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História Bless Yourself - There's no one to save you


Escrita por: doctorjaljal

Notas do Autor


Att de madrugada por que eu não consigo dormir.
Boa leitura.

Capítulo 13 - There's no one to save you


Harry pov.


Aparentemente tinha sim algo que podia acabar com a minha felicidade.

Bom, vamos por partes, porque foram muitos fatores contribuindo para meu atual mal humor e desejo de ficar na cama por um mês.

Eu peguei o tal ovo de ouro naquela arena que eu juro que era uma prévia do inferno, faltado só a lava e a parte onde ficava o trono do senhor Lúcifer, e bom, após isso eu precisei ficar na enfermaria por um tempo porque mesmo não sentindo membro nenhum do meu corpo, eles estavam todos ali e todos retalhados.

Draco estava tão ruim quanto eu, mas nada vai tirar o prazer que eu senti ao ver aquele sorriso lindo virado para mim enquanto ele murmurava um sonolento "nós conseguimos Hazz".

Sério, Hazz? Eu já posso morrer em paz.

Bom, aí que as coisas começam a desandar.

Primeiro que eu e Draco estávamos muito feridos, então eu fiquei 4 dias na enfermaria me recuperando e Draco ficou 2, mas mesmo recebendo alta ele havia ido me visitar todos os dias junto dos meus padrinhos e amigos, parecendo muito preocupado e vindo de forma carinhosa, sendo um perfeito cavalheiro e jogando cartas comigo para meu tedio passar.

Eu estava bem, mas madame Ponfrey disse que eu tinha que esperar alguns ossos importantes crescer, porque de acordo com os relatórios dela, eu tinha quebrado os dois fêmures, a tíbia esquerda e o rádio do braço direito, sem contar a quantidade surreal de cortes e queimaduras que eu tinha por todo o corpo.

Se você me perguntar eu vou te dizer que não lembro de nada disso porque na minha cabeça só vinha o falecido dragão gigante e assassino atrás de mim, mas eu tenho certeza que a arena se lembra das várias vezes que eu caí sobre as pedras e rolei para minha morte precoce.

Ossos frágeis, aparentemente.

A enfermeira havia dito que não queria me colocar no gesso, então ela preferiu fazer tudo crescer de novo, o que me fez ficar sentindo dores por 4 dias naquela cama desconfortável e beber aquela poção com gosto infernal de morte.

Quando eu finalmente recebi alta, eu já estava me sentindo um novo homem, pronto para enfrentar a festa de comemoração da Grifinoria.

Bom, aí que está. Eu não estava pronto.

Tudo o que eu queria era deitar na minha cama super macia e dormir por um dia inteiro, mas tive que ser arrastado para a festa, sendo aplaudido e ouvindo Jorge e Fred gritar que eu podia perder um braço ou uma perna, mas que a morte não era páreo para Harry Potter.

Era páreo sim, ela só não tinha sido mais rápida que o dragão, que me atropelou e me fez rolar por toda uma arena cheia de pedras mortais e assassinas que me quebrou e rasgou todo.

Eu já citei que ele cuspia fogo? Porque sim, ele queimou minha vassoura em algumas partes e Remus mandou concertar de tão debilitada que a coitada da minha Firebolt tinha ficado.

Bom, eu aguentei a festa muito bem, rindo e brincando com todo mundo e tentando dar o meu melhor para ser sociável, porque até mesmo eu reconhecia que os últimos meses eu fiquei tão focado em aprender feitiços e me tornar um animago que eu não participava de mais nada da minha casa, o que só era ruim porque o quadribol estava suspenso e eu não podia orgulhar minha casa ao ser o melhor apanhador daquele castelo.

Meus colegas de casa sentiam minha falta e eu podia confessar que sentia falta da bagunça vermelho e dourada dos leões.

Mas o que estragou a festa foi o coro me pedindo para abrir o ovo e mostrar a pista para todos, me levando pela empolgação e abrindo aquela coisa que devia estar guardando os gritos das almas presas nos campos de punição.

O que era aquele som? Aquele barulho ensurdecedor que poderia enlouquecer alguém?

E por que o alguém a enlouquecer seria eu?

Merlin, eu nem queria estar nessa droga de torneio, eu ainda ia ter que tentar entender o que aquela porcaria queria me dizer?

Suspiro frustrado, subindo a coberta até cobrir minha cabeça ao ouvir a voz de Hermione.

