Anteriormente...
John: (outro toque da campainha) Deixem comigo...
Bia: Oi John! (entrando) Conseguir chegar antes para... Victor Gutierrez? O que está fazendo aqui com o Manuel?
_ _ _ _
Victor: Bia?
John: Eita, lascou!
Victor: É você? Como cresceu...
Eles apenas se olham diante de um silêncio constrangedor.
Manuel: Bia... era sobre isso que eu queria falar...
Victor: (interrompe) Eu vim porque soube da briga que ele teve com o Alex. Bom...Alguém tem que pedir desculpas.
Bia só encara seria o cadeirante sem dizer nada.
Victor: Então, o que o meu irmão fez foi uma idiotice, Manuel. Desculpa de verdade. Espero que esteja melhor e se precisar de algo para a recuperação é só nos falar. Eu vou ver se coloco algum juízo na cabeça do Alex. (empurrando a cadeira em direção a porta) Um abraço, Bia. (chegando em frente a porta e virando) E me desculpa!
John abre a porta e o Gutierrez vai embora, deixando uma troca de olhares tensos entre Bia e Manuel.
Manuel: Você está bem?
Bia: Ver o Victor foi muito forte. (senta ao lado do bicampeão no sofá)
Manuel: Ele parece ser um cara legal.
Bia: (fala brava) Mas nos abandonou quando a Helena morreu.
John: Vou deixar vocês conversarem... (saindo)
Manuel: Obrigado John!
Bia: Como pode sumir por 10 anos e aparecer agora?
Manuel: Também fiquei surpreso com a sua visita.
Bia: Você já o conhecia?
Manuel: Ah... Eu sei que ele é irmão do Alex e filho do ex sufista Antônio Gutierrez. E que ele é crítico de música Já li algumas de suas críticas.
Bia: É muito estranho ele ter vindo por causa da briga.
Manuel: Talvez esteja se tocando de como é sua família e veio para concertar as coisas.
Bia: Eu não sei, também não quero mais falar sobre isso. Só me responde outra pergunta: Por que você brigou mesmo com o Alex? Ele te provocou?
Manuel: Eu e o Alex não nos damos bem desde da primeira vez que nos encontramos nas competições. Ele diz que eu tomo tudo dele, como os títulos do torneio e agora você.
Bia: Que? Eu?
Manuel: Não lembra que ele dava em cima de você?
Bia: Não me faça lembrar, por favor.
Manuel: Ele me provocou falando sobre você e sobre a minha mãe, aí eu não sei porque... mas não conseguir controlar a raiva.
Bia: O que tem a sua mãe?
Manuel: Ele sabe que quando mais nova, minha mãe era uma prostituta.
Bia: Não deve ser fácil ter que lidar com as críticas. Muito menos dele que foi o primeiro a te tirar algo, como a Mara.
Manuel: Acho que ele me fez um favor. (sorri)
Bia: (rir) Você é mal...
Manuel: (se levantando e estendendo a mão) Chega de conversa, vamos treinar...
Acomodações Laix
Mara: (abrindo a portinha do sótão e subindo) Olá! Dormiu bem?
Carmin: Acho que não existe pessoa mais sonsa do que você.
Mara: Eu só fiz uma pergunta.
Carmin esta com os pés e as mãos amarradas para frente. Mara deixa seu celular em cima de um pequeno móvel para colocar a comida em uma distância considerável da prisioneira.
Carmin: Da próxima vez, você deixa lá fora que eu vou pegar.
Mara: Um animal selvagem precisa caçar o seu alimento. (se virando)
Carmin: Mara, qual é? Vai entrar mesmo da onda do Alex?
Mara: (voltando a ficar de frente) Isso não é problema seu.
Carmin: Nós sabemos que ele não vai me matar.
Mara: Não tenha tanta certeza.
Carmin: Convivi com o Alex a algum tempo e sei muito dele. Inclusive sei que ele só estar te usando, seu passo final vai ser se livrar de você.
Mara: Não pedir a sua opinião.
