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História Black And Green - Tempestades


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Olhaeu aqui shaushauhsua' ;c
Sorry pleoples tô meia lenta esses dias.
Mas aqui está outro capítulo, espero que gostem!

Capítulo 20 - Tempestades


- Abriu os olhos lentamente. Não lembrava se havia sonhado alguma coisa, ou se não, mas sentia-se bem o suficiente para dizer que havia dormido bem. A chuva caia pesadamente lá fora e trovões rimbombavam ao longe. Seu quarto estava mais gelado do que de costume, o que contrastava com o calor que estava sentindo ali embaixo dos lençóis.

 Maeve em algum momento do seu sono havia se virado novamente para Severo e o abraçado. Ele não se mexeu por algum momento, apenas observando o rosto da morena e a respiração calma e tranquila. O rosto quase sempre astuto e pronto para seus sorrisos tortos e olhares desafiadores, agora mais parecia com o de uma boneca, os cílios longos faziam sombras leves em sua pele pálida e em seus lábios havia apenas a impressão de um sorriso. Entretanto também havia um cansaço estampado, de alguma forma o moreno percebeu que ela não estava de fato bem depois de tudo aquilo. Permitiu-se por alguns segundos passar o polegar na curva da maçã do rosto de Maeve.

 Entretanto, era dia de aula. O relógio antigo na parede mostrava que se eles não se apressassem as coisas virariam um pandemônio para ambos.

        - Está na hora de acordar. – Sussurrou no ouvido dela.

         Maeve se mexeu para mais perto dele.

        - Já? – Estava um pouco rouca.

        - Já. E eu tenho certeza que a professora Trewlaney não irá apreciar atrasos.

        - E eu vou apreciar se ela parar de ficar prevendo minha morte. – Murmurou mau humorada.

        Maeve soltou-o e se sentou escorregando habilmente para fora da cama. Pegou o seu robe e o vestiu em alguns movimentos rápidos.

        - Tem apenas meia hora se não quiser ficar sem comer.

        - Até depois então. – Ela correu pelo quarto passando pelo escritório, mas voltou. – Esqueci um negócio.

        - O que... – Severo ia falando, mas foi interrompido.

        Maeve lhe deu um beijo rápido que o pegou de surpresa. Se não estava atento o beijo lhe deixou. Ela saiu quase saltitando.

        Não sabia se ele se irritaria ou não, mas preferiu não esperar para saber.

        ✥✥✥

 

        - Bom dia meus queridos alunos. – Disse Sibila com toda aquela sua aura espectral fingida. – Hoje iremos para um ramo muito curioso da adivinhação, algo que provavelmente irão lhe agradar muito.

        Maeve ignorou quase tudo que ela estava falando. Estava concentrada em marcar várias espécies de feitiços em seu livro sobre Quiromancia. Lembrava-se de que aqueles seriam de fato úteis no Clube de Duelos à noite.

        - Ei, eu nunca vi esses feitiços. – Draco pareceu interessado no que ela escrevia.

        - Alguns eu criei, outros meu tio-avô Augustus me ensinou. Esse daqui – Ela apontou para o último na lista. – É útil se você quiser fazer a pessoa parar no momento em que está se movimentando. Você pode zoar ela de alguma forma e ela nunca vai saber como aquilo foi feito.

        - Isso é muito legal. Quero testar alguns desses depois. – Sussurrou olhando melhor o pergaminho de Maeve.

        - Suponho que queira usar no seu suposto adversário. – Maeve piscou como se soubesse os planos do amigo.

       - Como é um método muito prático talvez seja o melhor para vocês. – Trewlaney andava com aquele disparate pelas duplas quando parou em frente aos dois. - Ora, por que não começamos o nosso estudo de adivinhação pelo método druida com vocês Draco e Maeve?

        - Que eu saiba só Merlin e os druidas treinados por ele sabiam ao certo o que essa adivinhação queria dizer. – Maeve começou a discussão.

