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História Black X White - Adeus e até logo


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Oláááá~ <333

Estavam ansiosos para esse capítulo? Eu estava!

Olha, minha mãezinha do céu, não é por nada não, mas eu adorei esse capítulo.
Ele está com um toque de realismo, não sei explicar. Está tipo, com bastante detalhes simples, que fazem a história ficar mais realista. Na minha opinião, pelo menos.

Enfim, espero que vocês gostem <333

Boa leitura e desculpem os erros <3

Capítulo 35 - Adeus e até logo


Fanfic / Fanfiction Black X White - Adeus e até logo

Changkyun assim que voltou do hospital notou o clima pesado da casa. Hoseok comia em silêncio na cozinha e, mesmo tentando disfarçar, parecia deprimido. Hyungwon ainda dormia e quando Chang perguntou para Gun sobre Kihyun ele apenas respondeu que tinha saído. O Lim logo deduziu que eles haviam brigado e se sentiu mal por pensar que a culpa era sua. Só haviam quatro camas na casa e, mesmo Kihyun não estando, ele preferiu dormir no sofá. Gun protestou, mas Chang afirmou que não dormiria na cama de Kihyun. Isso seria extremamente desrespeitoso.

No dia seguinte todos tiveram que acordar cedo. Hoseok resolveu que iria para a faculdade e Changkyun falando que ele precisava de repouso não o fez desistir da ideia.

— Você precisa descansar, Hoseok.

— Eu preciso ver o Minhyuk.

Chang franziu o cenho. — O Minhyuk?

Eles estavam sentados no sofá da sala.

— Você não soube ainda? — Lim negou. — Eu e Minhyuk estávamos namorando.

— Eu soube sobre a relação de vocês, mas não achei que estavam a sério. — Se surpreendeu. Geralmente ele notava essas coisas, mas ele nem imaginou que os dois estivessem juntos mesmo. — Eu achei que ele e o Shownu… Você sabe.

Wonho baixou a cabeça. — É, na verdade o Shownu gosta dele e isso deu bastante trabalho.

— Por isso vocês terminaram?

Negou com a cabeça. — Não, a gente estava bem, mas… — Suspirou. — Ele tinha me contado que era da Towa e tal, mas eu não contei que era da Inagawa.

— E por que não?

— Bem, foi na época do seu sequestro, então eu fiquei com medo. Sabe, ele estava muito preocupado e mal por isso e eu não queria dizer: “Oi, eu sou o Wonho da Inagawa e seu amigo foi sequestrado e está lá em casa, enquanto você está chorando aqui”. — Bufou. — Além disso, mesmo que eu quisesse contar, não poderia. Eu gostava de Minhyuk, mas estaria pondo em risco não só a missão, mas principalmente os meus amigos. Eu não poderia trair minha família.

— Isso é péssimo. — Chang falou com certo dó.

— Eu até já tentei contar para ele, mas nunca consegui. Eu estava enlouquecendo entre arriscar meu relacionamento com Minhyuk ou arriscar todo o resto. Mas nada disso importou no final, porque ele descobriu da pior forma possível.

— Ele te viu na missão no prédio da Yakuza. — Deduziu e Hoseok anuiu. — Sinto muito.

Deu de ombros. — A merda já foi jogada no ventilador, agora eu tenho que aguentar e tentar concertar.

— Você não acha que talvez Minhyuk precise de um tempo? Ele pode não querer falar com você agora.

— Talvez, mas eu preciso pelo menos tentar.

Suspirou e anuiu. — Tá legal, eu não acho que vou conseguir te impedir, de qualquer forma. Mas pelo amor de deus, se alguma coisa acontecer você me liga.

— Pode deixar. — Sorriu e se levantou, pegando sua mochila e saindo.

Chang se encostou para trás no sofá e pegou o celular do bolso do casaco, desejando ter salvo o número de Minhyuk, Shownu e Jooheon. Só de pensar em Jooheon já se lembrou de tudo o que ele lhe falou antes de ir embora. Desde quando Chang levou ele e Shownu para o aeroporto e eles se beijaram, ele soube que sentia algo por Jooheon e reencontrá-lo depois desse tempo longe despertou um desejo estranho em si e sabia que o outro estava da mesma forma. Changkyun sabia que estava rolando alguma coisa entre os dois, mas não imaginou que ficaria tão estampado assim. Não esperava que Jooheon iria se mostrar tão… apaixonado. E ele mesmo não compreendia como ele mesmo se sentia, principalmente com Gun no meio. Chang estava ciente que fora ele que havia o beijado no dia da creche, e também que de alguma forma se atraia por ele, mas não entendia como e nem porquê. Agora ele se sentia no lugar de Minhyuk e descobriu ser pior do que ele imaginava. Só o que ele precisava era de um tempo para pensar.

— Onde o Hoseok foi?