— Harry Potter, levanta agora. — Ela grita na porta do meu dormitório e, ao perceber que eu nem havia me movido, ela entrou furiosa.

Ronald havia desistido de me fazer sair daquela cama, afinal, era sábado, não tinha aula, eu podia ficar ali reclamando da minha vida comigo mesmo o quanto eu quisesse.

— Hoje é sábado Hermione. — Digo com a voz sendo abafada pelo cobertor.

— Você não pode pular todas as refeições do dia só porque está chateado. — Ela diz ao puxar minha coberta, o rosto contorcido em uma careta nervosa.

— Eu posso e eu vou. — Digo com um bico emburrado, pegando meu cobertor e me cobrindo novamente.

— Sirius está preocupado com você. — Ela diz com a voz mais amena e eu reviro os olhos.

— Sirius é tão dramático quanto eu, ele vai entender. — Digo de forma séria, achando muito injusto Hermione usar meu padrinho como arma.

— Remus disse que vai nos ajudar com a pista do ovo. — Ela diz com a voz parecendo estar animada e eu reviro os olhos.

Remus só poderia ajudar se ele soubesse falar o idioma de satanás e eu duvido que meu padrinho tenha tanto conhecimento assim, e se ele tiver, eu vou começar a usar ele como ameaça para qualquer um que me incomodar, dizendo que meu padrinho lobisomem sabe falar a língua do capeta.

— Ele pode me ajudar na segunda. — Digo com a voz entediada, me revirando na cama para enfiar minha cabeça em baixo do travesseiro e torcendo para que Hermione fosse embora.

— Draco me mandou te chamar para jantar com ele na sala precisa. — Ela diz e eu sinto meu coração parar.

Eu queria ir mesmo sabendo que se eu fosse ela ia perceber exatamente quem era a pessoa que ela poderia usar quando queria que eu a obedecesse, mas bom, sacrifícios que fazemos por amor.

— Golpe baixo Mione, muito baixo até para você. — Digo de forma alta, ouvindo mais de uma risada no quarto e erguendo a sobrancelha.

Tiro a coberta do meu rosto, vendo Ronald na porta tentando controlar o riso ao lado de Draco, que ria abertamente junto de Hermione.

— Desde quando estão aqui? — Pergunto com a voz séria, vendo Rony dar de ombros.

— Eu só fui buscar o Draco e voltei. — Rony diz com a voz tranquila, Hermione sorrindo para mim como se tivesse descoberto uma lâmpada mágica.

— Eles chegaram na mesma hora que você colocou a coberta de novo. — Ela diz com a voz soando sorridente, puxando minha coberta novamente e me olhando de forma séria. — Agora vai tomar um banho para irmos jantar. Você não pode pular refeições assim Harry Potter.

— Você é muito cruel. — Digo ao me levantar, vendo Draco seguir até minha cama e sentando na mesma, parecendo muito confortável. — Como foi que você entrou?

Vejo Rony pegar minha capa da invisibilidade e me entrega, dando de ombros.

— Era a única forma de tirar você da cama. — Ele diz com um sorriso, me entregando para que eu pudesse guardar a mesma.

— Aliás, muito útil. — Draco diz ao apontar para a capa e eu sorrio, não querendo imaginar como ele iria reagir quando eu mostrasse o mapa do maroto.

Sigo para o banheiro, tomando um banho quente e demorado, lavando meu corpo com calma e pensando que se eu demorasse muito, Hermione ia abrir a porta e me tirar e lá a tapas, então eu me enrolo na toalha, colocando minhas lentes e revirando os olhos ao perceber que havia pego as lentes, mas não a roupa, saindo do banheiro e vendo que os três continuavam no mesmo lugar e conversando.

Ao me ver, Hermione revirou os olhos, as bochechas coradas e os braços cruzados.

— Você não tem modos? Draco não está acostumado a te ver desfilando seminu — Ela diz e eu sorrio para ela, pegando a muda de roupas em cima da cama e começando a caminhar para dentro do banheiro novamente.

— Eu só esqueci. — Digo de forma simples, não perdendo a forma como Draco me olhou e comemorando internamente.

Eu sabia que tinha um corpo bonito, o que só ajudou na minha nova mudança de visual, me fazendo me sentir confiante comigo mesmo e essas coisas, mas ver que Draco havia me encarado sem pudor me alegrou.

Eu disse para mim mesmo que se eu e ele sobrevivêssemos eu ia o beijar.

E eu pretendo cumprir minha palavra.

