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História Between two loves - Deixá-la ir.


Escrita por: SadnessDaLana

Notas do Autor


Hey yoo babies!

Boa leitura ;)

Capítulo 5 - Deixá-la ir.


Contei a todos o que havia acontecido, Lutessa propôs que fôssemos a residência Matthews matar meu agressor. Eu não estava surpresa com sua sugestão impulsiva, aquela era quem Lutessa Luthor realmente era. Meu pai ficara transtornado com as ações de Mike Matthews.

-Quem aquele moleque pensa que nós somos? Nós não revidaremos. Nós iremos fazer melhor, iremos convocar uma reunião com os clãs mais influentes para um julgamento.

-Um... Julgamento?

Kara Danvers perguntou.

-Sim. É sabido que nós seguimos algumas regras, mas as que quisermos. Contudo, se ocorre algo que possa ser julgado como desrespeitoso há um julgamento feito pelos clãs mais poderosos com sentença de morte. Não era uma guerra de Lena, ela não prestou resistência. No entanto a largaram naquele estado, eu creio que cabe de fato um julgamento.

Samantha Arias respondera de forma séria, então era isso. Eles queriam um julgamento e eu não podia concordar mais, não havia humilhação maior para os Matthews do que aquilo.

-Hoje mesmo enviaremos cartas aos nossos servos em outras terras para que convoquem os clãs, o mais rápido possível. Enquanto isso ninguém deixará escapar que haverá um julgamento, caso contrário os culpados podem fugir.

Lillian Luthor disse, firme como sempre. Nós agradecemos Samantha Arias por sua ajuda, bem humorada ela disse que uma caçada com Lutessa pagaria o favor.

Retornamos para casa, mas não antes de dizer que Arias podia contar conosco e buscar abrigo em nossa residência se necessário. Apesar de eu estar mais forte Lex carregou-me em seus braços.

Naquela noite recebi visitas em meu quarto e Kara Danvers fora a última delas, em fato eu não queria recebê-la. Eu sempre pareci admirável para ela e naquele momento sentia-me uma farsa com a qual ela não mais perderia seu tempo.

-Lena.

Ela disse após um suspiro ao fechar a porta atrás de si.

-Kara.

Repeti ainda que estivesse olhando para minhas próprias mãos.

-Desculpe-me pelo que lhe disse antes de você deixar o quarto naquela noite. Você tem razão, eu estava machucada e quis feri-la também, mas isso apenas piorou minha dor.

-Não.

Comecei.

-Não me deve desculpas, eu quem deveria tê-la deixado em segurança e seguir meu caminho. Naquela época quando você era apenas uma pobre criança assustada. Embora eu estivesse esperando para encontrá-la, não foi justo com você. Eu pensei apenas em mim e em minhas dores.

Eu não disse nenhuma daquelas palavras olhando para ela, mas ainda assim eram autênticas. Eram o meu interior emergindo para ela a respeito daquilo, finalmente.

-Não havia lugar em segurança para me deixar, ninguém mais me trataria da forma que me tratou ou me ensinaria da forma que me ensinou. Eu era apenas uma escrava e hoje sou livre. O fato que me entristece é o motivo escuso pelo qual fizera tudo isso, não fora por mim. Fora por Melissa, agora me diz que eu sou a sua amada. Mas como eu posso acreditar em você novamente? Como eu posso senti-lo novamente?

Perguntou-me em som de súplica e aquilo me fez fitá-la pela primeira vez desde que ela entrara ali.

-Não se passará um único dia o qual eu não me arrependa por fazê-la se sentir assim.

Segurei seu rosto entre minhas mãos.

-Como bem me disse é uma mulher livre, e o suficiente para me negar. Em fato, não sou digna de alguém como você. Durante todos esses anos e é a melhor coisa que poderia ter-me acontecido. Tola eu estraguei tudo o que poderíamos ser, não lhe farei ser minha amante apenas por ser minha amada. Poderá continuar aqui sob nossa proteção, quanto ao resto nada mudará. De qualquer forma Lutessa também importa-se com você e até mesmo Lex, ele é um tanto quanto quieto, mas se agrada de você. Minha mãe não tentará nada contra você, está ocupada com os preparativos de convocação do julgamento e ainda que ela tente algo nós ainda iremos protegê-la.

Suas mãos tocaram minhas mãos que estavam em seu rosto e as tirou literalmente de onde estavam, mas as beijou de forma terna.

-Por quê?

Perguntou-me, eu via dor em seus olhos azuis turvos.