Carmin: Porque você sabe que é verdade. Só faz isso pra preencher o vazio dentro de si. Sai dessa Mara! O ódio não vai te levar a lugar nenhum. Você é uma grande sufista e pode conquistar o mundo por quem simplismente é, sem precisar...
Mara: Pode parar com essa conversa mole, eu não vou te soltar. (sai do local)
Carmin espera alguns segundos e vai se arrastando lentamente pelo chão até chegar perto do móvel. Consegue dar um pulo para ficar em pé e pegar o celular da Mara. Volta a sentar discando o número com os dedos, mesmo com a dificuldade de sua mãos amarradas, e com o ouvido atento se escuta algum passo da Mara voltando na escada.
Meio da Área comercial
Jandino: (atendendo uma ligação) Alô!
Carmin: Jandino, sou eu. (ela colocou no viva voz)
Jandino: Carmin? Onde você está? Como ligou para mim?
Carmin: Conseguir despistar a Mara e peguei o celular dela, por isso estou ligando confidencial.
Jandino: É arriscado...
Carmin: Só me escuta, porque preciso apagar a chamada. Você tem que alertar a Bia e o Manuel de que o Alex está planejando algo contra eles.
Jandino: Estou arrumando um jeito de te tirar daí antes.
Carmin: Não! Você precisa alerta-los. O torneio está chegando e eles precisam estar atentos.
Jandino: Não faz sentindo eu avisar se não sabemos o que é. Além disso, o Alex pode descobrir e fazer... o que ele disse que ia fazer.
Carmin: Eu sei me virar aqui dentro. Não se preocupa comigo.
Jandino: Como eu não vou me preocupar?
Carmin: É sério! Conta pra eles... Preciso desligar acho que a Mara está vindo. (desligando a chamada imediatamente)
Acomodações Laix
Ela rapidamente apaga a ligação do histórico e com mais um pulo deixa o celular onda estava com a boca, depois rola para o lado da comida.
Mara: A ração está boa? (pega o celular e sai)
...
Área VIP, Academia
Quemola estava no fim da academia sem camisa, batendo em um saco de pancadas, o que deixava seus cabelos um pouco caídos para um lado devido ao suor. Era inevitável os olhares das mulheres que passavam para o belo bicampeão.
John: Vai virar boxeador ou estar treinado para a próxima briga com o Alex? (sentando em um banco próximo)
Manuel: (mesmo ofegante dar uma breve risada) Nenhum dos dois... (mais um soco no saco e vem tirando umas faixas das mãos) Foi uma sugestão que recebi para controlar a minha raiva.
John: E você pode fazer isso por causa das suas costas?
Manuel: Fui no médico hoje e ele disse que eu já podia fazer de tudo. Só terminar a cartela de remédios agora. (enxuga seu suor com uma pequena tolha)
John: Tá pronto pra outro. (Eles riem) E aí, como foi a conversa com a Bia? Acha que ela desconfiou?
Manuel: Acho que não.
John: E você não vai mais contar a verdade?
Manuel: Claro que vou. Depois do torneio. Se eu falar tudo agora ela vai se desconcentrar da competição e eu também. Quero que ela aproveite já que voltou pouco tempo a surfar. (bebendo a água de sua garrafa)
John: E o Mariano?
Manuel: Conversei com ele quando dormir na casa dos Urquiza e ele disse para fazer o quiser.
John: Muito esquisito ele não contar para a filha.
Manuel: Talvez porque sabe que um sobrenome não define a pessoa.
John: Ou porque goste de você.
Manuel: Mas, quando souber sobre o acidente da Helena, não sei o que vai pensar de mim. (guardando suas coisas na mochila)
John: Não queria estar na sua pele. Você demorou muito cara, garotas não gostam disso.
Manuel: Ah é? E a Celeste em? Você nunca mais falou dela...
John: É porque não acontecer mais nada depois daquele dia, e daquela noite... (fala dando uma cotovelada no amigo ao lado que rir) Não nos vimos, nem nos falamos mais.
Manuel: Não gostou dela?
John: Ao contrário, não paro de pensar na Celeste. (olhando para o além)
Manuel: (estralando os dedos na frente do rosto do John) Isso significa que está apaixonado.