— Ahm? — Olhou para o lado esquerdo, vendo Hyungwon de pé. — Ah, ele foi para a faculdade. Eu tentei impedir.

— Impedir Hoseok de fazer alguma coisa é impossível. Ele sempre faz o que quer.

— Percebi. Espero que ele fique bem. — Sorriu de lado. — E você? Como está?

Deu e ombros e andou até a bancada da sala/cozinha, se sentando em um banco alto. — Melhor do que eu esperava, mas parece que fui espancado por lutadores de sumô.

— Levando em conta tudo o que aconteceu, era de se esperar. — Se levantou e foi até a cozinha, pegando um copo de água e pondo na frente de Hyungwon, depois pegou dentro da bolsa transversal que estava usando, um comprimido. — Toma, vai aliviar um pouco a dor.

— Obrigado. — Pegou o remédio e o colocou na boca, junto com um punhado de água. — Hm. — Apontou para a bolsa de Changkyun e então engoliu a água. — Vai sair?

— Vou. Kakuji convocou uma reunião, depois disso preciso passar no hospital.

— Reunião? Eu não recebi nenhuma mensagem.

Anuiu, apoiando os baços no balcão. — Você foi convocado, mas eu achei melhor que descansasse e então Gun resolveu isso.

— Não precisava, eu já me sinto melhor.

— Até pouco tempo você quase morreu. Foi muita loucura de uma vez só.

— Digo o mesmo pra você. — Riu curto. — Pelo visto já está se acostumando com a correria da Yakuza.

— Infelizmente. — Riu e deu um tapinha no balcão, se desencostando dele. — Bom, eu vou lá, qualquer coisa me liga.

Anuiu. — Eu ligo.

Chang já ia sair mas voltou um passo, ficando ao lado do Chae. — Ah, eu não sei se você soube, mas Gun e Kihyun brigaram e ele não aparece em casa desde ontem.

— Brigaram? — O Lim anuiu. — Estava demorando.

— Você sabe onde ele está? Será que está bem?

— Deve estar trabalhando. É o que ele faz quando está muito estressado ou irritado.

Franziu o cenho. — Com “trabalhando”, você quer dizer matando?

Deu de ombros. — Talvez. Ou talvez só torturando. Sabe, é o trabalho dele.

— E ele gosta?

— Bom, é meio difícil saber o que se passa na cabeça de Kihyun, mas eu não duvido que sim. — Suspirou. — Eu vou ver como ele está mais tarde, quando se acalmar. Mas é bom você ir, Kakuji odeia atrasos.

— Ah, é. Claro. — Sorriu de canto. — Até mais tarde.

E saiu da casa ouvindo Hyungwon falar um “até”.

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— Ai, eu não aguentava mais aquele velho resmungando no meu ouvido. — Claire, a mãe de Minhyuk, falou.

— O senhor Do é sempre assim. Afinal ele é um crítico. — Stefany, a mãe biológica de Minhyuk, falou entrando em casa ao lado da mulher. — Ah, filho. Você está aí. — Sorriu ao ver Minhyuk de braços cruzados sentado no sofá. — Que cara é essa?

— O que aconteceu aqui na nossa ausência? — Claire olhou ao redor, vendo a bagunça da casa. — Você deu uma festa enquanto a gente estava fora? Eu não acredito! — Falava surpresa. — Finalmente, hein Minhyuk.

— Não teve festa nenhuma. — Falava sério. — Depois de uma missão da Yakuza dois amigos meus foram envenenados e quase morreram. Tivemos que traze-los para cá.

Stefany parecia chocada. — Você está bem? Se machucou?

— Não, eu estou bem. — Suspirou. — Mas eu preciso falar com você, mãe. A sós, de preferência.

— Entendi o recado, estou saindo. — Claire deu um selinho na mulher e subiu as escadas.

Stefany se aproximou do filho e se sentou em uma poltrona ao lado do sofá, olhando para Minhyuk. — O que foi, meu filho? Qual é o assunto?

Minhyuk respirou fundo. — Mãe, eu preciso que me diga a verdade. — A mulher anuiu. — Quem é o meu pai?

— Minhyuk! Já falamos sobre isso. — A mulher ia se levantar, mas Minhyuk segurou sua mão.

— Mãe, eu sei o que aconteceu. — Stefany congelou. — Sei o que aconteceu com você e… porque eu nasci.

Seus olhos brilhavam com a lacrimação. — C-Como soube?

— Por que nunca me contou? — Falava de forma cautelosa.

Sua mãe começou a chorar, assustando o Lee. — Desculpe. Desculpe, Minhyuk.

Minhyuk se levantou do sofá e abraçou a mãe. — Está tudo bem, não precisa se desculpar. Não foi culpa sua.

— Eu me sinto tão culpada, Minhyuk. Eu tentei te abortar. Eu tentei… — Caiu novamente no choro. — Eu tentei te matar.

