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História Blandet (Em Hiatus) - Arco (IV) - Angel's Fall - Execução Parte 2


Escrita por: ishionatsume123

Capítulo 116 - Arco (IV) - Angel's Fall - Execução Parte 2


24 de Setembro do ano 3000 –11h45min da Manhã – Eden – Capital do Clã Angelicus.

 

Na sala onde estava confinado. Ariel esperava o momento em que viriam lhe buscar. Não demorou muito e Lucia e Yekun entraram na sala. Yekun abriu a cela e Lucia entrou segurando uma roupa. Não era uma roupa, tava mais para um trapo velho e cinzento.

- Está na hora! Vista isso! – Disse ela.

Ariel pegou a roupa das mãos de Lucia.

- Vai ficar aqui me olhando? – Perguntou Ariel.

- Não precisa ser tímido! Não tenho interesse em crianças! – Disse Lucia sorrindo.

Depois se trocar e ficar com os pés descalços. Ariel que vestia uma túnica cinzenta foi acorrentado nas mãos e começou a ser puxado por Yekun.

A basílica de São Pedro estava lotada de curiosos ao seu redor. Muitas pessoas se aglomeravam para ver o Príncipe Ariel em seus últimos momentos antes da execução. Por causa disso a maioria dos Corvos Vermelhos foram redirecionados para essa área, afim de manter o controle e a segurança.

Dentro da basílica Kesabel aguardava com bastante ansiedade e o Papa Samuel estava ajoelhado de frente o altar fazendo suas últimas orações com o terço em mãos.

Madalena chegou logo em seguida vestindo suas roupas pretas, acompanhada por Raven. Isso chamou atenção do público que olhava pra ela com bastante atenção e com isso vinham os comentários.

- Coitada da Rainha... Perder o filho e o marido tão rapidamente.

- Não consigo imaginar o que ela está passando.

- Rainha Madalena acha que é uma boa idéia vir aqui? Senhora acho que deveria voltar ao palácio! – Aconselhou Raven enquanto olhava ao redor.

- Não vou voltar! Quero ver isso até o fim! – Disse Madalena.

Ao meio-dia em ponto, os sons dos sinos da torre do relógio da basílica sinalizaram o começo da execução. Era chegada à hora. Ao som dos sinos a carruagem que trazia Ariel finalmente chegou. Lucia desceu primeiro, logo em seguida Yekun que puxava as correntes trazendo o Príncipe herdeiro consigo.

- Chegou hora! Vamos! – Disse Samuel se levantando.

Todos ficaram surpresos e chocados. Ariel manteve a cabeça de pé com um olhar determinado, mas seus cabelos dourados e longos cobriam boa parte de seus olhos. Ele só olhava apenas para frente enquanto caminhava. O silêncio tomou conta de toda área. Era uma cena chocante, algo inédito na história dos Angelicus. Um membro da família principal ser executado.

Ariel subiu até o topo da escadaria e ficou ao lado do Papa Samuel e do Cardeal Kesabel.

O Papa levantou os braços em direção ao povo dizendo:

- Hoje pela primeira vez, algo inédito acontecerá! Algo que mudará para sempre a história de nosso clã! Mas algo que provará que a justiça de nosso Pai é justa e recai a todos aqueles comentem os maiores dos pecados! Ariel Angelicus. Filho de Eriel Angelicus foi condenado a ser crucificado pelo crime de sodomia. Um crime que é considerado horrendo aos olhos de Deus! Que a justiça divina recaia sobre seus atos e que Deus perdoe os seus pecados!  - Concluiu Samuel com um sinal de ‘’amém’’.

- Que entre o executor! – Disse Kesabel após as palavras de Samuel.

O som das suas botas de couro, o barulho das correntes grossas em seu pescoço, o capuz que cobria todo seu rosto tinha apenas dois buracos para os seus olhos e o machado de lâmina dupla em suas costas deixavam as pessoas ao redor assustadas. Apollyon finalmente entrou em cena chamando atenção não só dos curiosos, mas também dos Pombos e Corvos ali presentes.

- Amarrem-no! – Ordenou Apollyon com sua voz grossa.

