> Lisa completou seus dezoito anos e teve uma grande festa. Estava muito feliz, usou novamente o vestido, pois além de seu pai e as criadas, ninguém do vilarejo a viu naqueles trajes tão belos. Sua mãe ficou admirada com a beleza que a filha revelou e todos os rapazes que a viram, declararam seu amor, deixando as demais donzelas dali com inveja, raiva e uma ou outra triste.
Os dias se passaram e dois meses após seu aniversário, seu pai a chamou e alertou que faria com ele e sua mãe, uma outra viagem à Itália.
Ela não se animou tanto quanto da ultima vez, mas obedeceu ao pai.
Lisa: Para onde Papai?
Pai: Para uma cidade que não conheci, ela é chamada Volterra.
> Esse nome lhe provocou calafrios, porém naquele momento ela não entendia o porquê.
Três dias depois eles estavam adentrando os portões de uma bela cidade, rodeada por colinas, uma estrutura digna de proteger tesouros.
Lisa conseguiu se animar ao ver as pessoas e as belas ruas da cidade. Quando chegaram a um lindo palacete, foram recebidos por criados que os acomodaram e informaram que os seus Senhores iriam apenas estar disponíveis no jantar, visto que estavam ausentes.
O dia passou muito bem, enquanto seu pai trabalhava, preparando as mostras dos produtos que havia trazido. Lisa e sua mãe caminharam pelo belo jardim, almoçaram e se divertiram conversando.
Chegando a noite, o jantar foi anunciado e todos se reuniram a mesa. Quando Lisa chegou a sala de jantar, seu coração começou a pular, com uma sensação que nunca havia sentido, ao menos foi o que pensou.
Em pé, na cabeceira da grande mesa estava ele, Alec sorrindo para ela.
Lisa: “Como pude ser tão estúpida?!?! Volterra! É a cidade dele.
Alec: Olá Lisa. É com satisfação que me reúno a vocês!
> Lisa lança um tímido sorriso e agradece o cumprimento. Mas seu verdadeiro impulso é pegar seus pais pelas mãos e sair dali correndo o máximo que pode. Mas ela não fará isso, pois em seu íntimo sabe que não poderia ir muito longe...
Lisa: “Se acalme! Não o irrite! Seja cortês, educada e gentil!”
> O jantar foi servido, seus pais ficaram admirados pela fartura e variedade. Lisa comia pouco, o suficiente apenas para não demonstrar seu pavor. Afinal, nem ela mesmo poderia explicar o motivo de seus medos.
Lisa: “Ele não come...?” “Está disfarçando, quase como eu...” “Será que também tem receios?!?!”
> Esse último pensamento a deixou mais tranquila, mesmo assim, desejava que aquela noite terminasse o mais breve possível.
E assim foi, todos jantaram. Seus pais ficaram contentes em conhecer alguém tão educado, bonito e de posses, além de interessado em sua filha.
Sim, isso ficou muito claro, pois durante o jantar que deveria ser de negócios, o rapaz não tirou os olhos da garota a sua frente. Mas sobre isso nem começaram a falar.
Quando foram para a sala de visitas, convidados a tomar um bom vinho italiano, as mulheres foram convidadas a se adiantar, pois Alec pediu para falar a sós com o Pai de Lisa.
O medo de Lisa voltou e parecia que ela tinha algo gelando seu estomago. Sua mãe lhe passou a mão na testa...
Mãe: Está febril minha filha! Acaso não se sente bem?
Lisa: “Minta!” Devo ter comido demais, ou algo não me caiu muito bem.
Mãe: Entendo, devo admitir que também exagerei, jamais vi tanta variedade em apenas uma mesa.
> Lisa forçou um sorriso e concordou com sua mãe.
Não demorou muito e os homens voltaram rindo e conversando alegremente. As mulheres até relaxaram um pouco mais, até mesmo Lisa relaxou ao ver que seu pai estava bem.
Pai: Veja mulher. Viemos até a Itália fazer negócios e o maior deles me é oferecido.
Mãe: O que quer dizer meu marido?
> Alec mais que depressa se ajoelha frente a Lisa, tomando-lhe sua mão.
A mãe de Lisa entende de imediato oque está havendo, porém Lisa fica estática... quando Alec deu sinais de que ia começar a falar, eis que todos ouvem...
Espere Alec!!! Como você... Não ia mesmo me avisar de suas intenções?
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