1. Spirit Fanfics >
  2. Black Suit >
  3. Chamada de emergência

História Black Suit - Chamada de emergência


Escrita por: sixxxy

Notas do Autor


primeiro: problemas técnicos
segundo: eu estava sem internet
terceiro: nesse capítulo as coisas vão começar a se agitar
quarto: o próximo já está pronto e será meio pesado
quinto: boa leitura
bns: siyeon aparentemente tá na fic pra sofrer

Capítulo 15 - Chamada de emergência


 

 

“Eu fui à casa de Gahyeon mais cedo, mas ela havia desaparecido”, as palavras de Bora ecoavam na cabeça de Siyeon enquanto olhava pela janela, observando as estrelas de modo pensativo. O manto escuro que tomava conta do céu estava enfeitado com algumas estrelas, mas a bela vista do pobre apartamento não contribuía com os pensamentos da Lee.  

O gatinho preto já conhecido pela morena vinha descendo pelo corrimão da escada de emergência externa do prédio até que chegou na janela de Siyeon, que o cumprimentou com um breve carinho no pelo, recebendo em troca um ronronar.

— É, amigo. As coisas estão ficando bem feias — comentou, cutucando a orelha do felino. Percebeu que ele havia machucado uma das patinhas, provavelmente por ter se metido em alguma briga com outro animal — Você também está machucado, hm? Eu também estou — deixou a caneca de café sobre a janela e apoiou a mão com cuidado em seu ombro ferido, sentindo o local tensionado.

— Não se preocupe, nós vamos ficar bem. Eu prometo.

 

Siyeon ouviu seu relógio apitar. Fez um último carinho em seu amigo peludo antes de olhar o visor do objeto em seu pulso. Bora estava ligando. Que estranho, ela havia acabado de sair de lá. Deu de ombros e atendeu a ligação, percebendo que Bora falava rápido, e para sua surpresa, era algo alarmante.

 

"Siyeon, você tem que sair daí! Agora!"

 

— O quê? Bora, o que houve!?

 

"Passei por dois carros escuros quando estava saindo de sua casa e vi que em um deles havia alguém carregando uma arma, eles estão indo praí. Não posso entrar na contramão, então provavelmente eles chegarão primeiro do que eu. Por favor, fique viva."

 

A ligação encerrou-se no mesmo momento em que um homem de terno preto arrombou a porta do apartamento de Siyeon.

 

— Droga! — foi a única coisa que teve tempo de exclamar antes de, por reflexo, se abaixar atrás do sofá, esquivando-se por pouco de um tiro que acabou passando direto, atingindo a caneca de pinguim na janela e espantando o felino. Sua arma não estava ao alcance e ela não estava em condições de uma luta corpo a corpo, então o que faria?

Seu peito subia e descia em nervosismo enquanto tentava pensar desesperadamente em um jeito de sair dali. Provavelmente o segurança do condomínio estava morto, SuA não chegaria a tempo e muito menos algum outro membro da organização. Ela havia de contar com a sorte e consigo mesma. Respirou fundo e, sem olhar para trás, se jogou contra o vidro da janela à frente e caiu sobre a escada de emergência, ato repentino que deixou o atirador sem ação por alguns segundos. Siyeon havia caído justo por cima de seu braço ferido, e claro, a dor foi insuportável, mas ela tinha que correr. Espalmou a canhota no chão e ergueu seu corpo em um impulso, descendo desesperadamente as escadas que davam na parte de trás do prédio. Enquanto corria, ergueu o relógio aos lábios e informou à SuA que não fosse ao prédio, mas que a buscasse na parte de trás. Para sua sorte, o beco estava escuro demais para que o atirador tentasse qualquer tiro pela janela. Outro detalhe era que ele usava um silenciador.

Seu braço doía tanto que o lado direito inteiro de seu corpo latejava, mas ela continuava correndo. Ao fim do beco, pôde ver SuA estacionar o carro, e ao chegar nele, adentrou o veículo, que deu partida imediatamente.

 

— Que porra foi essa, SuA? O que tá acontecendo?

— Eu não sei! — exclamou sem tirar os olhos da pista escura. Siyeon notou que SuA tampouco tinha conhecimento do que estava acontecendo, então poupou as perguntas por enquanto. Por algum motivo, ela parecia extremamente nervosa. Acomodou-se no banco de passageiro sem ter colocado o cinto de segurança e apoiou a mão sobre o ombro direito, grunhindo em dor.

Bora deve ter dirigido por umas quase duas horas até que estivessem fora daquele lugar, sem ninguém e sem nenhum carro as perseguindo ou aos arredores. O veículo estava encostado numa longa estrada que aparentava não dar em lugar algum, completamente deserta. Recostou a testa no volante e soltou um longo suspiro antes de novamente erguer a cabeça, fitando Siyeon.

— Ainda bem que você está bem — colocou a destra sobre o rosto da atiradora, que estava com a cabeça encostada na janela e vestia apenas seu pijama. Ela estava assustadoramente pálida, provavelmente por conta do frio naquele lugar distante e a falta de roupas adequadas juntando aos efeitos colaterais dos fortes medicamentos que ela havia de tomar para que o ferimento cicatrizasse o mais rápido possível — Droga... Eu tenho que fazer alguma coisa — sem pensar muito, levou a outra mão cuidadosamente ao outro lado do rosto da jovem, puxando-a para perto e tomando seus lábios num beijo voraz. Siyeon não conseguia retribuir devidamente, então apenas movimentava a boca numa tentativa falha de acompanhar o ósculo ávido estabelecido por Bora, que estava a todo custo tentando esquentar o corpo de Siyeon com seu próprio.

O fato delas estarem literalmente no meio do nada e Siyeon estar tendo uma hipotermia não era nada bom, e para completar, parece que estavam sendo caçadas uma a uma.