-Por que tinha que estragar tudo? Estávamos tão bem... E eu me sentia tão amada.

-Você ainda é amada. Melissa dava apenas meios sorrisos, você tem três tipos e o mais belo é o largo. Você fica radiante como o sol. Melissa tinha ares misteriosos o tempo inteiro e você? Tem ares de encanto, você é apaixonante Kara Danvers. Pois também consegue ser doce e amável e não necessariamente perde seu charme natural ou o quão é interessante entre quatro paredes. Com Melissa eu sentia, sentia muito por ela. Mas você? Eu não apenas sinto por você e sim com você. Você é sincera como ela não foi, como eu deveria ter sido desde o início. Porém você era apenas uma criança, de qualquer forma eu não posso exigir que você se sinta de fato amada por mim na atual circunstância. Não crer é um direito seu, mas você é de fato amada. Eu sinto muito.

Daquela vez Kara Danvers quem baixara sua cabeça.

-Eu vou protegê-la Kara Danvers, com minha vida. Eu honrarei minha promessa e não precisa me dar nada em troca. Eu sempre a protegi, não?

Lhe perguntei e como resposta ela me abraçou recostando a cabeça em meu ombro.

-Sim...

Sussurrou-me.

-E ainda assim mais uma vez... Eu temi perdê-la.

Ela me respondeu com uma voz embargada, fora quando eu constatei que nossa relação era muito mais do que amor, não reduzia-se apenas aquilo. Tínhamos uma ligação especial, de cuidado e proteção sem cobranças. Eu lhe acariciei a cabeça permitindo que se demorasse um quanto quisesse dentro daquele abraço.

-Você não irá me perder.

Eu respondi baixinho puxando-a mais para mim, lentamente. Não havia mais nada que eu queria naquele momento do que protegê-la. Oh aquela noite... Eu não havia conseguido dormir muito bem, havia tantos pensamentos em conflito para organizar. Eu estava fora do eixo sem provar do amor de Kara Danvers, mas compreendia que aquilo era culpa minha.

-Não confundiu as janelas?

Perguntei ao ver Lutessa em minha janela, minha irmã me deu um sorriso triste que não mostrava seus dentes.

-Não.

Ela me respondeu.

-Não sou eu quem ela ama.

Completou me deixando surpresa.

-Oh não me olhe com essa expressão estúpida.

Pediu pulando a janela e entrando em quarto em seguida.

-Por que está com essas palavras? Você jamais desistiu.

Perguntei desconfiada e interessada sentando-me em minha cama.

-Eu jamais desisti de Melissa porque ela me correspondia. Kara não é Melissa, ela não ama ambas. Ama você, eu achei que poderia conquistá-la. Mas você acabou fazendo-o e apenas você, dessa vez.

Lutessa admitiu baixando seu olhar.

-Ela gosta de você.

Eu a respondi. Jamais imaginei minha irmã cedendo, bem ali a minha frente, ela que nunca cedera. Apenas não combinava com o que ela havia sido durante todo aquele tempo, com o que nós havíamos sido.

-Não é como eu queria. Mas eu amo Kara Danvers? Eu realmente tenho sentimentos por ela, mas a verdade é que Melissa sempre será meu amor. Eu encontrarei outro? Do que isso importa afinal? Mas você... Você ama Kara Danvers, você realmente a ama. Eu preciso deixar Melissa ir ou ela continuará me arrastando para o passado, que lhe fique claro que não estou dizendo que irei afastar-me de Kara. Eu sei que ela gosta de mim.

Tomei um tempo para olhar minha irmã e seu rosto sério, deixar Melissa ir, foi o que ela disse. Eu de fato amava Kara Danvers, foi o que ela dissera também. Suas palavras foram como uma seta que me mostraram que eu havia de fato deixado Melissa ir, que eu amava novamente em minha vida.

Embora de início tenha sido por Melissa, as palavras de minha irmã me disseram o que eu já havia dito para mim mesma: Eu havia a deixado no passado, após tanto tempo amando-a e aquilo se devia a Kara Danvers.

Meu coração pertenceu a Melissa durante todos aqueles anos, então encontrei Kara Danvers e vi Melissa nela durante algum tempo. Mas não apenas meus sentimentos como minha visão amadureceram, eu estive entre dois amores quando pensava se tratar apenas do primeiro deles: Melissa.

Porém ao decorrer de minha convivência com Kara Danvers constatei que tudo que ambas tinham em comum era sua aparência física, mas era difícil para Kara Danvers compreender e eu não podia e nem ousaria culpá-la.

