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História Black - RED - Verdades parte I


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Para minha leitora que chorou com o ultimo cap.
Para você Nanko
Boa leitura.
Bjos Josy

Capítulo 29 - RED - Verdades parte I


Eu saio assim que Jellal se afasta, me retirando da situação. Dizendo a mim mesmo que era a decisão certa a fazer. Talvez seja melhor, eu não sei quem ela é, ou até mesmo o nome dela. 

Lisanna explodiu meu telefone durante toda a noite, até eu acordar esta manhã com seu telefonema constante. Eu coloco pra vibrar - já tive o suficiente - eu vou lidar com ela quando eu voltar. 

Eu decido que a melhor opção é deixar esta mulher loira. Uma mulher que eu sei de fato que não é minha parente, mas de alguma forma é ligada à mim, e pra ela é melhor sem mim por aqui. Ela não precisa de alguém como eu, alguém tão... quebrado. 

No momento em que eu abro a porta do hotel com a minha bolsa na mão e pronto para sair, ela está lá, a mão levantada para bater na porta. Óculos de sol cobrindo os olhos, mas eu ainda sinto sua surpresa quando ela me vê. As mãos dela caem para o lado dela, e eu posso sentir seus olhos perfurando os meus. 

— Eu estava de saída — eu digo a ela, sem saber o que dizer ou fazer. 

Ela abre a boca, em seguida, fecha. Abre novamente, em seguida, olha para mim um pouco mais. — Eu queria saber se poderíamos conversar? — ela consegue perguntar. Eu aceno com a cabeça e puxo a porta, caminhando para trás para permitir a sua entrada. Ela passa por mim e eu recebo um aroma de seu perfume, ela cheira a flores, é um inquietação, doce e amorosa. 

Eu fecho a porta e me viro para observá-la, enquanto ela olha em volta da pequena sala do hotel. Sua mão se arrasta ao longo do gabinete da televisão, suas unhas pintadas de vermelho da festa de ontem à noite. Ela para quando me ouve se mover, seu corpo com curvas apertadas e ela olha para mim, retirando os óculos, mostrando seus olhos castanhos. Ela é tão bonita. 

— Você sabe quem eu sou? — eu quero chamá-la de Red. Eu sei que daqui em diante cada vez que ver a cor vermelha, ela será associada com ela. 

— Não! Você sabe quem eu sou? 

Sua cabeça cai, ela limpa o canto de um olho e olha para mim novamente. — Sim. Eu te conheço melhor do que ninguém. 

— Como?

Ela dá um passo para a cama e se senta sobre ela, cruzando as pernas e dá um tapinha na frente de sua saia antes dela olhar para mim. — Eu conheço você tanto em termos amigáveis, como físicos. 

— Nós fodemos?

Ela recua pela minha escolha de palavras. — Sim.

— Eu tenho certeza que eu fodi um monte de mulheres, Red. 

— Red? — ela pergunta, ignorando a minha observação sobre as outras mulheres. 

— Sim. Eu não sei o seu nome, por isso eu a associei à Red. 

— Por causa da Red? 

Eu balanço minha cabeça, isso não responde a qualquer coisa que eu preciso. — Você parece usá-lo muito, e a sua fundação é chamada de Red. 

— É. — ela sorri. 

— Há quanto tempo nos conhecemos? 

Ela olha de volta para sua saia e a escova, mesmo que ela não se moveu. — Desde que eu tinha dezesseis anos. 

Eu dou um passo para trás. Isso é muito tempo para conhecer alguém, e isso é uma grande quantidade de memória para esquecer. — Dezesseis... — é tudo o que posso murmurar. Só então o meu telefone vibra, e eu nem sequer olho ou penso quando eu atendo. Os olhos de Red estão em mim enquanto ela observa. — Sim — é tudo que eu consigo dizer, olhando para ela, tentando pensar apenas na menor coisa que poderia me lembrar... nada. Essas palavras me distraem tanto que eu não penso duas vezes quando eu atendo o telefone. 

— Baby, eu sinto tanto sua falta. Venha para casa, — a voz de Lisanna  geme em meu ouvido. Eu puxo o telefone para longe, querendo me dar um soco por ser estúpido o suficiente para atender. 

— Lisanna, quando eu estiver pronto. 

— Mas, baby, eu o quero tanto. Ninguém pode me tocar ou me foder como você.  

— Não agora, —, eu respondo e desligo. Red não parou de olhar para mim, os olhos arregalados. 

— Você... — sua voz é instável, — ...tem uma namorada? Ou esposa? — ela se levanta agora, não sendo capaz de se sentar por mais tempo. 

— Sim. 

Sua cabeça treme. — Sim para o quê? — suas mãos se jogam para cima e caem de volta para seu lado. — Esposa? 

— Não. — sua mão voa para seu coração como se ela estivesse aliviada. — Eu preciso ir, — eu finalmente digo. Sabendo que eu vou ter que lidar com Lisanna quando eu voltar e é a última coisa que eu quero fazer. 

