19 de Janeiro de 3000 – 20h11 min da Noite – Hell’s Gate
Após se disfarçar como um dos guardas. Ricardo seguiu uma trilha até chegar aos portões da prisão. Ele pegou o cartão de identificação que estava no bolso direito de sua calça e percebeu que havia algo mais lá.
Ele então tirou o ID e um pequeno controle do bolso. Ricardo se perguntava pra que serviria aquele controle, mas ele deixou isso de lado por enquanto. Ao passar o ID Ricardo entrou na prisão, alguns guardas o cumprimentaram e ele usou a boina na sua cabeça para esconder um pouco de seu rosto. Por isso ninguém desconfiou.
‘’Esse lugar é muito grande!’’ – Pensou Ricardo enquanto olhava para ao redor.
Enquanto caminhava Ricardo estava distraído e acabou esbarrando em uma pessoa. A pessoa em questão era Note Lullaby.
- Desculpe!
Ricardo se desculpou. Note não disse uma palavra e apenas seguiu com seu caminho. Ele parecia um pouco apressado. Ricardo não deu muita atenção e continuou com sua observação.
Era o horário do banho e Sing e Leon seguiam para os banheiros carregando um balde. Dentro desse balde havia um sabonete e uma toalha. Cada um dos presos recebia esse kit assim que chegava a prisão.
Enquanto caminhava uma coisa chamou a atenção de Leon. Ele estava vendo um pequeno grupo de cinco mulheres passando por eles indo em direção contraria de onde eles estavam indo.
- Sing aquelas são mulheres?! – Perguntou Leon.
- É sim.
- Não sabia que tinha mulheres nessa prisão!
- Sempre teve. Porém nossa ala é separada delas.
- Mas também não as vejo na fábrica.
- As mulheres pegam o turno da tarde. Por isso não trabalhos depois do almoço.
- Entendi...
- Vamos logo ou todos os chuveiros vão ficar ocupados.
- Sim...
Sing e Leon seguiram caminho, mas não perceberam que estavam sendo vigiados. Note estava escondido atrás de uma arvore e assim que viu Sing e Leon indo a caminho dos chuveiros. Ele voltou a caminhar.
Uma chuva grossa começou a cair de repente. Patrícia corria no meio da chuva procurando um lugar para se abrigar quando notou uma atitude suspeita do Note. Já que ele tinha olhado pra ela e entrado num beco escuro.
‘’Ele não devia estar no banho junto com os outros prisioneiros?’’ – Pensava Patrícia
Patrícia decidiu seguir Note e entrou no beco. Ela se assustou quando o viu parado encostado na parede.
- O que está fazendo aqui Note?
- Eu? Estava esperando por você!
Note de afastou da parede e ficou frente a frente com Patrícia. Ele estava de cabeça baixa e seu cabelo molhado pela chuva cobria os seus olhos. Nervosa Patrícia colocou a mão direita no seu bolso direito lentamente até segurar o controle da coleira na mão.
- Esperando por mim?
- Sim... Preciso de algo de você.
Dando pequenos passos na direção de Patrícia ela sacou o controle e apontou pra ele.
- Parado ai!
- Está assustada Patrícia?
Lentamente Note levantou a cabeça e quando Patrícia viu a coleira de seu pescoço seus olhos se arregalaram. Um relâmpago brilhou nos céus ao mesmo tempo e olhando pro pescoço dele ela percebeu que o led vermelho que mostrava que a coleira estaria ativada, estava verde.
‘’A coleira dele está desativada?! Não pode ser’’ – Pensava Patrícia
Note então sacudiu seu braço esquerdo fazendo o guizo de sua pulseira ressoar. O barulho do guizo e imagem do Note desparecendo foi a ultima coisa que Patrícia viu e ouviu antes de começar a perder os sentidos.
‘’O que aconteceu?’’ – Pensava ela enquanto via a mão direita de Note atravessar o seu peito.
Com a mão direita dentro do peito de Patrícia, Note apertou o coração dela até ele ser esmagado entre seus dedos. E depois puxou a sua mão de volta fazendo o corpo de Patrícia cair já sem vida no chão.
