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História Between Revenges (REESCREVENDO) - Parada cardíaca


Escrita por: nosensexx

Notas do Autor


Olá minhas amoras.
Vou explicar um negócio galero.
Eu sei que a Clarke e uma médica mas eu sinceramente não sei nada sobre medicina, na verdade isso me fascina muito e eu amo ler sobre. No capítulo de hoje temos procedimentos médicos, demorei para postar porque eu quis meio que estudar um pouco mais sobre o assunto e mesmo assim eu não sei se os procedimentos citados aqui são efetuados na prática mas isto é uma obra fictícia e bom, isso é ficção amoras. Tentei deixar o mais realista possível.
Sorry os erros e espero que gostem.

Capítulo 63 - Parada cardíaca


- Preparem todo tipo de soro antiofídico e material para entubação, coloquem no leito três - Digo para as enfermeiras que estavam a minha disposição.

- Meia hora - Lolla repete negando com a cabeça.

- Se ele ainda está vivo então ainda resta esperanças, informaram o tipo da cobra?

- Não - Ela fala e no mesmo instante a ambulância chega a porta do hospital - Olhe, eles chegaram.

Charles é trazido na maca, Amanda vem logo atrás segurando a bolsa.

- Pressão arterial caindo, está inconsciente a alguns segundos, meia hora desde a picada e já aplicamos uma dose de soro antiofídico, local da picada foi no ombro esquerdo, pouca irritação no local - O socorrista passa a situação.

Fora a pressão arterial está baixa, a última parte me deixou um pouco aliviada, se não tinha irritação em meia hora provavelmente seria um veneno fichinha.

- Leito três - Indico e percebo a Amanda vir atrás de mim, coloco minhas luvas e começo a examinar o Charles que mal conseguia abrir os olhos.

- Charles, consegue me dizer o que está sentindo? - Não obtive resposta - Coloquem ele no respirador.

Me virei para Amanda.

- Foi uma serpente, aqui está ela - Ela abre a bolsa, a cobra estava morta.

Muito parecida com a víbora mas era escuta demais para isso, olhei mais de perto e aí eu percebi o porque do Charles não ter inchaço no local picado.

- Oh não - Deixei escapar o pensamento e voltei para o Charles.

Era uma cobra da morte, como é popularmente conhecida, vive na África. O veneno agi direito no sistema nervoso. Causando paralisia facial ou dificuldade para respirar.

- A pressão arterial está baixa por causa da respiração, o veneno deve está causando isso e a asma só ajudou para agir mais rápido. É um veneno neurotóxico - Informo as enfermeiras - Apliquem o soro antielapídico, duas doses a uma cada três minutos

- Clarke salve meu filho - Amanda agarra meu braço, me solto dela com arrogância.

- Desculpe senhora, precisa se afastar.

- O que está fazendo? É o meu filho ali - Ela tenta chegar ao Charles.

- Pelo bem do seu filho Senhora Beadles, fiquei longe. Não me obrigue a chamar os seguranças.

- Clarke por favor.

- Seguranças? - Chamo os rapazes.

- Não, não posso deixar o meu filho - Diz resistindo mas os seguranças começam a arrasta-la para fora.

- E se fosse a Julie? Se coloque no meu lugar.

E essas foram as últimas palavras que ouvi saídas dá boca da Amy.

Volto para Charles.

- Não há mais nada que possamos fazer Doutora? - Mary, a enfermeira, pergunta.

- Esperar o soro agir e ficar de olho na respiração.

Digo e me afasto para ir falar com a Amanda.

Ela estava na sala de espera com a cabeça em cima das mãos que se apoiavam nas pernas. Chorando.

Assim que percebeu a minha presença se levantou instantaneamente.

- Cadê o Charles? - Ela segurou meu braço.

- Não me venha com essa - A encaro segurando a minha raiva.

- O quê?

- Não venha com essa Amanda, não acredito que eu realmente achei que você amasse o seu filho.

- Não, não é isso. Pelo amor de Deus, eu… Clarke eu jamais machucaria o meu Charles.

- Então me explica por que o Charles está em um hospital neste momento, vocês moram em uma casa que não tem nada de mata por perto, é impossível que isto seja um acidente Amanda.

