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História Black X White - Escolha


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Olááá~ <333

Olha eu aqui de novo <33

Nossa, eu estou com os dedos pegando fogo de tanto escrever e a criatividade iluminou minha cabeça, porque estou cheia de ideias <333

Bom, eu disse que postaria em menos de três dias se o fedback fosse bom, e ele foi ÓTIMO. Melhor do que eu esperava, mas, infelizmente, eu não consegui postar antes porque meu celular está sem internet (nada a certo para mim) e não consigo mais rotear para o notebook. Enquanto isso eu aproveitei para corrigir os capítulos do 1 ao 21, que são os que ainda tinham erros bárbaros. Agora vou tentar repostar esses capítulos e também responder aos INCRÍVEIS comentários de vocês <3 desculpem por sempre demorar a responder e obrigada por nunca desistirem de mim <3 eu li todos pelo celular, mas não consigo responder por lá, então assim que possível eles serão respondidos, eu prometo!

Enfim, desculpem os erros e boa leitura <33
P.S.: Olha essa capa *O* sim, está bem simples, mas eu quero que deem atenção a essa foto do JooXGunXChang <3 morta
P.S.: Sou péssima para títulos ;-;

Capítulo 34 - Escolha


Fanfic / Fanfiction Black X White - Escolha

— Hyungwon! Hyungwon, venha aqui agora! — Falou uma voz feminina.

O Chae se encolheu mais em seu esconderijo, abraçado a um ursinho de pelúcia. O quarto estava escuro e era extremamente empoeirado debaixo da cama. A voz feminina se aproximou e a porta foi aberta. Hyungwon só conseguia enxergar, pelo vão entre a cama e o chão, os pés de sua mãe.

— Chae Hyungwon, apareça enquanto eu ainda estou de bom humor. — Falava quase rosnando.

O garoto tinha os ombros rígidos em tensão e quase não respirava para não omitir som. Os pés passearam pelo quarto, abriram o roupeiro, passaram para a cortina na janela. Ela estava o procurando. Depois de pouco tempo chamando seu nome, ela se virou para ir embora, passando pela cama. Quando já estava na porta, Hyungwon não conseguiu se segurar e espirrou pela extrema poeira e imediatamente cobriu a boca com as mãozinhas. A mulher parou de andar, mas em seguida sumiu da vista do Chae. Ele suspirou aliviado, mas antes que pudesse curtir o momento de calmaria, o cobertor que cobria parte da cama e lhe proporcionava um melhor esconderijo, foi puxado para cima e o rosto de sua mãe apareceu no vão, o encarando com um sorriso.

— Te achei!

— Omma. — Choramingou.

— Está na hora do banho, Hyungwon. — E então estendeu a mão para lhe alcançar. Hyungwon se virou com seu ursinho e engatinhou para longe, mas seu tornozelo foi enlaçado pelas mãos ossudas da mãe e puxado. — Vamos meu amor, sua tia está esperando.

O menino tentou se segurar em alguma coisa, mas não havia nada além de pó e roupas sujas lá embaixo. Seu tornozelo foi puxado até seu corpo estar todo fora do esconderijo sujo. O Chae cravava as curtas unhas no chão, mão só resultava em feridas enquanto era arrastado para fora do quarto. Estava no segundo andar e quando olhou para onde sua mãe estava o levando, viu as escadas. Ele se agarrou na borda no corrimão, mas a mulher que lhe puxava sem dó era muito mais forte que ele, uma criança de cinco anos. Em resposta a seu esforço, ela apenas segurou seu outro tornozelo, o deixando de barriga para cima, e continuou o puxando, fazendo-o bater as costas, cabeça e nuca nos degraus. O menino já estava tonto, mas logo se viu no andar de baixo. Seu braço foi agarrado com força e ele foi forçado a ficar de pé. Se debatendo inutilmente para tentar se soltar, foi direcionado até o banheiro e jogado para dentro dele. Caiu de joelhos e mãos no chão, vendo os pés de sua tia que fumava um cigarro sentada na tampa da privada. Olhou para trás com olhos marejados e viu sua mãe na porta.

— Tire a roupa.

— Omma. — Choramingou arrastado. Era só o que ele sabia dizer, mas ela não ouvia seu choro.

A mulher sorriu de canto e deu um passo à frente, fechando a porta do banheiro atrás de si.

.

Em um solavanco o Chae abriu os olhos com um engasgo de susto.

— Hyungwon! — Shownu, que estava sentado em uma cadeira perto da cama, parecendo recém ter acordado, ou forçando para não dormir, correu e se sentou ao seu lado. — Você está bem? Como está se sentindo? — Segurou sua mão.

Hyungwon puxou a mão depressa, assustado. O pesadelo ainda em sua cabeça.  Shownu lhe olhava confuso, mas logo o mais novo se recompôs e umedeceu os lábios, sem conseguir olhar nos olhos do maior a sua frente. — E-Estou bem.

— Está mesmo? — Inclinou a cabeça um pouco para baixo, tentando olhar para seu rosto que estava abaixado. — Você está soando, ainda está com fe… — Foi cortado no meio da fala enquanto levava uma mão perto de sua testa, quando Hyungwon se afastou bruscamente.

— Eu estou bem, não se preocupe. — Reforçou, mas Shownu estava achando seu comportamento muito estranho.