        - Ela tem razão, já li em vários livros que as vezes o resultado é impreciso e é necessário prestar atenção em outros fatores para poder realmente afirmar do que se trata a adivinhação. – Hermione que havia dado uma segunda chance a aquela aula, intrometeu-se como sempre fazia. Ela e Maeve não caiam facilmente no papo da professora.

        - Por isso ele escreveu o livro “Como Entender a Divinação Druida – Outros Fatores Observáveis”. Se nem o Merlin tinha fé em toda essa precisão por que teríamos? – Maeve continuou.

        Hermione sorriu. Até que enfim tinha achado alguém que também via o tamanho embuste que era aquela professora.

        Draco parecia se segurar para não rir. Se tinha alguém que estava arrumando muita confusão eram os dois, e se não tomassem cuidado seriam expulsos. Trewlaney e seus olhos que mais pareciam olhos de besouro por conta dos óculos parecia irritada e no mais se sentindo afrontada não apenas por Hermione, mas também pela garota que todos aos poucos percebiam se tornar a joia preciosa da Sonserina.

        - Vocês duas não tem a aura perfeita para esta matéria. Como eu sempre disse a Granger direi a você, Lesley. Você não tem visão interior para uma arte delicada como essa.

        - Hermione é uma das pessoas mais inteligentes que já vi em Hogwarts, se até ela concorda comigo, tem algo um tanto quanto peculiar aqui, não é? Mas já que insiste vamos lá, vamos ver o que as folhas revelam.

        Maeve fez toda a divinação não apenas pelo movimento e lados das folhas, mas tendo em vista outros preceitos que Hermione apontou enquanto as duas faziam uma breve análise. A dupla de garotas explicava tão bem como funcionava e o resultado que a maioria ficou apenas olhando para Sibila.  Ela parecia ter sido pega em alguma mentira.

        - Às vezes eu tenho medo de você sabia? – Draco cutucou Maeve quando eles desciam da torre que era a sala de aula de Trewlaney.

        - Eu só estou tentando entender por que Dumbledore deixou esta criatura dando aula sobre isso.

        - É o mesmo que eu me pergunto. – Hermione falou atrás deles.

        - É o mesmo que todos se perguntam. Eu particularmente me senti aliviado quando ela parou de ver morte em tudo que eu fazia. – Harry comentou alguns degraus acima de Hermione. – O ruim é que agora você é a vítima. – Sorriu torto.

        - Eu não me importo até, já falaram tantas vezes que eu ia morrer que estou esperando meu passe livre para o outro lado. – Maeve piscou.

        - Mas, e se você morrer mesmo? – Rony pareceu assustado.

        - Não se preocupe, Rony. Uma hora vai acontecer. – Sorriu. – Mas não por que a Trewlaney disse.

        O quarteto riu, e Harry olhou para Draco que estava sisudo.

        - Vai querer revanche no duelo desta noite?

        - Claro, Potter. De hoje você não passa. – Draco deu um sorriso maldoso. – Vamos, Maeve.

        - Tchau pessoal! – Maeve deu tchau e saiu descendo quase correndo com Draco que trombava aqui e ali com alguns Grifinórios.

✥✥✥

 

        - Sei que passaram a semana ansiosos, não é? Adoram esse clube tanto quanto eu. Hoje eu irei mudar as duplas para que todos possam conhecer os pontos fortes e fracos de cada um que está aqui. Garotas não fiquem com raiva quando eu escolher a minha oponente hoje, admiro todas vocês.

        A maior parte das meninas suspiravam como se estivessem enfeitiçadas. Maeve parecia ser uma das poucas que enxergavam aquilo como uma imitação de carisma muito barata. Draco parecia realmente pronto para acabar com qualquer um. Aquela empolgação dava a impressão a Maeve de que algo não muito interessante aconteceria.

        - Procurem seus oponentes, e cuidado para não haver tantas disputas. – Aquela piscada de olho fez a maior parte das garotas sorrir. – Ah, Maeve, quero que faça par comigo hoje.

        Lockhart havia se virado abruptamente para o lado de Maeve que estava encostada em uma das paredes com cara de cansada. Ao ouvir aquilo uma carranca má humorada desconhecida apareceu em seu rosto. Entretanto, não disse nada e foi para o lado de Lockhart que estava ao centro do salão.

