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História Black Widow - Rumo


Escrita por: putzvillegas

Notas do Autor


Olha eu aqui de novo!!!
Boa leitura e capitulo não corrigido, notas finais tem um aviso importante!

Capítulo 8 - Rumo


   Edith Piaf ecoava pela minha cozinha enquanto eu preparava meu café, o sol que ainda criava forças para brilhar no céu aquecia parte do cômodo com seus raios quentes.

   Arriscava leves passos de dança no ritmo de Non, Je ne reggrette rien, eu sentia a leveza de mais um dia ensolarado. O cheirinho de café invadia minhas narinas, um sorriso involuntário apareceu em meus lábios ao olhar pela janela o movimento matinal dos meus vizinhos, vê-los começarem sua rotina era meu hobby preferido. Jaxon e eu quando éramos crianças, acordávamos cedo e ficávamos na janela observando a movimentação dos vizinhos pelas ruas estreitas de Stratford e narrávamos seus possíveis afazeres. Era a nossa brincadeira preferida. 

  A senhora Herman estava no jardim com sua neta Anastácia que deveria ter uns 17 para 18 anos, elas pareciam felizes ao regarem as flores do impecável e imenso jardim. Anastácia tinha a pele pálida, cabelos longos e pretos como a escuridão, seus olhos verdes eram como duas enormes esferas brilhantes, ela era muito graciosa, Anastácia era dona de uma beleza exótica. Anastácia também era dona de marcas que jamais seriam apagadas de sua vida. Uma menina tão jovem que carregava no corpo e na alma o peso de uma tragédia familiar. 

  Eu basicamente sabia que Anastácia havia sido abusada pelos pais que eram usuários de drogas, aos 14 anos fugiu para casa da avó, a senhora Herman. Nunca soube muito sobre o que realmente aconteceu com a menina pois a senhora Herman protege a imagem da neta ao máximo. Mas eu percebo diariamente o comportamento travado da moça, o choro entalado na garganta, seu corpo grita por algo e eu creio que seja por justiça, por mais que ela agora tenha uma boa vida com a avó deve ser extremamente difícil esquecer de uma série de abusos e tortura psicológica, isso seria um engate para distúrbios mentais. 

    90% dos casos de psicopatia vem de uma infância traumática, de uma infância conturbada e cheia de turbulências temperamentais, Anastácia estava exposta a esse mundo de frieza e crueldade. Enquanto ela sorria ao ajudar a avó a regar o jardim o sol refletia em sua pele pálida me fazendo lembrar de Elizabeth, a delicadeza ao cuidar de cada plantinha me fazia lembrar de quando Elizabeth tocava meu rosto. 

     Elizabeth! 

    Esse nome assombrava meus pensamentos e tudo me fazia lembrar ela, de forma alguma isso é um incômodo eu gosto de pensar nas possibilidades de sua vida, de seus pensamentos e do seu futuro. É fascinante a adrenalina que ela me causa. 

   Ela é fascinante! 

  Observei a senhora Herman e sua neta mais uma vez e dessa vez Anastácia estava sentada no meio fio da calçada abraçando seu joelho, novamente sua breve história de vida passou em minha mente e como um estalo Elizabeth surgiu novamente nos meus pensamentos. 

   O que teria acontecido na infância de Elizabeth? Teria ela sido abusada sexualmente? Ou apenas teria ela vindo de uma família rica e pacata? 

   Meus pensamentos foram interrompidos pelo gritar da campainha, me fazendo lembrar que Jessy, a empregada havia saído para fazer compras. Caminhei apressadamente até a porta e eu não poderia estar tão surpreso. 

   Jaxon e Ana! 

   Os olhos azuis de Jaxon me encaravam com superioridade e Ana por sua vez tinha piedade estampado em sua face. A última vez que vi ambos assim eles me contaram que estavam apaixonados e iriam se casar. 

    Ana era minha noiva, porém nos últimos meses de nossa relação ela estava distante e eu acabei dando esse espaço a ela, afinal estava focado em vir para Nova Iorque e trabalhar no maior instituto de mentes perturbadas da América, era o meu futuro e de Ana. Um dia antes de virmos de mudança definitiva para NY eu fui abordado por meu irmão e ela, recebendo já de supetão tal traição. 

   Nunca os perdoei, nunca os perdoarei por tamanha traição.

    — Meu filho!- a voz calma de minha mãe interferiu. Logo pude vê- lá atrás de Ana e Jaxon, junto com meu pai e sua nova companheira, a cadeira de rodas! 

