Assim que o viu Charles não conseguiu evitar de abrir um meio sorriso. Com o passar das semanas, já tinha se acostumado de tal forma com a presença constante de Erik ao seu lado que começava a pensar se não estava ficando, digamos, acomodado. O ruivo era uma companhia e uma presença agradável para se ter do lado, mas ainda que ele insistisse que aquilo não queria dizer nada, o bailarino tinha que lembrar que não era daquele jeito que o mundo funcionava. Não é como se um homem tão rico quanto o Lehnsherr simplesmente fosse se tornar seu melhor amigo, dele um simples garoto comum que a única coisa que tinha na vida era a dança.
Ainda mais depois daquele começo conturbado.
O bailarino engoliu a saliva da boca esperando que ela desaparecesse assim como a lembrança daquele primeiro beijo – do que parecia agora tanto tempo atrás – insistindo em retornar aos seus pensamentos nos últimos dias. De certa forma, o momento parecia uma vaga lembrança, enevoada de tal forma que ele mal se lembrava do restante dos detalhes, mas, ao mesmo tempo, sua mente insistia em repeti-la como se fosse algo importante. Algo tão necessário que ele não podia viver sem.
Ele sentia-se tolo. Porém, não conseguia evitar.
– Como foi o ensaio de hoje? – Erik perguntou assim que ficou próximo o bastante. Era verdade que o moreno sentia falta de Logan como um garoto de recados, mas ficava satisfeito toda vez que o ruivo ia até ele e lhe falava daquela forma.
– Como todos os outros dias, Erik. Exaustivo, mas revigorante.
– Bom – o ruivo sorriu de volta. – Eu tenho uma proposta para lhe fazer.
– Proposta?
– Sim. Eu quero que você vá comigo em uma viagem.
– Viagem? – Charles fez uma careta. – Erik, eu não tenho dinheiro para uma viagem. Além de que eu ainda preciso te pagar de volta o dinheiro que deixou para o médico...
– Não seja tolo.
– Por que não? Você não precisava e além do mais...
– Além do mais você é meu amigo. É não é? Eu cuido das pessoas próximas a mim, Charles.
– Mas...
– Eu não vou aceitar dinheiro algum seu. – O magnata disse sucinto de forma séria e, então, frisou – Não seja tolo. Se tem medo que eu lhe cobre alguma coisa mais tarde por causa que entreguei dinheiro a sua irmã para que chamasse um médico, você não...
– Ok. Ok. – Charles disse em um tom mais alto que o da conversa, quando viu que o outro tinha entendido que deveria encerrar o assunto, ele continuou – Ainda assim, eu não tenho como ir a uma viagem, Erik. Eu não posso simplesmente sair e...
– Nós vamos durante o fim de semana. Acredito que seja algo rápido. – O ruivo já tinha um sorriso gentil no rosto outra vez. – Eu tenho que ir resolver alguns problemas pessoalmente, mas ainda assim gostaria que você me fizesse companhia. Aposto que gostaria muito de conhecer minha propriedade do interior.
– É claro que você tem uma dessas. Por que não teria? – o bailarino riu seco. – Aposto que é maior que a você tem aqui ainda.
– Bem – Erik deu de ombros –, a casa é relativamente menor, mas o terreno é certamente confortável. Afinal há as criações e os moradores que...
– Eu topo – o moreno interrompeu o outro –, mas com uma condição.
– Que seria?
– Você tem que me levar para seu lugar secreto quando estivermos lá.
– Lugar secreto?
– É, eu sei que você tem um. Olha sua cara de pessoa estressada que precisa de um lugar privado para pensar na vida.
– Meu escritório?
– Não! Você me entendeu, Erik Lehnsherr – Charles disse zombeteiro. – E nem adianta dizer que não que eu sei.
– Ok. Eu te levo.
– Eu sabia. Vocês ricos sempre tem um desses, ainda mais com uma propriedade de campo que deve ter mil lugares para se esconder.
– Se você diz. – Erik sorriu enquanto começava a se distanciar. – Eu te pego amanhã pela manhã. Até mais.
– Até. – Charles respondeu e ficou calado enquanto observava o ruivo se distanciar. Ele ainda não sabia o que era, mas podia sentir que alguma coisa de importante iria acontecer nessa viagem.
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Agora, após o dia de viagem e as coisas novas que havia descoberto sobre Erik, Charles tinha ido até sua cama e mesmo que relutante, sabia que não conseguiria dormir se não atendesse o chamado do seu corpo que ardia de desejo. E, como ele já sabia, o ruivo estava pronto para satisfazer suas vontades.
