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História Bingo! - Capítulo dois


Escrita por: M4rionetedavid4

Capítulo 2 - Capítulo dois


 Desde aquele dia Pansy passará a  evitar a Granger a todo custo, ela estava magoada, não só com a Granger, mas com si mesma. Como pode ter sido tão imprudente naquele momento? Por um simples capricho de ouvir aquelas palavras saírem da boca da Granger ela disse aquilo…e agora? Ela caiu de cara na verdade que esteve a todo momento tentado ignorar.

  Provavelmente para Granger esses dois últimos anos foram alguma espécie de trégua temporária,  algo que não duraria muito. Mas para Pansy foi diferente, elas não ficaram amigas nesse tempo, mas Pansy queria se aproximar da Granger, queria saber do que ela gostava, queria saber qual seria a sensação de abraça-la…ela amaldiçoou o dia em que permitiu que a Granger entrasse no seu coração.

  E não importava o quanto tenha tentado parecer inquebrável, as palavras da Granger a fizeram ruir por dentro, ela agradeceu a qualquer deus que estivesse ouvindo quando encontrou o dormitório vazio. Ela se jogou na cama e abraçou o seu travesseiro, seu peito doía tanto que parecia que ela tinha levado um soco, mas ela não chorou. Não iria se rebaixar a isso, não dessa vez…

 

  Pansy foi acordado por Daphne a balançando levemente pelos ombros, ela não queria sair, sabia que as primeiras aulas seriam com a professora McGonagall e ela seria junto com os Grifinórios, ou seja, a  Granger estaria lá.

— Pansy, nada de fingir que está dormindo — disse Daphne — estamos quase atrasadas para o café da manhã.

 Mesmo com relutância Pansy se  levantou, pediu que as amigas fossem na frente. Daphne fez o que a amiga pediu, mas esperou até que todas saíssem para perguntar.

— Está tudo bem? Você está estranha…

— Eu só estou cansada…— respondeu Pansy de maneira vaga.

— Estranho. Quando todas chegamos você já estava dormindo.

— Eu estou bem. Eu juro…

— Não você não está, mas não quer me contar. Eu entendo, por isso quero que saiba que pode falar comigo assim que se sentir melhor, certo?

  Pansy concordou com a cabeça, Daphne era a melhor amiga que ela podia pedir, mas tudo o que ela queria agora era ficar sozinha em seu mundo.

  Ela passou toda a hora do café da manhã no dormitório, só encontrando as amigas quando faltavam poucos minutos para a aula da professora McGonagall começar. Daphne tentou questiona-la quanto ao atraso, mas Pansy tentou demonstrar que não estava com vontade de falar.

  Quando entrou seus olhos imediatamente se encontraram com os de Granger, seu estômago não só se encheu de nós, como também parecia ter virado chumbo, raízes pareceram ter segurado seus pés ao chão, a impossibilitando de dar qualquer outro passo.

— Pansy — chamou Daphne se colocando a sua frente — vamos lá, pare de encarar o nada, venha. Vamos nos sentar.

  Pansy permitiu que Daphne a arrastasse até seu lugar, em questão de alguns segundos a professora McGonagall entrou na sala. Assim que ela olhou para turma sua expressão se fechou em uma carranca mal humorada.

— Bom dia — disse ela — Eu gostei muito de ver como vocês estavam todos se divertindo juntos no Bingo de ontem. E gostaria também de ver isso se repetindo na minha aula, se não for muito incômodo — uma onda de murmúrios tomou a sala, Pansy cerrou os punhos, mesmo que não fizesse parte do perfil da professora ela esperava que McGonagall dissesse que era brincadeira. Mas não foi o que aconteceu — Por favor, todos que estão sentados na direita da fila um queiram trocar de lugar com os que estão a direita da outra mesa. 

— Pansy — Daphne bateu levemente em seu ombro — Não se preocupe, serão apenas duas aulas. Eu estarei sentada com o Weasley se precisar de mim.

— Ah senhorita Granger — chamou a professora — sente-se com a senhorita Parkinson, sim?

— Sim, professora…— disse a Granger de cabeça baixa.

  O coração de Pansy batia com força e ela ficou medo de que Granger o ouvisse, tentando manter sua mente distante dali ela se concentrou no que a professora escrevia no quadro, tudo o que menos queria era olhar a Granger nos olhos novamente.

— Parkinson…— mas ao que indicava a outra não havia entendido que Pansy não queria falar — Parkinson…você está me ouvindo?

— Estou — disse ela sem se virar —, mas não quero falar.

— Mas precisamos — disse a Granger seriamente — O que aconteceu ontem…

— O que aconteceu ontem não importa — disse Pansy entre os dentes.

— Se não importa por que você saiu daquele jeito?