    — Mãe, pai! - forcei uma breve felicidade - O que está acontecendo? O que fazem aqui?- perguntei desmanchando não somente o meu sorriso mas sim a expressão prazeroso de todos.

      Meu pai mantinha seus pensamentos distantes, era possível ver seu olhar mirando o nada. 

    Jeremy Bieber era um homem independe, vinha de uma linhagem de grandes empresários. Meu pai foi herdeiro  da maior empresa da comunicação da América inteira, a Madox Comunication’s. Hoje quem comanda a empresa é meu irmão, Jaxon. 

     Meu pai teve um derrame há dois anos atrás e deixou inúmeras sequelas, meu pai não consegue andar sem a ajuda de alguém, sua fala é totalmente embaçada então é extremamente difícil entender ele, meu pai também perdeu os movimentos de alguns membros mas que poderiam ou ainda podem serem recuperados porém é difícil para meu pai aceitar essa situação e ele rejeitou muitos tratamentos e faz fisioterapia apenas quando tem vontade. Até uns anos atrás ele era um homem independente, atleta e vivia sua vida para a família e a empresa, além de ser respeitado por milhares de pessoas meu pai também atraia muita inveja pois ele era sem duvidas um grande líder. 

    — Será que podemos entrar ou você vai querer que a gente te explique tudo aqui fora mesmo? - Jaxon usou um tom arrogante e logo recebeu um olhar raivoso de nossa mãe. 

       Dei espaço para que todos entrassem. 

     Minha sala nunca tinha ficado tão cheia, a decoração marfim escura dava um ar de sofisticação e solidão ao meu ambiente. Enquanto todos se acomodavam em seus respectivos lugares eu tentava manter a calma para não imaginar o pior e para suportar Anna e Jaxon no mesmo cômodo. 

      — Sua casa é linda, você continua tendo bom gosto e requinte!- Anna falou após um suspiro. 

       Seus olhos vasculhavam cada milímetro da sala, fazendo Jaxon chamar sua atenção.

     — Obrigada!- respondi educadamente. Meu cérebro deu um grito enorme. 

                 ELIZABETH!!!!

    Eu sempre fazia um acompanhamento matinal com ela, media sua pressão e a medicava, ela é muito agitada e nervosa então acabamos dando pequenas doses de tranquilizantes a ela. Claro, com seu total consentimento! 

     — Preciso fazer uma ligação antes da conversa começar!- falei já discando o número da minha salvadora, Daneel. 

      Meu irmão pigarreou e eu fui em direção à cozinha. 

            *ligação on*

    — Bom dia!- ela atendeu o telefone animada. 

    —Bom dia Dan- queria estar tão animado quanto ela. - Vou precisar de um favor seu! - ela atendeu Elizabeth para mim durante a minha viagem ao Canadá acho que não teria problema fazer isso de novo. 

    — Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Pode falar, se estiver ao meu alcance eu ajudo você! - seu tom agora era de preocupada.

  —Meus pais, Jaxon e Anna resolveram aparecer aqui e eu ainda não sei bem o que eles querem, mas acho que é algo bem sério! - desabafei.

     A linha ficou muda por um tempo, Dan ainda era apaixonada pelo Jaxon. 

     — E você precisa da minha ajuda para o que exatamente? -ela focou no que realmente importava.

     — Preciso que você cuide de Elizabeth para mim, pelos menos até o meio dia. Em cima da minha mesa está uma lista de medicamentos e os aparelhos que eu uso para examina-la. 

    — Você ficou maluco? Vocês tem um pacto ela aceita apenas você e sem falar que ela me dá calafrios, pede isso ao Ryan! - Dan se negou e eu sabia que não era por má vontade e sim porque sua breve convivência com Elizabeth a deixou perturbada.

   — Dan, por favor! - respirei fundo e me apoie no mármore da pia - Eu sei que fiz um pacto com ela e ela aceitaria apenas você no meu lugar, você já fez isso pra mim antes e dessa vez nem é por muito tempo, só faz a rotina matinal e depois eu me viro com o resto! 

     — Tá bem! Mas não me responsabilizo pelo o que ela vai pensar disso! - Dan era engraçada demais. 

    — Ela não vai pensar nada, seja direta com ela e faça o que tenha que fazer rapidamente sem muitas voltas, Elizabeth é persuasivo, quando você menos espera está dentro do jogo dela! - alertei minha colega já ciente de que eu estava dentro do seu jogo.

     — Pode deixar, fica tranquilo. Eu espero que tudo corra bem por aí!