— Mãe. — Sua voz estava embargada. — Eu não te culpo. Se eu fosse mulher, faria a mesma coisa no seu lugar.

Negou com a cabeça, ainda entre os braços do filho. — Você não entende. Eu tentei te abortar duas vezes, mas não consegui. Quando descobriram não me deixaram fazer uma terceira. Se não fosse por isso você estaria morto. — Soluçou e afastou os braços do filho. — Quando você nasceu foi o pior dia da minha vida. — Minhyuk derramou uma lágrima. — Eu odiava você. Odiava o que você me fazia lembrar. Não queria te amamentar e não conseguia nem te olhar. Que tipo de mãe faz isso? — Olhou para Minhyuk, aumentando sua vontade de chorar. — Meu deus Minhyuk, eu fiz da sua vida um inferno, como você não me odeia?!

— Porque você é minha mãe. — Falou simples, com a voz baixa. — E eu te amo.

Stefany começou a chorar mais. — Eu tentei te matar quando nem havia nascido, depois de nascer te negligenciei, te tratei mal. Obriguei a fazer coisas que não queria, te obriguei a aprender a atirar, mesmo sendo só uma criança. Como você pode me amar? Como aguentou tanto tempo?

— Mãe. — Se agachou em sua frente e segurou suas mãos. — Tudo o que fez me fortaleceu e fez eu me tornar a pessoa que sou hoje. Eu não te culpo por nada, ouviu? Você é uma verdadeira guerreira por ter suportado tudo isso e eu te amo. Sempre te amei e sempre vou te amar.

Ela o puxou para um abraço e despejou lágrimas pesadas em seu ombro. — Eu te amo, meu filho, e me desculpe por tudo. Tenho muito orgulho de você.

— Mãe, não se desculpe, por favor. — Pedia com pesar. — Nunca mais se culpe por nada. Nunca mais.

Stefany anuiu freneticamente. Minhyuk a afastou delicadamente e sorriu.

— A partir de agora não me esconda mais as coisas, tá bem? Somos uma família, precisamos ficar unidos.

A mulher pôs uma mão em seu rosto, com um sorriso choroso. — Eu prometo. — Minhyuk sorriu e ela limpou as lágrimas. — Agora anda, vai se atrasar para a faculdade.

— Você vai ficar bem?

— Vou, a Claire está aqui comigo, não se preocupe.

Anuiu e se levantou, pondo a mochila que estava em cima do sofá, nas costas. — Quando eu voltar podemos pedir uma pizza para o almoço, que tal?

— É uma ótima ideia. — Fungou e sorriu de canto.

Minhyuk se aproximou e beijou sua testa. — Te amo.

A mulher sorriu para o filho e este saiu de casa.

— Desculpe, eu não pude deixar de ouvir. — Disse Claire na escada, e se aproximou. — Eu disse que ele iria aceitar bem.

— Eu tinha medo de contar. — Baixou a cabeça. — Ele é tão novo, não deveria passar por essas coisas.

Claire também se agachou a sua frente e segurou suas mãos, mas depois beijou cada uma e a olhou com um sorriso leve. — Minhyuk é mais forte do que você pensa.

— Eu me sinto tão mal. Eu deveria ter sido uma mãe melhor. Mais presente, mais afetuosa. — Soluçou. — Ele perdeu toda a infância por minha causa.

— Amor, não diga isso. — Levou uma das mãos em seu rosto, limpando uma lágrima com o polegar. — Você não tem culpa nenhuma. É uma vítima nisso tudo, mas se quer recompensar ele, então deixe para trás essa história, porque só o que Minhyuk quer é te ver feliz. É só o que eu quero também.

Stefany pôs sua mão sobre a da esposa em seu rosto, acariciando com o polegar, com um fraco sorriso no rosto. — Eu te amo.

Sorriu abertamente. — Eu te amo mais. — Se esticou e se inclinou sobre a outra, lhe beijando com calma, depois se separou e a olhou com carinho. — Você não está sozinha. Eu sempre estarei ao seu lado e Minhyuk também.

— Eu tenho muita sorte de ter vocês dois na minha vida. — Puxou a nuca de Claire e a beijou, mais afoitamente e com puro amor. Encerrou o beijo com vários selinhos no final.

— Você tem muita sorte mesmo, então aproveite bem e seja feliz.

— Eu serei. — A puxou para mais um beijo.

