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História Black And Green - Investidas e Más Intenções


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Outro capítulo que acabou de ser escrito para vocês u-u
Hoje vou passar o dia fora para resolver alguns problemas de saúde, mas já deixo esse aqui logo para vocês não esperarem tanto <3
Let's Go Tretas!

Capítulo 88 - Investidas e Más Intenções


- A manhã havia sido uma tormenta. A prova do professor Binns podia ser fácil, mas deixava qualquer um com sono. Maeve esforçou-se para se manter acordada durante a prova por mais vontade que tivesse de dormir. A prova com a professora Grubbly-Plank foi tranquila e sem nenhum problema. Maeve achou que estava igualmente fácil, porém sonolenta igual a primeira.

Umbridge tinha sido a pior.

Sua prova havia informações desconexas e pedidos de observações que nem mesmo ela saberia fazer. Maeve apenas escreveu o que achou sensato e que se encaixava no que era pedido. Se escrevesse mais do que o necessário deixaria alguns desaforos no meio das respostas que culminariam em uma nota baixa. Não que de fato ela não fosse tirar, mas pelo menos ela poderia recorrer a Dumbledore junto com os outros alunos que também reclamaram após saírem de sala que aquilo não tinha nem pé quanto mais cabeça.

Quando saiu mais cedo do que planejava da presença de Umbridge sentiu-se mais livre. Poderia ter mais duas provas, mas estava tranquila. Caminhou sem pressa em direção ao salão principal. Os corredores ainda estavam sem muito movimento, e somente alguns antecipados como ela estavam ali. Maeve aproveitou para verificar um pouco mais o roteiro da prova da professora Trewlaney. Enquanto caminhava distraída lendo um dos livros indicados pelos corredores não percebeu a aproximação sorridente e maliciosa em sua direção.

- Concentrada?

Maeve quase deu um pulo, mas manteve-se séria.

- Sim. Ainda tenho provas hoje. – Respondeu olhando para o ruivo que vinha em sua direção no corredor. Maeve não havia prestado muita atenção das vezes que vira Victor antes, mas ele parecia tão alto quanto o próprio Snape. Não que ela fosse tão baixinha, mas geralmente pessoas mais altas a deixavam intimidada ela querendo ou não. A única exceção era o moreno, e não era ele vindo em sua direção, o que a fez recuar alguns passos.

- Trewlaney? – Ele sorriu de canto apontando para o livro de adivinhação fechado em suas mãos.

- Sim.

Ele aproximou-se um pouco mais. Os olhos azuis a olharam de cima a baixo como se apreciando vê-la com o uniforme Sonserino, e pararam na altura da boca dela.

- Já tinha ouvido falar de você. É bem famosa em Hogwarts, mas não havia imaginado que seria mais bonita do que pregavam por aí.

- Está me elogiando? – Perguntou franzindo a testa preparada para sacar a varinha caso fosse necessário. Ele pareceu prever aquilo.

- Não precisa se preocupar em puxar a varinha, não vou fazer nada que necessite dela. – Aquele tom malicioso a fez pegar do mesmo jeito.

- O que você está querendo dizer com isso, senhor Carter? – Ela apontou a varinha pronta para jogar um feitiço.

- Não me chame de senhor, me faz parecer velho.

Maeve continuou andando para trás olhando para o corredor esperando que alguém aparecesse e ela não precisasse fazer nada.

- O que você quer? – Perguntou se aborrecendo.

- Não precisa ser tão arisca comigo, garanto que não farei nada que não vá gostar. – Aquele sorriso maldoso a deixou anojada. Era o mesmo que o Helinx exibia para ela.

- É impressão minha ou você tem algum parentesco com o Phineas Helinx? – Ela soltou de imediato procurando alguma sala vazia em que pudesse entrar enquanto andava para trás atenta.

- Primo em segundo grau. – O sorriso alargou-se ainda mais.

- Eu reconheço esse sorriso sujo. – Ela parou.

Victor riu como se ela tivesse contado uma piada.

- Foi a mesma coisa que a sua mãe disse quando me viu pela primeira vez.

Maeve sentiu as ondas elétricas tomando forma dentro de si. Concentrou-se em controla-las, Guinevere a havia prevenido para não usar a sua própria eletricidade por alguns meses sob pena de correr o risco de cozinhar a si mesma.

- O que você disse?

- Isso mesmo. Ela nos conhecia, conhecia Phineas. Seu pai sempre nos levava para sua casa, eu vi você começar a andar sabia? Mas não imaginava que iria crescer e ficar tão gostosa assim.

Uma série de feitiços foi lançada contra ele, que defendeu com rapidez alcançando a varinha sabe-se lá de onde. A morena enfureceu-se rapidamente. Havia ficado profundamente ofendida com aquilo.