      — Obrigado por tudo, você tem sido essencial na minha vida! - eu tinha muita gratidão por ela.

       — Você também, até logo! 

        — Até logo!

         *ligação off*

 

     Caminhei até a sala a onde todos se encontravam me esperando. 

     —Trabalho? - minha mãe perguntou tentando quebrar o clima. 

     — Sim, estou com o caso da Black Widow e preciso dar total atenção a ela, mas pedi para que Daneel fizesse isso por mim agora pela manhã! - eu tinha o amargor em minhas palavras, aquela situação estava acabando com o meu dia sem ele nem mesmo ter começado direito. 

      Minha mãe sorriu sem mostrar os dentes entendendo o quanto aquilo estava me matando. 

    — Bem, o que trazem todos vocês aqui?  - fui direto. 

     — Justin, seu pai e você tiveram uma conversa bem longa na última vez em que você esteve no Canadá - minha mãe já tinha lágrimas nos olhos e a sua delicadeza ao pronunciar aquelas palavras estava me deixando nervoso - E essa conversa atingiu seu pai, na verdade a confiança de vocês, essa conexão de filho e pai que vocês tem fez com que seu pai aceitasse os tratamentos que ele precisa. Ele decidiu seguir a risca cada linha do que os médicos recitarem! 

     Um sorriso involuntário se apossou de mim, Jeremy era a minha inspiração como homem, como pessoa e como chefe de família. Eu pedi tanto pra ele tentar os tratamentos para ao menos recuperar algumas movimentações. 

     — Isso é maravilhoso, eu nem sei o que dizer! - meu pai me encarava com um pequeno sorriso no rosto, aquele era o meu pai. 

       — Tudo maravilhoso, mas aí vem a parte ruim. - Jaxon estupidamente interrompeu o momento. - Conseguimos um médico chamado Jefferson Canes, dizem que ele é um dos melhores médicos na área, contatamos ele e ele falou sobre um tratamento intensivo e os cuidados de uma enfermeira particular, também alterou o cardápio de nosso pai e a rotina dele. 

   — Mas o que há de ruim nisso? - contestei 

   — O doutor Jefferson reside em Nova Iorque e como não é recomendável nosso pai ficar fazendo longas viagens e então resolvemos que iríamos ficar todos em Nova Iorque. - meu coração começou a pular feito uma mola descontrolada. - Mamãe e papai queriam ficar aqui com você e...

   — E eles são bem vindos aqui, com certeza irão ficar aqui, não há dúvidas de que eu abrigaria nossos pais! - a arrogância agora gritava em minhas cordas vocais.

   — Filho, a enfermeira particular do seu pai é a Anna. Optamos por ela já que ela está na nossa família a tanto tempo e já até sabe os costumes ranzinzas dele. 

   — Eu me recuso ficar na sua casa Justin, mas sua casa já é adaptada para esse tipo de caso. Você tem medicamentos, um quarto isolado e preparado pra isso e isso seria essencial para o tratamento do seu pai! - pela primeira vez Anna se pronunciou. 

  — Vocês querem morar aqui? Todos? - cheguei ao ponto principal.

  — Eu pedi isso, eu queria estar perto de todos vocês nesse momento e eu sei o quanto isso magoa você Justin, mas eu só queria você e Jax juntos. Juntos por mim, éramos uma trindade e eu preciso dessa força agora! - os sussurros de meu pai saíram quebrando as barreiras que haviam entre mim e Jaxon. 

     O clima que era pesado agora ganhava leveza, a expressão durona de Jaxon se tornou em suplício. Ele me dizia em silêncio, por favor! 

    Me agachei até a altura de meu pai peguei em sua mão e fiquei o encarando tentando escolher as melhores palavras.

    — Jessy vai acomodar vocês, estou atrasado. O dever me chama! 

   Eu jamais negaria um pedido de meu pai, ainda mais nas condições em que ele se encontrava.

                     [...]

             

             UMA SEMANA DEPOIS 

     — DOUTOR! - a voz firme de Elizabeth me acordou de meus devaneios. 

        Ela se encontrava deitada no meu djavan apenas com sua cabeça virada para mim. Eu me sentia um idiota por não conseguir me concentrar. 

          As coisas andavam bem corridas e estranhas, eu evitava o máximo de ir pra casa e quando ia era me horários que todos já estavam dormindo. Me arrependia amargamente de ter aceitado Anna e Jaxon dentro da minha casa, dentro da casa que seria minha e de Anna. Meu pai me pedia perdão toda vez que tinha oportunidade e um sentimento de culpa fazia com que eu tentasse levar as coisas de uma forma mais esportiva. 

