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História Blandet (Em Hiatus) - Arco (IV) - Angel's Fall - Ariel Angelicus: Origem Parte 3


Escrita por: ishionatsume123

Capítulo 101 - Arco (IV) - Angel's Fall - Ariel Angelicus: Origem Parte 3


Depois de voltarem pra casa, tomar um banho e de almoçarem. Fenrir resolveu levar Ariel até o seu quarto. Apesar de Ariel ser muito ruim em baseball aquela partida os aproximou ainda mais, eles agora pareciam que se conheciam há anos. Tanto Ariel quanto Fenrir trocavam palavras sem estranheza durante a conversa e até o lado tímido de Ariel desapareceu.

- Entra ai! – Disse Fenrir ao abrir a porta do seu quarto.

- Com licença. – Disse Ariel um pouco nervoso.

Ao ver o quarto de Fenrir. Ariel ficou impressionado. Havia vários bichinhos de pelúcia de todos os tipos de animais. Pôsteres de jogadores famosos de baseball pelas paredes, tacos, bolas e uniformes.

- E então o que achou? – Perguntou Fenrir.

- Incrível! – Disse Ariel admirado.

- Sabia que iria gostar. – Disse Fenrir sorrindo.

- Quantos bichinhos de pelúcia... Você não parece ser o tipo de menino que gosta disso. - Disse Ariel.

- As pessoas são mais do que aparentas ser. – Disse Fenrir meio envergonhado

Os dois passaram todo o dia conversando sobre seus hobbies, comidas favoritas e outras coisas no qual gostavam e odiavam. Ambos estavam mesmo se divertindo.

O sol estava se ponto e os dois estavam deitados um do lado do outro no tapete. Cada um segurava um bichinho de pelúcia em suas mãos.

- Ariel você não tem medo de mim? – Perguntou Fenrir

- Porque eu teria medo de você? – Perguntou Ariel confuso.

- Os outros garotos da minha idade me ignoram. Alguns têm medo de mim, outros me chamam de esquisito... – Disse Fenrir num tom melancólico.

- A primeira vez que o vi não senti medo de você... Na verdade... Sua presença me traz uma sensação de segurança. Pela primeira vez eu sinto que conheci alguém que me entende. – Disse Ariel olhando nos olhos de Fenrir com um pequeno sorriso.

Ouvir a reposta de Ariel deixou Fenrir chocado. Ambos não paravam de se encarar, até que o clima foi quebrado por algumas batidas na porta.

- Entre! – Disse Fenrir.

- Desculpe a intromissão senhor Fenrir... Mas Ariel está na hora do banho. – Disse Isabel.

- Bom... Eu vou indo... Nos vemos no jantar. – Disse Ariel deixando o quarto.

Depois de Ariel e Isabel deixarem o quarto, Fenrir deitou novamente sobre o tapete e suspirou de olhos fechados. Ele colocou a mão sobre o peito e disse:

- O que será que ta acontecendo comigo?

Na hora do jantar, Ariel, Isabel, Sora, Fenrir e Lótus estavam sentados a mesa esperando Freya e Eriel chegarem. Ariel e Isabel estavam sentados um do lado do outro, enquanto Lótus, Sora e Fenrir estavam sentados de frente para eles.

- A propósito ainda não nos conhecemos. Eu sou Lótus, é um prazer conhecê-lo Ariel. – Disse Lótus sorrindo.

- O prazer é meu. – Disse Ariel num tom tímido.

- É bom ver que o Fenrir fez algum amigo além de mim. Achei que o destino dele era ficar solitário pro resto da vida. – Zombava Lótus.

- Lótus se você não parar de brincadeiras eu vou atolar sua cara nessa mesa. – Ameaçou Fenrir.

- Ai que medinho... – Disse Lótus rindo.

- Vocês dois são amigos? – Perguntou Ariel.

- Na verdade somos primos. Estou passando um tempo aqui com minha tia Freya já que ela está me treinando. – Respondeu Lótus.

- Hum... Espera! Você disse que vive aqui? – Perguntou Ariel.

- Sim! – Disse Lótus sorrindo.

- Ariel não percebeu? Estamos aqui há dois dias e só agora se deu por conta da senhorita Lótus? – Disse Isabel surpresa.

- É... Odeio admitir, mas não tinha reparado nela até agora... – Respondeu Ariel.

- Não é culpa sua... Lótus tem mania de fugir dos treinos. Ela está aproveitando que minha mãe ta ocupada com o rei Eriel e está vagabundeando por ai. – Disse Fenrir.

