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História Between Truth and Lies - Twelve


Escrita por: wtfmar

Notas do Autor


hey

Capítulo 12 - Twelve


LaurenPOV

                                                                                     Dois meses e meio depois

— Sofia, eu acho que estou mesmo doente, você poderia ir ao médico comigo? – Perguntei enquanto me sentava no sofá.

— Claro Lauren, te pego em uma hora.

Desliguei o telefone e fiquei olhando fixamente o céu azul daquela manhã através da janela da sala.

Ultimamente eu não tenho me sentindo muito bem. Tenho tido muitas tonturas, enjôos e às vezes dores de cabeça e nas costas, mas eu tinha quase certeza que era porque eu havia comido algo que não me fez bem, pra mim era aquele hot dog completo – completo mesmo – que eu comi passeando no parque com Camila, semana passada.

Agora eu precisava ir ao médico para ver se não era nada mais serio do que apenas o hot dog. Camila havia me feito prometer que eu iria, mas não sozinha, então eu havia sugerido Sofia. No começo ela não concordou muito, quis até faltar no trabalho, mas eu a convenci em não fazer isso.

Camila estava super protetora e eu estava adorando isso. Nunca havia me sentido tão amada e protegida por alguém, desde a morte dos meus pais, como estou me sentindo com ela. Todos os dias, ela me ligava do escritório para saber como eu estava e se estava precisando de alguma coisa. Havia dias que ficávamos cerca de uma hora no telefone até ela ter que desligar para alguma reunião ou coisa do tipo e quando chegava do trabalho, saiamos para passear e voltávamos para casa pra terminar nosso dia com uma noite de sexo selvagem e de amor. Felicidade era pouco para descrever o que eu estava sentindo.

Subi para tomar um banho rápido antes de Sofia chegar. Ela e Bella iriam se casar daqui dois meses. Eu já havia visto Sofia correndo de um lado para o outro, mas agora estava demais. Todo começo e fim de mês ela ia experimentar o vestido e ajustá-lo. E no intervalo entre uma prova e outro ela procurava Buffets e um restaurante que faria o jantar.

Quando terminei de me trocar desci direto para cozinha. Eu estava com fome novamente e precisava comer desesperadamente. Achei uma salada de beterraba que Camila adorava. Eu nunca havia gostado daquilo, mas aquilo parecia tão delicioso.

Comi na vasilha mesmo enquanto esperava Sofia chegar. Quando terminei de lavar a louça, ouvi a buzina do Porsche de Sofia soar suavemente. Peguei minha bolsa e sai de casa. Entrei no carro e cumprimentei Sofia.

— Está melhor, Lauren? – seu olhar era de preocupação quando olhou para meu rosto.

— Na medida do possível. – sorri. – Já foi ver o vestido?

— Não, aliás, você vai comigo. – ela desviou atenção da estrada por um momento para me olhar. – Tudo bem pra você né? Não marcou nada de importante com Camila?

— Não. Eu já estava ficando louca de tanto ficar em casa mesmo.

— Ótimo.

Ela sorriu e começamos conversar sobre coisas sem muita importância até que o carro parou em frente a clinica do amigo de Camila. Desci do carro e Sofia me seguiu. Entramos e a recepcionista nos acolheu com um sorriso no rosto.

— Tenho hora marcada com o Doutor Demitri. Meu nome é Lauren Cabello.

Ela olhou a ficha e sorriu carinhosamente pra mim, antes de pedir para esperar um momento. Sentei-me ao lado de Sofia, esperando a mulher ir deixar minha ficha com o médico.

Poucos minutos depois, ela apareceu falando que eu já podia entrar. Eu e Sofia entramos na sala e sentamos de frente para o médico loiro. Ele sorriu e se apresentou. Eu contei tudo que estava acontecendo e os sintomas. Seu rosto se suavizou como se ele já soubesse a resposta para o que eu tinha, mas, mesmo assim, pediu um exame de sangue só pra confirmar suas suspeitas. Enquanto esperava o exame sair, eu e Sofia fomos tomar café na cantina.

— Ele parecia estar bem convicto do que você tem.

— Só espero que não seja nada grave, não quero deixar Camila preocupada.

