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História Black X White - O começo do fim


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Olá gente, eu sei que demorei, desculpa.
Vocês já conhecem a ladainha, né?! Vou pular essa parte e comentar outra coisa.
Semana que vem é toda de provas, então é possível que não tenha capítulo, mas não se assustem, mesmo que demore eu não abandonarei a fic, tá legal?! ^U^
Os dias das minhas provas são essas, só para vocês terem uma noção: 15/05 - Humanas, 16/05 - Química e Biologia, 18/05 - Linguagens, 19/05 - Matemática e 24/05 - Física.
A coisa tá louca e eu não estou conseguindo acompanhar tudo isso não :v hashahs scrr

Agora uma boa notícia: Eu ganhei as interséries do meu colégio em 1º e o Jergs(?) eu fui bem, perdemos para um colégio público (Bilaque(?)) mas ganhamos contra um colégio FODA, particular (Tiradentes), foi a primeira vitória do time, e eu estou bem feliz =3

Bem, falarei mais nas notas finais, DESCULPEM OS ERROS e boa leitura <333

OBS: OBRIGADA A TODOS OS FAVORITOS E COMENTÁRIOS <333 AMO VOCÊS <333

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EDIT 02/09/2019:

Mudei a capa. Gente, esse ´é o Fai Lin, sim, o Fai Lin, e se quiserem mais fotos é só procurar pelo ator Godfray Gao (sim, o mesmo que fez o Magnus Bane no filme dos Instrumentos Mortais). Mudei a capa, porque a anterior estava horrível, mas de qualquer forma ele nem aparece nesse cap, então não faz muito sentido, mas blz, pelo menos vcs já sabem como imaginar ele quando aparecer (só que ele é um pouco mais velho, bz?)

Gif nas notas finais

Capítulo 18 - O começo do fim


Fanfic / Fanfiction Black X White - O começo do fim

Jooheon assistia ao final da corrida. Todos estavam vidrados agora em apenas uma câmera, a que vinha os três finalistas incluindo Hyungwon. Lee estava realmente impressionado, já vira o Chae correr antes, quando eram mais novos e ainda se falavam, mas desde então ele havia evoluído muito, notou o quão bom ele se tornou nisso. Era verdade que ele estava preocupado com Shownu e Hyungwon, e que mesmo depois de todos aqueles acontecimentos ele ainda gostava de Hyungwon, não tinha rancor dele como tinha de Gun e também se sentia culpado pelo passado. Ele sabia que Hyungwon ainda deveria o odiar, mas ficou feliz por, pelo menos, ele ainda falar com Shownu e que esse por sua vez o esteja ajudando, principalmente com essa chuva, ele tinha certeza que não estava sendo fácil para Hyungwon e a possibilidade de um acidente lhe deixava muito nervoso.

Todos já se preparavam para a chegada dos carros, na televisão aparecia a batalha pelo primeiro lugar, o superesportivo vermelho que Hyungwon e Shownu estavam possuía a 3ª posição. Eles estavam em linha reta e aparentemente o carro de Chae era mais veloz, porque estava ganhando velocidade rápido e não demorou muito para ele ultrapassar os dois carros, faltava poucos quilômetros para o final da corrida, o Mazda amarelo acelerou e bateu com força na traseira direita do super esportivo, na terceira tentativa ele bateu com mais força e o Lykan virou a 180°, ficando de costas para a direção certa, Jooheon prendeu o fôlego, ele perderia tempo e velocidade pondo o carro na direção certa e os primeiristas estavam perto do fim. Por um momento ele achou que a corrida estava perdida para os amigos, mas quando Hyungwon puxou a marcha ré e acelerou em velocidade negativa Jooheon pôde ver o quanto aquele carro era veloz, tanto que já estava grudado com o 2º e 1º corredor.

Dentro do carro Hyungwon tinha a cabeça virada para trás, olhando pelo vidro traseiro do carro, como se estivesse prestes a estacionar. Shownu não podia fazer muito para ajudar, apenas rezar para que saíssem vivos e de preferência ganhadores. Dirigir em ré era mais difícil do que parecia, além da péssima visão da pista e o torcicolo que adquiriria, os comandos eram todos inversos. Você virava o volante para a direita e o carro ia para a esquerda, virava para a esquerda e ia para a direita. O Mazda estava disparado na frente e o Koenigsegg parecia desesperado em tentar tira-los da corrida, pois bateu algumas vezes contra a lateral do carro. Foi difícil para Hyungwon desviar, os comandos inversos confundiam bastante, quando o Koenigsegg se afastou para pegar impulso em uma segunda batida, Chae virou o volante para a direita, com a intenção de desviar do ataque, mas então o carro foi para a esquerda e bateu contra o segundista, por incrível que pareça aquele golpe funcionou tão bem quanto desviar, desorientou o adversário, dando oportunidade para que Hyungwon acelerasse. Agora em linha reta e já podendo ver a linha de chegada, Hyungwon acelera, mais e mais, o carro chega em impressionantes 360km/h e embora Shownu tivesse certeza que esse carro podia ir bem mais rápido, torcia para que Hyungwon não acelerasse mais, afinal essa grande velocidade seria muito difícil de conduzir, principalmente com a pista molhada, os espasmos e os sentidos contrários do veículo. Shownu olhou pela janela, a velocidade era tão grande que as árvores sumiam em borrões verde-escuros e marrons. Eles estavam do lado do Mazda amarelo, ele olhou para a janela oposta, a de Hyungwon, e avistou uma batalha de olhares entre os dois, como se apostassem quem parecia mais feroz, mas além disso, Shownu também percebeu a raiva e insegurança do adversário, ele sabia que podia perder. Quando Son voltou a olhar para trás, avistou a chegada cada vez mais perto, os carros estavam praticamente empatados, Hyungwon desviou o olhar para os espelhos retrovisores e acelerou, e então, eles passaram a chegada. Chae pisou no freio e deu um cavalo-de-pau, parando a onze metros depois da chegada, o Mazda freou e parou pouco atrás que o superesportivo. Shownu e Hyungwon se entreolharam, ambos com a respiração entrecortada, como se quem tivesse corrido fossem eles, e não o carro. Ao fundo foram ouvidos um tiro e a voz ressoante do “apresentador” nas caixas de som.

