19 de Janeiro do ano 3000 – 22h25min da Noite – Hell’s Gate
Assim que a batalha entre Malena e Aqua havia terminado os guardas ainda de pé voltaram a apontar as armas para Aqua. Mas foram impedidos de atirar quando um deles mandou abaixar as armas.
- S-senhor!!
- Temos que captura-la!!
Muitos ainda estavam relutantes em abaixar as armas.
- Esqueçam-na! Chamem o médico precisamos tratar das feridas da diretora Malena o quanto antes. – Disse o guarda que estava do lado do corpo inconsciente de Malena.
Os guardas abaixaram as armas e deixaram Aqua de lado. Ao mesmo tempo Aqua avistou Ricardo e Sing vindo em sua direção.
Aqua levantou o braço esquerdo sinalizando pra Ricardo. E assim que a viu Ricardo sorriu.
- Desculpe a demora. – Disse Ricardo com a respiração ofegante.
- Sem problema. Já terminei as coisas por aqui. – Disse Aqua sorrindo.
- É deu pra perceber pela bagunça que você causou.
- E quem é esse? – Disse Aqua olhando pra Sing.
- Desculpe. Eu sou Sing Lullaby amigo do Leon. – Respondeu Sing um pouco um nervoso.
- Entendo...
- Acho que é melhor irmos enquanto temos chances. – Avisou Ricardo.
- Concordo – Respondeu Aqua.
Aqua, Ricardo e Sing voltaram a correr e logo deixaram a prisão. Enquanto corria Sing ainda olhou para trás para ter uma ultima visão da prisão.
Enquanto corriam pela trilha na densa floresta o grupo foi interrompido por algo que apareceu no meio do caminho deles. Era uma porta de madeira com vários detalhes a mão. A porta se abriu e de dentro dela segurando uma lanterna saiu Rubi.
- Boa noite. – Disse ele.
Ricardo arregalou os olhos, pois ele jamais teria esquecido o rosto do homem que o atacou durante a missão na Antártida.
- Você é... – Disse Ricardo gaguejando.
Rubi olhou para Ricardo e apesar de lembrar-se dele não deu muita importância. Afinal ele não estava aqui por ele e sim por outra pessoa.
- Senhorita Aqua. Meu mestre á solicita a fazer uma visita em sua residência. – Disse Rubi olhando para Aqua.
- E o que o seu mestre deseja falar comigo? – Perguntou Aqua num tom ameaçador.
- Creio que seja um assunto de seu interesse. – Disse Rubi enquanto olhava para Leon nos ombros de Ricardo.
Aqua fechou e olhos e pensou por um instante até que deu sua resposta. Olhando pra Ricardo ela disse:
- Ricardo faça um favor pra mim. Leve Leon até a Helheim, quando chegar lá procure ‘’pela flor de lótus que brota no deserto’’. Ela levará vocês a um lugar seguro.
- Espera o que isso que dizer? Você vai mesmo com ele? – Perguntou Ricardo nervoso.
- Sim. Tenho algo que preciso fazer antes. Então por favor, peço sua ajuda mais uma vez. – Disse Aqua com um pequeno sorriso.
- Mas Aqua... – Ricardo não queria que Aqua fosse, porém ele não conseguia achar um jeito de convencê-la ao contrario.
Aqua passou pela porta com Rubi que se curvou antes de fecha-la. A porta então desapareceu rapidamente.
- Ricardo é melhor irmos. – Disse Sing.
- É... – Disse Ricardo voltando a correr.
Os dois correram até o pequeno aeroporto que ficava na ilha. Como Aqua tinha ido com Rubi o único jeito de eles deixarem Madagascar era de avião.
Havia um antigo bimotor estacionado no local. Ricardo entregou Leon ainda desmaiado a Sing e entrou na aeronave. Ricardo ligou os comandos e deu ignição até que a hélice começou a rodar.
- Sing vamos logo!! – Gritou Ricardo.
Sing entrou na aeronave carregando Leon o colou sobre uma poltrona e apertou os seu cinto. Depois ele fechou a porta do bimotor e também se sentou ao lado de Leon e apertou o seu cinto.
Com tudo preparado Ricardo iniciou a decolagem e aeronave começou a pairar aos poucos até subir completamente nos céus.
19 de Janeiro do ano 3000 – 22h45min da Noite – Londres – Inglaterra
Assim que passou pela porta acompanhada por Rubi. Aqua foi levada até a sala de visitas da mansão. Havia uma mesa redonda com dois lugares. Rubi puxou a cadeira e Aqua se sentou.
- É uma bela casa. – Disse Aqua olhando ao redor.
A sala estava muito bem arrumada com cortinas douradas e várias obras de arte. Desde quadros a vasos de porcelana.
