxugando seu rosto –Você vai se levantar desse chão, vai se olhar no espelho e ver o quanto você está linda... apenas ela que não enxerga isso...

Sam respirou fundo e com ajuda de Lena conseguiu se levantar.

 

Existia aquela ligeira certeza espalhada no ar de que talvez a organizadora estivesse mais nervosa do que as próprias noivas, correndo de um lado para o outro tentando deixar tudo o mais perfeito possível. Kara a observava ir de um lado para o outro como se sua vida dependesse disso.

Flashback:

A sua respiração ofegante provocava um estranho eco em seus ouvidos e, tinha certeza de que um deles estava entupido, Kara se jogou contra um muro caído, o bastante para se esconder, sua vista embaçada, a fazia se sentir péssima por ter abandonado seus óculos e usado aquelas malditas lentes de contato. Vasculhou seus bolsos, seus olhos ardiam como se fogo estivesse prestes a sair por eles. E ela não queria se render a vontade de chorar. O homem jogado ao seu lado, ela não reconheceu, sua visão embaçada, poderia ser um inimigo poderia ser qualquer um, mas se fosse inimigo já estaria morta.

-Kara – reconheceu a voz de Clark –Kara, está me vendo?

-Não – disse ela e com uma simples palavra passou desespero para Clark.

-Coloque a mão em meu ombro – ele apanhou a mão de Kara e a colocou sobre seu ombro, ela o apertou com força –Vamos levantar, não podemos ficar aqui, trouxe seus óculos?

Kara balançou a cabeça negando sentindo-se uma verdadeira idiota e, eles se levantaram.

-Não uso eles desde que entrei no exército.

-Porra Kara, não poderia fazer – eles caminharam com pressa.

Ela não fazia ideia de onde estavam indo. Ouviram os disparos, ela sentiu algo passar rápido por seu ombro, um grunido de Clark e então, Clark a sentou em algum lugar.

-Eu vou tirar as lentes Kara – avisou Clark, ela não poderia fazer isso, suas mãos estavam sujas, então ouviu o barulho da garrafa de água e sentiu Clark abrir seus olhos com a ponta dos dedos, tudo eram sombras, até que se tornaram borrados. Clark jogou água em seus olhos e ela os apertou com força, mas o alivio foi imediato.

O problema agora era que, de borrões distantes ela não via absolutamente mais nada. Como sobreviveria? Como conseguiria salvar a própria vida?

-Aqui – Clark colocou alguma coisa em sua mão, algo fino, ela o sentiu seus dedos e ouviu os passos do primo se distanciarem.

-Clark! – chamou Kara, colocou os óculos dele em seu rosto e por sorte, eles eram iguais até mesmo nos graus de seus óculos. As imagens ainda eram um pouco distorcidas, mas era o bastante para Kara ver que estava sozinha.

Ela detestava toda aquela super proteção de seu primo, detestava que ele sentisse aquela necessidade de ser herói a todo o tempo.

Atualmente:

A casa de Eliza estava inteiramente decorada e preparada para uma reunião pequena entre familiares e amigos próximos. Kara encontrou alguns antigos amigos da escola no hall da casa, e então a viu descendo as escadas. Como se fosse à única mulher em todo o lugar. Ela jamais se cansaria de todo aquele clichê que era olhar para Lena Luthor descer de uma escada e ter com ela aquele estupido pensamento.

Ela tinha certeza de que nunca havia visto sua irmã daquela forma, carregando aquele exagerado sorriso como se houvesse sido rasgado com uma faca. Alex segurava a mão de Sam, aguardando o vergonhoso discurso de sua mãe de como o amor era algo incrível e como estava orgulhosa por compartilhar daquele momento com a filha, falou de Jeremiah o que pegou Alex em cheio, no fundo, ela achava que Sam estava sensível ao extremo. Chorando e tentando esconder sua emoção no ombro de Alex.