— Superesportivo Lykan Hypersport 1º lugar, Mazda RX-9 2º lugar, Koenigsegg Agera R 3º lugar…

Hyungwon deu um soco no volante sorrindo abertamente.

Shownu sorriu. — Você conseguiu.

— Nós conseguimos. — Devolveu o sorriso. — Obrigado.

Do lado de fora a chuva já estava parando, deixando apenas uma garoa fina, Shownu guardou o celular no bolso e desceu do carro, sua vontade era de deitar, beijar o chão e falar “terra firme”, mas achou que esse não seria o momento certo. Ele deu a volta no carro e Hyungwon saiu do veículo, fechando a porta atrás de si, quando deu o primeiro passo suas pernas fraquejaram e só não foi de encontro ao chão pois Shownu foi mais rápido e o segurou, passando uma mão em sua cintura e a outra em seu braço.

— Wow, você está bem?

Assentiu. — Eu estou bem. — Tentou ficar de pé sozinho, mas suas pernas ainda estavam bambas.

— Eu te ajudo. — Pegou um dos braços de Hyungwon e passou sobre seus ombros.

Antes que Chae pudesse proferir qualquer coisa, Jooheon apareceu correndo.

— Vocês estão bem?

Shownu olha pra Hyungwon, este que não olhava para Lee, então assentiu, falando por ele. — Estamos bem.

Atrás de Jooheon, Kwangji apareceu batendo palmas lenta e dramaticamente, com um sorriso largo no rosto.

— Parabéns, Hyungwon, você é melhor do que eu achava que fosse. E esse final. Wow! Superou minhas expectativas, quem diria.

— Cumpra sua parte no trato. — O encarou com raiva. — Solte Kihyun.

Jooheon olhou para o traficante. — Você…?

— Sim, Sim. — Cortou Jooheon. — Eu cumprirei com meu acordo, mas tem um pequeno problema… — Olhou para o superesportivo. — Esse carro é muito caro, e você causou um grande dano. Arranhões e grandes amassados. Sem falar que um dos faróis está quebrado, isso custará uma grana para concertar e você sabe, esse carro não é meu, peguei emprestado, portanto metade do dinheiro ganho nessa corrida, senão mais, será gasto no concerto do carro, isso me trouxe bastantes prejuízos.

Hyungwon rosnou. — Não ouse voltar atrás em sua palavra.

— Ah, eu não ousaria. — Sorriu mais. — Você não confia em mim?

— Preciso responder?

Deu de ombros. — Eu soltarei Kihyun, não se preocupe com isso, mas vocês terão que compensar esses prejuízos.

— Vocês? — Shownu perguntou.

— É, essa não é uma tarefa fácil, você e Jooheon não precisam se envolver, mas tenho certeza que vocês vão querer ir, principalmente você Jooheon.

Lee franziu o cenho. — O que é?

— Calma. — Sorriu de canto. — Primeiro as prioridades, tenho certeza que Hyungwon está bastante preocupado com o Yoo, não é? — Olhou para Chae que assentiu. — Então vamos logo, antes que a polícia chegue e antes de Kihyun morrer, isso se já não estiver…

Hyungwon o cortou. — Ele não está! Não pode estar.

— E eu espero que você tenha razão, não tenho nada contra o garoto.

— Para o seu bem, é bom que ele esteja bem. — Hyungwon o encarava ferozmente e Kwangji sustentou seu olhar com frieza, todos presentes tinham plena certeza que aquilo não era um blefe.

— Então é bom que nos aprecemos. — Ainda com o olhar frio, deu um sorriso de canto e começou a andar.

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Chang estava deitado na cama de costas para a cama de Gun, que no momento não estava presente no quarto. Agora que estava sozinho, se sentia assustado e desprotegido, ele havia sido sequestrado e estava na Inagawa, que, diferente de como foi na Towa, estava o mantendo a força ali. Ele suspirou, sentindo a garganta arder, mas não choraria, seria forte e encararia de frente o que quer que estivesse por vir. Ele só queria ao menos poder ter seu celular, mandar mensagem para Minhyuk e perguntar se estava bem, mandar mensagem para o Dr. Jung ou Yoonho, para Shownu, para Jooheon, queria ter um pouquinho de conforto e segurança, mas nem isso podia fazer, não podia ligar e conversar com algum amigo e nem pedir ajuda a alguém.

Apesar do medo, ele pretendia ir até o final, pretendia descobrir o porquê da Inagawa estar atrás dele e talvez ele possa voltar para a Towa ou até para sua “vida normal”, mesmo que ele duvidasse que isso fosse possível, pois mesmo que ele fosse “liberado” da Yakuza, já havia se envolvido bastante e nunca mais seria o mesmo.