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A iluminação era precária e a única fonte de luz era a dos raios de sol que passavam pelas janelas altas daquele armazém, que cheirava a fuligem, álcool e sangue. Haviam materiais de mecânica espalhados pelos arredores, entulhos de tralha armazenada, poeira e correntes espalhadas pelo chão e em algumas vigas do teto. No centro daquele armazém praticamente abandonado, havia uma cadeira de metal e um homem amarrado a ela. Seu rosto era uma deformação feia de roxo, preto e vermelho. Kihyun estava a sua frente, de braços cruzados. Tinha as costas apoiada em uma mesa de metal com diversas ferramentas e armas diferentes em cima. Seu rosto se destacava extremamente claro naquele lugar escuro. Seus cabelos rosas pareciam uma piada de mal gosto, disfarçando sua personalidade mortífera. Sua mão estava ocupada girando uma faca entre os dedos finos. Ele olhava quase sem expressão para sua vítima que agonizava diante de seus olhos. Vestia uma calça jeans e um moletom preto, manchados de sangue antigo e do sangue fresco de agora. Suas mãos estavam completamente pintadas de vermelho e em seu rosto, os respingos abstratos do escarlate viscoso destacavam a palidez de sua pele. Era estranha e psicodélicamente bonito de se ver.

— Por favor, eu já disse que não tenho nada a ver com aquele atentado. — Suplicava com a voz tão falha quando a de um fumante com câncer nos pulmões.

— É, eu ouvi, mas ainda acho que está mentindo. — Coçou a nuca com a ponta da faca. — Por que não me conta a verdade, hein? — Se aproximou do homem, o olhando de cima.

— Se… Se eu fizer isso… — Tossiu. — Você me deixa ir?

— Hmm… — Deu de ombros. — Talvez.

O Homem engoliu a seco. — Eu… realmente participei do atentado contra a equipe de investigação. Mas eu só fiz isso porque me obrigaram! — Falou depressa. — Ameaçaram matar minha mulher grávida, você entende? Eu tinha que fazer aquilo.

Riu secamente, o olhando ainda com um sorriso sombrio e um brilho injetado nos olhos. — Você não tem mulher. Eu sei, eu pesquisei.

— I-Isso é mentira.

Deu de ombros e deslizou a faca pela superfície da pele de seu pescoço. — O que devo cortar agora? Um tendão? Talvez uma orelha.

— Não, por favor! — Se inclinou o máximo possível para trás. — Tá! Tá, legal! Eu não fui obrigado a nada, mas me ofereceram muito dinheiro, entende?

— Ah, foi pelo dinheiro? Sendo assim, tudo bem. — Afastou a faca.

— S-Sério?

Sorriu para ele. — Não. — E cortou seu pescoço, com um último engasgo de grito.

O sangue jorrou como uma mangueira de jardim sendo metade tampada com o dedo. Sujou o rosto de Kihyun praticamente todo. Kihyun passou a língua pelos lábios sujos e então cuspiu no chão, com uma careta de nojo.

— Alcoólatra. — Se virou e soltou a faca na mesa. Seu telefone tocou, vibrando no bolso de sua calça. Limpou as mãos levemente com um pano meio sujo e pegou o celular. — Fala, Sebastian.

Já terminou aí? Acabaram de pedir seus serviços.

Kihyun voltou a se encostar da mesa. Deu uma risada irônica. — E o que é dessa vez? Roubou, desobedeceu às regras, ou só irritou o Oyabun?

Nenhuma dessas. Na verdade você vai ter que despachar um corpo.

Arqueou uma sobrancelha. — Eu tenho que cuidar de um morto? Parece uma tarefa muito simples para me chamarem, e eu já estou com esse daqui para despachar.

Bom, a situação não é tão simples. Um fornecedor nosso se meteu numa encrenca e acabou matando a filha do deputado, então pediram para você resolver isso, antes que sobre para nós.

— A filha do deputado? Esse cara é idiota? — Suspirou. — Pelo visto eu terei que despachar três corpos hoje.

Três? Você não tinha só um aí?

— Sim. Um corpo está aqui, o outro é o da garota e o terceiro será desse idiota.

Ouviu a risada do outro lado da linha. — Então boa sorte, porque esse idiota é o Kwangji.

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— Espera um minuto. — Chang estava de pé, com todos daquela reunião lhe encarando sentados na mesa. — Você está me dizendo que fizemos tudo aquilo para pegar a planta da mansão da Towa? Isso é sério?

O Oyabun estava de queixo erguido. — Algo contra?

— Sim, tudo! — Falou indignado.

— Chang… — Gun tentou o acalmar, mas esse nem lhe deu ouvidos.

— Vocês estão planejando um atentado contra outra família da Yakuza. Percebe a gravidade disso?

Kakuji riu. — Eu tenho certeza que entendo a gravidade muito mais do que você, filho.

— Pois não parece! — Falava irritado. — A Yamaguchi já não deixou bem claro que atentados desse tipo eram estritamente proibidos?

O Oyabun se inclinou para frente, se apoiando na mesa. — E o que você acha que a Towa estava fazendo lá, então? Estavam planejando um atentado contra nós.

— Será que você não percebe que a prioridade é deter Yang Fai Lin?

