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História Black Swan - Markhyuck - Desejos


Escrita por: JKooJun

Notas do Autor


+ uno, boa leitura

Capítulo 8 - Desejos


                               🏴‍☠️


O governador Jung Shinsung andava de um lado para o outro dentro de seu gabinete. Ele contou ao comodoro Choi sobre o rapto de seu filho e obteve seu apoio imediato.


— Malditos miseráveis! — Jung bateu na própria mesa.


— Não se preocupe senhor — Choi o tranquilizou —, dou-lhe a minha palavra de honra que trarei seu filho de volta, são e salvo.


O governador assentiu.


— Seu filho é a única testemunha — O tenente da Marinha Real e amigo do Comodoro também estava na sala. — Será que ele poderia nos dar informações sobre o pirata que o levou?


— Não sei — Jung respondeu pensativo. — Taeyong é bastante sensível e ficou muito abalado com o sequestro do irmão. Eu não quero deixá-lo ainda pior.


— Prometo que não vou forçá-lo a reviver lembranças ruins — O tenente insistiu. — Seria de grande ajuda que ele nos desse qualquer informação.


— Tudo bem — Jung Shinsung assentiu. — Vou chamá-lo aqui.


Ambos os oficiais esperaram no gabinete e em poucos minutos, o governador retornou acompanhado de seu filho mais novo. Jung Shinsung manteve-se ao lado do filho e fez sinal para que o Tenente Jo fizesse suas perguntas.


— Taeyong, você lembra da aparência do pirata que levou seu irmão? Pode ser qualquer coisa. Qualquer detalhe ajuda.


O ômega puxou na memória os momentos de terror que viveu durante o ataque, não era tão fácil, ele chorou bastante. Mas de uma coisa ele nunca iria esquecer:


— Ele tinha uma cicatriz no olho direito — O menino respondeu convicto.


— Tudo bem sr. Governador. Já estou satisfeito. — Jung assentiu e mandou que uma criada acompanhasse seu filho de volta ao seus aposentos — Este é Lee Jeno, um ex caçador de piratas.


Choi e seu amigo trocaram olhares tensos.


— Agora sabemos o porquê de nunca conseguirmos tê-lo encontrado — Choi rosnou. — O maldito juntou-se a tripulação do infame Capitão Mark Lee.


— O que isso significa? — Jung perguntou temeroso.


— Significa que nós vamos precisar de todo o apoio da frota naval.


                               🏴‍☠️



O comprador caminhou até onde Donghyuck estava depositado, exposto para que todos o vissem. Ele abaixou o tecido da túnica cobrindo seu corpo novamente, o pegou no colo e saiu com sua "mercadoria" por uma porta à esquerda. Donghyuck permaneceu imóvel, embora seu corpo não parasse de tremer enquanto era carregado pelo desconhecido. Ele estava com tanto pavor que não reconheceu o aroma que exalava dele.


Apenas quando o Alfa parou de andar, o colocou sentado em algo que também parecia ser uma mesa de madeira e arrancou a venda de seus olhos, foi quando ele pôde ver que o cavalheiro de preto que o havia comprado, era o capitão Lee. Donghyuck suspirou aliviado, mas esse sentimento logo se esvaiu quando notou o modo com que o pirata lhe estava olhando.


Mark estava bravamente se segurando para não dar a surra que havia prometido a si mesmo assim que colocasse suas mãos no ômega. Pois era assim que ele iria tratar qualquer outro prisioneiro que caísse em suas mãos e fugisse do seu domínio.


Mas não aquele ômega. Mesmo que estivesse sentindo tanta raiva a ponto de sentir seu sangue borbulhar, ele não era capaz de levantar um dedo sequer contra ele, para usar de violência. E isso o deixava ainda mais irado.


— A sua fuga brilhante acaba de me render doze mil moedas — Lee afirmou com um tom extremamente irritado, enquanto se afastava do garoto, ficando de costas para ele. — E olha aonde conseguiu se meter…


Donghyuck nada disse, ele apenas abaixou a cabeça sem saber o que falar. Estava morrendo de medo, mas ao mesmo tempo aliviado e agradecido que o capitão tenha vindo lhe salvar. Mesmo que o resgate tenha sido por interesse próprio.


— Eu deveria… — Lee continuou seu discurso enraivecido. Com a falta de resposta de Donghyuck, ele virou seguindo em sua direção e bateu com os punhos em ambos os lados onde o ômega estava sentado. Ele se assustou dando um leve pulinho. — Fala alguma coisa! — Gritou, fazendo com que o choro que o mais novo estava segurando, fosse rompido de uma vez.


— Eu estava com medo. Você me tirou da minha família, me deixou preso em um lugar escuro e frio. Quase me vendeu para um bordel porque não quis fazer o que você mandou… — Ele fungou entre soluços. — Eu estava desesperado e só queria ir para casa.