Lim suspirou e se virou de barriga para cima, repousando uma mão na testa, ele não havia tomado banho e nem feito um curativo, sua cabeça doía pela coronhada que recebeu e também pelo líquido no pano que o fez perder a consciência, além disso, ele sentia como se alguém houvesse o tocado na parede ou no chão, o que ele não duvidou que tivesse realmente acontecido. Ouviu passos vindo do corredor e então fingiu estar dormindo, a porta foi aberta e Gun passou por esta, acendendo a luz e fechando-a atrás de si. Changkyun não estava com a menor vontade de vê-lo e muito menos falar com ele, então permaneceu fingindo que dormia, Gun se aproximou mais e se sentou na borda da cama que outrora Kihyun dormia. Ele carregava uma pequena caixa consigo, a pôs ao seu lado na cama e abriu, tirando alguns curativos dela, levou um algodão com remédio antisséptico até a testa de Chang e começou a limpar o corte com delicadeza. Ele se sentia um pouco mal, não havia necessidade de o tratar tão mal, ele sentia certa raiva do garoto por ser da Towa, mas foi imatura as suas atitudes, até porque, além de ter sido posto no sistema provavelmente sem seu consentimento, também havia salvado sua vida, ele foi injusto em lhe ferir.

Com o contato do remédio no ferimento, Lim franziu levemente o cenho pela ardência proporcionada, Gun tirou o algodão e pegou um adesivo semelhante a um baind-aid, mas retangular, maior e branco. Passou os dedos levemente sobre o curativo, fixando-o melhor, quando terminou guardou tudo na caixa e olhou para Chang. Ele estava curioso sobre quem era ele e o porquê de seu pai ter interesse no garoto. Gun se levantou da cama e deixou a caixa de medicamentos em cima do criado mudo, dando as costas a Chang, mas parou na metade da cama pela voz do outro.

— Não pense que isso muda algo.

Ele virou o rosto para trás e se deparou com Changkyun de olhos abertos.

— Estava acordado todo o tempo? — Lim se sentou na cama, lhe encarando, mas não respondeu. — Minha intenção não é te fazer mal, então não resista, isso só tornara a experiência pior.

Riu nasalado, com deboche. — Eu já ouvi isso antes, mas da última vez não haviam me sequestrado e me agredido.

— Eu sei o que está pensando. — Se virou completamente para Changkyun. — Você acha que eu sou o vilão, não é? Que fiz coisas terríveis e horrendas.

— E essa não é a verdade?! — Arqueou uma sobrancelha. — É difícil achar o contrário quando se é tratado como fui.

Dessa vez foi Gun a rir nasalado. — Existem muitos rumores pela Towa, tudo que eles dizem é em como a Inagawa é desprezível e das coisas ruins que fiz, mas eles não contam a verdade, não contam o que realmente aconteceu.

— Vai me contar uma historinha? Muito obrigado, mas eu recuso.

— Não preciso contar, você vai acabar descobrindo por conta própria, mas se eu fosse você não contaria muito com Jooheon.

— Não tente me por contra ele ou a Towa.

Riu. — Você não conhece essas pessoas, não conhece Jooheon e não sabe do que ele é capaz. — Ele falava, agora sério. Seu tom de voz era convicto e Chang ficou preocupado com a última frase, mas decidiu ignorar, não podia se deixar levar pelas ladainhas de Gunhee. — Olha Changkyun, passaremos um tempo juntos até meu pai chegar do exterior, então vamos tentar nos dar bem, ahm?

— É meio tarde para isso, não acha? — Disse indignado. — Se Kakuji queria tanto falar comigo e sem me ferir, ele podia, sei lá, mandar uma mensagem ao invés de me sequestrar dessa forma.

— Não tenho culpa, Kakuji tem uma péssima personalidade e também tem seus motivos, seja lá qual forem os dele, ele me mandou te sequestrar e eu não poderia desobedecer.

— Então eu tenho que ficar em cativeiro até ele chegar de viagem?

— Eu não chamaria de cativeiro, mas sim, terá que ficar sobre vigilância 24h por dia.

— Que maravilha. — Ironizou. — Minha vida só melhora.

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— VOCÊ O QUE?! — Satoru gritou, batendo as mãos na mesa.

— Desculpa, eu tentei impedir, mas Gunhee tinha reforços.

— Minhyuk, eu mandei você cuidar dele, ficar de olho, você não conseguiu cumprir essa simples tarefa. — Falou exaltado. — Deveria andar sempre armado.

— Eu deixei a arma no carro.

— E o que eu disse sobre não deixar ele ir sozinho em lugar algum?!

Abaixou a cabeça. — Ele só foi a loja de conveniência, eu não achei que teria problema…

— Mas teve, e muito. — Bufou. — O erro foi meu, afinal. Deveria ter mandado alguém mais competente para fazer esse trabalho.

Lee levantou a cabeça. — E-Eu…

— Está dispensado.

— Mas… — Oyabun o encarou sério e então ele se calou e se reverenciou, saindo da sala.

Seung-Hyun que estava no canto, se aproximou da mesa. — O senhor não acha que foi muito duro?

— Ele é muito fraco, precisa aprender por bem ou por mal como que as coisas funcionam por aqui.

— Mas ele e só um garoto, não tem experiência.

Satoru o encarou. — Ele não é meu filho, não tenho dever algum de levar isso em consideração.

— Ye. — Assentiu respeitosamente. — O que fará agora?

Suspirou. — Precisamos o trazer de volta, esse garoto não pode ficar com Kakuji.

— Não seria melhor chamar Shownu de volta? Ou Jooheon?

— Não. — Negou, se encostando para trás em sua cadeira giratória. — Shownu precisa terminar a missão, Jooheon não deveria ter ido junto, mas foi até melhor assim, ele tem mais empatia por Kwangji, conseguirá as informações certas, mas não podemos avisa-lo sobre o sequestro.

Franziu o cenho. — Por que não?

— Ele largará tudo para ir atrás de Lim e precisamos ser cautelosos, Kakuji está um passo à frente dessa vez, mas eu ainda tenho uma carta na manga.