— Um pouco mais de respeito, Changkyun. — Falou sério e voltou a se encostar para trás na cadeira. — Eu pretendo deter Yang Fai Lin. Ele é um risco para a Inagawa e para toda a Yakuza. Mas não posso fazer isso enquanto eles planejam nos destruir, portanto, a questão não é quem vai atacar quem, e sim quem vai atacar primeiro.

— Você não vê? Precisamos nos unir se quisermos deter Fai Lin. Nunca conseguiremos fazer isso se estivermos todos brigando entre si. — Chang falou ainda irritado, mas parou de falar, como se uma lâmpada acendesse sobre sua cabeça. — É isso. — Falou baixinho.

O Oyabun suspirou. — Entendo sua preocupação, mas somos muito capazes de fazermos isso sem a Towa, uma vez que eles são a família com menor número de membros. Não farão falta alguma, tenho certeza.

— O senhor está errado, e eu irei provar isso. — Falou decidido e deu as costas, ignorando o chamado de Gun. Ele passou pelos seguranças e saiu pela porta.

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Minhyuk saiu de casa com a garganta ardendo. Pegou um trem até a faculdade, se aguentando o caminho inteiro. Assim que estava em ambiente escolar, seu plano de ir para a sala foi comprometido pela vontade enorme de se isolar. Foi para o primeiro lugar sossegado em que pensou. A biblioteca.

A bibliotecária nem ao menos notou sua presença quando entrou. Como a maioria estava em sala de aula, o lugar estava praticamente vazio e silencioso como uma biblioteca deve ser. Foi para as últimas fileiras de estantes e parou lá. Se agachou no chão, abraçando as pernas, e começou a chorar.

Ele achou que, depois de ouvir o que sua mãe tinha para dizer, se sentiria melhor. Ou que ao menos saberia lidar com a situação, mas não foi o que aconteceu. Ele não a culpava por nada, e estava longe disso, mas sentia um peso no peito. Peso por saber pelo que a mãe passou, peso por ser fruto de algo tão grotesco e desumano quanto aquilo e peso por, de certa forma, ter feito sua mãe sofrer por tantos anos. Ele não conseguia imaginar como era para ela olhar para o filho e só se lembrar de um estupro. Minhyuk notou, então, porque ela tomava os remédios para depressão.

Minhyuk se sentia terrível. Se sentia sujo e proibido. Algo que não deveria ter existido. Não deveria ter nascido.

Abraçou as pernas com mais força. As costas estavam apoiadas na estante. Ele tentava não fazer muito barulho, pois certamente o escutariam naquele lugar tão silencioso, mesmo estando nas últimas fileiras.

Ele havia ido na faculdade por alguns motivos. Orgulhar suas mães, retomar a normalidade, porque queria se formar e também porque, mesmo ainda estando magoado com Hoseok, queria ao menos saber se ele estava vivo e bem. Não tinha o número de Changkyun para perguntar e a única possibilidade de saber sobre isso, era se ele fosse na aula, o que ele achava praticamente impossível, considerando seu estado no dia anterior. O Lee não queria falar com ele, apenas o ver. Os motivos de ir para a faculdade pareciam banais agora, levando em conta que não conseguiria prestar atenção nenhuma na aula.

Ele agora tinha se acalmado um pouco. O Choro não estava mais tão pesado, mas ainda estava ali. De alguma forma, um dos livros caiu da estante aos seus pés. Minhyuk deu um sobressalto de susto e olhou para os lados, mas não havia ninguém. Estendeu a mão e alcançou o livro, lendo a sua capa.

— O castelo de pizza do Sr. Calabresa. — Leu em voz alta e soltou um riso melancólico. Ele se lembrava desse livro da primeira vez que viu Hoseok. Ele não sabia se foi coincidência ou se inconscientemente seu cérebro lhe trouxe para a mesma estante onde os dois se beijaram pela primeira vez, mas a lembrança o torturou.

Ele apoiou a cabeça para trás, abraçando o livro de olhos fechados. Era estranho, mas ele se sentia um pouco melhor. Como se não estivesse sozinho.

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Hoseok estava sentindo forte dor no corpo, principalmente porque Changkyun recomendou que não tomasse remédio algum por hora. Quando perguntou o motivo, Chang lhe disse que ele teve uma epilepsia devido a mistura do soro com o antidepressivo que ele tomava e, para evitar isso, até ele se recuperar melhor, não deveria misturar nenhum remédio com o soro que ainda estava no seu organismo. Se fosse só a dor, Hoseok estaria melhor, mas sem poder tomar seus remédios no horário certo, começou a se sentir ansioso e com todos os problemas que lhe ocorreram recentemente, ele só se sentia pior. Era impossível não pensar em trilhões de coisas ruins. Os irmãos Vlad lhe lembrando de seus crimes, a lembrança da estranha sensação de morte que teve, os problemas com o pai e a saudade da mãe, problemas antigos que nem ao menos se lembrava, e também a briga com Minhyuk. Ele tentava afastar a depressão que alimentava suas ideias suicidas, pensando em coisas boas. Em como conseguiu sobreviver, que, apesar de tudo, seus pais ainda estavam vivos, pensou em Minhyuk segurando sua mão, lhe dando força, em Kihyun, provavelmente a pessoa que mais se importava com ele. Ele forçava a si mesmo pensar em outras coisas. Coisas felizes. Mas era difícil. Não que tomando os remédios esses pensamentos e ideias ruins não fossem ocorrente, mas ele se sentia mais controlado.