— Vejamos…talvez seja porque você não cumpriu a sua parte da aposta.

— Aquilo me pegou de surpresa e eu não consegui pensar bem nas minhas palavras.

— Claro.…— Pansy revirou os olhos.

— Você pode ao menos falar direito comigo?

— Ah, me faça o favor Hermione. Vamos lá, por que você está dando tanta importância a isso?!

— Eu não estou. É porque, para mim, confissões só devem ser feitas quando se tem um sentimento verdadeiro.

  E mais uma vez, em menos de vinte quatro horas, Pansy sentiu como se tivesse levado um soco no estômago, ela se levantou de maneira brusca, fazendo com que todos parassem o que estavam fazendo para olha para ela.

— Algum problema senhorita Parkinson? — McGonagall perguntou.

— Eu não estou me sentindo bem professora. É só isso.

— Quer que eu a acompanhe até a enfermaria?

— Não a necessidade. Eu vou voltar para o meu quarto, acho que é apenas uma questão de repouso.

— Como quiser, mas lembre-se de pegar as anotações com a sua dupla antes da próxima aula.

— Sim senhora.

  Hermione assistiu Parkinson deixar a sala, sentia vontade de socar a si mesma. Havia planejado pedir desculpas para Parkinson assim que se vissem, mas tudo que conseguiu foi piorar toda a situação.

  Ela mal prestava atenção nas suas notas quando uma bolinha de papel acertou a sua cabeça, ela olhou para trás, esperava encontrar alunos da Sonserina rindo como sempre foi de costume. Porém o que encontrou foi Daphne a olhando com raiva. Hermione engoliu em seco, mentalmente agradeceu por um olhar não ser capaz de matar.

 

  As aulas nunca pareceram se arrastar tanto quanto as daquele dia, Daphne rejeitou todos os convites das amigas para passearem antes do jantar e correu para o quarto. Seu coração se apertou quando viu a cama de Pansy vazia, onde Pansy estaria? Foi quando um barulho vindo do banheiro a assustou. Ela correu até lá, tinha certeza que Pansy estaria lá.

— Pansy…— ela chamou, porém sua voz morreu quando encontou a amiga ali, encolida e chorando — Ah, Pansy…o que houve? 

  Pansy se agarrou a ela em um abraço desesperado, Daphne retribui, ela a abraçou com cuidado, como se Pansy pudesse ser quebrar. Ela afagou os seus cabelos e sussurrou palavras doces até que Pansy deixasse de chorar.

— Isso é por causa da Granger, não é?

  Pansy não tinha forças para falar, por isso apenas assentiu.

— Me escute está tudo bem…esqueça isso…

 

  Como era sábado e não tinham aulas os estudantes aproveitavam para dormir até tarde. Normalmente Daphne faria isso, mas dessa vez ela acordou mais cedo que todas as outras garotas, com todo o cuidado que dispunha ela saiu da cama, não queria acordar Pansy que acabara dormindo em sua cama enquanto ela tentava anima-la com piadas e doces que comprará de Hogsmeade.

 Se arrumou o mais rápido que pode e então deixou o quarto. Ela andava pisando forte, não ligava se esbarrava em alguém no caminho, ela só queria chegar o mais rápido possível no salão principal.

 Como ela esperava lá estava Hermione Granger rodeada de alguns dos poucos colegas de casa que também acordaram cedo. Ela se aproximou da mesa da Grifinória e todas as conversas cessaram na mesma hora.

— Granger — chamou.

— Precisa de alguma coisa? — a Granger perguntou, Daphne percebeu que ela tentava parecer calma, mas era claro que sua presença ali intimidava a outra, isso era bom.

— Precismos conversar…a sós.

   A Granger se virou para encarar os seus amigos, talvez em busca de alguma ajuda, mas todos estavam tão perdidos quanto ela. 

  Por fim ela a acompanhou para fora do salão principal. O caminho foi feito em silêncio, o que só serviu para deixar Hermione mais inquieta.

— Aqui está bom — disse Daphne quando chegaram ao pátio, o mesmo estava vazio.

— Certo. Sobre o que você queria conversar?

— Granger — começou Daphne dando uma risadinha — Você não é chamada de gênio à toa. É óbvio que eu te chamei aqui para falarmos sobre a Pansy.

— Não…não é…— Hermione cerrou os punhos.

— Escute, eu nunca tive nada contra você, até considero você uma amiga. Mas quero que saiba que, se mexer com alguma pessoa que eu gosto, não importa o que seja preciso, eu faço você pagar na mesma moeda.

— Parkinson mandou você me ameaçar?

— A Pansy está dormindo agora, eu vim aqui porque você fez ela chorar.

— E-eu?!

— Por Deus…sim, você. Você sabe o que eu senti quando encontrei ela chorando por sua causa?