-A mãe dela não vem – sussurrou Lena, seu rosto estava virado para o lado, e quando ergueu seus olhos em direção a Kara atingiu direto seu peito.

Kara apertou a mão de Lena, seus dedos estavam entrelaçados com os dela. Ela levou a mão da Luthor aos seus lábios rosados onde deixou um beijo no dorso.

-Por quê? Elas não são próximas?

-Eu não sei, nós nunca falamos sobre isso, por causa da minha família... Sam não gostava de comentar...

Em dado ponto Kara deixou de ouvi-la, a voz de Lena chegava a seus ouvidos, porém apenas o som de sua voz se tornando cada vez mais distante, sentiu a respiração ofegante, e seus olhos não desgrudaram da mulher que atravessava a sala caminhando em sua direção. Lois.

-Kara – Lena apertou seu ombro, estava começando a chamar atenção de alguns convidados próximos.

-Desculpe – disse Kara e segurou o braço de Lena com delicadeza –Vamos sair daqui um pouco....

Não havia sido sua intenção fugir, mas sabia que se ficasse e ouvisse os lamentos de Lois, ela provavelmente embarcaria no próximo avião em busca de Clark, o problema em fazer isso era não ter certeza se voltaria ou como essa decisão a afetaria aquela altura.

-Qual o problema? – perguntou Lena, encontraram duas pessoas na varanda da casa, a mulher de cabeça baixa parecia envergonhada, enquanto o garoto dado o susto levantou-se, Kara os reconheceu sendo Nia e Brainy.

-Eu disso que... é... – Brainy entrou novamente na casa e, quando passou pelas duas mulheres curiosas na porta, notaram que sua boca estava manchada de batom. Nia levantou-se.

-Meu deus, vocês não tinham nada melhor para fazer lá dentro? – reclamou Nia de braços cruzados e um olhar divertido.

-Encontro você lá dentro – disse Kara e Nia entrou na casa.

-Agora, pode me dizer qual o problema?

Kara respirou fundo e sentou-se na namoradeira.

-Vi a esposa do meu primo lá dentro – disse Kara e jogou as mãos sobre as penas de forma frustrada –Não pensei que ela fosse vir de fato...

-E ele... – Lena engoliu a seco antes de ter coragem para prosseguir, precisou pensar cautelosamente em suas próximas palavras –Está...

-Não – Kara estendeu sua mão em direção a Lena, que prontamente segurou sua mão, sentando-se ao lado de Kara –Ele desapareceu, foi por isso que James veio aqui... pensei que tinha dito...

-Não, você não disse...

-Sinto muito – Lena beijou a bochecha corada da Danvers e ganhou um ligeiro sorriso trêmulo –Eles não sabem o paradeiro dele, acham que ele pode ter sido pego pelos inimigos...

-E o que você acha?

Kara se mexeu desconfortável e Lena precisou dar a ela um minuto para se recompor, ela ajeitou os óculos em seu rosto. Então finalmente respirou fundo e olhou novamente para Luthor.

-Eu acho que ele está perdido – disse Kara e foi quase como admitir para si mesma. E talvez ela estivesse afirmando não apenas por Clark, mas por ela mesma.

-Você quer ir atrás dele, não quer? – perguntou Lena com uma ponta de medo acentuada em sua voz, na verdade, estava tão carregada de medo que Kara chegou a sentir. Ela passou seu braço em volta do de Lena, a puxou para mais perto e sua outra mão alcançou seu rosto. Ela precisava que Lena olhasse em seus olhos quando assegurasse aquilo.

-Eu não vou mentir – disse –Eu quero ir atrás dele, quero desde do momento em que soube... mas ao mesmo tempo, quero ficar aqui, com você... com Alex, com a minha família...

-Então eu espero que se lembre disso quando esse seu desejo se tornar mais forte.

