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História Black - Reencontro


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Gente, eu sei que disse que só voltaria segunda, mas hoje é o aniversário da Linda da Vivi, Parabéns amor tudo de bom. bjos.

Capítulo 3 - Reencontro


Lucy Pov’s

 

Estou feliz. Então eu estou triste.

Estou voando. Então eu estou caindo.

Eu estou gritando. Então eu estou chorando.

Então eu o vejo, um anjo, mas ele se parece com o diabo. Ele se inclina na frente do meu rosto, e eu escovo o seu rosto com os dedos.

Tenho que toca-lo, senti-lo.

Mas ele recua, como se eu o queimasse. Talvez eu tenha?

Ele está de pé.

Ele olha.

Ele anda.

Em seguida, ele grita.

Sim um belo diabo ele é.

 

Natsu Pov’s

 

Esse grito era como preto chamando preto, solidão chamando solidão. Por isso corri, eu não entendia o por que, mas sabia que precisava encontrar a fonte do mesmo.

Abrindo apressadamente duas das varias portas daquele lugar, encontro a garota que eu pensei que eu amava há dez anos. 

Ela está no chão com uma faixa envolvida em torno do braço. Uma seringa suja de sangue os seus pés. Ela estava sentada, com  as costas contra a parede, olhando para cima, com os olhos fixos em mim, como se ela soubesse exatamente quem eu sou. Sua pele está coberta de marcas, seu corpo magro, praticamente em pele e osso,  suas costelas aparecem através de sua pele e um vestido apertado está envolvido em torno de seu corpo. Seus olhos estão vidrados e maçantes. Seu cabelo loiro, uma vez brilhante está agora sem vida, olho em volta, e vejo outras meninas que caminham para fora ou estão sob o efeito de drogas. 

Eu começo a andar de um lado para o outro, pensando no que fazer. Eu deveria deixá-la onde ela está? Eu não conheço essa mulher, eu não sei quem ela é agora. Então novamente ela olha para mim como se ela realmente soubesse quem sou, e um rugido rasga da minha garganta.

Eu não posso deixá-la, mas ainda não sei que decisão tomar. Seus olhos estão colados aos meus como se ela estivesse avaliando minha reação, mas eu sei que não é essa a verdadeira razão, ela está assim por que esta drogada. Tudo o que ela inseriu em seu braço está mexendo com a sua cabeça.

Eu fico lá a olhando sem me mover. De pé, imóvel, sem saber o que fazer, ou como ir com isso.

Eu pensei que tinha a amado uma vez, mas agora eu tenho certeza, os sentimentos que tenho por ela são incomuns. Ela me faz sentir coisas que nunca senti antes, faz meu coração fazer ruídos que pensei ser impossível um coração fazer, ainda mais o meu. 

Ela é incomum e original.  Estranha, mas bonita ao mesmo tempo.

Ela geme, me tirando dos pensamentos que tenho ao seu respeito. Ela não me reconhece, eu tenho certeza, ela teria dito alguma coisa, qualquer coisa, se ela o fizesse. Mas nenhuma palavra é dita. 

Eu sei que ela pode falar, e até mesmo gritar se quiser, porque ela se vira para a garota ao lado dela, que no momento está colocando uma agulha em seu braço, e ela grita com ela para devolver. A menina próxima a ela não ouve, ou opta por não ouvir, enquanto ela esvazia a seringa em seu braço, Lucy se lança para frente, as mãos batendo no chão, pegando todas as drogas que ela consegue. Eu balanço a minha cabeça, sem ter ideia do que fazer.

— Você esta aqui para nos foder? — sua voz está seca, ao contrário do que eu me lembrava. Ela está olhando para mim, seu corpo agora deitado no chão sujo, se cobrindo com seu próprio sangue. Em seguida, ela sorri e desmaia, eu não tenho certeza de quanto sangue ela está perdendo, mas seus olhos não escondem o fato de que sua alma está morta.

Me viro e caminho para fora, a morena que eu tinha fodido há poucos minutos mais cedo está encostada na parede do lado de fora da porta. Ela solta o fôlego, soltando a fumaça de sua boca, e sorri.

— Você é viciado? — pergunta ela, olhando por cima do ombro para as meninas no quarto, Lucy está no chão, com sangue em torno dela. Eu balancei minha cabeça, sem me incomodar em responder.

— Aquelas meninas fariam qualquer coisa pela droga... — mais fumaça sai de sua boca, — ...e eles sabem, — diz ela, batendo na bunda, saindo andando e rebolando.