- Não acabe com minha imagem assim Fenrir. Afinal sou uma dama. – Disse Lótus fazendo biquinho.

- A propósito quando você o Sora ficaram tão próximos? – Perguntou Ariel ao ver Lótus agarrada ao braço de Sora.

- O Sora agora é meu namorado. – Disse Lótus.

- Namorado? – Disse Ariel chocado.

- Isso é impossível. Duas pessoas de clãs distintos não podem ter um relacionamento. – Disse Sora.

- Isso é verdade? – Perguntou Ariel.

- Sim. É lei. – Disse Sora.

- Entendi... – Disse Ariel num tom decepcionado.

- Não há barreiras para o amor. Contanto que esteja disposto a lutar pela sua felicidade. – Disse Lótus.

Ariel arregalou os olhos admirado pelas belas palavras de Lótus e sorriu.

- Que belas palavras! – Disse Ariel.

- Não deveria ficar tão admirado Ariel... Afinal ela tirou essa frase do manga que eu estava lendo hoje de manhã. – Disse Sora.

Eriel e Freya entraram na sala de jantar e logo todos ficaram em silêncio.

- Que surpresa! Não esperava vê-los sentados a mesa. – Disse Freya olhando para Fenrir e Lótus.

- Digamos que aconteceram coisas boas hoje. Não é? – Disse Lótus olhando pra Fenrir com um sorriso.

Fenrir olhou para Ariel e abaixou a cabeça envergonhado sem dizer nada.

- Bom vamos jantar. – Disse Freya enquanto se sentava.

O jantar foi servido e a conversa entre Freya e Eriel se iniciou.

- Agora que as negociações foram encerradas voltaremos ao Eden amanhã - Disse Eriel.

- Amanhã? – Disse Ariel surpreso.

- Algum problema Ariel? – Perguntou Eriel.

- Não... Só não esperava que fosse tão rápido. – Disse Ariel num tom melancólico.

- Parece que alguém gostou mesmo daqui. – Disse Lótus sorrindo para Ariel.

- Se quiserem ficar mais um pouco, são bem vindos. – Disse Freya.

- Desculpe Milady, mas com as negociações encerradas não vejo motivo para continuarmos em Helheim. Como rei dos Angelicus tenho que retornar a capital o mais rápido possível. – Disse Eriel.

- Sim... Eu compreendo. – Disse Freya num tom calmo.

-Por isso amanhã estaremos de partida. – Concluiu Eriel.

Depois de ouvir as palavras de seu pai Ariel ficou bastante cabisbaixo, assim como Fenrir .

 

Depois do jantar Ariel estava em seu quarto deitado na cama ainda perdido em pensamentos.

Ele não queria ir embora, voltar para o Eden seria como voltar para uma gaiola. Esse era o sentimento que Ariel sentia.

Ariel ouviu pequenas batidas na porta e se levantou para atender. Quando abriu a porta ficou surpreso ao ver Fenrir parado em frente ao seu quarto.

- Fenrir! O que está fazendo aqui? – Perguntou Ariel confuso.

- Eu... Bom... Você vai embora amanhã... Então eu queria saber se você quer dar uma volta comigo? Quero levá-lo a um lugar especial. – Perguntou Fenrir envergonhado.

- Agora? – Perguntou Ariel ao olhar em direção a janela e ver a sua cheia.

- Se não quiser não tem problema... – Disse Fenrir

- Eu vou! –Respondeu Ariel entusiasmado.

Depois de saírem escondidos. Os dois caminharam lado a lado pelas ruas da cidade que ainda estavam movimentadas. Fenrir é bastante conhecido pelos adultos de Helheim e se da bem melhor com eles do que com crianças da sua idade. Por onde ele passava algumas pessoas o cumprimentaram, desde vendedores, bêbados ou trabalhadores da mina.

- Você é bastante popular entre os adultos. – Disse Ariel impressionado.

- Digamos que isso é graças a minha mãe ser a Milady de Helheim. – Disse Fenrir.

Os dois continuaram andando por mais de trinta minutos e Ariel já estava cansado.

- Fenrir vai demorar muito? – Perguntou Ariel.

- Estamos chegando. – Respondeu Fenrir.

- Estou muito cansado... – Reclamou Ariel.

- Aqui! Me dê sua mão. – Disse Fenrir estendendo a mão com um olhar tímido.

