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História Blandet (Em Hiatus) - Arco (IV) - Angel's Fall - Rodeado Por Corvos


Escrita por: ishionatsume123

Capítulo 80 - Arco (IV) - Angel's Fall - Rodeado Por Corvos


15 de Setembro do ano 3000 – 11h45min da Manhã – Eden – Palácio - Quarto de Ariel

 

Ariel estava na frente de um espelho gigante usando um terno branco. Atrás dele a costureira fazia alguns ajustes e sua mãe estava sentada na cama olhando para o filho com extrema admiração. Como o casamento iria acontecer daqui a poucos dias Ariel estava provando a roupa que usaria no altar.

- Ficou ótimo. – Disse Madalena sorrindo.

Ariel não parecia feliz. Na verdade ele se sentia incomodado vestindo aquilo e saiu da frente do espelho pegando a costureira de surpresa.

- Príncipe Ariel se não estiver do seu agrado podemos trazer outros modelos ou fazer os ajustes dependendo do seu gosto. – Disse a costureira nervosa.

- Não é isso... O traje está muito bem feito... – Disse Ariel num tom melancólico.

- Será que pode nos dar licença. Se tiver algum problema no traje reportaremos o mais rápido possível. – Disse Madalena olhando para a costureira.

- Sim minha rainha. Com sua licença. – Disse a costureira deixando o quarto.

Assim que a costureira deixou o quarto Madalena foi direto ao assunto.

- Querido está com algum problema? – Questionou Madalena.

- Esse casamento. Está andando rápido demais. Eu não estou preparado para ser rei muito menos ser marido de alguém. – Gritou Ariel.

- Querido já falamos sobre isso. Você tem responsabilidades e precisa assumi-la. – Disse Madalena logo após um suspiro.

- E quanto a minha felicidade? Isso não importa? – Perguntou Ariel.

- Claro que importa. A felicidade vira junto com seu casamento. Filho o amor entre você e Dana irá nascer assim como amor entre eu e o seu pai. – Respondeu Madalena.

- Eu não sei... Eu tenho certeza que jamais vou amar a Dana... – Disse Ariel com os olhos brilhando em lágrimas.

- Olhe para você. Está tão bonito nesse traje. – Disse Madalena empurrando Ariel até a frente do espelho. – Pense positivo. Peça a Deus que lhe dê forças. Tenho certeza que Deus trará felicidade a vocês dois. – Disse Madalena com um sorriso.

Com os olhos voltados para o chão Ariel não estava convencido. Ele não queria casar com Dana. Não importa as palavras doces que sua mãe dissesse ele sabia que amar uma mulher seria impossível para ele. Ariel apertou os punhos e estalou a língua e se virou bruscamente ficando cara a cara com sua mãe. Madalena foi pega de surpresa pela expressão séria de seu filho, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa os sinos na torre do palácio começaram a tocar. O som do sino indicava que já era meio dia.

- Bom... Parece que está na hora do almoço. – Disse Madalena caminhando até a porta do quarto.

Assim que ela abriu a porta ela disse:

- Não se atrase. – E logo depois fechou a porta deixando o quarto.

Quando ela saiu do quarto Ariel voltou a se olhar na frente do espelho e com uma expressão enojada ele murmurou:

- Deus se você está ai me diga. O que devo fazer?

 

Naquela mesma manhã Dana estava em seu quarto experimentando seu vestido de noiva. Que também era branco bem ajustado na cintura e tinha uma enorme calda bordada a mão. Com um belo sorriso Dana parecia bastante entusiasmada com o dia do casamento. Ao contrario de Ariel.

Após terminar a prova do vestido ele foi posto num manequim para não amassar e a costureira se despediu deixando o quarto.

Junto com Dana estava sua tia-avó uma mulher idosa que vestia roupas de madre e um crucifixo de madeira pendurado no pescoço. Ela era conhecida como a Madre Amália. Bastante conhecida principalmente pelos seus feitos de caridade e também por ser uma empregada leal a vossa santidade.

Dana se sentou em frente a sua penteadeira e sua tia-avó Teresa se aproximou segurando uma escova e começou a pentear os cabelos dourados de sua neta.

- Estou tão ansiosa por esse casamento tia Amália. Finalmente terei Ariel só para mim. – Disse Dana com bastante felicidade estampada no rosto.

- Estou feliz que esteja feliz querida. Mas fiquei sabendo que Ariel ainda está relutante sobre o casamento. – Disse Amália preocupada.

- Não se preocupe tia. A rainha Madalena me adora ela com certeza fará Ariel se casar comigo de qualquer jeito. Afinal ele precisa se tornar rei o mais rápido possível. – Disse Dana mantendo o sorriso.

- Tem certeza que quer se casar com o Ariel? Afinal ainda existem pequenos rumores sobre ele por ai... – Disse Amália.

- Esses rumores com certeza são falsos. Ariel é só um homem sensível. – Disse Dana um pouco irritada.

- Mas e se for verdade? – Questionou Amália.

- Mesmo se for eu não desistirei. Eu tenho fé que posso transformá-lo. – Respondeu Dana confiante.