— Perdão. Por sua irmã. Eu não.

— Shownu. — O cortou, falando pausadamente. — Por favor.

O mais velho trancou o maxilar e engoliu a seco, sentindo um aperto de culpa e preocupação no peito, mas assentiu e se levantou.

— Vou avisar que está acordado. — E se retirou do quarto.

Hyungwon soltou o ar dos pulmões que nem notara estar prendendo e repousou a cabeça na cabeceira da cama, passando uma das mãos nos cabelos.

.

— Eu sei, mas não podemos sair ainda. Hyungwon e Wonho estão… — Gun falava com Kakuji ao telefone. — Mas nesse estado não é bom eles… Sim. Sim, eu sei. — Suspirou pesado. — Estaremos aí o mais breve possível. — Do outro lado da linha seu pai falou algo e Song revirou os olhos e desligou.

— O que houve? — Minhyuk perguntou com o cenho franzido. Eram duas da tarde agora, e alguns recém haviam acordado.

— Kakuji. — Falou vagamente e olhou para Kihyun de braços cruzados no sofá. — Precisamos ir.

Este nem se deu o trabalho de lhe olhar, continuou com um pé sobre o joelho e braços entrelaçado, fingindo interesse na televisão. — Não iremos sem eles.

— Sei disso. — Falou com obviedade e se virou para Changkyun, que aparentemente preparava alguma coisa para comer. — Chang, você acha que tem como leva-los desacordados? — Changkyun continuou preparando seu café. — Chang!

— Ahm? O que? — Olhou depressa para Gun. Jooheon, que também estava sentado no sofá, do lado oposto ao de Kihyun, sorriu de canto.

— Perguntei se tem como leva-los para a Inagawa desacordados.

— Não é impossível, mas devido ao estado deles, seria melhor que ficassem em repouso. Por que?

Suspirou. — Kakuji me ligou pela terceira vez querendo que fossemos para lá.

Lim bufou e soltou a caneca de café na pia. Eles conversavam livremente, separados apenas por um balcão entre a sala e a cozinha. — Eu odeio o seu pai.

— Quem não odeia. — Jooheon debochou rindo curto. Minhyuk lhe deu um tapa discreto. Ele estava entre o Yoo e o Nomura.

— Não sei do que está rindo, eu odeio o seu também. — Falou breve e saiu da cozinha. — Eu vou ver como eles estão.

Mas quando subiu o primeiro degrau, encontrou com Shownu descendo as escadas. Quando o Lim franziu o cenho, o maior respondeu: — Ele está acordado.

— Está? — Shownu anuiu, mas não parecia com uma expressão boa. Changkyun subiu dois degraus e pôs a mão em seu ombro, sorrindo de canto. — Vou ver como ele está.

— E eu vou lá ver o Wonho. — Kihyun se levantou do sofá. Minhyuk o olhou, mas não disse nada. Quando passou por Jooheon, viu de canto de olho ele sorrindo. — Tenho cara de dentista, idiota?!

— Seguiu meu concelho, é? — Kihyun chutou seu tornozelo. — Ai!

Kihyun sorriu quase divertidamente. — Nunca pensei que torceria para você, mas espero que o que aconteceu ontem à noite na cozinha se repita. Te agradeceria por isso.

— Essa é sua forma de me agradecer?

Chutou a outra canela. — Sim. — E então continuou o caminho, vitorioso, ouvindo o outro reclamar. Gun o olhava com o cenho franzido e quando Kihyun passou por si, fechou a cara e desviou o olhar subindo as escadas.

Minhyuk falou não tão discretamente. — Você pegou o Kihyun?

— Minhyuk, “pegou” é uma palavra muito vulgar. — Se levantou sorrindo e olhou rapidamente para Gun. Ele parecia extremamente de mau humor agora.

O Lee mais velho arregalou os olhos. — Você fez isso mesmo?!

— Ai, eu preciso por gelo nisso aqui. — E saiu para a cozinha sem responder.

Claro que ele não havia “pegado” o Kihyun, mas lhe agradava a sensação de irritar Gun.

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Changkyun bateu na porta duas vezes e então entrou. Hyungwon tinha a cabeça apoiada nas mãos, sentado quase no centro da cama. Lim se aproximou e se sentou na beirada da cama.

— E aí, como você está?

— Um lixo. — Murmurou abafado com o rosto entre as mãos.

— É, essa não seria a definição que eu daria, mas…

Riu soprado e levantou o rosto. — Por favor, não faça piadas. — Mas ele não parecia irritado.

Chang riu curto também. — Tudo bem. Mas como você está?

Deu de ombros. — Eu não sei. Sinto umas dores no corpo, mas fora isso acho que estou bem.

— É, você vai sentir algumas dores musculares durante um tempinho, mas vai melhorar. — Sorriu de canto. — Mas… como você está se sentindo? Não digo fisicamente.

— Não sei se quero falar sobre isso.

Balançou a cabeça como se estivesse decepcionado. — Sempre ouvindo os problemas dos outros, mas nunca fala dos seus.

— Velhos hábitos nunca mudam. — Deu de ombros.

— Hyungwon, eu sei que não somos muito íntimos e que não tenho direito nenhum de me meter, mas, bem… Você não acha que deveria ao menos escutar o Shownu? — Hyungwon fechou a cara. — E-Eu sei que não parece certo, mas eu conheço o Shownu e o que aconteceu pode ter sido um mal-entendido.

