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História Between Notes and Stars - "Surpresa para ele, ou surpresa para mim?"


Escrita por: yams_loves

Notas do Autor


Cheguei com mais um cap! Era previsto postar ontem,mas tive problemas técnicos rs
Maas estamos aqui, e eu adoro muito esse cap haha admito. E sinto que agora a história está tendo umas cenas mais leves e gostosinhas.
Aviso: Os pensamentos dos personagens, ao contrário da história, são no presente, é única variação de tempo que uso.
Espero que gostem, boa leitura, qualquer coisa podem me falar! ;3

No capítulo anterior: “Nos veremos de novo”, ele sussurrou para si, sozinho no quarto.

Capítulo 5 - "Surpresa para ele, ou surpresa para mim?"


P.V. Yamaguchi 

Já faziam três dias desde a minha visita à Tsukki. Ele recebia alta naquele dia. Sabia disso pois no período de recuperação do Kei, estava conversando com Akiteru. 

Ele me falou do processo de recuperação do seu irmão, e até combinamos uma pequena surpresa. Ao anoitecer, eu iria jantar com os Tsukishima. Deviam achar que tinham uma dívida por ajudá-lo, mas aquilo para mim era uma reaproximação. 

Eu protegi meu amigo dessa vez, mesmo que pudesse ser qualquer um no lugar dele, mas eu quem paguei o que devia. 

Ele me protegeu quando sofria bullying na infância. Não como um super herói salvando um inocente, e sim como um garoto corajoso e de bem. Foi o início de uma amizade, que teve um fim... mas eu não via aquilo como um fim, eu ainda considerava ele meu amigo, e faria o possível pra concretizar o que disse na nossa última conversa. 

“Nos veremos de novo.” 

Naquele dia eu tinha treino marcado à tarde no Karasuno. Os garotos de lá eram bastante talentosos, mas não sonhavam alto como um dia sonhamos... ah, saudades daquela época. Hinata, Kageyama, Kei e eu, calouros que levaram o time ao nacional. Temos muitas lembranças boas para contar aos nossos descendentes. 

Mas os veteranos daquele tempo também não perdiam o brilho. Era a verdadeira base e espelho para toda equipe. 

Sai da Instituição MPV (Música Pra Vida) -é, eu sei, parece o nome dado ao melhor do campeonato de vôlei, mas não, não é MVP -, e fui para a escola, como sempre fazia duas vezes na semana. 

Chegando lá, separei o material necessário, e aos poucos os alunos foram comparecendo. O treino foi tranquilo. Haviam 4 jogadores que sabiam utilizar bem o saque flutuante, e eu ainda conseguia ajudar os demais com o salto e tempo de bola. 

Depois de terminar, eram 5 horas, eu ia embora, me arrumar para o jantar com os Tsukishima. 

Grande foi minha surpresa ao sair do ginásio e vê-lo ali. 

P.V. Tsukki 

Naquele dia eu saía do hospital. Havia me recuperado bem, não sentia mais dores com frequência. Eu não via a hora de sair daquela cama horrível. Tinha passado os últimos três dias pensando no que Tadashi havia dito. 

Pensando em como fazer para nos vermos de novo. Eu queria tornar aquilo real, mas não sabia mais nada da vida do Yamaguchi. Apenas que ele tinha alunos, deixou o cabelo crescer, e que continuava bondoso, ao ponto de salvar uma pessoa, mesmo que fosse um desconhecido. 

Fui para casa com isso na cabeça. O que fazer? Talvez Akiteru soubesse de algo. 

-Bem, eu sei que ele trabalha em um projeto público de música da cidade, e ajuda atletas do Karasuno com seus dotes de vôlei. -meu irmão me disse. Ah, que ótimo! Tentei esconder ao máximo minha animação. 

-Sabe que horas é o treino? 

-Não tenho certeza, mas acredito ser no mesmo horário de quando vocês treinavam. -ele disse, mas eu não achava tão provável. -Nem tudo mudou aqui, Tsukki. -ele confirmou, percebendo minha cara de desaprovação com a afirmação anterior. 