 

15 de Setembro do ano 3000 – 20h27min da Noite – Babilônia – Quarto do Sora – Hotel.

 

Sora estava no seu quarto deitado em sua cama lendo um livro enquanto pensava nos últimos acontecimentos dessa semana. Ele não parava de se preocupar com Ariel. Ele queria ter certeza de que ele estava bem o mais rápido possível.

Durante o dia Sora havia passado o tempo na mansão Other Side conversando com Lótus e seus amigos. Na verdade tanto Sora quanto o resto do grupo estavam esperando pelo plano de Rose. Já que desde aquele dia eles não ouviram mais nada vindo dela. O que deixou Sora um pouco ansioso. No fim a resposta de Rose sobre como eles chegariam capital do clã Angelicus: Eden. Não veio hoje.

Sora fechou seu livro e se levantou para apagar as luzes. Após apagar as luzes apenas os abajures de seu criado-mudo iluminaram o local. Sora caminhou até a porta de vidro da sacada e agarrou as duas cortinas e enquanto olhava para o céu noturno. Não havia estrelas essa noite. As nuvens estavam se juntando e escondia a pouca presença da lua cheia.

‘’Provavelmente vai chover nessa madrugada. ’’- Pensou Sora enquanto arrastava as cortinas.

Antes que pudesse fechar as cortinas completamente Sora sentiu algo vindo em sua direção e se jogou para o lado direito deitando no chão. Uma bola do tamanho de uma bola de futebol atravessou o vidro da porta. Sora levantou o rosto e quando olhou para aquela bola transparente flutuando no ar ele arregalou os olhos. Dentro da bola tinha um mini redemoinho e aos poucos a bola começou a rachar até que o quarto inteiro explodiu numa rajada de vento  poderosa.

A quase dez metros do hotel três Corvos Vermelhos flutuavam no ar com suas asas negras abertas no céu noturno. O do meio segurava um binóculo no rosto e olhava para a direção do quarto de Sora. Provavelmente ele era o capitão dessa missão.

- Duvido que ele tenha morrido apenas com esse ataque. – Disse o corvo segurando o binóculo.

- Ele deve ser bem forte para sobreviver a minha bomba de furacão. – Resmungou o segundo corvo que havia arremessado a bola transparente contra o quarto de Sora.

- Mesmo sendo um anjo caído como nós ele ainda tem sangue dos pombos em suas veias. Não podemos baixar a guarda. – Disse o terceiro corvo que segurava uma lança com uma ponta em formato de folha.

- De qualquer maneira teremos que averiguar. A senhora Lucia quer a cabeça dele. – Disse o capitão enquanto abaixava o binóculo.

Dentro do quarto, Sora se levantava aos poucos debaixo dos destroços que estavam em cima de seu corpo. Tossindo a poeira que o cercava, ele olhou ao redor e percebeu que todo o seu quarto estava destruído. Apenas sua cama e alguns móveis estavam intactos.

‘’Aquele ataque... Com certeza foi feito por um Angelicus... ’’ – Pensava Sora enquanto se levantava.

No saguão do hotel as pessoas corriam para fora e os funcionários ajudavam os hospedes a deixar o local o mais rápido possível. Havia pânico e gritaria. Alguns acabaram com ferimentos leves por causa da explosão.

- Já chamou os guardas e os bombeiros? – Perguntou o gerente.

- Sim senhor... Eles já devem estar vindo. – Respondeu um dos funcionários.

- Leve o resto dos hospedes até o lado de fora. Vou subir até o décimo andar onde aconteceu a explosão para certificar se existem sobreviventes. – Disse o gerente enquanto pegava uma lanterna debaixo do balcão.

Ao mesmo tempo em que a explosão acontecia. Fenrir que passava por uma rua atrás do prédio do hotel ouviu o barulho da explosão. Carregando uma sacola de supermercado na mão direita. Olhando para a direção do prédio com uma expressão preocupada Fenrir começou a correr em direção ao edifício para checar o que estava acontecendo.

Sora se levantou com o braço direito pingando sangue. Um caco de vidro acabou perfurando o seu ombro direito com o impacto da explosão. A parede de sua sacada havia desaparecido e ao olhar para baixo Sora via completamente a rua e as pessoas que corriam para fora do hotel amedrontadas.

‘’Parece que estão evacuando o hotel... Preciso me apressar. ’’ – Pensava ele enquanto olhava em direção a porta de saída.

Mas antes que pudesse começar a caminhar Sora sentiu duas presenças que vinham voando em sua direção. Ele olhou para o céu noturno e não dava para ver nada. Mas ele sabia que tinha dois killers voando em direção ao seu quarto. Olhando ao redor nervoso, Sora encarou para sua cama de casal que ainda estava inteira e teve uma idéia.

Quando os dois corvos vermelhos chegaram ao quarto de Sora eles olharam ao redor. O corvo que foi responsável pelo ataque foi o primeiro pousar seguido pelo corvo com a lança com lâmina em forma de folha.

- Não estou vendo o corpo dele em lugar nenhum.