-Obrigada.

Eu respondi por fim e ela arqueara uma de suas sobrancelhas.

-Não apenas por isso, pelo que estava disposta a fazer mais cedo apenas para me salvar.

-Houve uma época na qual amamos a mesma mulher e seríamos capazes de nos destruir por ela, no entanto, é uma outra época e Kara não é Melissa. E creio que através de ameaças, ironias, socos, chutes e petulância trocados ao longo do tempo nossa relação evoluiu.

Eu lhe dei um sorriso.

-Essa é a sua forma de dizer que me ama?

Lutessa revirou os olhos.

-Essa é a minha forma de dizer que apenas eu posso matar a estúpida irmã que tenho.

Sim. Sem dúvidas aquele era seu jeito de dizer que se importava comigo, ela tinha razão. Após tantos atritos e conflitos nós progredimos em nossa relação.

-Você pode me fazer um favor amanhã?

Perguntei.

-Não se pode baixar a guarda com você, não é?

Lutessa resmungou.

-Mostre nossa casa para Samantha amanhã? Nós iremos caçar juntas e eu me comprometi em apresentá-la nossa residência.

-E por que você mesma não o faz?

-Porque ela pareceu se agradar de você minha irmã e salvou minha vida, o mínimo que posso fazer por ela é arranjar algum tempo em sua campainha.

Lutessa estreitou os olhos me fazendo segurar uma pequena risada.

-Sua petulante! E Samantha Arias se agradou de mim apenas porque eu pareço você.

-Ora não seja tão negativa, ela realmente se interessou. Ela parece gostar de mulher com atitude e aparentemente sua impulsividade a faz pensar que você é esse tipo de mulher.

Lutessa pareceu ponderar e eu esperava que ela tivesse mesmo ponderando. Durante tanto tempo nós colocamos o amor por Melissa Benoist acima de tudo, de família e até de nós mesmas que ignoramos o fato de que ela traía ambas. E nós tão cegas de amor agimos como se não importasse quando em verdade era pelo amor dela que nós sempre nos desentendemos.

Lutessa também merecia deixar Melissa para trás como eu consegui fazê-lo. Desde o ocorrido comigo na casa de Samantha Arias se passaram três noites, Kara Danvers estava distante e ao mesmo tempo próxima. Minha mãe já não implicava com ela, pois Lutessa lhe disse que estávamos bem e não iríamos brigar por Kara Danvers outra vez. Ela disse que tudo estava resolvido.

Mas se tudo estava resolvido... Por que eu me sentia vazia? Por que eu me sentia triste? Seus beijos ainda estavam marcados em meus lábios, as curvas de seu corpo em minha memória e o momento no qual ela disse me amar. Eu me sentia uma tola por perdê-la, meus irmãos tentavam me incentivar para uma nova conversa.

Mas o que eu diria? Tudo o que havia de ser dito fora dito. Lutessa e Samantha de fato ficaram próximas, bem... Estavam se aproximando e por algum motivo eu sentia minha irmã esperançosa, estaria ela realmente se dando outra chance? Estaria ela conseguido deixar Melissa para trás?

Eu esperava que sim, quanto aos Matthews ficamos sabendo que o pai de Mike Matthews havia morrido na invasão a vila Arias. A informação nos pegou desprevenidos.

-Tem um momento?

Kara Danvers perguntou enquanto eu organizava alguns livros dentro do baú em meu quarto próximo a minha cama, eu estava agachada e por isso a olhei de baixo para cima.

-Sim.

Respondi e então fechei o baú.

-Sobre o que quer conversar? Algo relacionado ao julgamento? Nós estamos apenas esperando a resposta, espero que seja positiva.

Completei levantando-me.

-Não. Eu não quero falar sobre isso.

Kara Danvers disse sentando-se em minha cama.

-Lena eu serei direta, eu sinto a sua falta. Eu sei tudo o que se passou, ambas sabemos muito bem porque não estamos juntas.

-Por imprudência minha.

-De fato. Mas devo admitir que suas palavras não saem de minha mente, sobre eu ser a melhor coisa que poderia ter-lhe acontecido.

-Você é.

Respondi imediatamente.

-Eu estive me perguntando: Como acreditar nisso após tudo o que aconteceu? Mas sua irmã que disputou ela com você e tentou me disputar também me procurou dizendo-me que a única das duas que não havia deixado Benoist para trás havia sido ela.

-E então por se tratar de Lutessa você de repente considera todas as palavras que eu lhe disse.