— Sair? — ela questiona. Eu aceno com a cabeça para ela. — Nós precisamos conversar, você não pode sair. Eu preciso saber que é você, e não apenas a minha imaginação.  

— A sua imaginação? — eu a questiono. 

— Sim, se não é minha imaginação tentando enganar o meu coração. 

— Me dê seu telefone. — eu seguro minha mão e ela me dá um olhar interrogativo, em seguida, enfia a mão no bolso da saia e o puxa para fora, entregando para mim. Sua tela bloqueada tem uma foto de três crianças nela. Eu olho mais tempo do que o necessário, antes de desbloquear, em seguida adicionar o número do meu telefone. 

— É Zeref, — eu digo a ela entregando seu telefone de volta. 

— Zeref? — ela questiona. 

— Sim, o meu nome. 

— Isso não pode ser real, simplesmente não pode. — ela dá um passo mais perto e toca meu rosto. Eu não me movo e deixo sua mão me tocar. — Tem que ser você, mas não posso... — ela abaixa a mão e balança a cabeça. — Eu posso ligar para este número? — ela pergunta depois de um momento de silêncio. 

— Sim. 

— Quando? — ela pergunta novamente. 

— A qualquer hora. 

Sua cabeça balança em um aceno lento. — Posso te perguntar qual foi sua primeira memória? 

— Memória? — eu a questiono. 

— Sim, eu preciso saber do que você se lembra. 

— Eu não tenho qualquer memória além dos últimos cinco anos. Quando eu acordei, eu não conhecia nada nem ninguém... nem mesmo eu. Me lembro de ver um monte de preto.  

Sua respiração é áspera, rápida e afiada. — Obrigada, — ela diz e começa a sair, ela para quando ela está perto de mim e se inclina colocando um beijo suave na minha bochecha. — Eu senti sua falta, — diz ela, em seguida, ela se foi. 

***

Às vezes tenho uma dor inegável. A dor é tão profunda que eu acho que estou danificado, na verdade, eu sei que eu estou danificado. Eu vejo as mulheres em todos os lugares, e se alguém tem o cabelo louro e longo, eu sinto a necessidade de segui-la. Algo que eu também não entendo. O que há com a mulher loira que me assombra assim? É ela, Red? Ela é a razão que durante cinco longos anos, quando eu vejo uma loira ou olhos castanhos, algo dentro de mim para? 

A albina no bar vira a cabeça na minha direção e eu imediatamente abandono tais pensamentos, ela não é nada como Red, a unica coisa parecida são os olhos castanhos mas sem aquela beleza. Ela pula em mim, envolvendo suas pernas em volta da minha cintura. Suas mãos no meu rosto, os lábios pousando nos meus. Eles começam a se mover, mas eu não faço nada, apenas continuo lá. Ela recua, percebendo isso e solta as pernas, olhando para mim. 

— O que há de errado com você? — ela pergunta, suas primeiras palavras desde que cheguei. Balanço a cabeça e puxo minha bolsa por cima do meu ombro enquanto passo por ela. Ela me segue até as escadas para o meu quarto. — Fale comigo, Zeref. 

— Esse é mesmo o meu nome, Lisanna? 

Ela para e seus olhos castanhos se arregalarem. Eu não sei por que eu amava tanto seus olhos, quando eu olho mais perto, eles não são o castanho que me assombrava. — Por que... por que você diz isso? — ela consegue falar, um confuso olhar cruzando seu rosto.

Como se ela não tivesse ideia do que estou falando, mas suas reações anteriores lhe denunciaram. 

Eu começo a pensar, realmente pensar e começo a montar as mentiras. Agora acredito que ela enche a minha cabeça com mentira após mentira. Isso é apenas para os benefícios dela. 

 

Quando acordei, foi o rosto dela que eu vi pela primeira vez, seu rosto que estava ao lado da cama. Me lembro de tudo claro como o dia. 

Principalmente porque eu só conseguia me lembrar de pouco, apenas os últimos cinco anos, e eu queria o resto. Eu queria tudo de volta. — Baby... — foram suas primeiras palavras. Ela se sentou ali, segurando minha mão. Eu vacilei e puxei minha mão para longe dela. Por que esta estranha está me tocando e me chamando desse nome? Ela estava em cima de mim, seus olhos agora bem à vista. Ela era linda, sexy até. Eu podia me ver fodendo alguém como ela, mas eram os olhos que me atraíram para ela. — Lisanna... esse é o meu nome, Zeref. Você se lembra? — suas palavras não faziam sentido, eu não as entendia. Com quem diabos ela estava falando? Eu fui me mover e uma dor passou por mim, minha mão queria recuar... minhas costas estavam gravemente feridas. — O que aconteceu? — perguntei a ela, claramente não tendo nenhuma ideia do porque eu me sentia como a morte. Eu não conseguia me lembrar de uma única coisa, não importa o quanto eu tentasse. — Você foi fazer um trabalho, deu errado... — ela parou de falar e olhou para trás. Eu tentei seguir a sua linha de visão e não vi nada lá. — Você levou um tiro, — disse ela olhando para mim novamente. — Por que não consigo me lembrar de nada? Ou quem você é? — ela não perdeu tempo quando ela respondeu como se ela soubesse que isso ia acontecer. — Eu sou sua namorada. Nós estivemos juntos durante anos, você não me reconhece? — Não, — foi a única resposta que eu poderia dar a ela. Sua mão estendeu e tocou o lado do meu rosto, com ternura. — Você vai, baby, tudo vai ficar bem. — seu nome foi chamado. Ela colocou seus lábios vermelhos no meu rosto, me beijou suavemente e saiu pela porta, me deixando me perguntando quem diabos ela era. 