Ariel segurou a mão de Fenrir e ambos voltaram a caminhar de mãos dadas.

- Prometo que vai valer à pena. – Disse Fenrir.

Os dois finalmente chegaram ao lugar. Mas Ariel logo se decepcionou ao ver que o lugar em questão eram as famosas minas de Helheim. Mas ainda assim ele continuou seguindo Fenrir enquanto segurava sua mão.

Os dois então chegaram a um elevador e entraram juntos. Fenrir apertou uma alavanca e o elevador começou a subir. Depois de cinco minutos eles finalmente chegaram

Fenrir abriu a porta do elevador e uma rajada de vento forte soprou sobre eles. Ariel abriu os olhos lentamente e viu na sua frente o deserto branco de Helheim e o céu totalmente estrelado.

Ariel estava chocado, era como se ele estivesse no espaço sideral. A visão das estrelas era belíssima e a lua parecia maior que o normal. Era como se ele pudesse estender a mão e tocá-la. Tudo era brilhante e bonito.

- Incrível... – Disse Ariel.

- Sabia que você ia gostar... Esse é meu lugar secreto. – Disse Fenrir sorrindo.

- Lugar secreto? Onde estamos? – Perguntou Ariel.

- Estamos no topo da árvore gigante de Helheim. – Respondeu Fenrir.

- No topo!! Ual!! – Disse Ariel sorrindo.

- Eu sempre venho aqui quando quero relaxar... Essa visão me tranqüiliza. E por ser um lugar especial pra mim queria mostrar pra você... Afinal você também se tornou especial pra mim. – Disse Fenrir com o rosto avermelhado.

Ariel ficou emocionado ao ouvir as palavras de Fenrir. Vendo Ariel chorar, Fenrir ficou nervoso e passou a mão sobre o rosto dele enxugando suas lágrimas.

Ariel então espirrou e sentiu um arrepio. Isso chamou atenção de Fenrir que tirou o cachecol do seu pescoço e enrolou no pescoço de Ariel dizendo:

- Esqueci que aqui é muito frio à noite...

- Obrigado. – Agradeceu Ariel com o rosto corado.

- Sobre amanhã... – Disse Fenrir cabisbaixo.

- Não vamos pensar nisso agora. Vamos só aproveitar o tempo que temos juntos. – Disse Ariel apertando a mão de Fenrir.

- Ta bom... – Respondeu Fenrir

 

Na manhã seguinte Isabel, Sora, Ariel e Eriel estavam se despedindo de Freya, pois já estavam de partida para o Eden.

- Agradeço novamente por nos ter recebido tão bem em sua casa Milady. – Disse Eriel.

- Eu agradeço. Tenho certeza que as explorações das minas de suas terras ira beneficiar ambos os lados. Espero que volte para nos visitar algum dia. – Disse Freya sorrindo.

Ariel olhava de um lado para o outro e não via Fenrir em lugar nenhum e isso o deixou meio triste. Foi quando Lótus se aproximou de Ariel segurando um pequeno lobo de pelúcia e disse:

- O Fenrir não gosta muito de despedias... Mas ele pediu para lhe entregar isso.

- Entendo... Diga ele que vou escrevê-lo sempre que puder. – Disse Ariel com um sorriso.

- Vamos indo. – Disse Eriel entrando na carruagem.

Assim que todos entraram, a carruagem partiu e olhando pela janela Ariel viu Fenrir na sacada do seu quarto que fica no andar de cima e acenou para ele. Fenrir ia levantar a mão para acenar de volta, mas acabou desistindo e apenas olhava Ariel com sua carruagem ir embora deixando a área da mansão.

Freya observava tudo com uma expressão desconfiada.

Dentro da carruagem Isabel perguntou a Ariel pra quem ele estava acenando e ele respondeu:

- Estava acenando pro Fenrir.

- Parece que se tornaram bons amigos. Até ganhou um presente. - Disse Isabel olhando pro lobo de pelúcia.

- Sim... Espero poder vê-lo de novo. – Disse Ariel com um sorriso, porém com uma expressão dolorosa.

Depois da partida da partida dos Angelicus. Freya bateu na porta do quarto de Fenrir e entrou sem esperar permissão dele. Ela viu seu filho sentado no tapete com uma expressão melancólica no rosto enquanto jogava sua bola de basebol pra cima e agarrava com uma luva.

- Porque não foi se despedir dos Angelicus? Vão achar que meu filho não tem modos. – Disse Freya se aproximando do filho.

