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História Black Clover: A Maldição de Asta - Passado de Gauch Parte 1


Escrita por: Potion_Corvus

Capítulo 27 - Passado de Gauch Parte 1


Como eram os rostos dos meus pais? Cabelo castanho ou loiro como os de minha irmã? Não consigo me lembrar, faz quase trinta anos desde a última vez que consegui vê los.

Antigamente eu fazia parte da nobreza, meus dias eram felizes com eu explorando a mansão da família e cuidando da minha irmã três anos mais nova. Infelizmente tudo isso desmoronou quando um grupo seleto de nobres que não aprovam o método que meu pais cuidavam de suas terras, por darem a chance de plebeus nos quais trabalhassem duro chegassem a conquistar o título de nobre.

Não foi por isso que os queimaram e caçaram a gente, foi simplesmente inveja, pois nossas terras mesmo com tarifas mais baixas que as deles geraram fortunas superiores.

Por causa disso colocaram fogo em nossa casa, meus pais morreram para salvar eu e minha irmã. Nós conseguimos fugir graças ao auxílio de um mordomo jovem que cuidou de nós durante anos.

Nós sempre tínhamos que ficar mudando de lugar, para não sermos achados pelos mercenários a mando da nobreza por medo de conseguimos achar uma forma de retomar nossas terras.

Desde o incidente tivemos que nos separar do mordomo que conseguiu ganhar tempo suficiente para escapamos.

Os anos seguintes foram difíceis, andamos e andamos até chegar em uma pequena vila na qual nos instalamos, estamos km de distância de nossa casa e nossa aparência a cada dia ficava mais diferente, ninguém nos reconheceria foi a conclusão que havia chegado e olhado de relance a um espelho de uma loja.

Na noite fria que chegamos fomos acolhidos por um senhor que nos deu comida e abrigo em sua casa, na qual também era um bar. Para compensar o favor trabalhei um dia atendendo os clientes, depois outro e cada vez mais, em troca recebia um teto, comida e de bônus minha irmã era mimada pela filha do senhor.

Quando completei 15 anos recebi um grimório que me permitia criar ilusões de objetos e pessoas nas quais me lembrava claramente, uma vez escondido tentei recriar a imagens de meus pais para tentá los abraçá lo mais uma vez, porém já havia se passado tempo o bastante para se tornarem um borrão.

Graças a essa magia conseguia fazer alguns truques que davam uma grana extra e atraia a atenção de várias pessoas .

Aos meus 17 anos já juntará quase dinheiro o bastante para comprar uma casa na vila, minha irmã já com 12 anos também estava me ajudando nas economias ajudando a atender os clientes da taberna. Apesar que de vez de quando aparece uns forasteiros que tentavam engraçar com ela, eu precisava me segurar muito para não matá los, bem, pelo menos eu tinha outros compatriotas da mesma missão que me ajudaram desses moleques metidos chegar perto dela. 

No entanto um dia tudo desmoronou, eu me lembro de cada fato, rosto e pensamento que tive aquele dia.

— Ei! Quanto custa um serviço? — Pergunta um forasteiro com mais que o dobro da idade dela ao puxá la pelo pulso.

Todos os homens em volta levantaram imediatamente.

— Calma senhores. — A filha do senhor nos acalma ao se aproximar. — Senhor aqui não prestamos este serviço. — Explica para o homem no qual ainda segurava o pulso de minha irmã.

— Sério? Mas podem abrir uma exceção. — Joga uma sacola com moedas de ouro, de alguma forma eu ainda conseguia me segurar para não voar no pescoço dele com uma faca.

— Senhor peço desculpas pelas minha palavras. — O homem abre um largo sorriso. — Elas não foram claras o bastante para entender que nunca pretendemos prestar esse tipo de serviço.

— Acho que foi você não entendeu. — Diz se levantando e desembainhando sua espada.

Os homens que dividiam sua mesa também repetiram o gesto, a consequência de suas ações foram uma baderna com os homens mais velhos do bar indo para cima com facas e garrafas quebradas. 

Eu aproveitei a confusão para puxar minha irmã e levá la para fora imediatamente, enquanto corríamos nas ruas escuras e vazias da vila, éramos seguidos pelo homem que começou tudo isso e seu comparsa.