 

O tilintar do vidro prendeu a atenção dos pouquíssimos convidados na sala improvisada de jantar de Eliza. O homem negro usava um terno azul marinho, tinha um sorriso orgulhoso no rosto e um brilho único nos olhos, Kara o observou durante toda a noite, viu o tratamento com sua irmã, quase como se ele fosse seu pai. J’onn era seu nome, ela gostava dele, gostava da confiança que passava no olhar, gostava da alegria sendo disfarçada por uma seriedade incomum.

-Vamos lá, você não achou que fosse ficar sem dizer nada sobre esse momento – disse J’onn e Alex balançou a cabeça, ela estava feliz, podia sentir a felicidade, só não entendia o porquê de tentar se auto sabotar daquela forma.

Do outro lado da mesa, os olhos de Lois Lane cravados em seu rosto. Ela não sabia dizer que tipo de sentimento estava impresso ali, mas podia quase tocá-lo. Tinha medo de que o menor erro durante o jantar. Tinha medo de ser mal interpretada por ela, tinha medo de conversar com ela e saber de todo o seu sofrimento, até onde sabia, coisas por Clark, eles andavam tendo problemas, Clark costumava dizer que:

-Mesmo quando você esta em casa, está com sua família, você nunca esta presente lá. É como se esse lugar tirasse uma parte sua. Da sua mente e guardasse aqui...

Ela precisou se levantar, mas esperou, pacientemente, o emocionado discurso de J’onn sobre como Alex era incrível no que fazia, de como Sam era sortuda por tê-la ao seu lado e vice versa, tinha carinho em cada palavra despejada por ele em direção a ela. O que não passou despercebido se quer por Eliza. Kara subiu as escadas sentindo suas mãos tremendo, tentou, mas não conseguia controlar. Fechou a porta do quarto de forma brusca, e entrou no banheiro sentindo o assombro ronda-la.

-Merda – praguejou e jogou um pouco de água no rosto.

-Kara?

Quando guardou a toalha de rosto em seu devido lugar, encontrou a Luthor parada na porta.

-Aqui – entregou um cartão e forçou um leve sorriso.

-O que é isso? – perguntou curiosa, era um número escrito a punho, não era a letra de Lena, ela conhecia sua caligrafia em qualquer lugar.

-É o número pessoal de Kelly – disse Lena –Ela me entregou uma vez, disse que quando sentisse que fosse surtar deveria ligar para ela, bem, achei que ela houvesse entregado o cartão a você... mas acho que no fim, ela sabia que ia acabar fazendo isso.

Kara se aproximou da Luthor, deixou um beijo na testa de Lena.

-Eu vou deixar você sozinha, ligue para ela, vai se sentir melhor. Eu prometo.

Ela não entendia que tipo de medo era aquele, não ser capaz de identifica-lo a deixava ainda mais frustrada, o que de certa forma a deixava com raiva, o que piora sua situação que tornava a coisa mais simples que sentisse um grande furacão violento.

Kara estava sentada no chão do banheiro, as costas apoiadas na porta de madeira pintada de branco. Respirou fundo várias vezes até finalmente sentir seus dedos trêmulos discarem os primeiros números.

-Alô.

-Kelly... sou eu...

-Kara? Eu sabia que uma hora ligaria – disse e pareceu cheia de certeza –Como estão as coisas? Como foi o jantar?

-Ela está aqui...

-Quem está ai?

-A esposa do meu primo, o que desapareceu... eu sabia que ela seria convidada, ela é da família... da minha família tecnicamente... eu só não sei como reagir... estou com medo...

-Vocês já conversaram?

-Não, mas eu sei que um dos motivos de ela ter aceitado vir, foi me ver, conversar comigo... ela quer que eu vá atrás do meu primo...

-Kara, ela não quer que você vá atrás do seu primo – assegurou Kelly –Ela está em uma festa em que foi convidada, você não pode presumir que ela está ai necessariamente para falar sobre isso...