— E-ela te contou alguma coisa?

— Nada — ela suspirou — E esse é o problema. Agora eu quero que você me diga, Granger. O que  você fez com a minha amiga?

 

 Pansy mal havia acordado e já sentia sua cabeça doer, uma pequena lembrança do dia anterior em que passará horas chorando no banheiro. No final não tinha sido tão forte quanto gostaria.

  A maioria das suas colegas ainda dormiam preguiçosamente em suas camas, o que fez Pansy se lembrar que não tinha dormido na sua cama. Ela olhou para o lado que Daphne ocupava, nenhum sinal da amiga, aquilo incomodou Pansy, mas provavelmente Daphne tinha ido até a biblioteca fazer algum trabalho atrasado.

  Seu estômago roncou, a lembrando que queria alguma coisa que não fosse os doces que Pansy e Daphne comeram noite passada. Ela se levantou e foi tomar banho. 

  Após isso ela apenas passou no salão principal e pegou uma maçã, não queria ter que encarar seus colegas nesse momento, porém queria encontrar Daphne, queria agradece-la pelo que fizera e, se possível, oferecer alguma ajuda em qualquer trabalho que ela estivesse fazendo.

  Entretanto seus planos foram lavados quando começou a ouvir as conversas das pessoas ao seu redor, algumas corriam em direção ao pátio tão rápido que Pansy mal podia ver seus rostos.

— O que? — exclamou Parvati para a irmã.

— É o que estão dizendo — respondeu Padma — uma briga entre uma aluna da Grifinória e uma da Sonserina.

   Pansy soltou um palavrão, por Deus que não fosse o que ela estava pesando, tudo menos aquilo…

  Suas preces obviamente não tinham sido ouvidas, quando chegou ao pátio pode ouvir as vozes de Daphne e Hermione se sobressaltado aos murmúrios da multidão que começou a se formar. 

  Pansy não ligou para os comentários nada agradáveis quando empurrou alguns dos seus colegas. Ela viu quando Daphne prensou Hermione contra a parede, Hermione continuava a pedir que Daphne a soltasse, mas tudo o que Daphne fazia era fazer perguntas que, nesse momento, Pansy nem mesmo ouvirá. Entrou em modo automático e correu até elas se colocando entre as garotas, ela empurrou Daphne, a fazendo soltar Hermione.

— Pansy…— ela tentou dizer, mas Pansy a interrompeu.

— Obrigada Daphne. Pode deixar que eu assumo daqui.

  Antes que Daphne ou Hermione pudessem dizer alguma coisa, Pansy segurou o pulso de Hermione e a puxou para longe dali. Só parando quando entraram na biblioteca.

— Eu peço desculpas pela Daphne. Normalmente ela não age assim…eu sinto muito…

— Tudo bem. Ela tinha razão.

— Razão no que, exatamente?

— Você — Hermione disse — ela estava falando de você.

  Por um tempo ninguém disse nada, Pansy mentalmente xingou Daphne, que tipo de coisas ela tinha dito a Hermione?

— Não a culpe. Ela estava apenas tentado proteger você.

— Como se eu precisasse ser protegida…— Pansy revirou os olhos.

— Escute, Daphne me contou que encontrou você chorando ontem e que a culpa era minha.

— Esqueça isso, por favor. Ela não sabe o que está dizendo…

— Muito pelo contrário, Pansy…eu sei que eu disse coisas que não foram boas. E eu peço desculpas por isso, eu não pensei muito antes de dizer nenhuma daquelas coisas…eu não parei para pensar em como você reagiria, mas depois de ver você se afastando naquela noite do Bingo…

— Esqueça aquele Bingo…eu só…só fiquei zangada por você não ter cumprido o desafio — mentiu.

— Eu sei que não é só isso. E você pode ser sincera comigo, você gosta de mim, não gosta?

 Pansy sentiu vergonha, não conseguia nem mesmo olhar nos olhos de Hermione quando respondeu.

— Sim…eu gosto.

  Hermione suspirou, mas não parecia surpresa com a reposta.

— Pansy...- começou Hermione,  mas ela parecia tão sem jeito quanto Pansy — Eu sinto muito. Mas eu não posso devolver os seus sentimentos...

— Eu sei...— disse Pansy encarando seus sapatos.

— Acredite em mim. Um dia você vai encontrar alguém especial, mas não será eu...eu, eu queria que as coisas fossem diferentes...

— Eu também...— ela murmurou enquanto assistia Hermione se afastar dela em câmera lenta. Sem que pudesse conter, as lágrimas rolaram pelo seu rosto e seu coração começou a doer, ela se permitiu desabar naquela corredor pouco usado da biblioteca — Eu também queria que fosse diferente...



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