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Minhyuk saiu da sala de Satoru extremamente deprimido. Ele apenas confirmou tudo aquilo que ele já sentia sobre si próprio, inútil. Ele andou pelos corredores da mansão avoado, foi direto para a sala de tiro-ao-alvo e digitou a senha: 55926. Ele ficou parado no centro da sala, tinha as mãos cerradas, estava com raiva de sua própria fraqueza, de ter praticamente nascido na Towa e mesmo assim não ser experiente o suficiente. Decidiu que mudaria essa situação, não iria mais ser fraco, se tivesse que atirar de verdade em alguém, para matar, então que seja. Andou até o armário de armas e pegou uma sniper, se posicionou em uma das cabines, apoiou a arma em uma plataforma específica para isso, ligou o dispositivo que fazia os alvos se moverem, mirou e atirou, de novo, de novo e de novo, depois se desvencilhou da arma e olhou o resultado. Headshot, todas as vezes.

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Os três seguiram com Kwangji até o prédio traficante principal de Toyota. Hyungwon parecia ansioso e preocupado, ele já conseguia andar normalmente sem ajuda. Kwangji andava à frente, como um guia turístico, Jooheon e Shownu iam mais atrás, Shownu parecia disposto a ajudar o tal de Kihyun e parecia até de certa forma preocupado, sem nem ao menos o conhecer, já Jooheon estava mais preocupado com Hyungwon. Ele fez tudo aquilo para salvar o amigo, se este estivesse morto ele não tinha certeza do que ele era capaz de fazer, além disso, Kwangji garantiu que ele faria questão de ir junto com Hyungwon e Kihyun a essa “missão” que teriam que fazer, ele sabia que independente se fosse ou não, Shownu também iria ir, afinal ele ainda se importava com Hyungwon e seu impulso protetor de líder falava mais alto sempre.

— Aqui está. — Kwangji parou de frente para uma porta metálica, apontou com a queixo para a porta, olhando para um guarda parado ali. — Abra.

O guarda não era nada demais, nem muito alto e nem muito forte, provavelmente estava ali só para ficar de olho caso acontecesse alguma coisa, pois parecia impossível de fugir daquele quarto. Ele assentiu para seu chefe, pegou o molho de chaves preso ao cinto e foi até a porta, a abrindo. Hyungwon não esperou mais tempo, assim que a porta foi destrancada ele a empurrou e correu para dentro, se ajoelhando de frente para Kihyun que continuava exatamente na mesma posição.

— Kihyun! — Hyungwon segurava a nuca de Yoo e tentava o acordar chacoalhando seus ombros e dando tapinhas em seu rosto.

Shownu e Jooheon entraram e Kwangji ficou na porta. Jooheon ficou mais afastado, observando, enquanto Shownu se aproximou bem mais, se agachando do outro lado do de cabelos rosa, levou dois dedos, o do meio e o indicador, até o pescoço do rapaz e então suspirou.

— Ele ainda está vivo, mas sua pulsação está bem fraca.

Hyungwon olhou para trás, para a porta onde Kwangji estava escorado. — Chame um médico.

— Eu já chamei, ele está no andar de cima. — Falou. Ele não parecia particularmente preocupado se Kihyun morria ou vivia, mas não estava fazendo piadas e nem sorrindo, quase como em respeito antecipado ao luto. — A segunda esquerda, sala 22.

Hyungwon olhou para Shownu e esse assentiu e pegou Kihyun no colo, passando uma mão por baixo de seus joelhos e a outra em suas costas. Ele se levantou sem muita dificuldade, como se Kihyun não pesasse mais do que um saco de farinha. Yoo tinha um braço solto e a cabeça pendia para trás. Kwangji deu passagem na porta e os dois partiram rumo ao segundo andar, Jooheon ficou para trás, sentia como se não devesse se meter, que não era assunto seu. Saiu da sala e encarou Kwangji.

— Qual é a missão?

Sorriu de canto. — Me siga.

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Pegaram o elevador direto para o sétimo andar, ninguém nem tentou os impedir, aparentemente Kwangji já havia dado permissão para que vagassem pelo prédio. Hyungwon mordia o lábio inferior em preocupação, Shownu se esforçava em carregar Yoo sem piorar os ferimentos. Quando saíram do elevador andaram pelos corredores apreçados, depois de duas encruzilhadas viraram à esquerda, olhando para os dois lados até encontrar a sala 22, com os dizeres “Expurgo/Enfermaria”. Hyungwon abriu a porta e Shownu passou com Kihyun, tomando cuidado para não bater a cabeça do menor na parede. No canto direito da sala, de frente para um balcão cheio de remédios e equipamentos, se encontrava um senhor de meia idade trajando jaleco e calça lilás. Ele se virou assim que eles passaram pela porta.

— Oh, minha nossa! — Se aproximou. — Coloquem ele na cama.

Shownu obedeceu e deitou Kihyun em uma cama hospitalar que havia na parede esquerda, próximo a janela. O médico se aproximou e mediu sua pulsação com dois dedos no pulso.

— A preção arterial está baixa. — Falou. O senhor fazia Shownu se lembrar do avô, só que seu avô era mais ranzinza. —  A quanto tempo ele está inconsciente?

— Eu não tenho certeza. — Hyungwon falou preocupado. — Cerca de dois dias, talvez.

— Isso é preocupante. — Levou a mão até a testa de Yoo e tirou o cabelo da área, revelando um corte, levou a mão até a bainha da camisa, que estava ensanguentada e depois de virá-lo de lado, delicadamente levantou o tecido, deixando exposto o corte mais profundo que havia no final de sua coluna, virou-o de frente novamente e notou o corte no peito. O médico se virou para os rapazes apreensivos. — Eu preciso que vocês esperem lá fora.