- Meu mestre tem muito bom gosto. – Disse Rubi enquanto servia o chá.
- Conheço bem os gostos do seu mestre. – Disse Aqua pegando a xícara e a levando até boca.
- Delicioso! – Disse Aqua após tomar o primeiro gole.
- Obrigado – Agradeceu Rubi.
Vali entrou na sala com um sorriso no rosto e Rubi rapidamente se curvou.
- Desculpem a demora.
Vali puxou uma cadeira e se sentou bem de frente para Aqua e deu início a conversa.
- Obrigado por aceitar meu convite Aqua. Já faz um bom tempo desde a última vez que nos vimos. – Disse Vali com um pequeno sorriso.
- Vá direto ao assunto. Sei que não me chamou aqui apenas para se lembrar do passado.
- Isso em você nunca mudou. Sempre direta. Principalmente comigo.
- Irei deixar vocês à vontade. Com sua licença mestre. – Disse Rubi antes de sair.
Assim que Rubi deixou a sala de visitas. Vali prosseguiu com a conversa.
- Porque tanto esforço para tirar Leonteu da prisão? – Perguntou Vali.
Aqua não estava surpresa com a pergunta. Ela sabia que Vali tinha muita influência e conseguir informação era como ‘’respirar’’ pra ele.
- Fiz uma promessa com a mãe dele. Prometi que cuidaria dele caso alguma coisa acontecesse a ela. – Respondeu Aqua num tom sério.
- Entendo. E pensar que a famosa Aqua Alfeu aceitaria um problema grande como esse.
- Problema?
- Você sabe muito bem que Leonteu não tem futuro fora de Hell’s Gate. O joguei lá porque seria a melhor chance dele sobreviver até chegar o momento certo para me usa-lo. – Respondeu Vali num tom frio.
- Você me enoja Vali Aesir! Como pode tratar o seu próprio filho desse jeito? – Disse Aqua batendo as duas mãos na mesa.
- Filho... Leonteu agora é só mais uma peça no meu tabuleiro. Uma peça fundamental para cumprir com meus objetivos.
- Objetivos? E que objetivos seria esse a ponto de você abandonar toda a sua família? – Perguntou Aqua furiosa.
- Unificação. – Respondeu Vali.
- Unificação?
- Sim! O mundo vai se tornar um novamente Aqua. Nós killers e humanos vamos poder das mãos e viver num mundo sem fronteiras.
- Ridículo! Isso vai demorar séculos pra acontecer. A paz que temos a gora é melhor opção que conseguimos.
- Eu também achava que a paz que temos com os humanos no momento era suficiente. Mas agora vejo o quanto os humanos e os killers são egoístas. O mundo é vasto e belo e deve ser apreciado igualmente por essas raças. A fronteira entre nós irá cair Aqua. Eu farei isso acontecer... Quero dizer nós faremos.
- Nós quem?
- Nós! A Gênesis mudaremos o mundo e traremos a igualdade a entre as raças. – Respondeu Vali.
Aqua estava com os olhos arregalados e sem palavras. Depois de tudo que ela havia ouvido ela podia ver a determinação de Vali em suas palavras, mas ela sabia que seus objetivos só podiam ser concretizados apenas de uma forma. Com a guerra.
- Então você quer levar todos a uma guerra?
- Se isso for preciso. Que assim seja. Como eu lhe disse usarei tudo que estiver ao meu alcance, até o mesmo o Leonteu. – Respondeu Vali.
Aqua se levantou da cadeira e ficou de pé. Com um olhar determinado ela disse:
- Então eu farei de tudo pra que essa guerra não aconteça.
- Isso é uma ameaça? – Disse Vali segurando o riso.
- Não! É uma declaração de guerra contra você. A Gênesis não vai ganhar.
- Hum isso é o que veremos. – Disse Vali com um sorriso ameaçador.
Vali então pegou um sino que estava em cima da mesa e o balançou chamando Rubi. Rubi rapidamente entrou na sala e perguntou:
- Me chamou mestre?
- Sim. Acompanhe essa moça até a saída. – Disse Vali.
- Claro! Por favor, senhorita Aqua me siga.
Rubi tirou algo de dentro do bolso de seu fraque que parecia ser uma pequena placa retangular de madeira. Ele jogou a placa de madeira no ar e estendeu a mão esquerda dizendo:
- Open!
A placa se expandiu até se formar uma porta de madeira com vários detalhes esculpidos a mão.
A porta se abriu e Aqua caminhou até ela. Mas antes de passar pela porta ela disse:
- Da próxima vez que nos encontramos. Eu arrancarei a cabeça de seu corpo.
Aqua passou pela porta e Rubi a fechou a fazendo voltar à forma original ao dizer:
- Close!