Foi para a faculdade com o único intuito de ver Minhyuk, saber como ele está e tentar falar com ele. Chegou um pouco atrasado e aproveitou para passar pela sala do Lee, mas ele não estava lá. As esperanças dele murcharam. Se Minhyuk não ia na aula nem quando estava tudo bem, imagina depois da briga deles e de tudo o que aconteceu depois.

Ele pensou em simplesmente voltar para casa, porque não estava com saco para assistir as aulas. Mas ele ainda tinha uma pequena fagulha de esperança que talvez Minhyuk aparecesse em outro período, afinal ele já chegou no último uma vez. Como não queria ficar em sala, resolveu ir para o local onde sempre ia quando estava na faculdade e queria privacidade e silencio. A biblioteca. Seu plano era ficar em um canto até o próximo período. Dormir ou talvez ler um livro. Mas seu plano mudou quando, indo para as últimas fileiras de estantes, escutou alguém fungar. Quando olhou para a direita se surpreendeu ao ver Minhyuk. Seu coração falhou uma batida e em seguida, ao ver que ele estava chorando, afundou no peito. Agora nem os pensamentos felizes pareceram ter efeito.

Seu primeiro pensamento foi de se aproximar, mas pensou no que Changkyun lhe disse e achou que talvez fosse bom seguir seu concelho, para variar. Minhyuk parecia arrasado naquele momento e, embora ele quisesse muito o confortar, talvez só acabasse piorando a situação. Ele fez outra coisa no lugar. Deu a volta na estante e se sentou no chão, encostando as costas nos livros, exatamente onde Minhyuk estava, separados apenas por uma estante. Ele apenas ficou ali, ouvindo ele chorar e só conseguindo o enxergar entre o vão de um dos livros. Ele gostaria de poder fazer mais. Queria fazer ele não se sentir sozinho. Com um estalo, ele se levantou e procurou entre os livros, silenciosamente, e então achou o certo. Empurrou o livro com o indicador até ele cair no chão, aos pés de Minhyuk. Ele só esperava que o outro não o descobrisse. Para sua sorte e alivio, Minhyuk não imaginou que o culpado estivesse do outro lado daquela estante de livros. Hoseok voltou a se sentar no chão e o espiou pela fresta. Só conseguia ver sua nuca e parte de seu rosto. Minhyuk estava mais calmo agora, mas ainda chorava. O Shin se perguntou se o livro ajudaria ou só pioraria, mas a resposta veio quando Minhyuk abraçou o objeto e se encostou para trás, fechando os olhos.

Hoseok encostou a cabeça na estante novamente e fechou os olhos, dando forças para ele mentalmente, mesmo que Minhyuk não soubesse. Em algum momento ele dormiu e, quando acordou, Minhyuk não estava mais lá, mas em suas mãos se via o livro que antes estava com ele.

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O dia estava ensolarado e agradável, bonito demais para um momento tão escuro. Uma ocasião tão pesada. Cerca de quinze pessoas estavam reunidas naquela tarde, todas vestindo branco, o que era o contrário do habitual preto que sempre usavam. Jooheon sempre achou que branco era muito melhor do que preto para os funerais.

Minhyuk havia chegado mais cedo da faculdade só para poder comparecer ao velório. Jooheon estava calado o dia inteiro e ninguém podia culpa-lo, embora alguns o fizessem, apenas por ele ter estado presente em sua morte e não ter conseguido impedir. Shownu estava abraçando Minhyuk pelos ombros, tentando o confortar desse e de outros problemas. Seokwon vestia branco da cabeça aos pés, literalmente, exceto por um óculos escuro que usava. Os irmãos Park, que nunca calavam a boca, não soltaram uma única palavra até agora e Naomi, sempre rindo e brincando, chorava tanto quanto ninguém jamais viu. Ela era a mais próxima dele. Alguns poucos parentes apareceram, como seu tio e seu irmão mais velho. O gerente do clã também estava presente, mesmo não o conhecendo tão bem, tinha uma postura respeitosa.

Estavam todos ao redor do caixão fechado, enquanto um monge de um templo xintoísta falava palavras de benção e proteção. Antes do caixão ser colocado na cova, algumas pessoas se pronunciaram, deixando um último adeus.