- Não gosto muito de despedidas... Se despedir me faz pensar que nunca o verei... – Respondeu Fenrir.

- Entendo... Devo dizer que estou surpresa com essa sua aproximação com o filho do rei Eriel. Você nunca se deu muito bem com garotos da sua idade. – Disse Freya puxando assunto.

- O Ariel é especial. Eu gosto dele. – Disse Fenrir mantendo a seriedade no rosto.

- Gosta dele? Como assim? – Perguntou Freya curiosa.

- Gosto dele... Gostando ué. Gosto de ficar perto dele, da presença dele... Ele me faz se sentir bem. – Respondeu Fenrir.

- Sei... – Disse Freya num tom pensativo.

- Porque tantas perguntas mamãe? Acha estranho eu gostar dele? – Perguntou Fenrir.

- Não... Eu fico feliz... – Disse Freya beijando a testa do filho.

O tempo passou e as trocas de cartas entre Fenrir e Ariel eram freqüentes. Era uma por mês.

Mesmo sem se ver durante cinco anos os sentimentos de ambos não se enfraqueceu. Na verdade se fortaleceu, pois ambos descobriram o que esse sentimento significava. Eles finalmente podiam dizer que estavam apaixonados um pelo outro.

Mas dois meses antes das aulas se iniciarem na famosa The Killer Academy. Fenrir parou de responder as cartas de Ariel. E isso o deixou preocupado.

Ariel e sua família jantavam juntos quando sua mãe ao perceber a expressão melancólica do filho fez uma pergunta:

- Algum problema Ariel? – Perguntou Madalena.

- Não mamãe. Só estou sem fome. – Respondeu Ariel.

- Já faz uma semana que não come direito. Talvez eu deva chamar um médico. – Disse Madalena preocupada.

- Não precisa! Eu juro que é só falta de apetite mesmo. – Disse Ariel tentando despreocupar sua mãe.

- Querido você também não parece muito bem... – Disse Madalena ao ver Eriel meio pálido.

- Os papeis para inscrição na The Killer Academy já chegaram.  A Academia insiste que envie um representante para fazer parte do conselho estudantil. Isso ta me dando nos nervos. – Disse Eriel.

- Achei que enviaria o Sora. – Disse Madalena.

- Não pode ser o Sora... O Representante deve ser alguém de família nobre. – Disse Eriel.

- Que pena. Estava bem ansiosa em ver aquele fedelho longe do Eden. – Disse Madalena num tom de desprezo

- Mamãe não deveria falar assim do Sora. Querendo ou não ele faz parte da nossa família. Já acho um absurdo a senhora forçá-lo a fazer as refeições na cozinha com os empregados. – Disse Ariel irritado.

- O Sora é um anjo caído. Ele não tem lugar nessa mesa. Na verdade ele deveria estar junto com os outros Corvos na Gaiola. – Disse Madalena.

- Vou pro meu quarto. – Disse Ariel se retirando.

- Querida deveria ter cuidado com o que fala do Sora na presença do Ariel. – Disse Eriel depois de um suspiro

- Não pode me culpar por dizer a verdade. – Disse Madalena sem arrependimento.

Depois do jantar com sua família Ariel estava em seu quarto olhando pro seu lobo de pelúcia. Um presente que havia recebido do Fenrir. Ele se sentou na escrivaninha e abriu a gaveta pegando as antigas cartas que recebeu de seu amado. E com um olhar triste sussurrou:

- Fenrir porque você não me responde mais?

Segurando a ultima carta que havia recebido do Fenrir ele releu um trecho no qual dizia:

‘’Minha mãe e o rei Frey estão pensando em me indicar para a The Killer Academy... Mas não sei se vou aceitar. Não parece ser o tipo de lugar no qual me encaixaria... ’’

- The Killer Academy... – Disse Ariel enquanto pensava no que seu pai havia dito hoje no jantar.

Sem pensar duas vezes Ariel se levantou, abriu a porta do quarto, correu em direção ao escritório do seu pai e o invadiu o pegando de surpresa.

- Ariel!! O que aconteceu? –Perguntou Eriel ao ver o filho tentando recuperar o fôlego.

- Pai... Eu... Eu quero ir para a The Killer Academy. – Respondeu Ariel com um olhar determinado.

- O quê? – Disse Eriel surpreso.

‘’Fenrir finalmente poderemos nos reencontrar...Espere por mim!’’ – Pensava Ariel com um sorriso.

 

Ariel Angelicus – Origem – Fim.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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