— Tudo bem. — Shownu concordou e levou Hyungwon, que estava relutante, para fora.

Do lado de fora eles se sentaram no chão, de frente para a porta e se encostaram na parede.

— Você acha que ele vai ficar bem? — Hyungwon perguntou, olhando para Shownu ao seu lado esquerdo.

— Ele é forte, vai resistir. — Afirmou, mesmo sem conhecer Kihyun. — O doutor também parece experiente, não se preocupe, ele ficará bem.

Assentiu. — É difícil não se preocupar, mas preciso acreditar nisso. — Desviou o olhar para a porta.

Son segurou a mão de Hyungwon e fez uma leve caricia, sorrindo tranquilizador, ganhando novamente a atenção de Chae que olhou para suas mãos e depois para o moreno. — Você foi muito corajoso hoje.

Riu nasalado. — Estava morrendo de medo, como isso é ser corajoso?

— É exatamente por isso que é corajoso. — Hyungwon arqueou uma sobrancelha. — Você enfrentou o seu medo e tudo isso para salvar seu amigo. Isso foi muito corajoso, Hyungwon.

— Eu não teria conseguido sem você.

Shownu sorriu. — Isso significa que não estamos mais brigados?

Sorriu também. — É, eu acho que sim. Mas quanto a Jooheon…

— Eu sei, ainda não é fácil, não é?

Assentiu. — Eu não odeio ele, só não consigo esquecer o que ele fez. — Shownu, que ainda segurava a mão do outro, fez mais uma caricia. — De qualquer forma, vai ser mais difícil de Kihyun lidar com ele do que eu.

— Por que? — Franziu o cenho. — Eles nem se conhecem.

— Digamos que ele ficou sabendo da história toda e não ficou muito contente. — Sorriu de canto. — Principalmente quando Jooheon fez tanto mal para a pessoa que ele gosta.

— O Kihyun gosta de você?

Hyungwon riu alto. — Não. Não é de mim que ele gosta.

Shownu continuou não entendendo. Talvez ele gostasse do tal de Wonho, mas não se lembrava de Jooheon ter feito algo para ele, talvez gostasse de Gun, mas a ideia parecia totalmente ilógica, resolveu dar de ombros e não pensar muito sobre.

Na janela no final do corredor, a luz do sol já brilhava e iluminava o ambiente, ele olhou para o relógio de pulso e descobriu ser 06:13 da manhã. Hyungwon soltou a mão de Shownu e pegou o celular no bolso da jaqueta, o aparelho estava desligado e assim que o liga a tela vibra com mensagens e chamadas perdidas, Shownu leu na tela: Gunhee.

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— Mãe, eu já disse que estou chegando. — Minhyuk falava ao celular, de dentro de um taxi.

Você disse que não viria, então precisei confirmar.

— Aconteceu algo e eu fiquei muito ocupado.

É bom que não tenha se metido em problemas.

Sorriu de canto, melancólico. — Isso é meio difícil. — O taxi estacionou e o motorista falou o preço. — Acabei de chegar, abre o portão. — E desligou o celular.

Após pagar o taxista ele sai do veículo e vai até a casa. O portão branco se abre automaticamente e se fecha atrás dele em seguida. Na maior parte do tempo suas mães viajavam e não ficavam muito em casa, mas como ganhavam bem, precisavam de conforto sempre que vinham para a Coreia e isso significa uma casa contemporânea grande, de dois andares, estilo americana, com gramado na frente e um pátio com piscina de chão atrás. Ele ficava feliz pelas mães estarem se dando bem, depois de todos os desafios que tiveram no passado, nada mais justo que disfrutarem de riqueza e conforto. Quando estava perto da porta de entrada, essa se abre e Stefany aparece, vindo lhe abraçar. Um Pastor Belga preto passa pela porta e sai correndo pelo gramado. Sua mãe vestia uma calça jeans azul-claro, tênis Adidas preto e camisa de flanela vermelha, seus cabelos castanhos claros estavam amarrados em um alto coque frouxo, seus olhos ocidentais verdes tinham uma leve sombra cinza e seus lábios um tom avermelhado, sua pele levemente bronzeada com as bochechas rosadas de saúde. Ela não havia mudado nada, com seus 36 anos ela esbanjava beleza e parecia não envelhecer um dia.

— Que saudades que eu estava de você, meu filho. — Fala lhe abraçando.

— Também estava, mãe. — Sorri e se separa do abraço. — Cadê a Ah Ro?

— Ela está lá em cima esvaziando as malas.

O Pastor Belga correu e pulou em Minhyuk, que fez caricia em sua cabeça.

— Sanha, como está grandão. — Sorriu.

— Nem me fale, foi uma luta trazer ele no avião. — Sorriu mais. — Vem, vamos entrar.