     — Desculpe. - foi a única coisa que consegui falar.

     — Você está bem? - sua voz era tão gostosa de ser escutada. 

     — Apenas uma distração boba! 

      Ela se levantou e puxou um banco até a minha frente se sentando no mesmo, estávamos mais uma vez cara a cara. 

      — Você anda distraído demais, eu posso sentir o cheiro de stress em você! 

         Ela não tinha expressão, era incrível como ela simplesmente não tinha expressão. Seus olhos negros estavam fixados nos meus como de costume, sua postura era totalmente ereta e suas mãos apoiadas na perna, ela usava uma regata e uma calça de moletom no mesmo tom de nude, seus cabelos estavam presos em um coque perfeitamente preso e alinhado, ela era definitivamente muito bonita. Seu rosto liso sem maquiagem estava refletindo na claridade do sol que invadia meu escritório por uma pequena fresta entre as cortinas, isso fazia com que sua pele parecesse porcelana a perfeição de cada traço era incrível, como se ela não fosse real! 

     — Estou passando por um momento complicado e peço desculpas pela interferência que isso está causando nas nossas sessões! 

        Suspirei alto e massageio as têmporas. Elizabeth tinha razão eu estava estressado! 

       — Tudo bem, eu odeio ficar respondendo suas perguntas chatas enquanto podíamos  estar fazendo algo mais produtivo! - suas palavras fizeram minhas pernas tremerem arregalei os olhos de espanto e ela ainda tinha a mesma cara de nada. — Doutor, eu me refiro ao caso, as Black Widows! 

       Cocei a garganta ajeitando a minha posição na cadeira, um sorriso malicioso se formou nos lábios de Elizabeth.

    — Fique a vontade para falar sobre!- eu estava totalmente desconcertado e era tão visível.

   — Pegue um gravador. — enruguei o cenho a questionando. — Quero que qualquer palavra, vírgula e espaço que eu fale sobre isso seja gravado. 

       Caminhei até a minha mesa e procurei um antigo gravador que era usado para desabafo e confissões de alguns pacientes específicos, abri a terceira gaveta achando o objeto solitário dentro da gaveta vazia. Peguei o gravador e comecei a analisá-lo na esperança de que ele funcione, de relance olhei em direção à Elizabeth que se mantinha na mesma posição, seu olhar se perdia no nada. 

     Algo me dizia que ela era encrenca. 

    Me sentei em sua frente novamente e seus olhos negros nem se mexiam, ela nem se quer piscava com frequência, sua respiração estava totalmente calma, era como se ela estivesse em estado catatônica.

      — Quando quiser começar é só falar. — falei após habilitar o gravador. 

      Ela molhou os lábios vagarosamente, chamando toda a minha atenção para seus lábios rosados e imediatamente um arrepio passou pelo meu corpo. Aquele ato tinha sido sexy ao extremo. 

       — Sua teoria sobre elas serem mais de uma é real, ela confere.

      —Elas? Não seria “nós”?

    Elizabeth se inclinou diminuindo o espaço entre nós, um sorriso abusado estampou seus lábios. 

      —Não me interrompa com perguntas tolas. Além do mais eu sou uma traidora e automaticamente estou fora. 

         Ela se afastou e eu agradeci pela distância. 

     — O que você ganha as traindo? — ela ficou calada esperando que eu falasse mais alguma coisa, porém eu estava certo de minhas palavras. — O que você ganha traindo a sua equipe? 

       — E o que eu ganho sendo fiel a elas? Equipe? Escute mais e pergunte menos senhor Bieber, vossa excelência tem dois ouvidos e uma boca. — sua piscadinha após uma risada irônica fez eu me calar totalmente. — Todas foram recrutadas pela Suprema e sua capacho, todas as meninas são vítimas de abandono, maus tratos, exploração sexual e eu. Todas nós tínhamos entre 9 e 12 anos quando fomos abrigadas, até completarmos 18 anos somos apresentadas a esse mundo e com ele vem o glamour e concentração da raiva e a frustração miradas em um único alvo. Homens. Após atingirmos a idade máxima e sermos apresentadas a todos pós e contras, temos o direito de escolher. Ficar ou ir embora? Se ficarmos, ganhamos o mundo, glamour, dinheiro, jóias e vingança. — ela sustentava o que dizia através do seu olhar fixado no meu. 