Vali que estava apreciando seu chá devolveu a xícara ao pires e com um sorriso largo disse:
- Quero ver você tentar.
O dia já estava amanhecendo quando Leon acordou. Ele estava surpreso, pois não sabia o que havia acontecido depois de perder a consciência. Mas pra sua tranquilidade Sing estava sentado ao seu lado.
- Sing?...Onde estamos? – Perguntou Leon confuso.
- Estamos num avião indo em direção a Red Zone. – Respondeu Sing sorrindo.
- Red Zone!! O lugar onde os killers vivem?
- Sim! Devemos chegar lá em poucas horas. Mas antes me deixe explicar tudo que aconteceu depois que você desmaiou.
Sing explicou tudo para Leon. E depois de uma longa conversa Leon finalmente havia compreendido a situação.
- Então o piloto desse avião também me ajudou na fuga?
- É. Pode confiar nele. – Respondeu Sing.
Leon fez uma expressão pensativa e olhando pra Sing ele disse:
- Depois da minha luta com Frank finalmente percebi que se eu quiser viver terei que lutar por isso. Não quero mais viver sem saber quem eu sou o porquê tem tantas pessoas atrás de mim. Sing eu quero saber do meu passado. Quero saber se eu tive uma família e quem eu era antes de Hell’s Gate. E se o melhor caminho pra isso é entrar na Red Zone. Então não tenho escolha.
- Parece que você finalmente não tem um objetivo. – Disse Sing.
- Sim. Até descobrir as respostas pra todas as minhas duvidas. Recuso-me a morrer.
- Então até lá. Ficarei do seu lado. – Disse Sing oferecendo sua mão.
Leon pegou na mão de Sing e dois deram um aperto de mãos com olhares determinados.
(Atenção passageiros faltam poucos minutos pra chegarmos à Red Zone. Por favor continuem apreciando a viagem)
A voz de Ricardo ecoou pelos alto falantes pegando Sing e Leon de surpresa. Que logo caíram na gargalhada ao ouvir Ricardo pagar de piloto profissional.
Após desligar o microfone Ricardo olhava para frente também com um olhar determinado enquanto sussurrava:
- Red Zone aqui vamos nós.
20 de Janeiro do ano 3000 – 06h25min da Manhã – Monte Olimpo – Capital do Clã Alfeu
As noticias sobre a fuga de Leon se espalhou rapidamente entre as cinco principais casas que comandavam a Red Zone. Mas os primeiros a receberem a noticia foram os servos do Clã Alfeu.
Caminhando pelo corredor do palácio um homem magro de quarenta anos de idade vestindo roupas no estilo grego/romano passava pelos guardas enfileirados de cada lado que seguravam lanças grandes.
O cômodo no qual o homem ia era de alguém de extrema importância. Assim que chegou a porta dourada ele inspirou e suspirou e abriu sem bater.
O quarto era extremamente elegante a cama a sua frente era enorme. Após ouvir o barulho da porta sendo empurrada a dona do quarto se levantou lentamente. Seus cabelos longos e dourados eram iluminados por pequenos raios de sol que atravessavam as cortinas de tecido fino. A camisola que ela vestia mostrava muito de sua pele e isso deixou o homem um pouco nervoso.
- Algum problema Hermes? – Perguntou a mulher.
- Minha rainha temos uma emergência!! – Respondeu Hermes.
- E que emergência seria essa a ponto de invadir o meu quarto?
- Creio que seja um assunto de seu interesse minha rainha.
- Muito bem... Então diga o que é.
- O blandet que havia sido capturado pelos humanos fugiu de Hell’s Gate e está vindo em direção a Red Zone.
- O QUÊ!! COMO ISSO ACONTECEU!! – Gritou a rainha.
- Parece que ele teve ajuda da senhorita Aqua.
- Aquela desgraçada!! Sabia que se intrometeria no meu caminho.
- O que pretende fazer minha rainha?
- Chame Aquiles e Ártemis. Mandem os dois trazerem a cabeça daquele blandet. Se ele chegar até Babilônia não conseguirei lavar a honra de meu clã! – Ordenou a rainha.
- Como desejar minha rainha. – Disse Hermes antes de se retirar.
Assim que as portas se fecharam a rainha do clã Alfeu conhecida como Helena Alfeu, se levantou de sua cama e caminhou até a sacada de seu quarto e abriu as cortinas. O sol rapidamente iluminou todo o cômodo e seus cabelos dourados brilharam como ouro.
- A história do assassino das mil almas não vai se repetir. Isso é uma promessa. – Disse Helena olhando para uma estátua de uma guerreia feminina segurando um tridente que ficava na fonte de seu jardim
Hell’s Gate – Fim.
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