John: Eu não estou... é... eu estou... Estou apaixonado pela Celeste.
Manuel: (rir) Então, vai agora atrás dela. Você estar pior que eu.
John: Tem razão. Eu vou sim. (sai correndo e volta) Estou bonito?
Manuel: Está... mais ou menos... Por que? Vai assim?
John: Você que mandou eu ir agora.
Manuel: Se ela gostar de caras suados e com roupa de malhação...
John: Melhor eu ir tomar um banho banho e colocar um bom perfume... (sai correndo de novo)
Manuel: (grita) Boa sorte!
Restaurante dos Urquiza
Chiara: VOCÊ VIU O VICTOR?
Bia: Shiu! Fala baixo, não quero que o pai saiba. Eu mal falei com ele. Ver o Victor me fez lembrar ainda mais da Helena, além do fato dele ter nos abandonado quando a sua famílinha nos fez sofrer.
Chiara: Mas, porque ele foi ver o Manuel?
Bia: Disse que foi pedir desculpas pelo Alex.
Chiara: Sei não Bia, essa conversa está estranha.
Bia: Tem muitas coisas estranhas se tratando do Victor.
Chiara: Não falo do Victor, falo do Manuel.
Bia: O que tem o Manuel?
Chiara: O Victor aparecer do nada na suíte dele? Será que o Manuel não estar escondendo algo?
Bia: Tipo o que?
Chiara: É... realmente não faço ideia. Só se eles forem parentes.
Bia: Impossível! O Manuel não se parece com um Gutierrez, sem contar que ele me falaria.
Chiara: O Victor também sempre foi bonsinho, mesmo cometemos erros. Deve ter visto a matéria da briga, achou que o Alex passou dos limites e veio tentar falar com ele.
Bia: Pode ser, mas eu não me dirigir a ele com nenhuma palavra depois, e talvez por isso tenha ido embora sem me explicar direito. Confesso Chiara, que isso mexeu muito comigo. Mais do que descobrir sobre o Alex, foi ver o Victor depois de 10 anos.
Chiara: Sua cara está mostrando.
Bia: Nunca imaginei tudo que passaria vindo para cá.
(...)
27°. Nem a noite param nossos amantes de verão. O céu estrelado, o mar agitado e os ventos soprando sobre todos que caminham, jogam vôlei ou fazem aquela rodinha de cantoria com os amigos. Sem falar nos aventureiros que resolvem cair no mar com a prancha na escuridão... Mesmo as 21:00 hrs.
A garçonete Urquiza observa tudo isso, escorada na cerca de madeira perto da Área VIP.
Manuel: Posso saber o que a senhorita faz aqui a essa hora?
Bia: (virando) Oi... (sorri fraco)
Manuel: (a abraçando pela cintura) Só oi? O que foi? Que carinha é essa?
Bia: Não paro de pensar no que aconteceu hoje cedo.
Manuel: Sobre o Victor?
Bia: Ele entrou em contato com você de novo?
Manuel: Não. Ele tinha me dito que estava hospedado em algum hotel perto do clube, mas não sei qual.
Bia: Hum... (olha para o mar)
Manuel: Queria ficar sozinha?
Bia: Com você tudo é melhor. (sorrir fraco)
Manuel: Eu não gosto de te ver assim. Me diz o que fazer para você ficar bem?
Bia: Um abraço? (fala fazendo biquinho)
Manuel: (enquanto a abraçava forte e a balançava) Quando você quiser! Os abraços mais apertados do mundooo...
Bia: Obrigada!
Manuel: Quer entrar?
Bia: Quero.
Suíte do Quemola
Manuel: (entrando e jogando as chaves na mesinha próxima) Está com fome?
Bia: Não. Eu jantei em casa.
Enquanto a garota analisa o lugar com luzes baixas, Manuel pega um mini controle e liga o som numa música lenta e romântica.
Bia: Hum, o que é isso?
Manuel: (pegando nas mãos dela e a puxando para o centro) Lembra que o Rafael não deixou a gente terminar a nossa dança?
Bia: (sorri) Lembro sim...