Lee se condenou mentalmente por desejar abraçá-lo e consolá-lo. Ele sabia muito bem no que esse sentimento ia dar. Se apaixonar, para o pirata, seria o pior erro que ele poderia cometer. Sabia que o ômega estava em sua razão, mas não deixava de sentir raiva. Ele estava dividido entre puni-lo ou apenas deixar passar. Com seu lobo extremamente atraído pelo do pequeno lúpus


Donghyuck fungava ainda de cabeça baixa. Gemeu de dor quando sentiu os dedos do capitão puxar seu cabelo pela nuca, fazendo-o inclinar a cabeça para trás e erguer o rosto, para que assim pudesse olhar para cima. O capitão aproximou seu rosto do dele estudando suas feições enquanto respirava pesadamente, fazendo alguns fios de sua franja balançarem.


Donghyuck estava com os olhos encharcados, ambas as bochechas molhadas pelas lágrimas e os lábios entreabertos, trêmulos, enquanto respirava com dificuldade devido a tensão.


Os olhos do capitão desceram de suas íris azuis, da mesma cor do oceano, até pararem em seus lábios cheios e rosados. Estava se sentindo patético por ver toda a ira que sentiu pelo ômega no momento em que o viu fugir, ir pelo ralo quando naquele momento, tudo o que desejava era provar daquela boca sedutora e descobrir se ela é tão macia e gostosa quanto aparenta ser.


E foi levado pela vontade de seu lobo, que o capitão Lee não conseguiu resistir aos seus desejos e levou seus lábios a atacarem ferozmente os daquele ômega. Ele o beijou em um rompante de fúria e Donghyuck, pego de surpresa, arregalou os olhos, mas logo em seguida entregou-se ao intenso contato iniciado pelo alfa. As mãos dele desceram até a cintura de Donghyuck e apertou com desejo, puxando seu corpo para mais perto do seu. O ômega nada podia fazer além de se entregar aquilo que inconscientemente já desejava. Ele agarrou o tecido da camisa do alfa enquanto sua língua era dominada pela do capitão.


Lee interrompeu o beijo e afastou-se minimamente de Donghyuck, que mantinha os olhos ainda fechados e respirava ofegante. Ele o observou, achando a cena mais excitante de sua vida, um ômega com os lábios avermelhados, com seus olhinhos fechados enquanto se recuperava de um beijo.


Donghyuck abriu os olhos lentamente, observando confuso o alfa que o olhava de volta, admirando-o. Mark passou a mão pelo cabelo e tomou algumas respirações, antes de pegar sua faca e cortar as cordas que ainda prendiam o ômega.


— Precisamos ir. — Lee disse, por fim ajudando Donghyuck a descer da mesa e o guiou para fora daquele lugar segurando-o pelo cotovelo.


Após vestir uma roupa mais apropriada, Donghyuck fez uma rápida refeição e foi mantido vigiado no quarto de uma pousada, enquanto traduzia tudo o que estava escrito no fragmento do Imperium. Ele também desenhou as figuras que estavam claras para si.


— Terminei. — Disse ao alfa da cicatriz que o observava atentamente para que ele não fugisse novamente.


Jeno anuiu e chamou pelo capitão.


Quando Lee entrou no quarto seus olhos seguiram diretamente para o Ômega, e este, envergonhado por lembrar do beijo, desviou o olhar.


— E então? — Jeno perguntou.


— Esses números, acredito que são partes de uma coordenada — Lee afirmou analisando o pergaminho. — E essas palavras; a força da lua. — Ele estudou aqueles dizeres tentando descobrir o que poderia significar, mas não conseguiu chegar a nenhuma conclusão. Ele se virou para o Ômega: — Só tinha isso?


 — Sim. — Donghyuck respondeu baixo.


Mark suspirou.


— Deve fazer parte de algum enigma — Ele entregou o pedaço de papel traduzido à Jeno — Deixe que Renjun estude um pouco mais, talvez ele descubra do que se trata.


Jeno anuiu e se retirou para cumprir a ordem, deixando o capitão a sós com Donghyuck novamente.


— Quanto ao que aconteceu — Lee articulou se referindo ao beijo —, foi um erro. Você é atraente e eu fui levado pelo desejo do momento.


"Um erro?" — Donghyuck pensou.


Para ele, foi o momento mais intenso de sua vida.


Aquele foi o seu primeiro beijo.


A primeira vez em que sentiu tanto calor queimar dentro de si.


A primeira vez que desejou ser tocado tão fortemente que quase doeu.


E para Lee, se tratava apenas de um erro a ser esquecido.


Donghyuck sentiu-se ofendido. Há poucos segundos ele estava com medo do que o Alfa iria fazer, mas ao ouvir suas últimas palavras, ele acabou de crer que o capitão Lee conseguiu alcançar o patamar da insensibilidade.


Donghyuck respirou fundo.


— Por que está se explicando para mim? — o Ômega questionou levantando-se do chão e cerrou os punhos. — Eu tenho um noivo. Aquele beijo não significou nada para mim e eu espero que quando tudo isso acabar, você pelo menos tenha a decência de me devolver para o lugar ao qual eu pertenço!


Mark ergueu as sobrancelhas. Ele não esperava aquela reação do menino. Mas como ele já entendeu anteriormente, Donghyuck não era um Ômega comum, que quase sempre abaixa a cabeça e acata tudo o que um alfa decreta. Ele era um lúpus, quase nada submisso e com uma personalidade forte.


— Siga-me — Lee ordenou friamente abrindo a porta do quarto, esperando que ele passasse primeiro.





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