— Ainda me lembro do dia do seu casamento Lauren. – ela sorriu, olhando pro nada. – Você disse que não iria acontecer nada entre vocês, mas não conseguiram esperar nem uma semana. Eu sabia que era uma questão de tempo, mas não que seria tão rápido.

— Sofia, chega. – ri – Não precisa me lembrar o quão foi fácil eu me entregar a sua irmã.

— Camila se apaixonou por você desde o dia que te viu Lauren. Minha irmã não iria te pedir em casamento se não te achasse atraente, gostosa, linda e a pessoa certa pra ela. Ela pode ser tudo, menos idiota.

Meu celular começou vibrar dentro da bolsa. Olhei na tela para ver quem era e sorri.

— Não morre mais. – Atendi. – Oi amor.

— Oi minha vida, tudo bem? – pude ouvir o sorriso em sua voz. Era sempre assim quando ela me chamava de “Minha vida”. – Já foi ao médico?

— Tudo sim e estou aqui esperando o exame sair. Estou morrendo de saudades sabia? – sorri e Sofia revirou os olhos dando um risinho baixo.

— Eu também estou. Não vejo a hora de te ver.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

— Eu te amo Camila. Nunca se esqueça disso. – murmurei e levei a mão ao peito de repente o sentindo apertar.

— Eu também te amo Lauren. Mais que minha própria vida.

Vi o doutor se aproximando e mordi o lábio inferior.

— Amor, vou ter que desligar. Ligo-te depois.

— Está bem. Te amo muito.

Desliguei o celular e me levantei. Sofia fez o mesmo olhando para o loiro que se aproximava. Ele estava com um envelope grande na mão e um sorriso no rosto.

— Lauren, o resultado saiu. Parabéns, você está grávida. – Sentei-me na cadeira abruptamente, com o choque da noticia.

Abri minha boca para falar, mas fechei novamente. Eu estava grávida. Tinha uma criança crescendo dentro de mim. O fruto do amor entre mim e Camila. Sorri enquanto uma lágrima descia pelo meu rosto e Sofia pegava o envelope.

Imagens de eu, Camila e essa criança juntos por ai, surgiram na minha mente fazendo com que eu começasse chorar de tanta felicidade.

— Lauren. – Sofia se ajoelhou na minha frente sorrindo. – Eu vou ser tia.

— Sim. – assenti. – Sofia, eu vou ser mãe.

Abraçamos-nos chorando mais ainda. Eu estava eufórica e agora o que eu mais queria era contar para Camila. Chamei Sofia para irmos embora e ela atendeu prontamente.

— Obrigada Doutor. – sorri e apertei sua mão.

— Volte aqui para cuidarmos de seu bebê, amanhã se for possível, preciso saber como está sua gravidez e o desenvolvimento dela. – ele sorriu. – Parabéns mais uma vez, Lauren.

— Obrigada Doutor e pode deixar, falarei com Camila e ela virá comigo – Virei-me para Sofia, que estava sorrindo abobalhada – Vamos?

— Claro.

Quando estávamos chegando ao carro o celular dela começou tocar. Não dei muita atenção ao que ela falava, pois estava mais perdida nos possíveis rostos do meu filho. Sorri involuntariamente, lutando contra as lágrimas que queriam sair dos meus olhos. Meus devaneios foram interrompidos por Sofia gritando meu nome.

— Hum.

— Srta. Avoada, eu preciso ir na empresa. Bella quer me mostrar uma coisa. – ela entregou-me o exame. – Se importa de ir sozinha pra casa? Eu posso te levar lá...

— Tudo bem Sofia, eu vou embora sozinha, não se preocupe. Vou ao centro e pego um táxi. – sorri.

— Tem certeza que não tem problema nenhum? – ela olhou para minha barriga sorrindo. – Agora você precisa tomar cuidar por dois.

— Pode ir. Mas você tem que me prometer que não vai contar nada para Camila. Quero fazer uma surpresa. Você não vai contar isso nem se sua vida depender disso. Certo?

— Certo, eu prometo. – ela sorriu e fez carinho na minha barriga. – Tchau bebê. Tchau Lauren e cuide-se. Qualquer coisa me liga. – Assenti.