— Desculpe, Changkyun, mas eu o conheço a muito mais tempo que você, e mesmo o conhecendo, sei muito bem do que as pessoas são capazes, principalmente da Yakuza. E mesmo não tendo moral alguma para querer culpar alguém nessa altura do campeonato, eu ainda assim não consigo olhar para ele, e você sabe que eu não sou do tipo que simplesmente ignora os problemas.

— Sei disso. Desculpe, acho que eu não deveria me meter nisso. É só que… — Suspirou. — Eu não consigo imaginar o Shownu fazendo uma coisa daquelas propositalmente, principalmente quando ele se importa tanto com você.

Riu soprado. — Quem disse que se importa?

— Bem, ficou meio óbvio para mim isso, quando ele passou o tempo todo ao seu lado. Nem quis sair do quarto na troca de horários. Na verdade, eu acho que ele nem dormiu ainda. — Hyungwon ficou em silencio. — Desculpa, você precisa descansar, eu vou parar de falar nisso.

— Espera. — Segurou seu pulso. — Ele fez isso mesmo?

Anuiu. — Eu não sei o quanto você se lembra, mas no prédio da Yakuza, foi ele que te carregou o caminho inteiro para fora. Você convulsionou e teve uma parada cardíaca, então tive que te reanimar, bem… com choque. — Olhou meio culpado para Hyungwon, mas continuou. — Depois disso você entrou em uma crise de pânico e tinha espasmos por todo o corpo. — O Chae corou. — Ele tentou te acalmar nessa hora. Eu acho que a noite inteira ele estava te abraçando ou segurando sua mão.

— Por que ele faria isso? — Ele parecia confuso, mas um tanto tocado.

— Porque ele se importa. — Segurou a mão de Hyungwon sobre seu pulso. — Ele estava muito preocupado com você.

Hyungwon tinha a cabeça baixa. — Eu vou falar com ele, só… preciso de um tempo.

Sorriu de canto e mudou de assunto, para que o maior não se sentisse desconfortável. — Eu vou ver como o Hoseok está. Descanse um pouco, logo teremos que voltar para a Inagawa.

Hyungwon anuiu e o Lim se levantou e saiu do quarto, indo para a porta da frente. Quando entrou no cômodo avistou Hoseok ainda inconsciente e Kihyun sentado em uma cadeira a sua frente de olhos fechados como se dormisse.

Se aproximou e logo o Yoo abriu os olhos, mas não disse nada. Chang se agachou na frente de Hoseok e pôs as costas da mão em sua testa. A temperatura estava baixa.

— Ele teve alguma reação? Falou alguma coisa ou se mexeu? — Olhou por cima do ombro ara Kihyun.

— Ele mudou de lado na cama e resmungou alguma coisa sobre melão. Espero que ele esteja falando da fruta.

Chang riu curto, mas Kihyun não o acompanhou. — Você está bem?

— Eu? — Arqueou uma sobrancelha, como se fosse estranho alguém lhe perguntar sobre seu estado. Chang anuiu e o Yoo deu de ombros. — Eu estou ótimo.

— Sério? Não pareceu para mim. — Se sentou na cama, de frente para Kihyun. — Eu percebi que você estava caladão e parecia irritado.

— Ah, é. Acontece quando você vê o cara que você gosta beijando outro no quintal e depois se declarando para ele. — Changkyun gelou, como se temesse a possibilidade de ter um machado voador cravado na cabeça a qualquer instante. Kihyun lhe fitou e riu debochado. — Que cara é essa? Vai dizer que não sabia que eu gostava de Gun?

— Não, eu. — Pigarreou. — Eu sabia. É só que… hum, eu não tenho desculpa para isso.

— Nem precisa, o culpado não foi você.

— Oi?

Riu de um modo sarcástico e melancólico. — O que? Achou que eu estava com raiva de você por aquilo? Ou que eu daria um chilique como uma garotinha ciumenta? Eu vi o que aconteceu e não sou burro. Foi Gun que te beijou, e estou com raiva dele, não sua. Na verdade, estou com raiva de mim mesmo por ser um idiota.

— Nossa. — Falou um tanto surpreso. — Você realmente não é convencional.

Deu de ombros. — Eu tenho meu próprio jeito de pensar. Mas, e você?

— Eu o que?

— O que vai escolher? — Chang ainda parecia confuso. — Gun me contou que na reunião te deram o direito de escolher entre a Towa e a Inagawa. Entre o Jooheon e o Gun, basicamente.

— Eu não sabia disso. — Falou surpreso. — Eu deveria me sentir feliz por ter direito a escolha, mas porque me sinto tão mal?

Suspirou. — Eu não sei, mas agora você pode finalmente voltar para a Towa como sempre quis. E pode ficar com Jooheon. Final feliz.

— Por que você insiste que eu e Jooheon estamos juntos?

Riu. — Ah, qual é! Eu vi vocês dois na cozinha ontem. Estava dormindo no sofá e era meio difícil não ver. — Changkyun corou, mas antes que dissesse algo, a porta se abriu e Gun passou por ela.

— Ele ainda não acordou.

— Uau, senhor óbvio, como tirou essa conclusão? — Kihyun falou com o tom sarcástico e irritado novamente, sem olhar para o Song.