 

— X —

 

— Estou com um pressentimento estranho — Yoobin comentou seriamente, deixando de lado o controle do Nintendo Wii após a nona partida de Mario Kart contra Yebin.

Yoobin ouviu o relógio em seu pulso apitar. Era SuA.

— Pressentimento estranho? — Handong, na cozinha ao lado da sala, ergueu as sobrancelhas e fitou Dami, esperando que ela atendesse a ligação.

Yebin fitava sua irmã, preocupada ao vê-la receber mais uma daquelas ligações as quais ela saía correndo após ouvir o que era dito. Dami fitou Handong e assentiu, logo virando o rosto para prestar atenção ao que a garota do outro lado da linha dizia. Pelo visto, ela teria que ir buscar SuA e Siyeon na rota que dava para fora da cidade. Siyeon estava ferida e nem um pouco bem.

Dami suspirou com os olhos fechados e confirmou que estaria lá o mais rápido possível.

— Handong. Eu vou buscar SuA e Siyeon, fique aqui com Yebin. Você pode jogar com ela, certo? — indagou enquanto corria para o cabideiro, recolhendo o terno escuro e o vestindo por cima de sua roupa casual. Yebin abaixou a cabeça.

— Sim, posso. Tome cuidado, tá bem?

— Não se preocupe. E, ah, deixe ela ser o Yoshi, é o personagem favorito dela.           

Yoobin deixou um breve selar na testa de sua irmã e saiu pela porta da frente, correndo até seu carro na garagem e dando partida. Handong acionou o relógio em seu braço e procurou pelo sinal do relógio de SuA, enviando as direções à Dami para que soubesse a localização exata dela.

Handong olhou para Yebin e mostrou seu melhor sorriso, sentando-se ao lado dela no tapete e recolhendo o controle que antes estava nas mãos de Yoobin.

— Vamos jogar uma partida enquanto o jantar não fica pronto? Eu quero ser o Mario.

— Vamos! — exclamou animada, colocando ambos os braços para cima.

 

— X —

 

Haviam-se passado mais de uma hora e Yoobin ainda não havia achado o carro de SuA. Não sabia se era impressão sua, mas aquela rota parecia não ter fim, além do frio incômodo que começava a se fazer presente ainda que o tecido do terno fosse espesso o suficiente para protegê-las de temperaturas baixas. Um dos motivos para elas sempre os usarem em alguma missão. Recordou-se momentaneamente do discurso quase maternal de JiU lembrando a elas para SEMPRE vestirem seus ternos antes de sair.

Se não fossem pelas coordenadas que Handong havia lhe passado, Dami poderia jurar que estava perdida. Mais alguns longos minutos e finalmente avistou um carro encostado na estrada. Era claramente o carro de SuA. Parou ao lado do veículo e desceu o vidro, podendo ver a mulher abraçando firmemente o corpo de Siyeon contra o seu.

— Finalmente achei vocês. O que aconteceu? Você me deu apenas o resumo — Dami saiu do carro e abriu a porta do outro veículo, retirando o corpo mole e quase desacordado de Siyeon e o colocando cuidadosamente no banco de trás de seu carro com a ajuda de SuA.

— É uma longa história, Yoobin. Eu te conto tudo no caminho, já que ficaremos um bom tempo na estrada até voltar ao esconderijo, amanhã dou um jeito de buscar meu carro — Bora ocupou o banco de trás junto de Siyeon, ajeitando seu casaco sobre o corpo dela e a trazendo para perto.

Dami assentiu e fitou o corpo debilitado de Siyeon pelo retrovisor. Ela parecia congelada, ainda que Bora estivesse tentando de tudo para manter seu corpo aquecido. Esperava que ela pudesse aguentar todo o trajeto de volta acordada.

 

Yoobin ouvia atentamente à SuA enquanto ela repassava tudo o que havia acontecido. O caminho de volta não parecia tão agoniante quanto o de ida, ainda que já fosse madrugada e aquela escuridão não favorecesse sua visão da estrada.

— Eu estava desesperada, só queria despistá-los — SuA bufou, acariciando os longos fios negros de Siyeon, que esforçava-se para manter os olhos abertos — Por favor, Siyeon, não durma.

— Só estou descansando os olhos... — juntou todas as forças restantes em seu corpo e disse baixo, esfregando levemente a cabeça no ombro de SuA de modo a acomodar-se.

— Tá tudo bem, você pode descansar, mas não durma.

— Aliás — interrompeu Dami — por que dirigiu para tão longe? Eles estavam armados ou seguindo vocês?

— Eu acho que... eram policiais. E eu não quero voltar para a cadeia — disse séria, fitando Dami pelo retrovisor.

— O quê? Você já foi presa? — Dami também fitou SuA pelo retrovisor, encarando o par de orbes escuras que pareciam esconder mais coisas do que aparentavam — Ma-

Dami ouviu seu relógio apitar pela segunda vez, tendo sua fala cortada pelo som irritante do aparelho. Era Handong. Bufou e voltou a olhar para a pista. Talvez estivesse ligando para perguntar como estão as coisas.

— Handong? Está tudo bem aqui, não precisa se preocupar. Aproveite e diga à JiU que deixaremos Siyeon na casa de Yoohyeon, é o lugar mais seguro e... Quê? Como assim não ligou pra isso?

 

Passaram-se alguns segundos e Dami simplesmente desligou a ligação, abaixou a cabeça e apertou o volante com força, pisando no acelerador.

 

— Dami! O que houve? Vá com calma, você vai acabar matando nós três com esse carro! — SuA exclamou, preocupada com a mudança repentina no jeito de Dami e na velocidade que o carro estava pegando.

 

— Handong está no hospital... Yebin teve uma parada cardíaca.

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...