— Boulders! — Um deles gritou fazendo pedregulhos voarem em nossa direção que fizeram cortes em nossa perna dificultando a fuga.

Meu físico na época era horrível, então não demorei para ser pego por eles.

Tentei ganhar tempo os distraindo criando cópias de minha irmã para deixá los confuso, porém a sorte não estava comigo naquele dia, o culpado por toda aquela situação seguiu a certa e alguns metros a frente a pegou.

Apesar de longe eu vi claramente aquele sorriso grotesco em seu rosto ao rasgar as roupas de minha irmã e as expressões doentias que ele fazia ao ouvir os gritos de socorro dela. 

Eu tentei ajudá la espetando a faca que escondi em minha manga na perna do homem que me segurava, mas assim que me vi solto de suas mãos, ele agarrou minha perna e me puxou para traz fazendo cair de queixo no chão. 

— Irmão me ajude! Socorro! Irmão! — Ela estava implorando por minha ajuda enquanto era violada. No entanto a única coisa que fui capaz de fazer era olhar.

Mesmo que os gritos dela machucassem a garganta de tão altos, ninguem os ouviria, estávamos muito longe do bar e o local onde fomos pegos era uma rua de comércio, local que ficava completamente vazio a noite.

Tentei revidar mais algumas vezes, porém minha magia e forças eram inofensivas contra eles.

— Calesse! — Gritou aquele que a segurava rasgando outra parte de seu vestido para colocar dentro dela.

Não sei quanto tempo durou os momentos seguintes, mas para mim pareceram eternos, o olhar agonizante que me perfura toda vez que meus olhos encaram os dela chorosos.

— Ah? — Do nada aquele que a violava para. 

— O que aconteceu? — Perguntou o que me segurava.

— Ela se matou, que chata, acabou com minha diversão. — Reclama levantando as calças.

Ao ouvir que ela estava morta uma mistura de emoções passaram em minha cabeça: ódio, raiva, tristeza e culpa, eu sentia minha mente se rachando aos poucos, nada mais havia sentido para mim.

Minha única família morreu pela minha incompetência. Por que eu achei que estávamos em paz agora? Por que eu corri para cá? Fui muito orgulhoso por achar que conseguiria protegê la? Perguntas como essas não paravam de surgir em minha mente.

— Vamos embora. — Eles estavam indo embora como se nada tivesse acontecido. 

— Parem! — Gritei para eles assim que me recuperei um pouco do choque. 

Não podia permitir que pestes como aquelas continuassem a viver suas vidas, ela tinham que sofrer muito, pelo menos o equivalente da minha pobre irmã.

— Devo matalo? — Pergunta aquele que me segurava.

— Não há necessidade, ele é fraco demais. — O culpado não estar arrependido de seus atos, parecer nem ligar para eles foi o que eu precisava para surgir uma nova magia no grimório. 

— Broken mirror! — Essa magia fez surgir cacos de vidro que voaram em suas direções os acertando em pontos que impediam de se mexer e os levariam a morte mais agonizante possível.       

Não demorou muito para eles caírem no chão e deitar sobre seu próprio sangue, não foi prazeroso como achei, porém reduziu consideravelmente minha raiva.

Ao olhar novamente para minha irmã caída e abraçá la uma última vez, foi que caiu a fixa de que não poderia retornar para o bar, se eu voltasse levaria também a dor e sofrimento e aquelas pessoas não mereciam isso.

— Qual é seu nome garoto? — Um homem alto, musculoso e cabelo arrepiado surgiu atrás de mim.

Olhando para o lado reparei que estava segurando uma espada apontada para meu pescoço, ele iria me matar, foi o que eu pensei, mas não reagi, sinceramente não importava mais, não tinha mais família mesmo.

— O que você vai fazer? — Apenas fiquei em silêncio. — Se é nada, venha comigo. Posso lhe dar sua vingança. 

— Eu acabei de faze la. — Olhei para os corpos dos homens.

— Não essa, a daqueles que lhe trouxeram até aqui, aqueles que mataram seus pais e o forçou a fugir para o outro lado do país. — Me virei imediatamente para ele.

— Quem é você? — Questionei encarando seus olhos.

— Pode me chamar de capitão. — Se introduziu colocando sua espada para trás.

 


Notas Finais


Próximo cap. dia 24/03/2020.
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