Kara Danvers baixou a cabeça.

-Não foi apenas isso. Eu... Eu pensei a respeito, Lutessa que não havia a superado quis me conquistar de qualquer forma. Você? Deixou-me livre para escolher até mesmo não amá-la, respeitou minha decisão e ainda assim continua me dando lar e proteção. Então eu me perguntei: Se isso não é amor, o que haveria de ser?

Kara Danvers me perguntou levantando e me olhando nos olhos.

-Nada.

Eu a respondi.

-Não é nada, além de amor.

Levei minha mão ao seu rosto olhando-a nos olhos.

-O meu verdadeiro amor. Sem truques, sem jogos, sem manipulações ou traição. O amor pelo qual esperei durante toda essa longa vida e me confundi achando que já havia o tido.

Seu olhar estava tão profundo que podia acalentar-me a alma, ele alternava entre meus olhos e lábios enquanto eu sorria. Foi um dos vários momentos no qual constatei que poderia fazer qualquer coisa por aquela mulher, qualquer coisa por Kara Danvers.

-Pois eu jamais esperei tê-la, jamais esperei ter o amor da minha vida. Não vivendo da maneira miserável que vivi antes de você, como eu poderia ao menos ter devaneios com alguém como você Lena Luthor?

Não fui eu quem a beijei ou ela quem me beijara, nós simplesmente nos beijamos. Um beijo com devoção, com sabor de saudade. Em verdade havia tantos sabores! O sabor de seus lábios quentes e macios eram como o verão do qual não provei. Eu sentia-me viva, Kara Danvers fazia aquilo.

Senti sua mão em minha nuca puxando-me mais para si, me beijava com fome e quando o ar se fez necessário ela afastou um pouco seu rosto ofegante e com seus lábios entreabertos.

Meus lábios formigavam, quando a vi se desfazer dos presentes que lhe dei, eu soube que naquele momento ela queria o mesmo que eu. Que seu corpo devia estar febril, veja que audácia! Eu me sentindo febril! Não. Não era audacioso, era coisa de Kara Danvers que aparentemente queria seu corpo no meu, sem qualquer barreira, com beijos, toques, sussurros e gemidos.

Comecei a me despir e ao olhá-la novamente já avistei seu corpo despido, parado a minha frente. Eu a olhei, cada detalhe seu, do seu rosto ao seu corpo. Então lhe estendi a mão e ela a pegou vindo até mim e me beijando novamente, não havia espaços para beijos rasos, não havia espaço entre nossos corpos.

Com passos lentos para trás esbarrei contra minha cama e sentei-me nela, Kara Danvers não ousou tirar seus lábios dos meus e sentou em meu colo. Com suas mãos em meu rosto puxou-me levemente o lábio inferior por entre os dentes provocando o crescimento de minhas presas.

-Desculpe-me. Eu estou apenas...

-Excitada, eu sei.

Ela respondeu com um sorriso travesso antes de me beijar o pescoço. Minhas mãos percorreram suas costas enquanto seus beijos distribuídos por meu pescoço aliados a um rebolar que Kara Danvers começara em meu colo apenas atiçaram minha vontade em tê-la.

Eu sucumbia em meio aquele desejo, inclinei minha cabeça para trás deixando meu pescoço mais acessível. Sussurrei seu nome como que em devoção ao sentir sua língua quente e macia, ora sugando-me o seio esquerdo, ora acariciando o meu mamilo rígido com a ponta de sua língua astuta.

Minha mão adentrou em seus cabelos e senti seus fios loiros entre meus dedos, eu já sentia-me úmida e como se ele tivesse vida própria, meu corpo fazia movimentos pélvicos buscando mais contato com seu corpo. Kara Danvers ainda rebolava divinamente bem em meu colo quando aproximou sua boca de meu ouvido para sussurrar que me queria na cama e fora o que eu fiz.

Deitei-me na cama para Kara Danvers e daquela vez fora ela quem me observou nua sem qualquer rubor em seu rosto. Quando sua postura em relação ao sexo havia evoluído daquela forma? Não havia insegurança e daquela vez ela quem parecia disposta a me tocar da maneira que a toquei em nossa primeira vez.

O incômodo entre minhas pernas apenas aumentava quando Kara Danvers pôs-se sobre mim novamente e mais uma vez me beijou os lábios de forma provocativa que me fez esquecer de qualquer outra coisa que não fosse nós.

Para finalizar aquele beijo Kara Danvers resolvera chupar minha língua e eu poderia ter dito que naquele momento eu havia beirado a falta de sanidade, contudo aquele ocorreu de fato quando a senti me penetrar.