- Eu… eu não sei o que acontece, eu amo o meu filho, tem que acreditar em mim - Ela fala soluçando.

Eu sinceramente não sei o que pensar, aliás, é óbvio que eu sei. Eu não acredito na Amanda, pelo menos não na parte de ela não saber o que aconteceu.

Uma parte de mim diz para arrancar os olhos dela por algum motivo mas outra parte de mim pede que eu a escute.

Fiquei a encarando, tentando achar algum vestígio de mentira, falsidade ou culpa. Mas com toda certeza eu sei que se ela tivesse provocado isso no próprio filho, culpa seria a última coisa que ela sentiria.

- Clarke você tem que acreditar em mim, por Deus.

- Então me diga como o seu filho foi picado por uma cobra nativa da África, como ela foi parar na sua casa?

- Eu já disse que não sei, faça o que quiser, pode mandar o Justin me matar, chame a polícia ou me mate você mesma mas… Pelo amor de Deus, eu lhe imploro, salve meu filho.

- DOUTORA - A voz alterada e agitada da Mary soou.

- O que houve?

- Ele está tendo uma convulsão.

Não olhei para trás, apenas corri.

Senti meu mundo se arrebentar, como se estivesse perdendo um filho. Me lembro sobre na faculdade terem ensinado como tratar as pessoas próximas, mas não me ensinaram como lidar com esse tipo de situação.

- Coloquem-no de lado - Uma médica deu ordem para a enfermeira ao lado do Charles.

- É meu paciente - Digo me aproximando.

- Esquece novata, essa criança precisa de cuidados intensivos - Ela diz - Mais uma dose do soro.

- O que está fazendo?

- Ele precisa de mais soro, o veneno ainda está no sangue.

A enfermeira aplica mais uma dosagem.

A convulsão tinha parado e os monitores se silenciaram e voltaram ao normal.

- O que está acontecendo? - Amanda pergunta tentando passar pelos seguranças - Quem é você? Não toque no meu filho.

- Tirem essa louca daqui - A médica exclama.

- Você não pode - Resmungo.

- Não se esqueça que aqui você só é uma residente. Não importa que seja a mulherzinha do Bieber, está aqui para aprender.

- Doutora Hammings? - A enfermeira chama nossa atenção - Pressão arterial caindo.

Os monitores começam a se agitar, apitar muito.

- É impossível ter uma parada respiratória, as doses foram baixas - Hammings olha Charles assustada.

100 de batimentos cardíacos.

95.

76.

- O que está acontecendo? - Amanda grita.

Analiso bem o Charles.

- Não é uma parada respiratória, é uma crise de asma.

- Não teve dosagens o suficiente para crises de asma.

- Mas ele tem asma.

- Como assim ele tem asma? - Ela pergunta assustada.

- Você não checou a ficha dele?

56.

- Vamos entuba-lo - Ela diz.

- Não, você fique longe dele - Levanto a voz.

- Ele vai morrer.

- Charles é o meu paciente e não irá morrer - Passo na frente dela e ajudo a a enfermeira a colocar o tubo traqueal mas não conseguimos, a via estava obstruída.

Os batimentos continuavam abaixando.

Parada cardíaca.

- Vou começar as compressões, peguem o desfiblirador.

- Doutora é muito arriscado.

- EU ASSUMO TODA A RESPONSABILIDADE, PEGUEM O DESFIBLIRADOR.

...27, 28, 29, 30.

- Assuma as compressões - Mando a Mary e ela me obdece meio atordoada.

Faço as duas respirações boca a boca. E ela recomeça o que eu pedi mas não do jeito certo.

- Faça. As. Compressões.

- Clarke é só uma criança, vou quebrar as costelas dele se fazer mais forte

- Eu disse: Faça. As. Compressões.

O desfiblirador é trazido e a blusa do Charles e rasgada, passagem rapidamente o gel necessário no tórax dele e o aparelho e colocado no local.

- Parrar compressões. Carregando. Afastar.

Todos se afastam e o pequeno corpo dele se levanta junto ao choque.

- Checar.

Nada.

- Parar compressões. Carregando. Afastar.

Nada.

- Parar compreensões. Carregando. Afastar.

Por favor Charles.

Um silêncio era torturante.