Sofia entrou no carro e deu partida. Fui andando em direção ao centro, queria passar em algumas lojinhas de bebê e ficar viajando um pouquinho antes de ir para casa contar para Camila. Entrei em uma rua deserta para aquela parte do dia, mas não liguei muito, eu estava feliz demais para prestar atenção em alguma coisa que não fosse essa criança que estava crescendo no meu ventre.

Sorri acariciando a barriga e continuei andando com um sorriso.

As coisas aconteceram tão rapidamente que eu não consegui nem raciocinar direito. Algo me puxou para o que parecia ser um beco e tampou minha boca. Por mais que eu me contorcesse eu não conseguia me soltar. Meus olhos se fixaram no rosto daquele homem quando um pequeno foco de luz se firmou no nele.

Perdi totalmente o chão quando o reconheci. Eu só poderia estar no meio de um pesadelo agora. Aquele homem era um dos que mataram meus pais. Todas as cenas daquele domingo voltaram a minha cabeça. Eu estava perdida e o sorriso diabólico em seu rosto me fezeu ter certeza disso.

Ele puxou o envelope da minha mão e jogou no chão sem ao menos se importar em ver o que era.

Eu já não ligava muito pra mim, minha vida era o de menos agora. Tudo que eu queria era proteger essa criança e dizer a Camila que eu a amava.

Olhei fixamente nos olhos dele. Tudo que eu via ali era desejo. Desejo de me ver morta, já que ele não havia feito isso há dezessete anos atrás. Cravei minhas unhas em seu braço e mordi a palma da sua mão que tampava minha boca. Eu não iria deixá-lo me matar sem tentar salvar a minha vida e a da pequena criança que estava dentro de mim.

Assim que ele me soltou e eu sai correndo, mas infelizmente não consegui fugir por muito tempo. Acabei tropeçando nos meus próprios pés, ralando meus joelhos e torcendo meu tornozelo. Quando vi que ele estava se aproximando tentei gritar, mas os únicos sons que saiam da minha boca eram gemidos de antecipação, eu sabia que estava mais perto da minha vida terminar.

Ele me agarrou novamente pelo braço, dessa vez mais rudemente. Sua mão voou para minha boca novamente e ele me carregou para o mesmo beco.

— Você não vai conseguir fugir. – ele riu. – Quando me mandam fazer uma coisa eu faço muito bem, acho que você sabe muito bem disso Sra. Cabello. – ele disse meu nome de forma sarcástica e depois riu como se estivesse assistindo algo de muito engraçado.

Ele me levou para o beco novamente e amarrou minhas mãos.

Eu até poderia gritar, mas tinha medo do que ele poderia fazer a mim e ao meu filho, então eu tinha que esperar pra saber o que iria acontecer.

Os minutos pareceram se arrastar enquanto eu chorava dentro daquele beco praticamente escuro. Meu seqüestrador sorria pra mim encostado no começo do beco, ele segurava uma arma e aquilo me amedrontava. Ele se endireitou rapidamente e falou alguma coisa que eu não fui capaz de entender.

De repente alguém que eu pensei que nunca fosse ver apareceu naquele lugar asqueroso, estava ali com um sorriso presunçoso no rosto e um pedaço de madeira na mão. Ariana olhava pra mim com os olhos cheios de ódio. Vi quando ela se abaixou e pegou o envelope do meu exame de gravidez. Seus olhos passaram pelo papel rapidamente depois faiscaram com fúria em mim.

Ela se aproximou furtivamente e segurou meu queixo enterrando as unhas na minha bochecha, fazendo-me gemer de dor.

— Você realmente achou que iria ser feliz com Camila. – ela balançou a cabeça negativamente estalando a língua. – Poderia ter fingido me ouvir no dia que eu avisei que você NUNCA seria feliz com ela, não é, Lauren? Porque eu não estava brincando.

Não respondi. Ariana me largou e se afastou alguns passos, para poder olhar pro meu rosto e sorrir. Ela levantou o pedaço de madeira na minha direção e eu fechei os olhos esperando a dor.

Uma pancada forte na minha cabeça me fez mergulhar na escuridão, não antes do nome de Camila sair dos meus lábios em forma de sussurro.
 


Notas Finais


;)


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