Eu havia matado um dragão, eu conseguia dizer para Draco que eu era apaixonado por ele.

Me visto apropriadamente, a calça jeans clara combinando com o moletom vinho, meus cabelos penteados naquele corte bonito que Remus havia feito, saindo do banheiro com um sorriso.

— Desculpa Mione. — Digo para a garota, abraçando ela por trás e dando um beijo em seu rosto.

— É para Draco que você precisa pedir desculpas, eu e Ronald já estamos acostumados com sua falta de pudor. — Ela diz com a voz ácida e eu me viro para o loiro, vendo o rosto corado dele.

— Me desculpe, eu nunca troco de roupa no banheiro, então eu esqueci. — Digo com uma expressão séria, me forçando a não sorrir quando vi o rosto de Draco ficar ainda mais vermelho.

— Eu quem estou invadindo sua privacidade. Não precisa se desculpar. — Ele diz com um sorriso de lado.

— Viu, ele gostou de ver o Harry de toalha. — Rony diz para Hermione, fazendo a garota revirar os olhos e Draco corar anda mais.

Ronald, eu te amo.

Sorrio para o ruivo, vendo ele piscar para mim e começar a sair do quarto.

Sigo eles, vendo no mapa que o salão estava vazio então não pegamos a capa, saindo com pressa do salão da Grifinoria para que Draco não fosse visto.

Íamos jantar na sala precisa, Dobby havia feito para nós um jantar especial dizendo que devíamos comemorar que eu e Draco não havíamos morrido.

Adorável.

Realmente, eu não havia morrido, então eu ia aproveitar tudo o que eu podia, porque se aquele dragão não me matou, nada iria.


[...]


Como prometido, nós, os campeões do torneio tribruxo íamos comemorar nossa vitória bebendo cerveja amanteigada em Hogsmead, no três vassouras, uma boa oportunidade para apresentar o povoado para os estrangeiros.

Como eles não tinham se importado, eu havia levado Rony e Hermione, que pareciam estar se divertindo muito com Rony encarando Viktor como se ele fosse uma estrela — e ele realmente era — e Hermione dando risadinhas ao perceber que Krum parecia olhar para Rony em todos os momentos que ele estava distraído.

Eu queria saber o que estava rolando ali, mas Hermione parecia ter fechado a boca para o assunto.

O caminho todo até o povoado foi feito sobre uma conversa amena, eles nos contando como era suas escolas e fazendo alguns comparativos com Hogwarts.

Aparentemente eram escolas bem diferentes.

Durmstrang sendo um colégio apenas para bruxos homens e Beauxbaton sendo apenas para bruxas mulheres, uma divisão que não entrava na minha cabeça, mas que parecia fazer sentido para eles.

Viktor disse que parecia ser um internato onde as regras precisavam ser cumpridas à risca e todos tendo um comportamento meio militar, já Fleur disse que sua escola pregava a gentileza, as mulheres se comportando como damas e aprendendo as etiquetas necessárias para uma bruxa poderosa.

Eram escolas diferentes e com seu charme.

Foi com surpresa que eu descobri que Draco quase foi para Durmstrang, estando em Hogwarts por pedido de sua mãe que não queria ficar tão longe do filho.

O conceito de longe e perto para bruxos era curioso, porque existiam chaves de portal, pó de flur e aparatação, que eram meios de locomoção instantâneos, ou seja, você podia ir da França até Nova York em um minuto.

Magia é algo incrível.

Ao chegarmos no três vassouras, passamos boa parte conversando enquanto bebíamos, a discussão sobre as semelhanças entre as casas de cada escola sendo divertida, comparando os fundadores e suas histórias com seus objetivos para a escola.

Eu havia gostado de sair com eles.

Eram pessoas muito gentis e educadas, com uma facilidade imensa para conversar conosco e sua tendência a se aproximar de mim e de Draco por termos vivido uma experiência em comum.

Como nenhum de nós havia visto o outro competir contra o dragão, nós contamos como cada um conseguiu pegar o ovo, ficando todos surpresos pela criatividade um do outro, nos chocando com as possíveis formas de ter vencido aquela tarefa.

Eu imaginava perfeitamente nós nos tornando amigos no futuro, então ao menos isso o torneio me trouxe de bom.

Amigos a quem eu poderia confiar.


Notas Finais


Eu sei que esse passeio não ficou longo, mas é porque eu tenho planos para o futuro que não dá pra explicar agora.
Vão na fé.
Até o próximo sz


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