Encaro o monitor e o alívio toma meu coração.

- Temos pulso - Dina diz quase chorando.

- Vamos entuba-lo, não podemos correr o risco de outra crise asmática. Verifiquem os sintomas de cinco em cinco minutos.

Sai dali e fui com toda a minha raiva preocupar a diretora do hospital.

Abro a porta dela sem bater.

- O que você pensa que está fazen…

Não a deixo terminar.

- Eu estou fazendo residência aqui a algum tempo não estou? Já dei provas da minha competência várias vezes.

- Doutora Clarke, acho melhor você acalma…

- Não, eu não quero me acalmar. Eu quase perdi um paciente por culpa de uma médica, de uma que trabalha aqui a muito tempo. Quase uma criança de seis anos morre porque ela não se deu o mínimo trabalho de checar o histórico hospital do paciente.

- Eu entendo que você esteja com razão mas sabe que é uma residente e os outros médicos assumem completa responsabilidade por suas decisões. Não vejo nada que possamos fazer. Isto é uma emergência, adultos podem morrer por falha médica, idosos podem morrer por falha médica, adolescentes podem morrer por falha médica e sim, crianças de seis anos podem morrer por falha médica.

- Não senhora, não os meus pacientes. Eu evitei até onde consegui fazer isso mas eu juro, juro por Deus que se alguém se intrometer novamente nos meus atendimentos outra vez eu irei fazer com que perca esse seu emprego e farei com que nunca mais, escute bem, nunca mais arrume outro emprego, nem de representante farmacêutica.

Não espero ela me responder nada e saio batendo a porta.

Hora de encarar outro problema.

Tive que subir para o quinto andar onde os seguranças tecnicamente prendiam os pais incontroláveis com algemas.

- Amanda - A chamo e a mesma levanta a cabeça lentamente.

- Por favor, me dê boas notícias.

- O coração do Charles parou cinco minutos.

- Oh Deus.

- Nós conseguimos recupera-lo e agora está sendo monitorado.

Ela solta um suspiro de alívio e tenta enxugar as lágrimas com as mãos algemas.

Faço sinal para o segurança e ele o objeto dela e em seguida nos deixa sozinhas.

- Clarke muito obrigado - Ela me abraça.

- Charles pode ficar com sequelas, não sabemos ainda como isso afetou o cérebro e também não sabemos se o veneno ainda está agindo no organismo, daqui a algumas horas iremos refazer os exames - Digo me afastando.

- Não fiz isso com ele.

- Amanda, seu filho quase morreu - A encaro - Você pode me explicar como isso aconteceu?

A linguagem corporal dela se recua e ela desvia o olhar de mim.

- Você pode confiar em mim.

- Não Clarke.

- Eu não sei o que sente pelo seu filho mas eu sinto pela Julie um amor imenso, como se toda a minha vida fosse depositada a ela, como se não existisse mais nada no mundo que importasse. Somente ela. Perde-la seria como perder minha vida, então, eu te pergunto: Qual a sensação de machucar um pedaço de você?

- Não o machuquei, não foi eu - Ela diz com olhar suplicante.

- Então quem foi?

- Essa cobra faz parte de um tipo de negócio que o Chris vem adotando, contrabando de animais. Um carregamento cheio delas chegou ontem - Ela começa a falar mas os soluços do choro a interrompe.

- Guardam esse tipo de coisa em casa?

- Não, não. Ontem à noite eu e o Chris tivemos uma briga e, bom, eu não tenho certeza.

- Amanda, termine de falar.

- Hoje, o Chris saiu bem cedo e voltou com um presente para o Charles, eu não desconfiei. Quando ele foi trabalhar o Charles disse que iria abrir o presente e quando ele subiu para o quarto dele uma das empregadas foi junto, uns cinco minutos depois ouvi o grito do meu pequeno. Eu corri imediatamente para ver o que era mas a porta estava trancada, então eu perguntei ao Charles o que estava acontecendo e ele me disse o que era, acredita que ele sozinho teve coragem de ainda entar no armário e se esconder lá? Não achei as chaves então eu mesma atirei na porta, em seguida na cobra. Foi isso o que aconteceu.

- Como eu posso acreditar em você? - Pergunto.

