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História Between Dance And The Court - A sad past


Escrita por: OhMiNa

Notas do Autor


Relevem os erros e boa leitura! ♥

Capítulo 4 - A sad past


Fanfic / Fanfiction Between Dance And The Court - A sad past

A dor precisa ser sentida.¹

 

 

Mi-hi despertou com alguém afagando seus cabelos, abriu os olhos e descobriu que havia dormido escorada nas próprias pernas, e o garoto olhava para ela e tocava seu rosto já que a cadeira estava bem próxima a cama, ela quase pulou de susto e deu um soco no ombro do mais velho o fazendo grunhir de dor, ela perguntou para quem ela podia ligar, para levá-lo ao hospital, ele negou com a cabeça então fazendo cócegas nele e o xingando mentalmente de idiota conseguiu arrancar o celular de suas mãos ligando para o motorista do rapaz que em poucos minutos chegou, e sem perguntar nada o levou para o carro.

Ela voltou para casa, tudo nela doía aquela cadeira não era nada confortável, e ela tinha feito um enorme esforço na noite anterior, chegando em casa achou sua mãe ainda dormindo, do mesmo jeito que estava quando ela saiu, seu pai estava viajando a negócios e eram só elas duas em casa, aquilo era um alivio então ela se jogou na cama e logo pegou no sono, acordou assustada com uma mensagem em seu celular, ao ler deixou escapar um suspiro e um sorriso se formou no canto  de sua boca.

 

Se estiver se perguntando como consegui seu número

Se lembre que serei um advogado,

Isso não é tão difícil

Esteja arrumada às 20h, vamos sair.

 

A mais nova começou a gargalhar, e olhava para o teto, sabia que desde pequenos ele fazia isso, somente dizia, “esteja arrumada, vamos sair” ela estava relutante, mas resolveu aceitar, realmente eles precisavam se reconciliar, então ela se levantou e viu que passava do meio dia, sua mãe a gritava pela décima oitava vez, com uma careta e alguns bocejos beijou o rosto da mãe, e começou a ajuda - lá com o almoço, comeu e enquanto lavava os pratos recebeu uma nova mensagem do namorado, dizendo que em meia hora a encontraria na frente da casa, então assim que terminou foi para a varanda.

- Tem algo para falar comigo?

-Bem, tenho sim, não quero você com aquele riquinho metido a advogado, fique o mais longe possível dele!

- Ele é meu melhor amigo, estivemos separados por muito tempo, e agora que ele voltou quero resgatar o tempo perdido, você ficando satisfeito ou não.

Ele a agarrou pelo braço, mas ela se equilibrou e com uma das muletas bateu em seu estomago, o fazendo cambalear para trás e ela cair no chão, então ele a olhou como quem estivesse dando um aviso enquanto colocava o capacete e saia em alta velocidade com a moto, ela o xingava de todas as formas possíveis, tinha medo de terminar, pois sabia que ela poderia talvez se arrepender, algumas lagrimas caiam de seu rosto, ela correu para o quarto e trancou a porta, tinha uma luta consigo mesma, enquanto pensava em abrir ou não a gaveta escondida perto da cama, ela precisava daquilo, ou achava que precisava, então ela não resistiu, abriu a gaveta e tirou de lá um pequeno objeto tão brilhante e afiado quanto seus pensamentos, ela queria que fosse a ultima vez, mesmo sabendo que não seria, ela fazia linhas que se mostravam em pequenas gotículas vermelhas por todo o braço, que se misturavam com as lagrimas que rolavam entre soluços, então ela jogou o objeto no chão e ficou somente parada, trancada a tarde toda em seu quarto, olhou as horas e viu que teria que se arrumar logo antes que o Sr. Futuro advogado a xingasse por se atrasar, ela entrou no banheiro e deixou que a água quente limpasse todo o sangue, ela dava pequenos suspiros de dor e alivio, certificou-se de que não estava sangrando mais, mas mesmo assim enrolou uma faixa no pulso só por precaução, vestiu-se e colocou o casaco e luvas, já que ainda estava frio nessa época do ano, e ficou esperando na varanda.

Assim que ele chegou já foi respondendo logo que estava melhor, e que não havia quebrado nada, a puxou com as muletas a guiando para o carro, enquanto ela reclamava perguntando a aonde iriam, ele somente ria e dizia – it’s a surprise!

Ele abriu a porta do carro e ela se deparou com um parquinho, era o mesmo onde eles brincavam quando crianças então soltou um leve suspiro e um sorriso, enquanto ele a puxava dizendo que eles relembrariam os velhos tempos.