— Ainda não, mas está melhor. — Disse Changkyun.

— Precisamos ir, já é a quinta vez que o Kakuji me liga e ele não costuma fazer isso mais de duas vezes seguidas.

Chang olhou para Hoseok e suspirou. — Tá legal, vamos leva-lo para a van então.

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— Você está bem? — Minhyuk perguntou para Shownu no quintal.

A última vez que estiveram ali, na noite anterior, Shownu e ele conversaram sobre a história da mãe dele, que o chateava bastante.

— Estou, só cansado mesmo.

— Eu sei que é mentira. — Shownu o olhou, mas este estava olhando para frente.

— Desculpe. Eu estou me sentindo um pouco culpado, para ser sincero.

Dessa vez o Lee lhe olhou. — Não foi sua culpa o que aconteceu com a irmã do Hyungwon e sabe disso.

— Eu estava responsável pela missão.

— Shownu. — Mas não terminou a frase, quando ouviu Changkyun descendo as escadas falando algo com Hyungwon.

Shownu e Minhyuk, que estavam logo na porta do quintal, avistaram Kihyun e Gun descendo as escadas com Hoseok sendo carregado pelos braços e Changkyun ajudando Hyungwon, parecendo com dor, a caminhar melhor. Minhyuk e Shownu se aproximaram.

— O que estão fazendo? — Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

— Precisamos voltar. — Kihyun foi quem respondeu.

— Mas Wonho ainda está inconsciente. — Observou Minhyuk.

— Ele vai acordar logo. — Chang falou. — Vão indo na frente, eu vou buscar minhas coisas. Consegue andar Hyungwon?

Anuiu. — Consigo, vai lá.

Changkyun subiu as escadas novamente. Hyungwon olhou para Minhyuk como se pedisse desculpas silenciosamente.

— Não faça essa cara. — Minhyuk falou. — Eu não estou com raiva de você.

— Mas, Minhyuk… O que aconteceu com a sua mãe…

Sorriu. — Eu tenho certeza que você não é o meu pai, então não tem culpa do que aconteceu.

— Pare de andar com Kihyun, por favor, seu senso de humor me assusta.

— Não foi uma piada. — Suspirou. Shownu estava ao seu lado, mas não se pronunciou em momento algum. Kihyun, Gun e Hoseok já estavam saindo da casa. — Não estou dizendo que o que você fez foi certo, mas todos fizemos coisas erradas e se pensarmos muito, vamos simplesmente antecipar o caminho para o inferno.

— Me sinto melhor agora, obrigado. — Riu curto, Minhyuk o acompanhou. — Tenho que ir. — Olhou de relance para Shownu, que nem ousou se aproximar ou falar com sigo. Depois sorriu para o Lee, deu as costas e saiu.

Minhyuk olhou em volta. — Cadê o Jooheon?

.

Changkyun não tinha muitas coisas além da maleta do hospital seu casaco atirado por aí e o telefone celular. Não foi difícil acha-los, aliás. O casaco estava no sofá da sala de jogos e a maleta estava no quarto onde Wonho dormia anteriormente. Ele achou que seria melhor leva-la com sigo, afinal nunca se sabe se irão precisar.

Amarrou o casaco na cintura e pegou a maleta, pronto para sair do quarto, mas ao se virar, a porta se fechou. Ou melhor: foi fechada por Jooheon.

Chang ficou calado e sem se mover. Ele mesmo achou ridículo sua reação, mas não conseguira evitar petrificar ao se ver sozinho com Jooheon em um quarto.

— Você já vai?

— Tenho que ir. — Enfim se moveu, passando por Jooheon e esticando a mão na maçaneta.

Jooheon o virou em um movimento rápido, o prensando contra a parede e o cercando com os braços.

— Você não precisa ir. Pode escolher ficar, se quiser.

A buzina da van soou.

Engoliu a seco, se sentindo nervoso repentinamente. — Eles precisam de mim, sou o único médico que pode ajuda-los no momento.

Eu preciso de você, Changkyun! — O Lim se calou ouvindo essas palavras e o próprio Jooheon se surpreendeu com elas. O mais velho se aproximou, já fechando os olhos, e Changkyun seguiu seu ato, instintivamente. O contato foi leve, suave, gentil e rápido. Um selo calmo e macio. Se separaram lentamente, mas permaneceram de olhos fechados e rostos próximos. — Você não pode me deixar.

— Por favor, não me ponha nessa posição. — Abriu os olhos lentamente. Eles lacrimejavam. — Não me faça escolher.

Jooheon se afastou, quase abruptamente. — Então você vai simplesmente ir embora?

A buzina da van tocou novamente, estridente, pela janela. — Não é assim. E eu não tenho escolha.

— Sempre temos escolha, Chang. — Novamente a buzina, dessa vez seguida pela voz impaciente de Kihyun o chamando.

— Não posso simplesmente deixar eles assim.

— E pode me deixar assim?!

Os olhos de Changkyun já transbordavam água, de modo que sua visão era apenas um borrão embasado. Ele olhou para Jooheon e engoliu a seco, ouvindo a buzina repetitivamente. — Sinto muito, eu preciso ir. — Abriu a porta e passou por ela correndo.