- Não precisa, eu sei que nunca faria nada que pudesse machucar o meu filho e isso já basta para mim.

- É o Chris que vem batendo no Charles?

Ela balança a cabeça positivamente meio constrangida.

- Como você permite uma coisa assim? - Questiono.

- Eu amo o Christian e, bom, ele tinha prometido parar.

- Vou ligar para o Justin.

- Não, ele deve está com o Christian e não irá acreditar em você. Não quero que ele tenha notícias do Charles por agora.

- Vou esperar o meu turno terminar, mas assim que chegar em casa irei contar para o Justin o que houve.

••

Amanda Beadles POV

- Você vai ficar bem meu amor - Sussurro para o Charles que já estava meio acordado, não podia falar por causa do tubo mas ele se tranquilizou por me ouvir.

A situação dele ficou um pouco difícil, uma costela quebrada e não estava respondendo a dor no braço onde foi picado. O veneno já tinha saído do corpo dele e pelo que a Clarke me disse não teve muitos danos cerebrais, claro que era muito cedo para confirmar isso, até por causa do braço mas ao que tudo indicava só precisaria de fisioterapia já que o veneno era neurotóxico e ataca muito pouco os tecidos. Ele teve que ficar na UTI quando acordou.

- Pode cuidar dele enquanto foi em casa? - Pergunto para Clarke.

- Quer realmente abandonar seu filho depois de tudo?

- Clarke, eu preciso ir.

- Tudo bem, eu fico com ele.

- Não saia de perto, por favor.

Ela faz que sim com a cabeça e então eu saio.

Não estava com o meu carro então tive que aguentar a boa vontade que o motorista do táxi tinha para dirigir, parecia mais uma lesma. Mas entanto estava dentro do táxi fiquei organizando as últimas horas na minha mente, eu queira ter certeza que foi o Chris antes de enfrenta-lo.

Não acredito que quase perdi o meu filho por causa dele.

Finalmente o cara me entregou na frente de casa e eu o paguei dispensando o troco.

Entrei na casa e percebi que o carro do Chris estava na garagem.

E lá estava ele, sentado na poltrona como se nada estivesse acontecendo. Na maior tranquilidade que já tinha visto em toda a minha vida.

- Oi amor - Diz totalmente sínico.

- Como pôde fazer isso?

- Do que está falando Amy?

- Chega Chris, chega. Você pode enganar ao Justin e a irmã dele mas a mim não - elevo a voz.

- Ei, o que está acontecendo? Cadê o Charles?

- Como ousa tocar no nome do meu filho depois do que você fez?

- Amanda você precisa descansar.

- Uma cobra venenosa Christian? Sério mesmo? Contra o seu próprio filho.

- O que está querendo dizer? - Ele pergunta e desta vez se levanta.

- Charles quase morreu com a picada de cobra - Respondo deixando uma lágrima rolar.

- Charles foi picado? Oh céus Amy, não acredito que você fez isso.

- Como?

- Não acredito que deixou uma cobra picar nosso filho, a culpa foi sua Amy, somente sua.

- De que porra você está falando? - Me aproximo ferozmente.

- Você achou aquela cobra bonita e disse que a queria, sabia que não deveria ter permitido que pegasse a cobra.

- O quê?

- Amy, você me pediu a conta ontem à noite, não se lembra? Fizemos as pazes e você me pediu uma das nativas da África que estavam no carregamento. Fui hoje pela manhã buscar para você. E o que você faz? Deixa uma cobra venenosa picar nosso pequeno.

- Eu… eu não fiz nada. Pare com isso - Falo praticamente implorando.

- É sua culpa Amanda.

- Pare com isso Christian, eu juro que se você continuar eu conto todas as suas intenções para o Justin e a Clarke. Eu juro - Dou ênfase a última frase.

- Tudo bem, eu entendo que você possa ter feito sem querer. Você só está nervosa e fora de si.

- O plano não era esse Chris, o que está fazendo?

- Eu só peço que não machuque mais o meu filho, se não gosta de ser mãe, tudo bem. Só não machuque mais o nosso pequeno ou terei que tomar medidas contra isso.


Notas Finais


Então amoras?
Gostaram?
Comentem pq deu trabalhinho hein
Love vcs


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