De maneira surpresa e manhosa gemi seu nome em resposta as suas estocadas que alternavam na medida certa como que para enlouquecer-me. E ela? Fizera questão de me olhar nos olhos com sua testa recostada sobre a minha enquanto gotas de suor em sua testa caíam sobre a minha.

Ela me fazia arfar e gemer seu nome olhando-me tão diretamente nos olhos como se aquele fosse o seu prazer. Azuis tão profundos mergulhados no verde de meus olhos que fecharam-se em rendição quando ela também passara a estimular meu clitóris.

-Abra-os.

Ela me pediu e eu os reabri, sentia meu corpo trêmulo, contraindo-se. Sentia as paredes de meu sexo apertarem seus dedos e me sentia no limite do meu alcance ao prazer, meu corpo arqueou-se e então aquele líquido saíra por entre minhas pernas umedecendo os dedos de Kara Danvers que mordeu seu lábio inferior.

Fechei meus olhos novamente, atordoada e ofegante, me sentindo realizada e preenchida. No entanto, ela ainda parecia querer mais então me beijara os lábios outras vez e descorou sua testa da minha. Eu a persegui com meu olhar e apenas ali percebi o que ela faria, ao ver sua cabeça entre minhas pernas.

Kara Danvers olhava-me fixamente e me pediu para manter o olhar nela, quem era aquela mulher? Tão desenvolta e decidida... Como se já houvesse o feito incontáveis vezes. Todos os meus questionamentos e pensamentos foram dissipados quando a senti lamber meu sexo e lá estava eu arfando novamente tão rendida...

E rendi-me cada vez mais quando Kara Danvers passou a me sugar outra vez, gemi me perdendo em quem eu era olhando para aqueles olhos azuis que não desviavam dos meus. Ao se dar por satisfeita Kara Danvers deitara sua cabeça em meu peito, suada e com seus cabelos desgrenhados. Ela entrelaçou suas pernas nas minhas e me agarrou a cintura como que para garantir que eu não iria lhe escapar.

-Diz que morreria por mim, no entanto eu também faria isso por você.

Confidenciou me causando um sorriso.

-Eu não irei permitir que precise fazer isso por mim.

Ouvi sua leve risada nasal indicando que ela estava com sono.

-Pode proteger-me de tudo?

Perguntou mais baixo.

-Não é o que tenho feito?

Respondi em forma de pergunta e ela balbuciou algo que não compreendi em resposta, então descobri que o sono estava a vencendo. Que sensação terna era tê-la em meus braços novamente, aquela sensação inestimável. Naquele exato momento prometi a mim mesma que não a perderia.

No dia seguinte Lutessa disse-me que os Matthews estavam trancados em casa e que provavelmente estariam saindo apenas para caçar, mas longe dali, pois não eram mais vistos. Eu lhe perguntei como tinha aquelas informações e minha irmã disse com ares de uma gabola que havia investigado.

O pai de Mike Matthews não fora a única baixa que eles tiveram ao atacar a vila Arias, os Arias poderiam não estar esperando. Mas aquilo não significa que não estavam preparados para uma ocasião como aquela. Creio que os Matthews esperavam que fosse diferente afinal estavam ambos os clãs em negociação para um tratado.

Em um fim de tarde meu pai me chamou para uma conversa, tive de deixar Kara Danvers bem quando ela me ensinava a fazer boqueares. Ela me pareceu tão contente quando lhe pedi que me ensinasse aquilo... E eu sei que devia-se ao fato de que ela amava flores.

-Sobre o que quer tratar meu pai?

Lionel Luthor olhou-me.

-Desejo tratar sobre Kara Danvers.

Levantei minha guarda.

-Pois não?

-Eu não preciso dizê-la que somos um clã respeitado, pois você nos ajudou a conseguir tal respeito.

-Sim. Nós o fizemos juntos.

-Como um clã respeitado e puro não posso permitir que após todo esse progresso façamos o regresso de ter uma humana em nossa família. Como bem sabe respeito e poder são duas coisas que se consegue, porém também são duas coisas que se pode perder. E ter uma humana em nossa família como se fosse uma de nós é uma rápida forma de perdê-los.

Olhei para a parede à minha direita enquanto ouvia o silêncio que acabava de se fazer presente no aguardo de minha resposta.

-Eu serei franca com você meu pai. Tudo o que acabou de me dizer é coerente, no entanto Kara e eu não tocamos mais no assunto da possibilidade de ela ser uma vampira desde que a contei a verdade. Eu não sei o seu posicionamento.