Ele não sabia o que estava sentindo, só sabia que doía. Desceu as escadas passando por Minhyuk e Shownu na sala e saiu da casa, sem compreender o que os dois lhe diziam. Saiu pelo portão e, na rua, entrou na van que estava estacionada ali, na parte de trás, fechando a porta rapidamente após entrar.

— Finalmente, achei que teria que ir até lá te arrastar. — Falou Kihyun no banco do motorista. Hyungwon ao seu lado. Ele olhou para Changkyun e se calou, apenas dando a partida.

Gun o olhou preocupado e falou baixo: — Chang.

— Eu estou bem. — Limpou o rosto um tanto agressivamente.

— Você está chorando. — Segurou sua mão.

— Gun! — Kihyun o chamou com a voz rouca. Os dois se encararam pelo reflexo do retrovisor, sem dizer uma palavra. O Song soltou a mão de Chang, que só queria se isolar naquele momento.

Kihyun tinha o olhar extremamente sério e o desviou para a estrada, quebrando o contato visual. Hyungwon se manteve em silencio, desconfortável. Provavelmente preferiu não interferir, ou achou que não era preciso. Chang foi o caminho inteiro olhando pela janela.

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Wonho não conseguia se lembrar de tudo, porque em boa parte dos acontecimentos, ele estava inconsciente. Mas tinha vislumbres e fleches de lembranças. Lembranças em que ainda estava acordado ou semiconsciente.

Lembrou-se, primeiramente, de quando foi atacado. Sentiu uma picada no pescoço e os ossos ficando moles. Inicialmente era apenas um sonífero, mas depois lhe injetaram veneno. Talvez por estratégia, talvez só por diversão. Se lembrou de acordar e só enxergar por entre o tecido sujo que cobria seu rosto e então, estava sendo interrogado sobre seu passado. Ouviu a história dos outros, incluindo a de Minhyuk, e sua única vontade era de poder segurar sua mão e dizer que estava tudo bem, mas não podia. De repente a sala explodiu em uma batalha fervente e quando viu, estava no canto com Hyungwon. Naquele estado ele nem ao menos conseguia falar.

— Hoseok, você está bem? — Hyungwon perguntou, com a voz fraca.

Ele tentou responder, mas sua voz saía engasgada e nenhuma palavra se formava. Sua cabeça girava e seus ouvidos zuniam sem compreender nada. Os tiros e a luta estavam abafados e ele só escutava trechos incompreensíveis. Ele sabia que Hyungwon estava falando com sigo, mas não conseguia entender o que dizia. Em um instante apagou, não se sabe quanto tempo passou, mas logo recobrou parte da consciência novamente. Era como se ele estivesse com muito sono e tentasse se manter acordado. Apagou e acordou mais algumas vezes. Em uma delas viu Shownu e Minhyuk entre eles e os inimigos que avançavam. Ele sabia que o Son também estava ali, mas só consegui notar Minhyuk. Ele não era muito bom de luta, mas era impressionante como estava se virando bem, usando mais estratégia do que força. Apagou por, o que pareceu, poucos segundos e em seguida viu Minhyuk agachado a sua frente, mas estava falando com Hyungwon e parecia extremamente preocupado, mesmo que o Shin não conseguisse escutar suas palavras com clareza. Fechou os olhos e quando os abriu estava sozinho com Minhyuk. Ele estava segurando seus ombros, mas olhava para trás. Apagou novamente, vendo Kihyun se aproximar apressado. Quando recobrou a consciência novamente, não via mais Minhyuk, mas sabia, pelo cheiro, que estava sendo carregado por Kihyun. Ele se sentiu mais seguro sabendo que estava com alguém conhecido. Alguém que se importa se ele vive ou morre.

Provavelmente havia passado bastante tempo, pois quando acordou mais uma vez, estava em um lugar totalmente diferente. Na verdade, talvez nem tanto. Estava na casa de Minhyuk, no chão. Kihyun estava com uma toalha nas mãos, ao seu lado, mas quando piscou era Minhyuk, segurando sua mão. Sentiu uma imensa dor do peito, que lhe rasgava desde o pescoço e invadia todo seu tórax. Mas além disso, era como se todo seu corpo estivesse sendo esmagado por uma retroescavadeira. A dor era alucinante e ele sentiu que talvez estivesse alucinando mesmo, pois via formas e cores desconexas. Ele estava desacordado, mas parecia extremamente acordado para a dor que invadia seu corpo. Achou que iria morrer, ou que já estivesse morto, mas seus pensamentos estavam tão confusos e anestesiados que não dava para pensar muito.

Quando abriu os olhos novamente, Kihyun estava sentado ao seu lado na borda da cama e mexia em seus cabelos. Em estado normal, acharia completamente estranha a demonstração de carinho, pois Kihyun nunca foi do tipo amoroso e delicado, mas em seu estado atual, ele só conseguia se sentir um pouco melhor e menos assustado. Kihyun notou seus olhos entreabertos e chamou por seu nome. Ele não conseguia lhe escutar, seus ouvidos ainda zuniam, mas conseguiu ler seus lábios: “Hoseok, consegue me ouvir? ”. Parecia que ele tinha chorado. Ele abriu a boca para responder, mas só o que saiu foi um engasgo e seus pulmões pareciam repentinamente ardendo em chamas. A dor alucinante voltou e estava tudo escuro novamente. Sentiu algo no peito, não sabia definir o que era. Sentiu também um cheiro de queimado. Ele ainda estava alucinando?!