Seguindo as ordens de Apollyon, Yekun tirou as correntes de Ariel e o prendeu sobre o poste de ferro que estava ao seu lado. Apollyon se aproximou e rasgou a roupa de Ariel revelando suas costas brancas. Em seguida Apollyon tirou um chicote de couro de sua cintura e o chicoteou contra o chão. O barulho do chicote fez as pessoas que estavam ali se assustarem.

As pessoas ficavam cada vez mais chocadas com o que estava vendo e nenhum som saia de suas bocas

-Que se dê início à execução! – Gritou Samuel.

Com o fim das palavras de Samuel. Apollyon ergueu o braço e chicoteou as costas de Ariel o fazendo gritar. Ele continuou chicoteando as costas de Ariel enquanto abria feridas cada vez mais profundas no corpo do Príncipe. O sangue escorria pelas pernas de Ariel e manchavam as escadas da basílica de São Pedro. Seu choro e gritos podiam ser ouvidos por toda a capital, já que naquele momento as pessoas estavam em completo silêncio enquanto assistiam a tudo.

Samuel estava com o rosto engessado. Kesabel abaixou a cabeça e fechou os olhos, ele se sentia torturado a cada grito do jovem Príncipe. Madalena era segurada por Raven enquanto chorava com o rosto sobre o peito dele. Lucia sorria levemente tentando segurar sua risada. Cada grito de Ariel era como música para os ouvidos dela.

E depois de vinte minutos, as cinqüenta chibatas cessaram. Suas costas estavam completamente com a carne exposta, dava até para ver alguns ossos da coluna. Ariel não tinha forças nem para chorar, a dor era tão intensa que ele acabou até mesmo se urinando durante as chibatas que recebia. Sua respiração estava ofegante e seus olhos se fechavam como se ele estivesse prestes a desmaiar.

- Desamarrem ele! – Ordenou Apollyon.

Yekun tirou as correntes que prendiam Ariel contra o poste. E assim que destrancou o cadeado que segurava as correntes, Ariel caiu de joelhos no chão. Uma serviçal trouxe um balde de água e Apollyon lavava as mãos sujas de sangue. A serviçal tremia de medo, não só pela presença do executar, mas por suas mãos estarem cheia de sangue da família real.

Depois de lavar as mãos Apollyon as enxugou numa flanela que estava do lado do balde e seguiu em direção a Ariel.

- Traga! – Ordenou Apollyon.

Yekun trazia uma coroa de espinhos pontudos e grossos e entregou a Apollyon. Ao receber a coroa de espinhos, Apollyon a colocou firmemente na cabeça de Ariel.

Ao colocar a coroa de espinhos na cabeça do Príncipe, o sangue escorrer pela testa dele. Mas Ariel não tinha forças nem mesmo para gritar de dor.

- Tragam! – Ordenou Apollyon novamente.

Yekun dessa vez trouxe a cruz a fazendo levitar usando o vento. A cruz de madeira era um pouco maior que o Ariel. Apollyon pegou a cruz pesada apenas com uma mão e a jogou sobre as costas de Ariel.

- Levante-se! – Ordenou Apollyon.

Ariel usou as poucas forças que lhe restava para se levantar segurando a cruz sobre suas costas. Ao ver essa cena Madalena desmaiou e teve que ser socorrida. Ela foi levada para dentro da basílica. Mas nem mesmo seu desmaio impediu a execução de continuar.

- Caminhe! – Ordenou Apollyon enquanto chicoteava o chão.

Um passo de cada vez Ariel começou a andar enquanto arrastava a cruz de madeira sobre suas costas feridas. O sangue respingava sobre o asfalto a cada passo que ele dava. O mar de pessoas abria caminho para Ariel enquanto olhavam silenciosamente o Príncipe passar por eles. Atrás de Ariel seguia o executor e o Papa Samuel ia na frente carregando o turíbulo lançando a fumaça sagrada ao redor. Lucia e Yekun também o seguiram. Um do lado de direito e outro lado esquerdo, para manter o Papa Samuel em segurança.

- Não vai segui-los? – Perguntou Raven.

- Não... Já foi o bastante pra mim... – Disse Kesabel voltando pra dentro da basílica.