Eu disse honesta.

-Aqui estão suas opções: A convença a ser realmente uma de nós ou deixe-a ir.

Lionel estava pronto para se retirar, mas eu me pronunciei novamente.

-É sempre tão técnico meu pai. Mas nunca se encontrou num dilema por consequência de seus sentimentos?

-Eu sou o líder dessa família, não tenho tempo para esses dilemas.

Respondeu rapidamente.

-Pois eu já provei do poder e do respeito, do temor e da glória. Eu ainda os provo, mas posso lhe dizer que todos esses sabores parecem mesquinhos próximos ao amor. Me chame de tola apaixonada e ainda assim fatos são fatos, eu não irei impor a Kara Danvers uma decisão tão significativa. Se é humana que ela quer continuar sendo, pois humana ela ainda será. E se não lhe agrada, e eu sei que tem suas razões, eu abdicarei da causa Luthor e irei embora com ela. Também irá me dizer que uma Luthor sozinha é suicídio, mas eu não a desrespeitarei por uma causa a qual ela não pertence.

Meu pai ainda tinha algo a dizer, pois não deixou que eu me retirasse de imediato.

-Está enganada. Kara Danvers é uma Luthor, você a criou de maneira diferente, a criou em nosso seio. Kara Danvers tem postura e inteligência, tê-la como uma vampira seria o processo final de confirmação. Seria de um grande pesar para mim não tê-las conosco, há potencial em Kara Danvers e eu lamentaria que ela o desperdiçasse escolhendo continuar uma humana.

Estreitei meus olhos.

-Kara não irá lutar por suas causas.

-Nossas causas.

Corrigiu-me.

-E isso foi tudo o que ouviu? Ora vamos, você me fez ter certo apreço pela moça. Agora vá, a conversa acabou.

Aquela conversação não saiu de minha cabeça, naquela noite ao chegar de minha caçada me surpreendi ao encontrar Kara Danvers acordada. Ela confessou que estava me esperando e que já havia até preparado meu banho, eu lhe agradeci e rumei para o banho ainda com a conversa que tive com meu pai me borbulhando a mente.

Kara Danvers me esperou e quando virei-me para ela lhe vi deitada em minha cama. Ela abriu os braços para mim e como se fosse tudo o que eu precisava deitei-me recostando a cabeça em seu peito, sentindo seus braços me rodearem. Que criatura maravilhosa.

-Está pensativa demais, não está?

Ela realmente me conhecia.

-Kara... Agora que me perdoou, o que pensa sobre ser uma de nós?

-Oh... É isso... Bem, se é para querer alguma coisa eu iria querer que você pudesse ser como eu. Para desfrutar as coisas que eu posso e em minha companhia, mas não é possível.

Kara Danvers levantou a cabeça para me olhar nos olhos.

-É uma mudança muito grande, eu não me imagino bebendo sangue ou coisa assim. Mas eu sei de um medo: O medo de perdê-la. Eu faria qualquer coisa por você.

Sua última frase me fez sorrir, pois eu me sentia da mesma forma sobre ela.

-Se lhe é um sacrifício... Tome mais tempo para pensar, eu só quero que saiba que não é obrigada a nada. Nós podemos ir embora, eu jamais irei deixá-la independente da sua escolha.

Eu sabia que ela tinha algo para me dizer, mas não permiti. Pois eu preferia que ela pensasse melhor e deveria ser algo relacionado a deixar minha família.

-Não. Não diga mais nada, apenas pense. Pense no que quer para você.

Kara Danvers aninhou-se ao meu corpo.

-Podemos cavalgar amanhã?

Ela perguntou num sussurro.

-Nós podemos fazer o que você quiser.

-Inclusive fazer amor no campo de flores?

Daquela vez sua pergunta me fez rir.

-Por que não?

Perguntei retoricamente e senti um pesar em meus olhos, o sono me rondava.

-Lee.

Lhe ouvi me chamar com um tom de criança travessa.

-Hm?

-Eu amo você.

Eu sorri. Porém meus olhos estavam fechados e ainda assim não me impediu de repetir aquelas palavras de volta embora tenham saído de maneira arrastada.


Notas Finais


Um capítulo claramente de Supercorp
Mas também finalmente a renúncia da Lutessa aos sentimentos pela Melissa que até então ela não tinha deixado ir e por isso era arrastada pelo passado

E é isso que temos pra hoje amores 👉👈


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