Àquela altura achou que já estivesse morto, ou que, pelo menos, deveria estar. Era como se ele não pensasse com o cérebro, mas com o coração. Era como se seus sentimentos focem uma forma pensamento, e eles pensavam que era melhor ele se render, que não valia a pena continuar lutando por sua vida. Para que tanto esforço? De um jeito ou de outro ele sempre voltava para motivos pelo qual morrer. Decepcionar e magoar Minhyuk estava no topo. Ele realmente estava se entregando para a morte, mas algo pareceu o contestar. Abriu os olhos mais uma vez, se sentindo queimar por dentro, mas com extremo frio. Sua mão estava quente e quando olhou para ela, viu uma outra mão segurando a sua. Olhou para o dono e descobriu ser Minhyuk. Ele estava olhando por cima do ombro para a porta. Minhyuk nunca parecia o enxergar, estava sempre olhando para outra coisa. Ele queria o chamar, mas sua voz não saía. Com todas as forças que não achou que tinha, conseguiu apertar sua mão na dele. Minhyuk o olhou assustado e, após, surpreso. Ele o enxergou. Durou poucos segundos, mas foi o suficiente para sentir seu peito quente. Não como se estivesse sendo incendiado de dentro para fora, mas de uma forma calorosa e calma. Ele caiu na inconsciência novamente, mas o rosto de Minhyuk ilumina sua mente e ele pensava: Será que eu não posso viver? Talvez não seja tão ruim assim. Talvez valha a pena suportar a dor.

Pouco depois sentiu a terrível dor novamente. Era tão insuportável, mas ele lutou contra ela. A dor estava mais forte que as outras vezes e algo estranho aconteceu. Ele não estava mais ali. Não como se estivesse saindo do corpo em forma de espírito, mas como se simplesmente deixasse de existir. Então, nesse momento, não conseguiu nem pensar que não existia, porque o inexistente não pensa.

De alguma forma, como se tivesse nascido novamente, sentiu uma forte dor e também extremamente desorientado. Ele nem sabia quem era ele, ou se era algo. Ele só sabia da dor. Depois disso, foi como estar dormindo em um daqueles sonos ao qual você tem um milhão de sonhos estranhos e parece que, mesmo estando dormindo, se sente extremamente cansado por tantas loucuras, como uma televisão sintonizada em vários canais. Não chegou a acordar depois disso, mas de alguma forma estava mais presente na realidade. Era apenas como se ele estivesse em um profundo sono, tão grogue que só escutava murmúrios de falas ao seu redor.

Outra coisa que sentia era presença. Não algo sobrenatural, como presenças de entidades e demônios, mas algo mais natural, como a presença de ter alguém no mesmo cômodo que si, lhe olhando, segurando sua mão ou conversando com sigo. De vez enquanto conseguia raciocinar algumas coisas lhe dita.

Depois de tantos sonhos estranhos e cansativos, ele apenas dormia. Sem sonhos, sem pensamentos. Apenas finalmente descansando. Aos poucos ele se moveu. Suas pálpebras tremeram e lentamente ele abria os olhos. Quando estava com eles semicerrados, um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente de uma vez só: O que aconteceu? Onde eu estou? Eu ainda estou vivo? Fai Lin… Veneno… Minhyuk. De repente ele se sentou de supetão na cama, com todas as perguntas e confusão estampados em seu rosto. Nem notou que Kihyun estava sentado em uma cadeira entre a sua cama e a de Hyungwon. Com a movimentação brusca de Wonho, Kihyun acabou acordando de seu sono leve e ao vê-lo acordado correu e o abraçou, sentado na cama de lado, em sua frente.

— Wonho! Você está bem? Sente dor? — Afastou o loiro pelos ombros para que pudesse o analisar.

— Eu estou bem. Sinto um pouco de dor no corpo e na cabeça, mas estou bem.

— Tem certeza? Não se sente tonto ou confuso? Changkyun disse que você poderia ter falhas na memória nos primeiros minutos que acordasse. — Falou um tanto depressa, sem mais as mãos em seus ombros.

O Shin sorriu e puxou o menor para um abraço pelos ombros, bem apertado. — Eu estou bem, obrigado por ficar ao meu lado e cuidar de mim.

Geralmente Kihyun não seria tão receptivo com o abraço, mas enlaçou seus braços na cintura do outro, aceitando o aperto de bom grado.

— Não me assuste mais desse jeito, Wonho. — Falou ainda o abraçando. — Achei que iria morrer.

— Eu também. — Falou baixo e Kihyun o abraçou mais forte.

— Você é a única família que eu tenho. Não morra. — Falou quase como uma exigência.

Hoseok não respondeu, mas continuou abraçado no praticamente irmão por mais um tempo. Se afastou depois de um tempo razoável e Hoseok poderia contar aquela como a demonstração de carinho mais duradoura de Kihyun.

Hoseok olhou para o lado, vendo Hyungwon deitado. — Como ele está?

— Está bem e acordado. Quer dizer… agora ele está dormindo, mas não está desmaiado nem nada.

— Que bom. — Sorriu aliviado. — E os outros?

— Estão todos bem. — Anuiu. — Todos eles.

Olhou ao redor. — Que horas são agora? Quanto tempo eu fiquei apagado?