— Nunca fomos muito próximos, mas eu sinto a sua perda, irmão. Um dia me juntarei a você e então poderemos aproveitar o tempo perdido. — Seu irmão mais velho falou, pondo uma tulipa em cima do caixão.

Os irmãos Park se aproximaram e deixaram suas tulipas ali.

— Eu só queria dizer que você é muito melhor que eu no xadrez. — Um deles falou.

— E eu espero que no céu tenha iogurte. — O outro falou.

Seung-Hyun se aproximou e deixou uma tulipa e uma reverencia. — Você foi um bom soldado que nunca teve medo das missões e será sempre lembrado por sua bravura. Descanse em paz.

Minhyuk se aproximou e fez o mesmo. — Hoje a Towa chora, mas os anjos comemoram sua chegada. Nunca esquecerei de você.

Seokwon se aproximou, também deixando a flor. — Te vejo no inferno, amigo. — Ele sorriu, mas não foi nem um pouco feliz. O senso de humor só tornava tudo mais mórbido.

Mais alguns se aproximaram e deixara sua tulipa e então foi Naomi. De início ela não disse nada, apenas derramou lágrimas, mas então disse, tão baixo que era quase impossível ouvirem: — Eu sempre te amei. Por que você teve que morrer, seu idiota? Você prometeu que pagaria o café da próxima vez, mas agora esse dia nunca vai chegar. Eu juro vingar a sua morte. Ela não será em vão. — E então se afastou com uma mistura de tristeza profunda e determinação.

Jooheon foi o último. Ele engoliu a seco e se aproximou do caixão, deixando a tulipa com uma única lágrima. Fechou os olhos para evitar que mais lágrimas caíssem. — Era para ser eu em seu lugar.

Quando se afastou, o caixão foi descido na terra e cada um pegou a pá e pôs um punhado de terra dentro na cova. O coveiro se encarregou do resto e eles disseram as últimas palavras, em um uníssono.

— Adeus e até logo.

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Changkyun saiu da reunião e foi direto para o hospital. Depois de tudo o que aconteceu ele não sentia mais tanto medo de sair na rua. Ele preferia arriscar do que viver se escondendo.

Park Twan, o gerente, quis explicações sobre o acontecimento da noite passada, pois viu tudo nas câmeras de segurança. Ele passou bom temo sentado em sua sala lhe dando uma falsa explicação, até que ele se convencesse e, depois disso, o dispensou. Changkyun resolveu fazer uma visita rápida a seus colegas de trabalho, apenas para matar a saudade.

— Chang! Meu deus, a quanto tempo! — A Kimi o abraçou apertado.

— Estava com saudades também. — Devolveu ao abraço e então ela se afastou.

Dongbae lhe deu um soquinho no ombro. — É bom te ver. A emergência está uma loucura sem você.

Chang sorriu. — Igualmente.

— Cara, você não tem celular não?! Te mandei um monte de mensagens. — Dr. Jung falou.

— Desculpe, estava um pouco ocupado esses dias.

— Você está tão diferente. — Joyce falou. — Fisicamente você continua o mesmo, mas eu não sei… você está com um ar diferente.

— Diferente? — Chang franziu o cenho. Ele achou que estava igual.

— É, eu não sei. Você parece mais maduro, mais… experiente. Não sei. — Riu coçando a nuca.

A Shin cutucou seu braço. — Para mim também está fisicamente diferente. Andou malhando?

— Não exatamente. — Riu sem graça. — E onde está o Yoonho?

— De folga hoje. Ele estava de plantão ontem. — Violet falou.

Anuiu. — Tinha esquecido disso.

O Lim também deu uma passada para ver seus antigos pacientes que ficaram felizes em o ver. Conversaram brevemente sobre assuntos do cotidiano e como ia indo a saúde dos pacientes, depois disso ele saiu do hospital e ligou para Yoonho.

— Oi. Ah, eu estou bem, não se preocupe… Não, ainda não… Aham… Está pelo centro? — Falava ao celular enquanto andava pela rua com a mão no bolso. — Sim, pode ser… Naquela cafeteria no final da rua… Essa mesma… Estou indo para lá agora, aí eu te espero… Ahm? Ah, tá, tudo bem… Okay, até. — E desligou a chamada.

O dia estava bonito e tinha bastante gente na rua. Fazia tempo que ele não frequentava aquela cafeteria e sentia falta do café com panquecas de lá. Assim que entrou na ChicagoCoffe sentiu o cheiro de grãos queimado que tanto era viciado. Escolheu uma mesa perto da janela, onde sempre se sentava. A garçonete foi até ele com o menu.

— Chang! — Exclamou sorrindo. — Fazia tanto tempo que não te via. Nos trocou pelo Starbucks, foi?

— Jamais. — Sorriu aberto. — Ninguém faz torradas como vocês.

Concordou com a cabeça. — Você tem razão. E aí? O que vai querer?

— Um expresso com panquecas.

— Xarope?

— Xarope.

