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História Bird set free - Mau dia


Escrita por: lanalways

Notas do Autor


boa leitura!

Capítulo 9 - Mau dia


Fanfic / Fanfiction Bird set free - Mau dia

Lauren’s P.O.V

Estava nas arquibancadas esperando o professor chegar quando vi a tal de Alexa chegar com duas outras garotas, uma loira e outra morena, elas eram bonitas mas não faziam o meu estilo. A Ferrer me viu e deu uma piscadinha e um sorriso, eu dei uma leve aceno com a cabeça de volta, não havia gostado muito dessa garota, mas posso estar tirando alguma conclusão precipitada já que não a conheço. Instantes depois, vi a Camila entrar na quadra e a Alexa se dirigir a ela, eu estava longe e não pude ouvir sobre o que estavam falando. O professor chegou em seguida e desci da arquibancada, me aproximando do grupo de alunas que se reuniam; Pablo, como ele tinha se apresentado, disse que iríamos fazer um jogo de queimado para aquecimento e me escolheu como líder de uma das equipes, me fazendo escolher um time. Ganhei no par ou ímpar com outra garota, olhei para o grupo na minha frente e foquei meus olhos na Camila, a escolhendo de primeira. Ela pareceu surpresa, e então a Alexa fez um comentário menosprezando a Camila, o qual não gostei – e a menina de aparência latina também não, mas permaneceu calada – então confirmei a minha escolha, o que deixou a Ferrer bem desgostosa.

O jogo começou, e ficou na cara que a Alexa não gostava nada nada da Camila. Todas as bolas dela iam em direção à morena, eu me esforçava bastante para pegá-las e terminar logo aquele jogo que estava ficando um pouco violento pro meu gosto. Foi então que uma bola da Alexa foi direto no rosto da Camila, que não estava preparada para desviar, e então ela caiu, aparentemente desacordada.

– Parem o jogo! – o professor gritou e correu em direção à Camila, e eu fiz o mesmo.

– Hey, vamos, acorde – eu falei dando leves tapinhas no rosto dela, tentando trazê-la de volta a consciência. Segundos depois ela abriu os olhos, pareceu bem grogue e tinha uma marca vermelha no rosto que provavelmente ficaria roxa mais tarde.

– Ela precisa ir para a enfermaria agora – Pablo falou, e me ofereci no mesmo instante para levá-la, alegando que assim ele poderia continuar com a aula. Ele concordou e me ajudou a levantar a Camila e então segui com ela, cambaleante, até a enfermaria, que por sorte ficava no térreo também.

– O que aconteceu? – perguntou uma senhora de jaleco assim que abriu a porta e olhou o estado da latina. Eu expliquei tudo rapidamente, e então ela guiou a Camila até uma cama e a ajudou a sentar. Eu me sentei numa cadeira do lado e esperei a senhora fazer uma breve inspeção nela e um curativo no seu rosto, que havia um pequeno corte e estava inchando devido o impacto.

– Vai ficar tudo bem né? – eu perguntei um pouco ansiosa.

– Vai sim, foi só um susto, já fiz um curativo e agora é só segurar essa compressa de gelo para diminuir o inchaço – ela falou e eu suspirei aliviada, eu me sentia meio culpada porque não sabia que a Camila pudesse ter alguma desavença com a Alexa, e eu posso a ter afrontado quando escolhi a morena para o meu time. Me aproximei da Camila com a bolsa de gelo na mão e pressionei levemente contra o seu rosto, ela gemeu, deveria estar doendo pra caralho.

– Me desculpa por isso, eu não sabia que a Alexa seria capaz de fazer um jogo sujo com você – falei sincera, e ela me deu um sorriso – ou tentou – fazendo uma careta logo depois, ela parecia ter o dom de ficar fofa até com o rosto machucado.

– Não se preocupe, a culpa não foi sua, a Alexa já me odiava antes – ela falou ainda com a careta no rosto, presumi que não deveria fazer mais perguntas.

– Já posso ir embora? – ela perguntou à enfermeira, que deu mais uma olhada no rosto dela e assentiu, falando que só era preciso continuar com a pressão de uma bolsa de gelo quando chegasse em casa, então saímos da enfermaria em direção a saída do colégio.

– Você está bem mesmo? Quer que eu te acompanhe? – perguntei para ela, que aparentemente estava bem, o gelo havia diminuído o inchaço.

– Estou bem, não precisa, vou pegar o ônibus – assenti e virei as costas para ir embora.

– Lauren – ela me chamou e virei de volta para ela – muito obrigada por tudo, de verdade – eu dei um sorriso em resposta e caminhei até minha moto, dei a partida e saí do estacionamento, não sem antes olhar mais uma vez para a morena sentada no banco do ponto de ônibus.

Camila’s P.O.V

Eu realmente odeio a Alexa Ferrer. Como se já não a odiasse antes. Hoje ela surtou pelo simples fato de eu ter sido escolhida primeiro para um time de um jogo estúpido, o que me custou uma bela de uma bolada no rosto, tive sorte de não ter quebrado nenhum osso – acho que já estou exagerando – e da Lauren ser tão prestativa. Lauren. Lembro de ela ter me erguido do chão e me ajudado a ir até a enfermaria, ficou preocupada comigo e até se ofereceu para me acompanhar, mas recusei e ela foi embora numa moto – nunca fucking moto, diga-se de passagem –, ela era diferente das outras pessoas, um diferente bom. Talvez agora eu já tivesse alguma opinião formada sobre ela para contar para o Harry, e ela era positiva.

O ônibus estava demorando um pouco para chegar e eu já estava ficando impaciente porque meu rosto tinha voltado a doer, deveria ter pedido uma bolsa de gelo à senhora Harrison – a enfermeira – mesmo que ela durasse só algum tempo. Dez minutos depois, finalmente, o ônibus chegou e eu fui para casa. Ele me deixava na esquina da minha rua, coisa que eu adorava, principalmente hoje, não queria ter que ficar andando com aparência de quem levou uma surra. Cheguei em casa e minha mãe estava na cozinha, assim que ela me viu correu em minha direção, me enchendo de perguntas.

– Camila, o que aconteceu? Você está bem? Por que seu rosto está assim? Alguém fez alguma coisa com você? – Aquela enchente de perguntas já estava me deixando zonza.

– Eu tô bem mãe, não foi nada, eu só me acidentei na educação física – eu não iria dizer que uma colega havia tentado acertar a bola em mim várias vezes, aliás, eu nunca contei pros meus pais que tinha gente que me infernizava no colégio, seria só uma preocupação idiota para eles, que já possuem tanta coisa importante para se preocupar.

– Vem aqui filha, deixa eu pegar uma bolsa de gelo para você colocar – ela disse abrindo um armário enquanto eu fui pra sala sentar no sofá. De repente vejo meu pai descendo as escadas, o que era estranho, já que eram três da tarde e ele só costumava chegar do trabalho depois das sete.

– Papa, o senhor em casa a essa hora, liberaram mais cedo? – perguntei franzindo a testa. Ele estava com a aparência meio triste, sentou no sofá junto comigo e suspirou antes de falar.

– A empresa fez alguns cortes no orçamento e despediu alguns funcionários, e infelizmente eu fui um deles – ele disse acariciando meu cabelo.

Não, não podia ser, não novamente. O meu dia não poderia terminar de um jeito pior.


Notas Finais


foi isso, obrigada por lerem (:


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