Note se abaixou e pegou o controle de Patrícia do chão e saiu deixando o seu corpo lá. Andando na chuva lentamente o sangue de suas mãos era lavado deixando ele sem nenhum vestígio de que estivesse ali.
19 de Janeiro de 3000 – 05h25 min da Manhã – Hell’s Gate
Naquela manhã antes do sol aparecer um dos guardas que fazia a ronda pelo local avistou o corpo de Patrícia no beco e avisou aos superiores. A noticia logo correu entre os guardas da prisão e não demorou muito pra chegar aos ouvidos da diretora Malena Kimberly.
O corpo de Patrícia foi enviado para o laboratório do Dr. Willian Natzweiler onde ele faria a autopsia. A cena do crime foi preservada para as investigações e os prisioneiros permaneceram em suas celas mesmo depois de passar da hora do café da manhã. As atividades na fabrica também foram canceladas até segunda ordem.
Após terminar a autopsia do corpo de Patrícia o Dr. Willian veio até o escritório da diretora Malena que estava sentada em sua cadeira com uma expressão escura no rosto.
- Malena trouxe os resultados da autopsia.
Willian colocou um envelope em cima da mesa de Malena. Ela olhou para o envelope e o abriu. Ela começou a ler enquanto apertava as mãos sobre o papel que ficava lentamente amassado.
- O coração dela foi esmagado...
- Sim. O killer que a matou foi bem preciso. O golpe foi direto. Ela não deve ter sofrido. – Disse o Dr. Willian.
- Não deve ter sofrido... Tem ideia do tipo de killer que pode ter feito isso?
- Muitos killers usam técnicas com o corpo que não envolve ataques especiais. Seria difícil identifica-los.
- Então não temos nenhuma pista.
- Na verdade temos uma. O controle de coleira que ela carregava despareceu.
- O controle? Então o culpado provavelmente está com ele.
- É bem provável.
- Ótimo! Ordenarei que meus guardas revistem cada bloco de cela de cima a baixo. Vou pegar quem fez isso nem que eu tenha que colocar essa prisão de cabeça pra baixo.
Malena deu a ordem e os guardas começaram uma caçada pelo culpado da morte de Patrícia. Durante toda a manhã os prisioneiros permaneceram na cela. Malena ordenou que nenhum preso fosse liberado em hipótese nenhuma até o fim das revistas.
Os guardas então finalmente chegaram ao bloco de cela que ficava Leon e Sing. Note também fazia parte desse bloco e apesar de todos estarem nervosos ele parecia muito tranquilo e isso deixou Sing desconfiado.
Cerca de dez guardas estavam no bloco e cada um revistaria uma cela diferente. Ricardo que ainda estava disfarçado também estava entre eles. E Malena veio logo em seguida.
- Bom dia senhores. Tenho certeza que todos estão com fomes e cansados de ficar presos ai. Mas houve um assassinato nessa prisão e o culpado pode estar entre vocês. Por isso verificaremos cada uma de suas celas. E assim que terminarmos estarão liberados.
Após ouvir as palavras de Malena os presos ficaram cochichando entre si sobre o que teria acontecido.
Os guardas se posicionaram cada um em uma cela e assim que passaram seu ID na fechadura a cela foi destrancada e eles entraram. Revirando cada canto e cada buraco na parede nem mesmo os presos estavam sendo poupados de uma revista.
Um dos guardas então encontrou algo e chamou a diretora Malena. Era uma guarda da sela do Leon e Sing.
- Senhora encontramos! – Disse o guarda segurando o controle.
- Onde estava? – Perguntou Malena enquanto pegava o controle que estava levemente manchado com sangue.
- Estava dentro do travesseiro da cama de baixo. – Respondeu o guarda.
- De quem é essa cama?
- De Leonteu Alfeu senhora.
Malena caminhou até Leon que estava esperando pelo lado de fora e assim que ficou de frente a ele. Ela deu um tapa tão forte em seu rosto que ele caiu no chão confuso sem saber o que estava acontecendo.
- Mas o que tá acontecendo?!! – Gritou Sing irritado que acabou sendo segurado pelos guardas.
- Leonteu Alfeu você está condenado ao death game!. – Disse Malena com um olhar raivoso no rosto.
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