Entraram na casa e o cachorro os seguiu. Nada havia mudado, estava igual a última vez que esteve ali, exceto pelo pó acumulado sobre os móveis e um quadro de uma pintura clássica desconhecida que estava pendurado na parede. Minhyuk não precisou nem perguntar, sabia que fora Ah Ro que o comprou e pendurou ali, aparentemente ela tinha muito gosto por pinturas vitorianas, o que não condizia em nada em seu estilo. A porta dava direto para a sala, essa possuía um sofá cinza, a TV ficava próxima a porta do lado esquerdo de quem chega, a direita tinha a mesa de jantar e após ela a cozinha com a divisão de uma bancada, também estilo americano, a cozinha era moderna como o restante da casa. A esquerda, depois da sala, havia o banheiro principal, a lavanderia e atrás/embaixo da escada ficava um deposito que suas mães usavam para guardar coisas antigas, como os velhos brinquedos de Minhyuk. A escada ficava na parede e na frente dela, reto com a porta de entrada, havia uma porta dupla de correr de vidro que dava para o quintal com gramado, piscina de chão e uma área coberta onde possuía um banco de balanço e alguns Puffs. Subindo as escadas, o primeiro cômodo é a segunda sala, que era geralmente usada para jogos e filmes, a TV ficava na parede direita de quem sobe as escadas, entre duas janelas grandes que cobriam a parede inteira. O sofá vermelho ficava de frente para a TV e abaixo dela ficava uma pequena mesa com X-BOX Wii, PS4, DVD com entrada para peindrive e HDMI, caixas de som e outras coisas. No centro tinha um tapete branco e felpudo, na parede ao lado do sofá, havia uma estante com livros e sagas. De frente para a escada havia um corredor com duas suítes e dois outros cômodos. O primeiro quarto do corredor, na esquerda, era o de convidados, mas estava inutilizado e cheio de tralha, o segundo quarto a esquerda, a suíte, era o seu e na frente havia a suíte das suas mães, e no final do corredor havia mais um banheiro. A casa era enorme e linda, aí vocês se perguntam, “Minhyuk, por que você não mora aí? ”, bem, a resposta é bem simples. Como suas mães estão sempre viajando e a casa é tão grande, ele se sentiria sozinho e também já havia se acostumado a rotina da Towa, mas ele tinha a chave e muitas vezes acabava passado a noite ali.

— Eu vou preparar alguma coisa para comer, vá dar um oi para sua mãe, ela estava morrendo de saudades sua também.

Assentiu. — Tudo bem.

Ele subiu as escadas para o segundo andar, passou pela segunda sala da casa que tocava música pop na TV, foi ao corredor e até o quarto a direita, o quarto de suas mães. A porta estava aberta então ele apenas deu duas batidas e entrou. Ah Ro estava de frente para o closet a esquerda, tentando arrumar espaço para sua nova coleção. Ela vestia uma calça jeans azul-escuro, bem colada, um salto agulha preto e uma blusa ciganinha vermelha em detalhes dourados, um colar de ouro branco, brincos combinando e várias pulseiras cobrindo o pulso direito, seus cabelos que antes eram bem negros, agora estavam tingidos de loiro e estavam soltos em cachos sobre seus ombros, indo até metade das costas. Sua pele naturalmente clara parecia ainda mais clara com a maquiagem, seus olhos estavam pintados com delineador e lápis, usava cílios postiços e sombra clara, as sobrancelhas em tom claro perfeitamente desenhadas, os lábios fartos estavam pintados em degrade em um tom vermelho e suas unhas estavam pintadas da mesma cor. Ah Ro era dois anos mais nova que a Stefany, tinha 34 anos e gostava de se vestir, como dizia Minhyuk, como uma perua louca. Diferente de Stefany, Ah Ro estava diferente sempre que Minhyuk a via, o estilo estava sempre mudando, o cabelo já possuiu diversas cores, a maquiagem, assessórios. Tudo. Mas nunca perdia seu toque de extravagância tão característico.

— MinMin. — Sorriu e foi o abraçar, o salto fazendo barulho ao andar. — Como você cresceu. Aigoo! — Se afastou e segurou o rosto de Lee entre as mãos. — Está bonito como sempre. Puxou a mim.

Minhyuk achou melhor não comentar que ela, diferente de Stefany, não era sua mãe de sangue, da última vez que tocou no assunto ela quase enfiou o salto na sua garganta.

— Digo o mesmo, perua louca. — Sorriu mais.

Ela soltou seu rosto. — E então, me conte as novidades. Você deve estar cheio de histórias.

— É, bem… muitas coisas aconteceram nesses últimos tempos, mas vamos deixar isso para outra hora. — Mudou de assunto. — Como foi em Londres?

— Foi ótimo, eu estrelei em mais uma propaganda de perfume, minha carreira de modelo continua brilhando e sua mãe fez muito sucesso com o lançamento do novo livro, ela está pensando em adaptar e publicar também na Coreia. — Falou animada. — Ah, vai ser incrível, você verá.

— Aposto que sim.

— Quer me ajudar a desfazer as malas? Eu trouxe umas coisas de Londres para você.

Deu de ombros. — Tudo bem.

Minhyuk não sabia como tudo aquilo coube em apenas três malas, mas demorou bastante tempo para guardar tudo, principalmente para arranjar espaço dentro do closet. Eles conversavam animadamente enquanto arrumavam. Ah Ro havia comprado algumas peças de roupas para Minhyuk e também um perfume unissex ao qual ela havia feito propaganda. Apesar do desânimos, preocupação e irritação que sentiu pelo sequestro de Chang, ele ficou feliz em ver as mães. Ele estava com saudades e não as via fazia alguns meses, ainda que não estivesse bem, estava grato por ter a companhia das duas, assim ele poderia esquecer um pouco os problemas. Quando terminaram de arrumar tudo, Minhyuk precisou pegar uma mala emprestada para levar suas novas roupas até seu quarto. Ele decidiu que passaria um tempo na casa, afinal pretendia aproveitar a presença das mães, principalmente porque não sabia quanto tempo ficariam. Depois disso desceram para almoçar. A mesa retangular era grande e possuía espaço para oito pessoas. Eles se sentaram próximos um dos outros e começaram a comer. Stefany e Ah Ro contavam como estava o trabalho e os programas e viagens que faziam, mostraram fotos e vídeos que fizeram na viagem à Itália, França e Brasil. Aparentemente Ah Ro gostou bastante do carnaval e toda a purpurina de lá.