A garçonete saiu com o seu pedido. Chang apoiou o rosto na mão e ficou olhando para fora da janela, vendo as pessoas passarem. Ficou tão imerso que nem notou quando a garçonete voltou com seu pedido. Ela se sentou à sua frente e ficaram conversando um tempo.

— Estou falando sério, aquela mulher era louca. — Contava comicamente.

Chang riu. — Ah, ela só queria uma torta, quem pode culpa-la?

— Isso não justifica ela ter jogado o gato dela na minha cara. — Riram juntos. — Mas me fala de você. Soube que está de férias. Estava viajando?

— Não, na verdade não.

— Sério? Achei que tinha ido para os estados unidos. Você está diferente.

Deu de ombros. — É a segunda vez que escuto isso hoje.

— Ah, isso não é ruim. Você está mais bonito e mais homem.

Changkyun riu alto. — Mais “homem”? E antes eu não era?

— Eu não disse isso. — Riu. — Mas agora você está com essa áurea de superior. Tipo um badboy, só que good.

— Tá legal, vou acreditar em você. — Sorriu e Changkyun viu Yoonho entrar na cafeteria. Acenou para ele.

Ela se levantou. — Eu vou voltar ao trabalho. Foi bom te ver, Chang.

— Igualmente.

Yoonho se aproximou e se sentou onde antes a garçonete estava.

— Oi, Chang. O que queria falar?

— Hoje eu soube que você foi promovido. Parabéns.

Riu. — Obrigado, mas não foi por isso que me ligou, foi?

— Por isso também, mas na verdade queria saber se mais alguém desconfiou do que aconteceu ontem.

— “Mais alguém”?

— É, Park Twan veio me encher o saco hoje. Ele me viu nas gravações. — Deu de ombros.

— Aquele cara é um idiota. — Bufou. — Mas eu acho que ninguém desconfiou. Na verdade, acho que só o Jung. Ele me disse que viu dois caras com as roupas sujas de sangue no hospital. Um era o “Dr. Lee” e o outro um ginecologista.

— Um o que?

Deu de ombros com um bico nos lábios. — Palavras dele.

— Só pode ser o Gun. — Suspirou. — Bom, pelo menos não houve nenhum problema.

— É, tirando que eu tive que explicar porque retirei dois soros do hospital.

— Sério?

— Aham. — Concordou. — Mas enfim… O que você pretende fazer agora?

Tomou um gole do café que já estava no final. — Como assim?

— Sobre o trabalho. Você sabe que suas férias já estão acabando, né?

— Ah, é! Tem isso ainda. — Soltou um longo suspiro. — Eu não sei, sinceramente, mas vou pensar em alguma coisa.

Anuiu. — Espero que sim.

Chang olhou para uma sacola que ele trazia com sigo e apontou. — O que é?

— Isso? — Levantou a sacola. — Presente de natal para minha sobrinha.

— Esqueci que o natal existe.

— Ai, credo. Está mais deprimente que a minha vó com catarata. — Chang riu sobrado da comparação. — Ah, eu queria ficar mais tempo, mas combinei com minha irmã que ia com ela visitar nossa tia.

— Sua tia está bem?

— Ainda na mesma. — Sorriu de canto, singelo. — A perda do marido ainda afeta muito ela. Bom… — Se levantou. — A gente se vê por aí. Qualquer coisa liga.

Anuiu. — Tudo bem, até.

Yoonho saiu da cafeteria. Changkyun terminou seu café e panquecas com calma, sem pressa alguma. Começou a pensar sobre diversas teorias que lhe vieram à mente e tudo parecia se encaixar. Era tão estupidamente óbvio que ele se sentia o ser mais burro da galáxia por não ter notado antes. Deixou o pagamento na mesa e saiu da cafeteria, pronto para voltar para a Inagawa e tentar pôr as ideias em ordem, mas isso não aconteceu. Estava indo a pé até uma parada de ônibus e quando passou por um beco, teve a boca coberta por uma mão e seu corpo arrastado para o beco. Changkyun só conseguia pensar: sequestro de novo não.


Notas Finais


O i e <3

O q u e a c h a r a m d o c a p í t u l o ? <3

Como eu já disse, gostei dele por ele estar escrito de uma forma mais realista, não sei se foi só eu que achei >< Tipo, com bastante detalhes sutis, que não tem importância alguma senão deixar a imaginação mais fácil e a naturalidade da cena. Tipo detalhes pequenos como: descrição do cenário, conversas naturais do cotidiano, gestos simples, etc.

Bom, eu costumo fazer um resumão sobre tudo que aconteceu no capítulo, mas deixarei isso com vocês, estou curiosa sobre a que conclusão vocês vão chegar =3

Então só vou agradecer a todos os favoritos e aos comentários <3 L O V E U <3
O próximo capítulo vai sair em breve <333

Beijossssss~ <333


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