Depois, fui para meu quarto e fiquei perdido em meus pensamentos até 4:26. Então me arrumei e sai o mais rápido possível para que Akiteru não me interrompesse. 

Quando já estava na porta, o ouvi gritando “Kei?! Onde pensa que vai?!”, com um sorriso, peguei um táxi e partimos para meu antigo colégio. 

Chegando lá, observei o lugar e entrei pelo portão que estava aberto, usado por jogadores que iam treinar. Quantas lembranças... Vi de longe as carteiras dentro das salas, os corredores. O gramado bem verde como sempre. E por fim o ginásio. 

Não entrei, ainda faltava alguns minutos para completar 5 horas da tarde, e eu ouvi sons de bolas sendo atingidas. Então me abaixei e fiquei olhando através das janelas.  

Yamaguchi era realmente ótimo. Era técnico, paciente, atencioso. Eu sabia que ele era bom sacador, mas professor... era surpreendente. 

Eu o vi se despedir de todos e então me levantei. Fiquei em frente a porta, até que ele saiu. 

P.V. Yamaguchi 

-Tsukki?! 

-Oi, Yamaguchi. Desculpe se eu estiver atrapalhado. -ele disse levando a mão a cabeça. Ele estava nervoso? 

-Ah, não, imagina. -eu respondo com um sorriso. -Foi mal pela minha situação. -falei me referindo a estar suado. -Mas fico bastante alegre em vê-lo fora daquela cama, e tão bem. 

-Graças a você. -ele responde de imediato e também sorri. Era raro ver aquele sorriso anos atrás, mas agora, ele podia ser aproveitado. -Mas eu... eu queria te chamar pra sair. Tomar algo, ou só sair por aí conversando. Desde que não seja numa rua escura por volta das oito horas, e, claro, se não for te incomodar. -ele me surpreendeu dizendo tudo sem pausa. 

E agora? Akiteru me convidou para ir até a casa deles para um jantar no mesmo dia. E de repente, o próprio Tsukki me chamou pra sair. O que eu devo dizer? 

-É... eu não posso hoje, infelizmente. Tenho um compromisso. Me desculpa mesmo. -eu disse aos poucos, e logo percebi a decepção em seus olhos. -Mas isso não quer dizer que não possamos sair outro dia. Vai ser ótimo. -então, eu completei. 

-Claro, sem problemas. -eu vi ele se reanimar. -Vai pra casa? Quer companhia?  

-Ah, sim! 

Então começamos a caminhar. Quando já estamos do lado de fora da escola, eu quebrei o silêncio. 

-Sente saudades? -perguntei, olhando para o edifício. 

-Bastante. Aí foi a base da minha carreira. Nas quadras, me tornei um novo Kei. E ainda, ganhei um amigo para toda vida. -Tsukki disse, e nossos olhares se encontraram. Me arrepiei com suas palavras e expressões. 

-É... eu também. -nesse momento senti minha bochechas corarem. Cara, o que é isso? Vi Tsukki ficar levemente vermelho. Então ele se virou e voltou a andar. Kei havia mudado bastante, talvez ele mesmo não tinha percebido, ou era apenas comigo, mas ele não era aquele total sínico orgulhoso, o que era incrivelmente bom. 

Fomos conversando o resto do caminho (que não era muito longo) sobre ele. Falávamos sobre sua profissão. Eu adorava estrelas, mas ele... ele era apaixonado por elas. 

-Você ainda não gosta das suas sardas? -ele me questionou quando já estávamos a um quarteirão de distância da minha casa. 

-Eu nem ligo muito pra elas. Não recebo elogios, mas também não há discriminação. -eu falo abaixando a cabeça. 

-Não sei porque não admirá-las. São como estrelas, têm uma beleza natural. -o... o Tsukki realmente falou isso? Tá, tá, não era a primeira vez, mas agora não eramos crianças, e sim adultos. Ele realmente disse aquilo, era tão bom... 

-Eu...bem...é... obrigado -gaguejei feito bobo.