— Encontramos um casal da Noruega nas montanhas, foi um desastre tentar se comunicar com eles, nenhum falava inglês e nem coreano. — Ah Ro contava empolgada.

— Mas falavam italiano, era só falar com eles em italiano. — Stefany advertiu. — Eu te dei um dicionário justamente para essas situações e ainda sublinhei as palavras principais.

— Eu usei as folhas para secar minhas mãos, o banheiro daquela cabana era horrível, vai saber por onde passou aquela toalha.

Minhyuk apenas ouvia a história das duas, ele ficava contente em ver que depois de anos as duas continuavam juntas e felizes, mesmo que sempre brigassem, e muitas vezes por motivos bobos, elas continuavam juntas e se amando. Lee esperava encontrar alguém assim um dia, que dividissem a vida por um longo tempo. Com esse pensamento lhe veio à cabeça Wonho e Shownu e então ele começou a pensar em todos os problemas, um pensamento acarretando o outro. Stefany o olho com o cenho franzido, ele não notou quando elas terminaram e conversar.

— Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa? — Ah Ro perguntou.

— Hum? Ah… não é nada. — Sorriu fraco.

— Eu te conheço, filho. — Stefany falou sorrindo. — Vai, me conta o que foi que aconteceu.

Suspirou. — Muita coisa, mãe. Muita coisa.

— Problemas na Towa de novo? — Ah Ro piscou, os cílios acenando para Minhyuk.

— Isso também. — Empurrou o prato com um resto de comida para o centro da mesa, sinalizando que estava satisfeito.

Stefany abandonou o prato também. — Aiaiai, o que foi que aconteceu?

— Recentemente chegou um garoto novo, Changkyun, Jooheon estava cuidando dele, a Inagawa parecia ter bastante interesse nele.

— Quem ele é? É bonito? — Ah Ro perguntou, tomando um gole do vinho de arroz.

— Ele é apenas um civil, um médico. — Deu de ombros.

Ah Ro sorriu. — Huum, médico… interessante. E é bonito?

— Ahm, sim, sei lá. — Continuou. — Kwangji estava desviando as rotas dos lotes, isso acarretou em alguns problemas e então Shownu e Jooheon tiveram que ir arás dele no Japão e eu tive que ficar cuidando do Chang.

— Já entendi. — Stefany falou compreensiva. — Alguma coisa deu errado, não é? Ele foi sequestrado.

Assentiu. — Sim, era de noite e estávamos voltando para a mansão, paramos para abastecer e ele foi comprar água e barras cereais na loja de conveniência do posto, mas aí… — Fez uma pausa. — Eu deveria ter ido junto ou não ter deixado a arma no carro. Gun o sequestrou e eu não tive nem chance contra os dois guarda-costas dele — Baixou a cabeça.

— Quando isso aconteceu? — Stefany perguntou e Ah Ro agora prestava atenção.

— Ontem de noite.

Minhyuk contou tudo que aconteceu, até o que Satoru falou.

— Não fica assim, filho. — Stefany segurou sua mão. — Você não poderia saber que isso iria acontecer.

— Mas eu deveria estar preparado.

— Min, essas coisas acontecem, tenho certeza que ele ficará bem. — Ah Ro falou. — Mas você está bem? Não se machucou?

— Eu estou bem. — Afirmou.

— Que bom. Isso que importa. — Sorriu de canto. — Agora me conta quem é esse tal de Wonho que você falou. Ele e bonito?

.

.

.

— Que cara é essa, Wonho? — Perguntou Gun enquanto colocava a jaqueta de couro e passava desodorante.

Wonho estava sentado no sofá com cara de paisagem. Era fato que ele não parava de pensar no fato de estar mentindo para Minhyuk e isso o fazia se sentir culpado.

— Não é nada. — Suspirou.

— Você que sabe. — Deu de ombros. — Está pronto? — Perguntou para Chang que havia acabado de sair do banheiro e passava pela cozinha em direção a sala.

— Eu não quero ir.

— Acontece que eu tenho muitas coisas para resolver e não posso deixar você sem vigilância, então você precisa ir junto.

Wonho se levantou do sofá. — Eu posso ficar de olho nele.

— Igual ontem? — Falou irônico.

— Não, é sério, eu fico de olho.

Arqueou uma sobrancelha. — Você não está pensando em fazer nada com ele, está?

Negou com a cabeça. — Não vou fazer o que você acha que eu farei. — Afirmou. — Você sabe que eu gosto de outra pessoa.

Olhou para o relógio de pulso e para Changkyun, depois para Wonho de novo. — Tá legal, mas vê se não faz nenhuma merda.

— Relaxa.

E então ele pegou o celular que estava para carregar e saiu da casa. Ele não confiava muito em Wonho para ficar de olho. De duas uma: ou ele paqueraria Changkyun ou o deixaria fugir. Nenhuma das duas opções era boa, e ele também não entendeu o porquê de Hoseok ter se voluntariado, mas decidiu que deixar Chang com Wonho era a melhor opção, afinal ele teria que ir em lugares não muito seguros e levar Lim junto não seria bom, principalmente contra sua vontade.

Assim que Gunhee deixou a casa, Wonho se virou para Changkyun, sorrindo.

— E aí, quer fazer algo divertido?

Franziu o cenho. — Eu prefiro ficar aqui mesmo.

Wonho resolveu que seria legal com Chang, afinal ele era amigo de Minhyuk e essa era a única coisa que podia fazer por ele, não poderia contar a verdade então ao menos poderia tentar tornar a experiência de Lim melhor.

— Eu estou te dando a oportunidade de liberdade momentânea e você vai desperdiça-la?

— Então me responda. — Cruzou os braços. — Por que está me dando essa “oportunidade”?