Ela é o tipo de garota, que fode e sai. Eu gosto disso e eu quero provar de novo. Eu me viro uma última vez. Seus olhos estão abertos, e ela está olhando para mim. Eles piscam uma vez, e de novo logo em seguida.

Porra!

Eu a pego, e jogo sobre meu ombro. Ela é leve, tão leve quanto uma criança. Ela não faz nenhum barulho enquanto a levo para fora. Gray fica estático quando me vê e se aproxima. Ele olha para mim, depois para ela.

— Eu preciso do seu carro — digo a ele.

— Essa cadela está sangrando. Ela não vai entrar no meu carro. — ele balança a cabeça como se não pudesse acreditar que eu fiz essa pergunta.

— Eu vou pagar a limpeza. Agora me dê as chaves. — eu estico a mão, e ele relutantemente as puxa de seu bolso.

— Quem é a cadela? — pergunta ele, acenando com a cabeça para Lucy. Pego as chaves e caminho até sua caminhonete. Destravando a porta de trás, eu a jogo. Eu não sou bom nisso, mas ela não precisa de alguém bom.

Nenhum ruído vem do banco de trás, nem mesmo um gemido. Quando eu finalmente chego em casa, eu verifico para ter certeza que ela ainda está viva, sua respiração está fraca. Eu a pego, odiando o cheiro que emana dela, e caminho até a casa.

Eu tenho um quarto no andar de baixo, se você pode chama-la assim. Ele não tem muito, apenas uma cama de aço, um vaso sanitário, chuveiro, e nada mais. As paredes são simples e chatas.

Eu a deixo de novo, minha camisa branca, esta agora vermelho opaco, devido a seu sangue. Ela rola quando eu a coloco para baixo, saio e pego algumas cordas, quando volto sua cabeça está pendurada para fora da cama e ela vomita no chão. Ela não tem muito para vomitar, então quando termina, a empurro de volta com força, segurando-a no lugar, eu pego o primeiro pulso e encaixo a braçadeira na cama, e repito o processo com o segundo, e seguida com suas pernas, depois posiciono um travesseiro sob a cabeça dela, para caso ela vomite novamente não sufoque com o próprio vomito.

Me afasto um pouco e começo a avalia-la, o sangramento de sua perna parou, e parece que ela tem uma laceração profunda. Seu vestido é curto e sujo, e sua aparência é a de uma prostituta de rua que não foi paga.

Minha cabeça dói, está latejando. É muita coisa para lidar, muito trabalho a ser feito, e eu não tenho tempo para ser babá de uma viciada em drogas. Especialmente aquela que é um fantasma do meu passado.

Eu a deixo onde ela está, amarrada à cama, sem escapatória, e marcho até as escadas para o meu quarto. Todas as luzes estão apagadas, mas eu sei que há alguém na minha cozinha. Ele tenta ser subserviente, tentando ver se eu posso pegá-lo. E eu posso, eu simplesmente opto por deixá-lo acreditar que ele pode se deslocar sobre mim, que ele pode de alguma forma me superar no que eu faço melhor.

— Vá para casa — murmuro a ele, quando ele dá um passo a partir dos limites da escuridão e eu vejo o seu rosto. Me lembra de mim quando eu tinha a idade dele, golpeado e ferido. Eu opto por não reconhecê-lo e apenas balanço a cabeça. Eu não preciso disso. Por que tudo é tão grave hoje?

— Você pode dormir no sofá, mas se você for para o quarto no andar de baixo, você vai desejar a morte. — ele acena com a cabeça, os cabelos pretos arroxeados saltando para cima e para baixo.

— Você tem uma mulher amarrada ou algo assim? — ele brinca. Mal sabe ele que o que ele acabou de dizer é mas pura verdade.

— Saia de manhã... e vá para a escola. — eu jogo uma nota de vinte dólares para ele. Ele sorri, e assim que me sento ele se senta e liga a televisão.

Eu encontrei Romeo um dia tentando entrar em minha casa. As crianças locais lhe disseram que se ele fizesse, eles lhe pagariam cem dólares. Ele fez isso, sem saber qual casa era, mas as crianças sabiam. E assim que ele fez, eles correram como gatos.

Ele entrou na minha cozinha e eu o peguei pelo colarinho antes gritasse. Ele achou que não tinha ninguém em casa, já que estava escura. Ele pensou que estava ganhando pontos, tentando impressionar a galera legal da escola. Ele não conseguiu nenhum dos dois, exceto crianças que se intimidavam, possivelmente, um pai que o batia. Poderia ser pior. Eu conheço um monte de pessoas que tiveram o pior. Eu sou uma delas. 


Notas Finais


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