- Como você se atreve a vir até aqui depois de tudo o que aconteceu!? E ainda olhar na minha cara e dizer isso!? – Bradou lançando feitiços cada vez mais pesados.

- Eu não tenho medo de você Maeve. Não é a única que tem poderes vindos de um dragão.

Por um momento de descuido ela acabou parando perplexa com o que havia ouvido, foi o bastante para ele convocar cordas que prenderam seus braços fazendo-a cair de joelhos. Estava impedida de se mexer. Ela arfou tentando se soltar enquanto as cordas a apertavam cada vez mais. Lembrou-se do feitiço que desamarraria, mas continuou fingindo que não podia se mexer. Já havia passado por pelo menos cinco vezes aquela mesma situação.

- Ah! Onde estávamos? Sim, quer dizer que não gosta desse tipo de elogio? – O sorriso sarcástico era bem visível quando ele parou a menos de dois metros dela a encarando de cima.

- Não gosto de elogios vindos de gente da sua estirpe, seu idiota. – Maeve praticamente cuspiu as palavras, esperando o momento certo.

- Gosta de um vocabulário mais refinado. Bem a altura da sua linhagenzinha corrompida.

Por um momento ele achou que ela xingaria-o como estava imaginando. Aquilo era o fetiche dos seus sonhos e pensava em realiza-lo com a morena ali tão indefesa. Entretanto somente conseguiu achar enquanto inclinava-se para ficar com o rosto perto do dela. Maeve soltou-se em frações de segundos e apanhando o pesado livro de adivinhação caído ao lado da sua perna o bateu no queixo dele em um movimento de cima para baixo que o deixou desnorteado.

- Gosto de homens talhados para ter uma refinação própria. E você não passa de um porco. – Ela novamente desferiu outro golpe contra a cabeça dele, o deixando-se inconsciente no chão.

Arrumou o uniforme e o cabelo, pegou sua mochila caída, e seguiu pelo corredor. Estava irritada até a alma, e teve que concentrar-se para não voltar lá e soltar um Avada bem merecido. Seus braços doeram e algumas marcas começaram a aparecer arroxeadas, mas ela ignorou puxando as mangas do suéter que estavam levantadas para baixo.

Perdeu o apetite de imediato, e preferiu ir para a biblioteca perturbar a possível paz da Madame Pince. Era notável que a bibliotecária odiava a presença de alunos ali fora de hora.

Mas ela precisava se acalmar e estudar para as provas da tarde.

 

✥✥✥

- Snape havia acabado de recolher os pergaminhos da turma Lufana do segundo ano. Os alunos praticamente correram para fora da sala, aliviados por ser a última prova daquele dia. Arrumou a montanha em sua mesa sentindo falta das mãos pequenas e hábeis que organizava sempre para ele em ordem alfabética o deixando despreocupado quanto a ordem de correção.

- São turmas bem difíceis de lidar. – A ruiva comentou enquanto escrevia alguma coisa em seu livro de anotações.

- Não existe turma alguma que seja fácil de lidar em Hogwarts. – Retrucou seco.

Sentou-se enquanto puxava a lista de poções que tinham de ser repostas. Seu estoque estava ficando escasso. Pomfrey, Dumbledore e Minerva o haviam tomado grande parte do seu vasto estoque. Precisava fazer mais imediatamente. Foi até o seu armário e trouxe até as bancadas vários dos caldeirões que iria precisar junto com os ingredientes.

Emilly apenas o observava de canto de olho. Era notável o quanto a figura autoritária e alta havia chamado a sua atenção. De fato, era como o diretor havia lhe dito. Calado, imprevisível, centrado e fechado. Mas havia algo nele que chamava a sua atenção, e sabia que por baixo daquela máscara de frieza se escondia um homem cheio de segredos. Segredos esses que ela se arriscaria a saber, não em prol do seu objetivo, mas por que ele instigava a sua curiosidade. E não se importava em saber que ele já tinha a morena como par. Ainda achava aquilo difícil de ser engolido.

- Quer ajuda? – Perguntou vendo-o acender os caldeirões e separar os ingredientes do lado de cada um.

- Não é necessário. – Ele sequer lhe dirigiu o olhar. A única que poderia lhe ajudar não estava ali.

- Vamos lá, já me fez um grande favor me explicando tudo o que eu precisava. Quero retribuir.

Emilly caminhou até ele lentamente deixando seu livro de anotações em cima da bancada. Planejava retribui-lo de outra forma.

Snape por sua vez ignorou o tom sensual com que a frase havia sido dita e continuou cortando algumas raízes de mandrágora. Tudo o que não queria naquele momento era que Maeve chegasse e o encontrasse conversando mais do que o necessário com aquela mulher.