Piscou algumas vezes, tentando pensar em alguma desculpa. — Ahm… bem… porque… — Chang arqueou uma sobrancelha, esperando uma resposta. — Porque eu sou uma pessoa muito bondosa e gosto de ajudar os outros.

— Isso não soou convincente.

Sorriu sem graça. — Não, né? — Suspirou. — Tudo bem, talvez não seja 100% verdade, mas também não é uma mentira. Você veio da Towa, deve ter ouvido histórias terríveis dobre nós, mas nós também ouvimos histórias terríveis sobre vocês. Na minha opinião isso é só questão de ponto de vista. — Deu de ombros. — Se você não quiser sair, por mim tudo bem, mas tenho certeza que será bem mais divertido. Não tem nada que você queira fazer ou um lugar que queira ir?

Chang pensou sobre o assunto. Estava ciente que não poderia falar com ninguém da Towa, então nem cogitou essa ideia. Com um estalo ele teve uma ideia. — Quero ir ao hospital.

— Ao hospital? — Franziu o cenho confuso. — Tantas coisas para fazer e você quer ir trabalhar? — Deu de ombros. — Então tá, vamos.

.

Gun assim que saiu de casa pegou o seu carro e dirigiu pelas ruas de Seul, ele tinha muitos compromissos que precisava cumprir, enquanto dirigia ele pegou o celular e o ligou, este que até então estava desligado por falta de bateria. Para a sua surpresa Hyungwon havia mandado mensagem depois de um bom tempo, ele estacionou o carro na frente de uma cafeteria, aproveitou e comprou um expresso, depois voltou para o carro e abriu a mensagem.

 

[Hyungwon] Eu e Kihyun não conseguimos responder antes, porque fomos pegos.

[Hyungwon] Kwangji nos prendeu durante dois dias em uma sala, Kihyun estava muito ferido.

O que? [Gunhee]

Como assim ferido? Ele está bem? [Gunhee]

[Hyungwon] Ele está se recuperando, mas ainda não acordou.

 

Gun estava cada vez mais confuso e preocupado. Eles foram presos e agora Kihyun estava tão ferido a ponto de não acordar? Ele resolveu ligar, seria muito mais rápido e fácil de entender a situação. O telefone chamou e foi atendido rápido.

— Me explica essa história Hyungwon.

Eu não posso falar agora. — Ao fundo foi ouvido comandos de Shownu e a voz de Jooheon discutindo com alguém.

Gun franziu o cenho. — Espera aí, Shownu e Jooheon estão com vocês? O que está acontecendo? — Sua voz tinha um quê de indignação e irritação.

Depois eu explico tudo, é realmente complicado. — Respondeu. — O que você precisa saber é que Kihyun sofreu graves ferimentos, ficou inconsciente por dois dias, sangrando, ele foi levado a um médico hoje de manhã, mas ainda não acordou. Estou realmente preocupado com ele.

— Quem fez isso com ele? — Perguntou preocupado e irritado.

— Os homens de Kwangji. — A voz de Shownu soou no fundo dizendo “chegamos”. — Eu te ligo mais tarde… se tudo der certo.

— Espera! — Mas não houve resposta. — Hyungwon. Hyungwon! — Ele já havia desligado. Gun jogou o celular no banco.

Agora ele estava definitivamente preocupado. Kihyun estava inconsciente, ferido, Hyungwon estava junto com Shownu e Jooheon, Kwangji estava envolvido nisso tudo e agora, aparentemente, eles estavam juntos em uma missão que pela discussão que ouvia no fundo, não parecia muito segura. Sua vontade era de pegar um voo e ir direto para o Japão, ver como Kihyun estava, socar a cara de Kwangji, depois socar a cara de Shownu e Jooheon e depois a de Hyungwon para ele aprender a não jogar um monte de informação em si e depois desligar na sua cara.

A única coisa que poderia fazer era terminar seus afazeres e esperar pelo pai, que chegaria daqui dois dias, até lá teria que ficar de olho em Changkyun. As coisas estavam começando a se agitar, a Yakuza estava saindo cada vez mais em missões desse nível, a máfia chinesa vinha crescendo bastante e conseguindo aliados, algo grande estava por vir e ele sabia que coisa boa não era. 


Notas Finais


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E aí galera? O que acharam?

Eu gostei desse capítulo, achei bem informativo e a distribuição de personagens bem boa, tipo, todos apareceram =3
O final da corrida foi bem dos loucos, hein :V
Eu digo e repito: Shownu é pra casar <33
Gun cuidando do Chang, achei fofo U.U mas ele merece ser tratado com arrogância, afinal ele foi bem malvado com o Chang è.é hunf!
Kwangji, o personagem bipolar que você não consegue saber no que está pensando :v
Kiki :'( que dó, que aperto no coração "ver" ele assim, pelo menos ele anida está vivo e que bom que o Gun se preocupou, pe bom ele tomar u choque de realidade u.u mas ainda estou mal pelo Kiki ;-----; eu amo esse garoto <3
Quanto a mãe de Minhyuk, a perua louca, bem, eu li seu comentário Ana, e achei uma ótima ideia >///< <33
Gente, aconteceu tanta coisa nesse capítulo que nem sei qual das partes destacar para comentar aqui :v Só sei que essa missão no Japão está ganhando uma proporção maior que vocês esperavam, eu acho :B É, não mecha com Kwangji nunca dá boa coisa.

Bem, espero que tenham gostado, já li todos os cometários e já, já responderei a todos <3 espero que esse capítulo tenha compensado a demora, mas, apesar da demora de ultimamente, o conteúdo está sendo produzido melhor, não e?! =3

Obrigada por lerem e DESCULPEM OS ERROS <33

Beijosssssss~ <333

Até o próximo <333


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