— São 23:30 da noite. Você ficou desacordado por um dia e meio, mais ou menos.

Suspirou. — Eu dormi tanto, mas me sinto tão cansado.

— Por que não toma um banho? Eu vou preparar uma coisa para você comer e então pode dormir e descansar.

Concordou. — Mas depois disso você dorme também. Sei que está acordado a muito tempo.

Riu curto e se levantou da cama. — Tá legal, eu vou lá fazer alguma coisa para comer.

E assim deixou o quarto. Wonho caminhou, com dor, até o roupeiro e pegou peças de roupas e uma toalha. Foi direto para o banheiro e não encontrou ninguém além de Kihyun, na cozinha, pelo caminho. Entrou no banheiro e a primeira coisa que notou quando se olhou no espelho foram suas roupas. Elas não eram suas. Ele conhecia o cheiro muito bem. Eram de Minhyuk.

Sentiu uma fisgada no peito e sua garganta e nariz arderam com a lembrança do Lee. Hoseok ligou o chuveiro e se despiu. A água estava morna e relaxante, mas ele não conseguia relaxar naquele momento. De repente todo peso de seu peito despencou em forma de líquido por seus olhos, e se misturaram com a água do banho, que descia molhando toda sua pele. Seus soluços eram contidos, para que ninguém o escutasse, e os que acidentalmente deixavam sua boca, eram abafados pelo barulho da ducha. Seus braços estavam apoiados nos azulejos da parede e seu rosto estava baixo, derramando as lágrimas direto para o ralo.

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Changkyun passou a tarde inteira de olho em Hoseok e também em Hyungwon e, depois de um bom banho, teve que voltar para o hospital e explicar tudo para Yoonho. Ele estava cansado, mas se ocupando dessa maneira ao menos distraía sua mente dos acontecimentos de mais cedo. Quase não viu Gun depois de sair da casa de Minhyuk, porque ele ficou extremamente atarefado com deveres da Inagawa e com seu pai lhe importunando. Yoonho escutou toda sua história e Changkyun contou quase toda, emitindo apenas alguns detalhes. O Noh ficou extremamente surpreendido e preocupado e por um instante Changkyun desejou não ter contado nada, mas Yoonho, após muitas explicações e pedidos, prometeu que não contaria para ninguém e que, se ele precisasse de ajuda, era só chamar. Isso, claro, se não envolvesse alguma coisa ilegal ou estritamente perigosa. Ele ficou fora o dia inteiro, mas mandou algumas mensagens para Kihyun, perguntando sobre os dois.

Gun também não teve muito tempo para pensar em qualquer coisa que fosse. Assim que voltou para a Inagawa, seu pai lhe encheu de perguntas, xingamentos e sermões. Assim como lhe encheu de tarefas. Mesmo depois de toda a noite no prédio da Yakuza, de toda a luta na madrugada pelas vidas dos amigos e todo o cansaço, ele não teve tempo para descansar quase nada. O máximo foi umas cochiladas aqui e ali, que não duravam mais do que cinco minutos.

Depois de muita enrolação, seu pai pareceu ter algum senso e o liberou para voltar para casa. Ele só queria cair deitado em sua cama e dormir até o próximo milênio. Quando chegou em casa, a primeira pessoa que viu foi Kihyun na cozinha e pelo cheiro, estava cozinhando ramen. Provavelmente Wonho estava acordado.

Ele se aproximou e se encostou no balcão que dividia os cômodos.

— Hoseok já acordou?

Kihyun deu um leve sobressalto, mas logo se recompôs. Ele não se virou para trás para olhar para Gun. — Já.

— Hyungwon está bem?

— Está.

— Changkyun ainda não voltou?

— Não.

Gun revirou os olhos com as respostas secas e diretas do rosado. Se desencostou do balcão e foi até o Yoo, ficando ao seu lado na pia, onde ele cortava legumes. Kihyun nem ao menos lhe olhou de canto de olho.

— O que houve?

— Estou muito cansado para ter essa conversa agora. — Seu tom continuava cortante e áspero.

Suspirou pesado. — Kihyun, qual é o problema agora?

— Eu disse que não quero conversar.

— Kihyun! — Pôs a mão em seu ombro, o virando de frente para si, mas no ato Kihyun acabou acidentalmente cortando o dedo, soltando um chiado de dor. — Desculpe. Deixa eu ver…

— Sai! — Puxou a mão, a qual Gun tentara segurar, agora o olhando. — Você só me machuca!

— O que? Mas isso foi sem querer.

Kihyun desviou o olhar irritado e pegou um guardanapo na prateleira em cima da pia, o enrolando sobre o indicador.

— Espera… você não está falando do dedo, está?

O encarou incrédulo. — Você é um idiota. — Seu tom de voz era mais alto.

— Será que não podemos conversar e aí você me diz o que está te incomodando?

— Eu não quero conversar. Estou muito irritado agora e você só está piorando a situação.

Gun segurou seu braço antes que ele desse as costas. — Será que pelo menos dessa vez você pode não complicar as coisas e só dizer logo o que pensa?

Kihyun riu, controlando a raiva que crescia. — O fato de você não ter nem ideia do motivo só prova o quão babaca você é!

— É por causa do Changkyun, não é?

— Parabéns, descobriu. — Falou sarcástico e puxou o braço com força. — Agora saia da minha frente que eu não quero ver sua cara pelas próximas horas.