Ariel mal conseguia manter a cabeça levantada, ele apenas olhava para o chão e para a cruz dourada pendurada em seu pescoço. As pessoas ao seu redor continuavam quietas até que um homem jogou tomate na cabeça dele gritando:

- Seu sodomita de merda! Você envergonha o nome de Deus!

Como uma fagulha na gasolina a ação daquele homem fez outras pessoas começarem a jogar legumes, a cuspir e a xingá-lo. Virando uma grande bagunça que estava sendo controlada pelos Corvos Vermelhos de plantão. A caminhada que havia começado na basílica de São Pedro terminaria sobre os ‘’pés’’ da Torre de Babel.

Durante o percurso uma mulher nua pulou na frente de Ariel gritando:

- Vem cá que vou lhe mostrar do que uma mulher é feita!

A mulher foi retirada pelos Corvos Vermelhos que faziam a ronda e Ariel continuou o percurso. Além de machucado ele estava todo sujo. De legumes, lama, pedras, fezes e urina. As pessoas jogavam tudo que estava disponível em cima do Príncipe enquanto destilavam palavras de ódio contra ele. De cabeça baixa tudo que ele podia fazer era chorar.

Quando chegou na metade do caminho Ariel caiu novamente de joelhos no chão. O peso da cruz estava quase o esmagando, ele não tinha mais forças para se levantar. Isso fez com que as pessoas que o acompanhavam parassem também.

- Levante-se pecador! – Ordenou Apollyon.

‘’Então ele vai morrer antes mesmo de chegar a Torre... ’’ – Pensava Lucia com um olhar frio.

Foi então que um barulho de fogos de artifício no céu assustou a todos. Que ficaram em silêncio com o barulho e olharam para o céu.

- O que foi isso? – Perguntou Lucia.

- Vamos começar!- Disse Lótus escondida no meio da multidão.

Lótus segurava duas bombas em suas respectivas mãos e as jogou para os lados ao redor de Ariel. As bombas explodiram criando uma fumaça densa.

- Isso é... – Disse Lucia botando a mão esquerda sobre o nariz.

- Bombas de feito moral! – Disse Yekun fazendo o mesmo que Lucia.

Assustado o Papa derrubou o turíbulo. As pessoas começaram a gritar e a correr assustadas e isso causou uma grande confusão. No meio daquele mar de pessoas Ariel ainda estava caído de joelhos no chão e Lucia tentava alcançá-lo o máximo que podia mais não conseguia.

- Droga! Saiam da frente! – Gritava Lucia irritada.

O executor Apollyon também ficou travado por causa da correria das pessoas ao seu redor.

Sing pulou no ar e lançou mais duas bombas de gás. Criando ainda mais confusão. Os Corvos Vermelhos começaram a voar e usavam o vento para dispersar a fumaça.

Aproveitando a confusão Sing os abatia atirando em suas cabeças.

Ariel que estava caído no meio daquela confusão começou a ouvir um barulho de rachadura ao seu redor. E antes que percebesse o chão ao seu redor cedeu criando um buraco redondo perfeito. Lucia que viu Ariel sumir da sua frente ficou ainda mais nervosa.

‘’Droga! Não consigo abrir minhas asas aqui!’’ – Pensava ela com as veias da cabeça já pulsando de raiva.

- Acho que já fizemos o bastante! – Disse Sing sorrindo.

- Hora de recuar... – Disse Lótus também sorrindo.

Abaixo da rua onde essa confusão está acontecendo por causa do ataque de Sing e Lótus. Fenrir estava com o corpo de Ariel em seus braços.

- Fen... – Sussurrou Ariel com um olhar gentil e um leve sorriso.

- Não se preocupa... Eu tô aqui com você agora! – Disse Fenrir segurando as lágrimas nos olhos.

- Fenrir temos que ir agora! – Disse Leon.

- Eu sei! Vamos! – Disse Fenrir correndo enquanto segurava o corpo de Ariel.

Mas então os dois sentiram uma presença e ao olhar para trás viram Yekun os perseguindo com suas asas abertas e sua lança em mãos.

- Não vou deixar vocês espaçarem! – Gritou ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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