Erik pôs as mãos debaixo da camiseta que o moreno usava e a subiu com cuidado enquanto beijava com cuidado cada pedaço de pele que aparecia até o bico do peito. O ruivo o lambeu com vontade enquanto escutava os gemidos que o bailarino soltava ao sentir suas mãos percorrendo seu corpo. Charles tirou a camiseta que usava com a ajuda do magnata, enquanto esse se aproximava para beijá-lo na boca uma última vez antes de descer até seu pau, que começava a marcar a calça de moletom que vestia.
O magnata esfregou a boca ali para provoca-lo, mas não fez mais nada até arrancar a calça fora e se permitir uns dois segundos para apreciar a beleza que era o Xavier desnudo em sua cama. Em seguida, Erik começou uma trilha de beijos na perna direito do moreno que terminou quando ele pôs o membro ereto na boca. Rodeou-o com a língua e lambeu seu comprimento, sentindo o gosto da área e o quanto fazer aquilo o deixava com tesão.
Então, o Lehnsherr decidiu que queria beijá-lo na boca outra vez e ergueu o corpo por cima do de Charles enquanto o apalpava com avidez querendo conhecer cada centímetro daquela pele branca. Seus beijos pararam em seu pescoço e seguiram o caminho do ombro com pequenas sucções e mordidas gentis. Os gemidos dos dois se confundiam e se transformavam em um só preenchendo a quietude do quarto.
– Você é tão maravilhoso, Charles... – Erik disse entre os gemidos e os beijos que dava na pele delicada do bailarino. – Eu quero te provar e te chupar com vontade, mas também quero entrar em você e te preencher. Eu nem sei o que fazer...
– Talvez – Charles deu um sorriso cheio de tesão –, você deva fazer tudo. Eu já te disse, apenas faça o que quiser comigo. Essa noite você pode fazer isso.
Assim, não demorou muito para que o magnata voltasse atenção ao pênis já rígido do outro e enquanto o abocanhava com vontade e lambia suas bolas, ele tirava a calça que vestia. Com uma das mãos livres, apalpou o próprio pau e sentiu que ele já estava tão duro que poderia entrar em Charles agora mesmo. Mas não era o que ele queria... Queria poder saborear o moreno um pouco mais. E, com isso, o lambeu, o chupou e esfregou as mãos por todo o corpo que apesar de delicado, ainda era atlético devido a todos os anos de dança.
Ouvir o gemido de Erik enquanto o tinha na boca, só enchia Charles cada vez mais de tesão e a sensação maravilhosa que ele sentia fazia-o sentir como se tivesse recebendo pequenas descargas elétricas. Então, decidiu que era hora de trocarem de papel e fazer o mesmo no ruivo, ainda mais quando se deu conta do tamanho que era o membro dele. Lambeu os próprios lábios sentindo ficar com água na boca e empurrou Erik com um movimento gentil, que talvez por estarem em sintonia ele logo entendeu o que significava.
Debruçando-se sobre o outro, Charles o tomou na boca e o chupou com vontade, gemendo cada vez que o lambia por completo. Erik gemia mordendo os lábios como se tivesse medo que fossem altos demais, após alguns segundos ele disse:
– Hm, sua boca também é maravilhosa. Como você é gostoso. – Ele se calou por um instante, mas só para falar outra vez – Me chupe com vontade. Como se fosse a última coisa que você fosse fazer nessa vida. Hmmmm. Isso mesmo... Céus....
Charles alternava as chupadas no pau ereto do ruivo com algumas bombeadas com a mão e até mesmo levou a outra mão desocupada para o próprio membro, tentando aliviar um pouco toda aquela onda de luxúria que sentia.
– Eu quero subir em você... – O bailarino disse sugestivo após alguns segundos, lambeu o membro mais uma vez antes de completar com um sorriso zombeteiro – Quero te cavalgar com vontade.
Erik apenas concordou com um gesto de cabeça e ficou calado enquanto apreciava o mais novo se acomodando em seu colo, passou as mãos por ele como se parar garantir que ele estivesse ali e não viesse a ser um dos sonhos malucos que tinha.
Charles levantou o quadril e com uma das mãos agarrou o pênis de Erik e o guiou até sua entrada. Para provocar, o esfregou ali por um instante, mas logo permitiu a entrada do mais velho em si. O ardor inicial veio com um susto e ele deu um gemido que talvez tenha parecido sofrido demais porque o ruivo logo inquiriu:
– Você quer que eu pare?
– Se você sair de mim, eu juro que te mato aqui mesmo. – O moreno respondeu desafiador, mas enquanto se acostumava ao tamanho do outro, não foi capaz de evitar de falar – Você é muito grande, Erik... Hmmm, pra que isso tudo?
– Ninguém até agora reclamou.
– Seu sacana – Charles respondeu enquanto revirava os olhos, mas não de raiva e sim de prazer. Já estava se acostumando com o tamanho do ruivo dentro dele, sentindo a dor inicial ia embora, dando lugar a um prazer que o invadia com vontade. – Você é um maldito de um sacana, Lehnsherr.