- Então ele ainda está vivo. – Disse o corvo segurando a lança.

Enquanto eles passeavam pelo quarto Sora estava escondido debaixo da cama com uma expressão preocupada no rosto.  O ferimento em seu ombro sangrava e doía e não parava de incomodá-lo.

‘’Porque que os Corvos Vermelhos vieram me matar?!’’ – Pensava Sora.

O corvo responsável pelo ataque olhou para a cama e começou a se aproximar dela lentamente. Sora conseguia ouvir os passos dos sapatos do corvo pressionar os destroços no chão. Ele sentia que alguém estava se aproximando. Sora colocou as duas palmas sobre o lastro da cama e quando o corvo estava perto o suficiente ele disse:

- Wind Kill: Pressão do Ar.

As palmas pressionadas sobre o lastro da cama formou uma corrente de ar fazendo a ser empurrada para cima com extrema força. Os dois corvos foram pegos de surpresa por aquele ataque e assim que a cama flutuou no ar Sora que já estava em pé chutou a cama inteira para cima do corvo que estava próximo a cama. A cama voou em direção a ele, porém sua reação foi rápida. Ele estendeu sua mão direita em direção a cama e disse:

- Wind Kill: Bomba de Furacão.

Uma bola de ar se formou em sua mão e foi arremessada em direção a cama que foi estraçalhada por uma onda de vento.

- Ele está fugindo! – Gritou o corvo segurando a lança.

- Droga! – Disse segundo corvo.

 

Enquanto os pedaços da cama caiam no chão Sora pulou pelo buraco aberto na parede pelo primeiro ataque dos corvos e se jogou até embaixo. Enquanto caia Sora que mergulhava em direção ao chão estendeu ambos os braços e disse:

- Wind Kill: Cama de Ar.

As correntes de ar cercaram o chão fazendo Sora pousar como se fosse uma folha caindo de uma árvore.  Sora conseguiu chegar ao chão sem ferimentos e aterrissou sentado. Todos que estavam ao redor dele olharam para Sora confusos e sem entender o que estava acontecendo.

- Esse maldito é realmente mais esperto do que eu esperava. – Disse o corvo responsável pelo ataque.

O corvo que fez o primeiro ataque tirou sua máscara revelando seu cabelo encaracolado preto e seus olhos vermelhos. Seu rosto tinha várias cicatrizes de cortes. Como se alguém tivesse rasgado toda sua face com uma faca várias vezes.

- O que pensa que está fazendo Belial? – Perguntou o corvo que segurava a lança ao ver seu companheiro revelar sua face.

- Eu só quero lutar sem essa coisa na minha cabeça. Afinal não é por isso que estamos lutando?  Para parar de se esconder nas sombras. – Respondeu Belial enquanto jogava a máscara no chão.

Após tirar sua máscara Belial saltou do prédio com suas asas negras abertas e pousou no chão rapidamente chamando a atenção das pessoas ao redor. Que estavam completamente assustadas.

Sora que já estava de pé olhava para Belial com um olhar preocupado e nervoso.

‘’Isso é ruim... Tem muitas pessoas aqui. ’’ – Pensava Sora enquanto olhava ao redor.

Belial que sorria olhando para Sora estendeu seu braço esquerdo para o céu e disse:

- Gate: Venha! Scars!

Belial puxou de dentro do seu ‘’Gate’’ uma estrela do amanhã. Uma arma que tinha uma esfera cheia de pontas espinhosas com um cabo metálico.

- Porque está me atacando? – Perguntou Sora.

- Hum?...Porque foi me ordenado a levar sua cabeça. – Respondeu Belial com um sorriso largo.

Belial levantou voou e partiu para cima de Sora com sua arma tentando acertá-lo.  Sora conseguia desviar enquanto Belial atacava com seus pés no ar. Belial não parava de sorrir. Ele realmente estava se divertindo. Mas Sora ao contrario não estava nenhum pouco feliz com aquela situação. Enquanto ele o desviava tentava achar um meio de fugir. Ele sabia que mesmo se lutasse contra esse corvo havia ainda mais por ai. Seria uma luta sem chances de vitória mesmo se ele derrotasse um deles não teria força para acabar com os outros. Sora recuou para trás e Belial parou o ataque.

-Não tem graça se você só ficar fugindo. – Disse Belial num tom decepcionado.

Sora suspirou e tirou o pedaço de vidro preso em seu ombro de jogou no chão. Ele rasgou um pouco de sua blusa e amarrou o pedaço de tecido no ferimento para conter a perda de sangue. Sora estendeu sua mão direta para o céu e gritou:

- Gate: Venha! Libertatem!!

Segurando sua foice em suas mãos Sora olhava para Belial com um olhar determinado.

- Parece que não tenho escolha.

Belial assoviou após ver a foice de Sora e com um sorriso disse:

- É assim que eu gosto.

                                                                                                                                                                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Gente o ritmo no qual venho publicando os capítulos diminuiu... Mas é porque ando meio ocupado.
Agradeço ainda quem tem paciência de ficar acompanhando kk


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