— Qual é, Kihyun. Será que podemos agir como adultos aqui?!

Kihyun tirou o guardanapo do dedo e o jogou sobre a pia com força desnecessária, não se importando com o dedo que pingava. Ele estava cada vez mais irritado.

— Eu estou agindo como um adulto agora, em querer conversar depois. Se você fosse esperto seguiria meu conselho.

— Tá, olha só… — Começou, com a voz controlada. — Eu sei, eu beijei o Chang e provavelmente isso não foi certo.

— Provavelmente?!

— Mas eu me lembro claramente de que quando eu resolvi aceitar sua proposta, você deixou bem claro que eu poderia me relacionar com outras pessoas nesse período.

Kihyun começou a rir, quase uma gargalhada, e então parou abruptamente e, pegando a faca da pia, a cravou na tábua de madeira de cortar carnes, perto da mão de Gun, que a retirou rapidamente. — Você continua me surpreendendo, Song Gunhee.

— Quer se acalmar? Você está descontrolado.

Você me deixou assim! — Soltou a faca, que ficou fincada na tábua, e avançou dois paços na direção de Gun, que recuou um passo. — Eu realmente não acredito que você fez aquilo. Quando faltava apenas uma semana e meia. Você nem ao menos esperou!

— Kihyun, eu não planejei nada daquilo, simplesmente aconteceu.

— As coisas não simplesmente acontecem, Gunhee. Você fez porque você quis fazer.

— É, tá legal. — Falou mais alto. — Eu quis beijar o Changkyun e não vejo nada de errado nisso quando nós dois não tínhamos nada sério.

Kihyun parou de avançar e se calou, com o maxilar travado. — Você nunca me levou a sério, não é mesmo? — Riu soprado. — Eu realmente me sinto muito estúpido por ter me humilhado daquela forma. Eu deveria saber que você não cumpriria sua promessa.

— Do que está falando? — Dessa vez seu tom de voz era contido, notando a diferença no estado de Kihyun.

— Nem ao menos se lembra? — Anuiu com a cabeça, como se já esperasse por aquilo. — Bem, você pode ter esquecido, afinal não era importante para você, mas eu me lembro de você ter dito que seria o melhor possível para mim e, nossa, que surpresa… não está sendo. — Kihyun engolia a seco e tinha o cenho franzido. Ele se recusava a derramar uma lágrima sequer.

— Kihyun… — Gun deu um passo à frente, mas este recuou.

— Eu deveria saber que essa história não daria certo. Você nunca notou minha existência antes. Para você eu era apenas o garotinho iludido que gostava de você. — Gun abriu a boca para falar, mas Kihyun levantou a mão pedindo silêncio. — Parabéns, Son Gunhee. Você está oficialmente livre da sua promessa. O mês já acabou para mim. — Foi até o fogão e desligou o fogo que fervia o ramen de Wonho, depois se virou e sumiu da sala.

Gun bufou e bagunçou os cabelos, apoiando as mãos na pia. — Saco.


Notas Finais


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Oláaaaaaaa~ <333

O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado.
Eu realmente não sei o que dizer sobre esse capítulo, porque foi cada bomba, que meu deus :V

Jooheon e Chang em uma situação bem tensa. Me doeu tanto escrever aquelas cenas, mas por um lado é muito bom ver que eles estão “aceitando” os sentimentos que tem =3
E o Hyungwon... nossa, só esse sonho/lembrança já me deu um tiro, depois ele todo desconfiado com Shownu foi o fechamento de meu velório ;;----;; ao menos ele não pretende o ignorar para toda eternidade, só precisa de um tempo para pensar
E Minhyuk com o “Tenho certeza que você não é meu pai”. Concordo com o Chae em dizer que seu senso de humor era assustador. É tão melancólico quanto a Pensilvânia :/
Ai, a descrição de Wonho para os acontecimentos foram morbidamente poéticas. “Porque o inexistente não pensa. ” Ai!
Eu simplesmente AMEI aquele abraço apertado e goxtoso do Hoseok com o Kihyun <3 Foi tão lindo <3
E o Wonho chorando no banheiro foi... Acho que essa é a verdadeira áurea da depressão. As vezes aquele que mais sorri é o que mais chora escondido...
E depois de uma bomba, duas bobas, três bombas, 128173894 bombas, vem esse GunKi ;;-----;;
Já falei que o Gun é um babaca? Porque ele é.
Manoooo, ele faz tudo errado. Mas pelo menos agora Kihyun vai parar de se humilhar e “se pá” o gun vai ver o que perdeu... Eu espero, porque aquele lá é mais lerdo que o Percy Jackson.
Quando Kihyun fala “Você só me machuca! ”, meu coração apertou, murchou e quebrou. Estou mal e não é pouco ;----; Hoseok, vamos dividir o chuveiro?
Ai cara, eu estou mal com essa situação deles, mas não vou mentir que isso deixa a históri amais instigante ><

Bom, acho que é isso, espero que vocês tenham gostado e desculpem os erros. E sobre as capa... Bom, eu sei que elas são bem simplesinhas, mas espero que elas estejam boas, pelo menos para dar o clima do capítulo e a melhor imaginação de X cena >///<

Obrigada por todos os favoritos e comentários maravilhosos <333

Até o próximo capítulo <333 beijossssssss~ <3333


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