-Eu tenho certeza, essa coisa dentro de mim me diz que é exatamente por isso que ela está aqui. E eu sei que se falar com ela eu vou acabar cedendo... eu vou querer voltar... ir atrás do meu primo assim como ele viria atrás de mim eu sou uma pessoa horrível eu sou... eu deixei ele... eu...

-Kara, acalme-se – ela viu que de um tom polido e até mesmo sensível, Kelly adotara um ar de severidade como de uma mãe castigando seu filho –Ela está ai, você está projetando nela uma ideia de que já está formada em sua cabeça, você quer ir atrás dele. Desde que recebeu a notícia, está apenas procurando uma desculpa para fazê-lo e, essa é a verdade. A questão aqui é que quer encontrar uma razão para seguir com essa ideia. O que precisa agora é olhar para dentro de você e pensar se realmente seria justo com você e com as outras pessoas envolvidas em sua vida.

-Eu não quero machucar nenhuma delas – assegurou Kara.

-E todos nós sabemos disso, mas se decidir ir, será porque você quer ajudar o seu primo. E não porque a esposa dele a pediu. Você quer ir atrás dele. Mas muitas das vezes, o que queremos não é realmente o que precisamos.

Ela ainda ouvia as vozes quando desceu as escadas. Reconheceu a mulher parada na porta usando seu casaco vermelho.

-Olá Lois – Kara a cumprimentou.

-Pensei que fosse me evitar toda a noite Kara – retrucou Lois, e ajeitou seu casaco no corpo –Estou indo embora mais cedo para facilitar o seu trabalho.

-Desculpe, não foi a minha intenção – assegurou Kara –Eu só... estava com medo do que poderia me pedir..

-Kara, eu não pediria nada a você. Não vim aqui pedir nada a você, vim aqui porque precisava de alguma companhia, mesmo que de pessoas que não conheço. Pelo menos não pessoalmente – ela indicou Lena sentada no sofá, foi como se ela ouvisse a conversa das duas mesmo com todo o barulho abafado, Lena olhou para Kara que apenas fez um gesto com a cabeça de que estava tudo bem –Estão juntas? – perguntou e Kara novamente acenou positivamente na cabeça.

-Esse é o nosso status no momento: juntas.

-É uma das melhores fases acredite.

-Podemos conversar um minuto?

Kara acompanhou a esposa do primo para fora da casa da mãe. Estava, curiosamente, fazendo um agradável frio naquela região.

-Clark deu alguma notícia? – perguntou Kara e, colocou suas mãos dentro do bolso de seu próprio casaco.

-Não, a última vez em que nos falamos foi há três meses, onde ele me dizia que os inimigos estavam o cercando. Depois disso não houve mais ligações, sinais, cartas, qualquer coisa...

-Ele está alucinando – disse Kara quase em um sussurro.

-Ele estava trabalhando na fazenda quando o chamaram de novo, então... – Kara esperou que Lois continuasse –Ele parecia gostar, estava tentando se formar... queria ajudar as pessoas.

Um taxi parou ao lado das duas.

-Eu realmente gostaria de poder ajudar – disse Kara, e se sentiu incrível por conseguir controlar sua voz chorosa, porque seu peito estava dolorido.

-Você não pode Kara, está fora do seu alcance, precisa cuidar de você mesmo. Estar com a sua família, eles enviam vocês para lá, mas nenhum deles se importam com o que acontece com cada um de vocês quando estão de volta. Eu espero que possa encontrar ajuda de que precisa.

Kara a viu entrar no taxi e partir, quase cedeu à vontade de chorar ali mesmo. Mas esperaria até que todos os convidados da irmã já tivessem partido, não queria estragar o dia das noivas. Esperaria até que Lena subisse para seu quarto e então cederia. E sabia que poderia chorar durante toda uma noite inteira que tudo que receberia da Luthor seria um maravilhoso ponto de paz.


Notas Finais


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