- O que tem em mente, senhorita Carter? – Ele jogou as raízes em um dos caldeirões passando para outro onde jogou algumas ervas.

- Quer mesmo saber? – Ela parou a menos de um metro encostando-se na bancada e colocando uma das mãos no quadril.

Ele continuou calado.

- Quem cala consente. – Riu. – Queria conhece-lo, saber o que você esconde debaixo desta máscara de frieza. Sei que não é assim o tempo inteiro.

- Está delirando, ou não tem medo. – Respondeu mexendo em movimentos rápidos a poção que se tornaria Veritaserum.

- Medo de que? De conhecer o homem fogoso por baixo dessas maneiras esquivas? – Aquele tom insinuante tornava-se aos poucos enjoativo.

- Medo de morrer.

A voz fria e dura como aço da morena se fez presente.

Snape não precisava se virar para saber que ela estava encostada na soleira da porta, com a expressão de poucos amigos.

- E quem iria me matar? Você? – Houve um certo desdém na voz da ruiva que incomodou Snape.

- Não, sua vó. – Aquele sarcasmo bem colocado fez Snape sorrir malicioso. - Ah! Já morreu, não é? Mortos não matam, não falam, e não ficam dando em cima do que pertence a outra pessoa. – A voz de Maeve tinha o dom de mudar de tom a cada palavra dita, e havia uma ameaça bem explicita em suas palavras.

- Está me ameaçando é isso?

- Não. Não sou do tipo que ameaça. Eu sou do tipo que faz. Então, se tem amor a sua vida pegue o seu livro de anotações e vá para qualquer lugar, desde que fora daqui.

- E se eu não for? – Emilly parecia disposta a brigar.

O moreno escutou o barulho das falanges das mãos estalando.

- Experimenta ficar. É por sua própria conta e risco.

A tensão por pouco não podia ser vista e tocada. E provavelmente ocorreria uma briga enorme ali. O que Snape não estava disposto a deixar acontecer.

- Senhorita Carter, por favor retire-se. Não irei contra a palavra da minha mulher por você.

Maeve sentiu seu coração pular dentro do peito, mas manteve a fachada cínica e sarcástica em seu rosto. A ruiva pareceu pensar em uma resposta, mas pegou seu livro e saiu passando por Maeve lançando o que achava ser um olhar mortal. Para a morena mais parecia uma tentativa fracassada de parecer perigosa.

Ela fechou a porta atrás de si e caminhou até onde Snape estava o abraçando pela cintura e apoiando o rosto em suas costas.

- Bom saber que sou sua mulher. – Maeve sussurrou brincalhona. No fundo havia sido um céu ouvi-lo dizer aquilo.

- Mal chega e já vem me provocar? – Ele tirou os braços dela de si e virando-se pegou-a em um movimento no colo e a sentou em cima da bancada em que estava trabalhando. Encaixou-se como sempre entre as pernas dela e a beijou brevemente. – Senti falta das suas mãos aqui.

- Só as mãos? – Ela escorregou os braços pelos ombros dele deixando as mãos penderem as suas costas.

- Claro que não.

- Posso ajudar então? – Sorriu arregaçando as mangas esquecendo-se momentaneamente do que havia lhe acontecido mais cedo.

Snape percebeu rapidamente as marcas roxas que as cordas haviam feito em seus braços e inicio do antebraço. Segurou-a examinando a pele machucada e trincou o maxilar.

- O que aconteceu? Quem fez isso?

Maeve percebeu o deslize, mas sabia que ele veria de todo jeito.

- Não vale a pena, Severo. – Tentou desconversar.

- Quem fez isso com você Maeve? Eu exijo saber.

Ela mostrou a ele o que havia acontecido desde quando saíra da sala da professora Umbridge até o maldito corredor em que Victor a encontrou. Percebeu a tensão nos músculos de Snape e a forma como seus olhos haviam ficado mais negros do que já eram. Ele apertou as bordas da bancada com tanta força que por pouco não havia arrancado as lascas de madeira fora.

- Esse desgraçado me paga! – Rosnou entredentes.

- Severo...

- Não. – Ele a olhou bem nos olhos. – Não vou deixar que qualquer um medíocre de quinta fale de você ou lhe insulte sem ganhar a devida recompensa. É o meu dever agora proteger a sua integridade. E não me importa quem seja, ele vai ter o que merece.

Maeve apenas o abraçou apoiando a cabeça em seu ombro. Ele fechou os braços ao redor dela de forma possessiva e protetora enquanto apoiava o queixo em sua cabeça.

Victor iria ter o que merecia em breve. 


Notas Finais


Ahsuahsuahsua' eeeeh que eu tenho é pena minino!


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