        O professor de poções se tinha passado o dia bem-humorado para alivio de alguns, agora tinha uma cara tenebrosa que fazia qualquer um se afastar de onde estava. Não percebia, mas se estivesse realmente prestando atenção saberia que estava olhando para Lockhart com um dos olhares mais assassinos que já tivera. Acabou tendo que fazer dupla com Pansy que sorria vitoriosa.

        - Me diga, qual o segredo da sua beleza. – Lockhart pareceu perto demais de repente.

        - Nenhum, apenas sou eu mesma. – Maeve cortou. O que não o deixara satisfeito.

        - Que mal humor foi esse? Algum morcego mordeu você? – Aquele sorriso sarcástico parecia fazer referência ao apelido que colocaram em Snape.

        - Provavelmente. – Ela empunhou a varinha.

        - Não acredito que tem se levado por esses caminhos. – Ele também empunhou, mas apenas por hábito.

        - E o que isso lhe diz respeito? Professor Lockhart.

        - Só acho que não deveria se misturar a quem já foi servo de Lord Voldemort. Uma vez comensal sempre será um. Por que não tentar algo mais suave e bem mais bonito. – Ele piscou com uma malicia muito a vista. – Poderia lhe satisfazer bem mais.

        Maeve ouviu aquilo como uma ofensa.

        - EXPELLIARMUS!

        A raiva na voz de Maeve foi ouvida em todo o salão. Severo havia se virado e dado de cara com uma expressão furiosa no rosto dela.

        - Não vou deixar você me atingir com o mesmo Expelliarmus do seu querido professor de poções. – Lockhart se defendeu e falou alto demais.

        - Mas talvez queira provar outra coisa. – Maeve fez uma cara ligeiramente maliciosa.

        -  O que seria então, um beijo seu? – O loiro havia chegado perto demais para um duelo.

        - Isto.

        E sem pronunciar nada Maeve fez um movimento brusco com a varinha. O que ninguém esperava era que no ar surgisse uma espécie de linha brilhante, quase como um chicote. Quando ela fez o próximo movimento a linha que ficou vermelha e longa, bateu em cheio na cara de Lockhart. Ela continuou repetindo os movimentos depois de ter desarmado ele e que faziam de fato o barulho de um chicote. Ele não conseguia se defender. Até que a ponta brilhante se dividiu em três e com um movimento contido da sua varinha fez bater em lugares diferentes do corpo de Lockhart e ele foi jogado com certa violência para trás e bateu em uma das paredes.

        - O que foi que disse mesmo? – Aquele tom petulante na voz de Maeve realmente a deixava bem diferente do natural, como se fosse outra pessoa.

        - Nada, nada. Não disse nada. – O loiro tinha ficado em pé com a ajuda da parede. Parecia assustado.

        - Que bom.

                Houve outro Expelliarmus que foi defendido sem problema algum. Aquele ruivo com aquela cara exacerbadamente cheia de malicia estava procurando briga com quem não devia.

        Maeve apenas continuou em posição de ataque. Seu olhar ia de Lockhart para Helinx e vice-versa. Foi quando Draco e Luna ficaram ao lado de Maeve, ambos preparados para se defender e defender a amiga. Gina aproveitou a distração de Helinx e o desarmou.

        - Vejo que temos um grupinho formado aqui. – Lockhart cambaleou. – Isso é bom, muito bom. Vamos formar grupos, talvez possamos demonstrar táticas.

        “Idiota” – Pensou Gina que de repente viu quem ele era.

        Maeve apenas desistiu assim como Draco e Luna de participar. Sentaram-se os três no chão e ficaram apenas observando.

        Do outro lado da sala Snape continuava observando Maeve.

        Impressionado pelo que ela demonstrava ser capaz de fazer.

        E talvez excitado com aquele acesso de fúria tão óbvio, que ele sabia que o envolvia.


Notas Finais


Ita, ita, o que foi isso? shaushausha


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