O mais velho estava suando frio, não sabia se ria ou ficava serio, então resolveu comprar um cappuccino, ele encheu o dela de creme, pois sabia que a garota amava doce, ele realmente se lembrava de tudo o que ela gostava, eles sentaram em um banco, encarando-se por alguns instantes, não acreditavam que haviam se reencontrado depois de tanto tempo, sentiram seus corpos se arrepiarem quando Chung- Ho puxou a mais nova para um abraço longo e aconchegante, eles eram amigos, e estavam felizes por estarem juntos novamente:

- Por que você voltou só agora? A garota perguntou olhando para a mão que brincava com os dedos.

- Eu quis fazer a faculdade aqui. Ele dizia passando a mão nos cabelos que já estavam despenteados de tanto ele fazer isso.

- Parece que você não quer fazer isso, estou enganada?

- Está, pois essa empresa de advocacia é da minha família há anos, eu seria muito estúpido em largar tudo isso para seguir qualquer besteira que eu julgasse ser um sonho.

Ele realmente não queria isso, mas as circunstâncias o obrigaram a isso.

- Meu pai me obrigou a fazer medicina, disse que a dança é uma perca de tempo, alem de trazer difamação não coloca dinheiro em casa, eu nunca quis fazer isso, às vezes escapo de algumas aulas para treinar, mas agora nem isso eu posso, disse ela olhando para a perna, sem perceber que a manga do casaco levantara um pouco e deixava à mostra a faixa já vermelha.

- Parece que você não tem estado muito feliz, não é? Ele pegou os braços da garota, arregaçando as mangas do casaco deixando mostrar todas as marcas novas e velhas, aquilo fez o coração do mais velho doer a ponto de quase chorar.

- Você não entenderia o que é sentir uma dor tão profunda, que só pode ser aliviada com outra menor, você sempre viveu na riqueza, seus pais pelo jeito sempre o mimaram, você nunca saberá como é isso.

- Você realmente não me conhece Park Mi-Hi, EU SOU ORFÃO, por isso fui embora, morar com meus tios, meu pai sofreu um acidente de carro e logo depois minha mãe se matou, fui obrigado a ir morar com meus tios que sequer ligavam pra mim, e você vem me dizer que não sei o que é sofrer?

A garota olhava sem saber o que fazer ou dizer, enquanto observava o menino dar socos seguidos no carro.

- M-me desculpe Chun...

- Se “desculpas” resolvessem, pra que existiram leis e a policia?²

Ela levantou-se bufando de raiva e quase em prantos, ela nunca tinha visto seu amigo sendo tão rude com ela, aquilo realmente era uma situação que não podia se controlar, então ela somente começou a andar, enquanto ouvia os gritos do mais velho a mandando voltar, ela levantou uma das muletas e um taxi chegou, ela entrou e rapidamente o carro foi embora, ela só queria entrar em casa e chorar.

Chung-Ho entrou no carro e soltou um grito, uma mistura de dor, ódio e angustia, ela tinha tocado em seu ponto fraco, aquilo realmente era a única coisa que mostrava o verdadeiro “eu” do garoto, então ele acelerou o mais rápido que pode e ao chegar em casa não conseguiu nem olhar para a casa da garota, ele realmente estava magoado, e repetiu varias vezes para si próprio que nunca mais olharia para Park Mi-Hi, então se jogou na cama e deixou que as pesadas lagrimas caíssem de seu rosto.

A garota acordou assustada com o despertador, correu e se arrumou para não se atrasar para a faculdade, chegando lá tudo estava tranqüilo, sem sinal do mais velho, ela realmente estava magoada e com vergonha, nunca imaginaria que seu amigo tivesse sofrendo por esse tempo todo, mas ela não podia fazer nada, depois de algumas aulas chatas, ela foi para o refeitório, e um pequeno aglomerado de pessoas e um som chamou sua atenção, ela chegou mais perto para ver o que era, e viu Chung- Ho tocando um violão e ao seu lado uma garota muito bonita por sinal, pelo jeito que eles se olhavam eles se conheciam, pareciam ser bem íntimos, eles cantavam juntos e de divertiam, no final ela deu um beijo em seu rosto e todos aplaudiram, a mais nova sentiu as pernas bambearem e o ar faltar, aquilo era realmente demais para ela, quando o garoto saiu do pequeno palco improvisado, passou por ela e fingiu não a ver, aumentando a dor da garota que ficou ali parada sem nenhuma reação.


Notas Finais


¹ Trecho de A culpa é das estrelas ( amo esse livro e vou citar ele aqui sim)
²Frase usada por Joon Pyo, personagem principal do dorama Boy Before Flowers ( Minha frase preferida desse dorama)


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