Quemola leva as mãos de Bia até atrás de seu pescoço e em seguida coloca as suas na cintura dela, começando a se balançarem de um lado para o outro lentamente. O espanhol encosta seu nariz no dela e assim permanecem por alguns segundos.
Bia: (sussurrando ainda com os rostos colados) Vamos fazer um joguinho?
Manuel: Joguinho?
Bia: Confessamos coisas um para o outro.
Manuel: Você deu a ideia, você começa.
Bia: Está bem... (pensando) Eu confesso que não gosto de gatos, prefiro cachorros.
Manuel: É sério que é esses tipos de confissões que estava falando?
Bia: (rir) Pode ser o que quiser...
Manuel: Então, você não gosta de mim?
Bia: Como assim?
Manuel: Disse que não gostava de gatos.
Bia: Idiota! (Ele rir) Sua vez...
Manuel: Confesso que eu estou apaixonado por você.
Bia: É para falar coisas que não sabemos sobre o outro.
Manuel: Mas, eu nunca te disse isso.
Bia: Ok... (sorri) Eu confesso que te achei lindo desde quando se intrometeu no meu surfe.
Manuel: Confesso que só gosto de queijo na pizza.
Bia: (afasta seu rosto) Que? Não? Quem não gosta de queijo Manuel?
Manuel: Eu! (rir)
Bia: Isso é inaceitável.
Manuel: (rindo) Vai, agora é você...
Bia: Confesso que eu tirava 10 em todas as matérias, mas apertava a campainha da casa dos vizinhos e corria.
Manuel: Que menina rebelde! Vou contar pro seu pai...
Bia: (rir) Você...
Manuel: (encosta seus rostos pela lateral sussurrando em seu ouvido) Confesso que eu te acho muito gostosa.
Bia: Olha... se eu não estivesse toda arrepiada te dava um tapa agora mesmo.
Manuel: (voltando a olhar para a face da garota) Que violenta... não te conheci assim Beatriz. (ela bate em seu peito) Aí!
Bia: Isso é por ter me chamado de Beatriz.
Manuel: Desculpa Be... (ela para de dançar e o olha feio) bem, meu bem...
Bia: (rir voltando a dança) Minha vez, não é? Confesso que adoro quando você sussurra no meu ouvido.
Manuel: Confesso que eu quero duas coisas, mas não posso.
Bia: Quais?
Manuel: Confesso que eu quero você.
Bia: E quem disse que você não tem a mim? (ele fica em silêncio apenas encostando seus narizes novamente) Qual é a outra?
Manuel: Quer mesmo saber?
Bia: Falou, agora tem que continuar.
Manuel: (parando de dançar e olhando bem perto de seus olhos) Confesso que agora estou com muita vontade de tirar a sua roupa.
Bia: Ah... (abre a boca chocada)
Manuel: Você que começou com esse joguinho, só disse verdades.
Bia: Eu que não te conheci assim. Mas, quem te disse que não pode?
Manuel: Então, eu posso? (sorriso malicioso)
Bia: N-ã-o...
Manuel: Ok... Desculpa...
Bia: Também não disse que eu não queria.
Manuel: (se aproximando de novo de seu rosto) Agora você me deixou confuso.
Bia: Então, deixa eu te explicar...
Ela agarra a nuca dele e o espanhol a puxa pela cintura, trocando beijos intensos. Em um impulso, os dois se jogam no sofá e as trocas de contato físico faz com que o calor aumente, principalmente quando Manuel passa suas mãos por todo o corpo da jovem e começa a trilhar sequências de beijos no pescoço dela, aproveitando para falar em seu ouvido.
Manuel: (sussurrando) Quando quiser...
Bia começa a tirar a camisa do bicampeão e depois ele coloca suas mãos por baixo da blusa da brasileira tentando tirar seu sutiã, mantendo os seus rostos colocados entre beijos e suspiros.
Bia: Não é melhor irmos pra cama?
Manuel: (sorrisinho malicioso) A senhorita que manda.
O bicampeão pega a garota nos braços levando-a para onde desejam. Essa noite, eles permitiram ser entregues um ao outro.
_ _ _ _
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.