– Xavier – Erik respondeu no mesmo tom de deboche –, eu sei que você gosta. – Ao ver que o mais novo já estava confortável por começar a rebolar, o magnata começou a estoca-lo com vontade apreciando como o bailarino parecia cada vez mais delicioso cada vez que entrava nele. Suas mãos seguravam as coxas de Charles o puxando para mais perto de si, mas ainda conseguia ver o entrar e sair do próprio pau no mais novo. Aquilo só o deixava com mais tesão e com mais desejo pelo outro.
– Aaaah, – o bailarino gemeu enquanto se alisava e sentia Erik aprofundando-se nele cada vez mais – eu não consigo acreditar no quanto isso é gostoso. Oh, meu Deus, você... Erik... Por favor você...
– Eu o que? – O ruivo ainda perguntou em meios aos gemidos.
– Não pare. Hmmm... Só não pare. Continue. Só continue.
Erik sorriu satisfeito, mal podendo acreditar que finalmente tinha o mais novo nos braços, possuindo-o com vontade, entrando em seu corpo com todo o tesão e vigor que sentia toda vez que o via. Não era como se Charles precisasse pedir por nada. Ele estava decidido a só parar com aquilo quando estivesse tão exausto que não conseguisse mais mover suas pernas.
O bailarino se debruçou sobre ele procurando um beijo ao qual ele respondeu de prontidão, apreciando os lábios doces que havia sentido tanta falta. Erik pôs a mãos na bunda do bailarino e a apertou com vontade. A apreciava a tanto tempo que nem sabia quantas vezes tinha fantasiado sobre deixar sua marca ali. Ele se perguntou se algum dos empregados estaria ouvindo todo o barulho que estavam fazendo, mas decidiu que não se importavam. Aproveitar o momento com Charles era sua única prioridade e até mesmo escutar cada um dos gemidos que ele dava era como um delicioso delírio.
Quando o moreno se remexeu em seu colo acabou soltando um gemido mais alto do que os outros e Erik ficou satisfeito por ter encontrado seu ponto de prazer. O penetrou com vontade e logo pode escutar os grunhidos de prazer que saiam da boca do Xavier.
– Por que... Porque não fizemos isso antes? – O mais novo perguntou entre os arfados.
– Eu sinceramente não sei. – O ruivo sorriu sacana quando viu Charles mordendo o lábio inferior. – Eu só sei que não quero parar. – Então, ele aumentou a velocidade das estocadas sentindo o tesão do seu corpo ser saciado enquanto alisava o moreno com as mãos e ia possuindo aquele traseiro com cada vez mais afinco.
Charles tinha as mãos sobre ele, uma delas estavam em seu cabelo e a outra lhe apertava qualquer parte do corpo. O bailarino gemia com vontade e quando escutou ele arfando mais depressa, Erik percebeu que ele já estava prestes a gozar. O ruivo levou uma das mãos ao membro que roçava na sua barriga e começou a masturba-lo enquanto pedia:
– Goza para mim, Charles. Deixa eu sentir você quente caindo sobre mim.
O mais novo mordeu os lábios e fez que sim com a cabeça se entregando ao prazer que sentia, apreciando os dedos de Erik ao seu redor do seu membro. Não demorou muito para que ele gozasse acabando por sujar a mão e a barriga do mais velho.
O Lehnsherr não disse nada, apenas sorriu satisfeito enquanto puxava o bailarino para um beijo e apressava suas estocadas. Alguns segundos depois, ele também gozou. Sentindo-se derreter por todo o interior do mais novo. Ele aprofundou o beijo e quando Charles sorriu, ele sorriu de volta. Os dois se deitaram um do lado do outro e ficaram encarando o teto.
– Isso foi uma baita loucura, não foi? – O moreno inquiriu após alguns instantes de silêncio. – Você... Eu...
– Quer repetir de novo? – Erik perguntou sem titubear.
– Mas, já?
– Na verdade, cinco minutos e um copo d’água. E fazemos tudo de novo. – Vendo que o outro não dizia nada, ele complementou – Isso se você quiser, claro. – Charles riu a ouvir isso.
– Erik...
– Hmm?
– Vá logo beber a água. Vou estar esperando por você quando voltar.
Ao retornar para o quarto, o Lehnsherr deu um sorriso ao ver que o mais novo estava de bruços e com a bela bunda empinada. Ele se aproximou com cuidado e se acomodou na cama em uma posição que pudesse enche-la de beijos e pequenas mordidas. Charles apreciava tudo calado apenas soltando alguns gemidos, até que quando o ruivo subiu o rastro de beijos até seu pescoço, ele perguntou já sabendo da resposta, mas apenas curioso para saber como o ruivo a daria:
– Nós vamos ficar a noite toda aqui, não é?
– Sim e todo mais tempo que você quiser...
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