Atravessamos a rua e ele não disse mais nada. Então, chegamos ao prédio que eu morava. 

-Não me sinto à vontade em te deixar ir sozinho até sua casa. 

-Não, sem problemas. Você tá cansado, tem algum evento e eu já estou ótimo. Além da claridade que está fazendo, não tem nada demais. 

Eu não era capaz de discordar. Então o deixei ir e nos despedimos por acenos. Eu o tirei do caminho apenas para ainda realizar o jantar surpresa de Akiteru, mas não via a hora de aceitar aquele convite. 

Mas no momento, eu tinha que me arrumar para ir à casa dos Tsukishima. Tomei banho e vesti minha melhor roupa. 

P.V. Kei 

Eu realmente falei tudo aquilo pro Tadashi? Claro que eu o considerava meu amigo (apesar das minhas más ações que nos distanciaram), e que adorava suas sardas, mas eu precisava especificar tudo isso de uma vez pra ele? Naquele momento eu não me entendia, mas fui pra casa pensando em toda aquela cena.  

-Finalmente voltou, cara. Onde estava? -Akiteru já veio logo me conferir. 

-Eu tô bem, ou. Só fui dar uma volta, ver umas coisas. 

-Umas coisas ou uma pessoa? -meu irmão me olhou sacana. Ah qual é? Tava tão na cara assim? Não! Espera, o que tava tão na cara? Nada né Kei, não tinha nada, ué. 

-Que cheiro bom é esse? -eu mudei de assunto. 

-Ah, só uma comidinha boa que a mamãe tá fazendo pro recém-chegado do hospital. -Ah, obrigado por lembrar. 

Eu fui até a cozinha e cumprimentei minha mãe. Ela tão estava bem vestida, com um vestido azul ciano, os curtos cabelos loiros acastanhados presos a uma tiara preta, da mesma cor que os sapatos. Foi então que Akiteru me empurro pra fora do lugar.  

-Agora vai tomar um banho e coloque uma roupa agradável pra jantar. Quero ninguém com cara de morto aqui. -ele falava, parecia animado. O que eu não estou sabendo?  

Antes que eu pudesse responde-lo, ele saiu em direção a sala de estar. Então eu fui pro banheiro, realmente precisava de um banho, tirar aquela catinga de hospital. A água estava morna, pude relaxar durante o banho, enquanto pensava nos últimos dias. Que loucura... Eu reencontrei meu amigo enquanto quase morria, e agora estava dando a volta do laço, para firmar nossa amizade de novo.  

Eu sai, procurei por meu pijama e não encontrei. “Coloque uma roupa agradável”, a voz de Akiteru ressurgiu na minha mente. É, pijama não seria tão agradável. Não perto da elegância que minha mãe se encontrava. Mas eu não iria sair de casa, então vesti apenas uma calça moletom cinza e camisa branca. Nos pés, um chinelo preto. Mal arrumei meu cabelo, apenas limpei os óculos e os coloquei novamente. 

Então desci as escadas. Meu irmão disse que o jantar ainda não estava pronto. Ele estava colocando pratos e talheres à mesa da sala de estar e me propôs que eu fosse assistir TV. Eu fui, sem nem olhar a quantidade das louças que ele estava arrumando. Nem sei porque o obedecia tanto, como se ainda fôssemos de 16 e 21 anos. 

Por fim, cheguei na sala, me deitei no sofá e liguei a TV. Eram 8:15 da noite quando ouvi a campainha.  

-Atende lá Tsukki, tô ocupado aqui! -ouvi meu irmão gritar e, em seguida, rir. Eu hein, ele está louco?! 

Me dirigi até a porta, e a abri, sem nem olhar pelo olho mágico quem era. Mas não demorou muito para que eu percebesse quem estava diante de mim, e... 

Uau... 


Notas Finais


Para deixar claro: às vezes eu trato de apartamento como casa, então na verdade, o Yamaguchi mora em um apartamento.
É isso hehe o que vem por aí? Tsukki gostou do que viu?! ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Até breve! ^3^


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