      — E se alguma menina decidir ir embora? — questionei.

     — Eu não sei, nenhuma de nós foi embora. — sua voz tinha firmeza em cada palavra dita. 

     — Quem é a Suprema? É a mesma mulher que foi pega em 1996? — a ansiedade foi mais forte que eu. 

        Ela arqueou a sobrancelha direita como forma de repressão.

    — Uma coisa de cada vez, a sessão de hoje está encerrada. — a seriedade no seu olhar foi respondida com o meu assentir sobre sua decisão. 

         Ela pegou o gravador da minha mão sem tirar os olhos dos meus, desligou o mesmo. 

      — Se quiser que  estejamos vivos até o final das investigações guarde-o muito bem e não mostre para ninguém até que eu acabe de contar tudo.— ela me devolveu o gravador e foi em direção à janela afastou as cortinas e ficou admirando o fim de tarde. 

         Fui até ela e me posicionei ao seu lado admirando o jardim vazio, o vento batia fracamente nas flores fazendo as dançar vagarosamente num único ritmo. De soslaio notei o encanto de Elizabeth ao ver tal cena, como uma criança na vitrine de uma loja de brinquedos ela tinha um sorriso largo e bobo, suas mãos apoiadas no vidro mostrava o quanto aquilo a empolgava. 

      Elizabeth era fascinante, ela mudava de clima rapidamente, minutos atrás ela estava totalmente séria e focada de repente num piscar de olhos ela estava maravilhada com o fim de tarde, tinha algo nela que me deixava intrigado desde o primeiro minuto em que eu a vi. De fato ela seria um ultra acréscimo no meu currículo e isso eu não poderia negar mas eu sinto que ela vai somar em minha vida, tenho muito o que aprender com ela ainda. 

       — Na casa dos meus avós tinha um jardim parecido com esse e nos finais de tarde eu costumava ficar pendurada na janela observando o sol dar tchau para jardim. Fazia tanto tempo que não tinha o prazer desse momento! 

      Ela ainda estava fixada na janela sem se mover ou apenas mirar seu olhar a mim. 

      — Você gosta de jardins? — falei me recordando do enorme jardim da senhora Hermam. 

      — Sim, eles me lembram de casa! — pelo reflexo do vidro eu podia ver uma lágrima solitária deslizar pela sua bochecha. 

        Mais uma vez seu olhar se perdeu era como se ela mergulhasse em suas lembranças. 

      — O que aconteceu com você? Digo, nunca tocamos no assunto do seu passado com seus pais e nem sobre qual foi o seu destino após a morte do seu avô! — minhas mãos suavam dentro dos bolso do meu jaleco branco após fazer uma pergunta tão pessoal. 

       Ela se virou numa velocidade absurda e eu já podia ver a mudança radical no seu humor, se fosse possível ela me mataria apenas com um olhar naquele momento. 

     — Nosso pacto, lembre do nosso pacto!— ela parecia uma leoa ferida, eu havia tocado na sua ferida.

     — Eu sei que seu passado não está na nossa pauta mas como já me falou do seu avô eu pensei que talvez— seu dedo indicador tocou em meus lábios e eu entendi que ela me pedia silêncio.

      — Pensou errado! — ela falou calma,

 

       Carinhosamente seu dedo indicador passou dos meus lábios para meu queixo e sem pressa alguma ela fazia uma linha imaginária descendo pelo meu pescoço, eu já me sentia totalmente anestesiado. Era incrível como ela mudava as situações num piscar de olhos. 

        Ela colou nossos corpos passando suas mãos pelo meu pescoço e não me deixou raciocinar o momento e atacou meus lábios, minhas mãos criaram vida própria e avançaram na sua cintura, dei passagem para sua língua e travávamos uma guerra insaciável. O meu consciente gritava que aquilo era errado mas eu estava em êxtase era como se o seu beijo tivesse o poder de relaxar cada célula do meu corpo. Ela puxou o meu lábio inferior e em seguida finalizou o beijo com um único selinho. 

       — Agora talvez o nosso pacto fique mais claro pra você. Faça sua parte Doutor que eu irei colaborar! 

            


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
Gente ultimamente eu não estou corrigindo os capítulos por total falta de tempo, essa correção vai acontecer até o final de dezembro na fic inteira. Quando isso acontecer vocês serão avisadas caso ocorra alguma mudança no enredo (o que eu acho que não vai acontecer).
Vou tentar postar mais seguida okay amores?
Twitter: @putzvillegas ou @blackwidowfics


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