 

— Fique em outro lugar esta noite, — eu digo vindo da minha memória dela. Seu rosto enruga, o lábio inferior faz beicinho. Eu ignoro e passo direto por ela, indo para o meu quarto. Quando eu abro a porta, August está sentado na minha cama, me olhando quando eu entro. 

— Prez? — eu questiono, jogando minha bolsa no chão na porta. Seus olhos mudam para a minha bolsa, então para mim. 

— Você se foi por um tempo, Zeref. — seus olhos são duros quando ele olha para mim, então ele levanta um pouco para lançar uma foto para os meus pés. Eu olho e vejo que é uma foto minha com Red - ela na minha porta, no hotel. 

— Você me seguiu? — meu corpo está relaxado, minha voz não está alta. Eu não estou nada além de relaxado, mas eu estou pronto para o que ele quiser. 

— Você ignorou os pedidos de Lisanna. Ignorou a gente.  

Minha cabeça balança. Problema, isso é tudo o que a menina é. Como é que eu nunca vi isso tão claramente antes? 

— Lisanna? Sério? Sobre isso... — eu pego a foto do chão e guardo. Ele observa meus movimentos e sei imediatamente que foi um erro. Eu não deveria ter feito isso. — Mande a sua menina aquecer a cama de outra pessoa, porque ela com certeza não vai mais estar na minha. 

Ele se levanta bruscamente, dando dois passos mais perto de mim. — Cuidado Zeref, aquela loira pode tê-lo feito pensar de forma diferente. Basta se lembrar que esteve aqui durante os últimos cinco anos. E é melhor você se lembrar de que somos bons no que fazemos, e o que nós somos capazes de fazer. 

— Isso é uma ameaça? 

— Sangue... sangue para sair, irmão. Você não vai sair sem sangue derramado, e pode não ser o seu. — seu sorriso o faz pensar que ele tem a mão superior. Mal sabe ele que ele não me assusta, eu ficaria feliz em matar todos eles e não piscar duas vezes.  

* * *  

— Você está indo embora de novo? — Ivan olha para minha bolsa no chão, a que eu não desempacotei desde que August saiu do meu quarto. Estive aqui o dia todo, tentando pensar, tentando me lembrar de algo. É como um buraco negro que eu não posso quebrar, não importa o quanto eu tente. 

— Por quê? — ele para na porta e não se move muito, ele é provavelmente o único que pode ficar para conversar, mesmo que ele queira Lisanna. Inferno, ele pode tê-la. 

— Ouvi dizer que você a expulsou. Prez ordenou que eu mantivesse um olho em você. Você deve ter feito alguma coisa para o irritar. — ele estralou os dedos. 

Quero saber se posso conseguir tirar a verdade dele. Eu sei de fato que eu poderia torturá-lo. Todos eles parecem ser homens fortes, mas eu tenho certeza que eu poderia quebrar todos e cada um deles. — Você vai ser honesto comigo? — suas sobrancelhas sobem, mas ele acena com a cabeça que sim. — Há quanto tempo você me conhece? 

Ele começa a ficar incomodado, olhando em todos os lugares, menos para mim, em seguida, olha para a porta. 

— Ivan.

— Eu conheço você desde sempre, irmão. — é uma mentira, eu posso ouvir isso. 

— Honestidade Ivan, última chance. 

— Cinco anos, — diz ele. Se eu não estivesse olhando para ele, observando seus lábios, eu não o teria ouvido. Eu sei disso. 

— Porra! — eu xingo. 

— Qual era o meu nome, Ivan? Era Zeref?  

Sua cabeça balança. — Você não pode dizer a eles que você sabe, ou que eu disse a você. 

— Nome? 

— END... te chamam de END. Você é o que todos queriam, e August conseguiu o prêmio. 

— Lisanna? — eu pergunto, ele sabe o que estou dizendo. 

— Você nunca a conheceu antes, mandaram ela bancar a namorada. Ela não se incomodou em recusar depois que te viu. 

— Cadela fodida. 

— Ela te ama, mesmo que fosse para usar você em primeiro lugar... se ela não amasse não usaria aquela maltida lente de contato o tempo todo... ela te ama. 

— Ivan, pare! Eu sei que você a ama, cresça e diga a ela.  

Sua cabeça cai de vergonha. Eu não posso suportar muitas pessoas, mas eu posso suportá-lo em pequenas doses. 


Notas Finais


Gostaram?
Bjos até amanhã
Josy


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